As pteridófitas (samambaias e plantas afins) constituem
um grupo de plantas relativamente importantes, estimando-se o total de espécies
no mundo como sendo 9.000 (há quem estime 10.000 a 12.000 espécies), das quais
cerca de 3.250 ocorrem nas Américas. Destas, cerca de 30% podem ser encontradas
no território brasileiro, que abriga inclusive um dos centros de endemismo
e especiação de pteridófitas do Continente.
São vegetais terrestres, com tecidos verdadeiros, inclusive os de condução.
Foram os primeiros vegetais a formarem grandes florestas que dominaram a terra.
Seus fósseis deram origem à hulha ou carvão mineral. Também não têm flores
e seus orgãos reprodutores também são os anterídos e arquegônios. Possuem
alternância de gerações obrigatória onde, ao contrário das Briófitas, a fase
perene e mais desenvolvida é o esporófito, formado por raízes, caules e folhas;
a fase gametofítica (protalo) é pequena e tem vida curta. Isso é o que veremos
mais tarde.
No caso das samambaias, uma das características é o desenvolvimento das frondes
(folhas) a partir de uma estrutura em que os órgãos em desenvolvimento se
encontram espiralados, formando o que se chama de báculas. Na figura acima,
vemos frondes em desenvolvimento apresentando báculas nos ápices.
Visto que as pteridófitas no seu ciclo de vida necessitam de água livre que
permita a natação do anterozóide até o arquegônio, de uma maneira geral, devemos
procurá-las em ambientes ou substratos que possam reter água ao menos parte
do tempo. Isto pode parecer uma séria restrição, mas na prática podemos encontrar
representantes deste grupo nos mais diversos hábitats, inclusive nas caatingas
nordestinas, se bem que neste caso apenas algumas espécies é que estão adaptadas
a ocorrer em tal ambiente.
Fonte: www.geocities.com
Pteridófitas
As Pteridófitas são as plantas vasculares sem sementes.
Atualmente, costuma-se dividir essas plantas costumam em 4 filos:
Psilophyta,
Lycophyta,
Sphenophyta e
Pterophyta (o filo das samambaias).
As pteridófitas possuem arquegônios contendo a oosfera. Os gametas masculinos
são anterozóides multiflagelados. Em condições adequadas, as paredes do anterídio
se rompem, liberando os anterozóides que nadam até o arquegônio, que ali penetram
por um canal, atingindo a oosfera (este processo também ocorre nas briófitas).
O zigoto germina sobre a planta-mãe, dando origem ao esporófito dominante,
que possui esporos em esporângios; esses esporos, ao germinarem, darão origem
a uma nova planta-mãe.
O filo Psilophyta é representado no Brasil pelo gênero Psylotum, uma planta
herbácea com ramificação dicotômica (Y), desprovida de raízes (em seu lugar
existe um rizoma, com micorrizas associadas) e folhas, porém apresentam vascularização.
Em muito se assemelham ao gênero Rhynia, um gênero que existiu no período
Devoniano. Na planta adulta, os eixos produzem esporângios trilobados em ramos
laterais muito curtos; o gênero Psilotum é homosporado; após a germinação,
os esporos originam o gametófito, que é uma estrutura aclorofilada (portanto
saprófita) subterrânea, com associação de micorrizas. Os anterozóides de Psilotum
necessitam de água para nadar até a oosfera; o esporófito originado sexualmente
fica, inicialmente, preso ao gametófito, absorvendo seus nutrientes, mas depois
solta-se do pé, que permanece no gametófito.
O filo Licophyta também possue seus precursores no Devoniano e é representada
pelos licopódios (plantas homosporadas) e selaginelas (heterosporadas). Os
esporófitos da maioria dos gêneros de Lycopodiaceae são constituídos por um
rizoma (caule subterâneo horizontal) ramificado que emite ramos aéreos e raízes.
Os esporofilos (folhas portando esporângios) localizam-se em ramos modificados,
com entrenós muito curtos, os estróbilos. Embora sejam plantas herbáceas,
seus ancestrais fósseis atingiam dimensões arbóreas. Após a germinação, os
esporos de Lycopodiaceae originam gametófitos bissexuados, que podem ser estruturas
verdes, irregularmente lobadas (ex.: Lycopodiella) ou estruturas micorrízicas
subterrâneas (ex.: Lycopodium). Até que os arquegônios e anterídios de um
Lycopodiaceae se desenvolvam completamente, pode ocorrer um período de cerca
de 15 anos. Existe a necessidade de água para a fecundação, pois o anterozóide
nada até o arquegônio; o embrião formado cresce no interior do arquegônio,
originando o esporófito, que permanece por um tempo preso ao gametófito e
depois se torna independente.
O filo Sphenophyta é representado atualmente pelo gênero Equisetum (cavalinha).
Seu hábito é verticilado (as diminutas folhas distribuem-se verticiladamente
na região do nó). Os entrenós são estriados e apresentam sílica nas células
epidérmicas. Os caules surgem de sistemas subterrâneos que permanecem vivos
durante as estações desfavoráveis, quando a parte aérea morre. A atividade
fotossintetizante das folhas é desprezível; a maior parte da fotossíntese
é efetuada pelo caule estriado, como em Psilotum. As raízes nascem de rizomas
subterrâneos profundos. Os esporângios são localizados em estróbilos, localizados
em ramos estrobilíferos aclorofilados (E. arvense) ou nas extremidades de
ramos vegetativos (E. hyemale). Os apêndices que transportam os esporângios
são conhecidos como esporangióforos, e não esporófilos, uma vez que não são
estruturas foliares; os Equisetum são homosporados. Quando os esporos estão
maduros os esporângios contraem-se e rompem-se ao longo de sua superfície
interna, liberando os esporos. As paredes desses esporos possuem elatérios,
faixas espessadas que se espiralam quando úmidas e desenrolam quando secas,
auxiliando na dispersão dos esporos. As Sphenophyta fósseis remontam do Pensilvanio.
O filo Pterophyta é o mais conhecido e compreende os vegetais vasculares
com folhas e raízes verdadeiras (samambaias). As folhas podem ser simples
ou ter sua lâmina dividida em folíolos. Na maioria dos grupos, a face inferior
das folhas cresce mais que a superior (vernação circinada), resultando em
seu enrolamento (báculo). As samambaias podem ser classificadas como eusporangiadas
ou leptosporangiadas. Nas primeiras, é produzido um eusporângio, a partir
de muitas células iniciais localizadas na superfície do tecido a partir do
qual o esporângio será produzido; nas samambaias leptosporangiadas, o esporângio
é produzido a partir de uma única célula inicial. Os esporângios encontram-se
reunidos em soros, esporocarpos, espigas ou sinângios. Nos grupos nos quais
os esporângios encontram-se reunidos em soros, ocorre uma estrutura diferenciada,
o anel ou ânulo que, através de movimentos higroscópicos (advindos da dessecação),
é responsável pelo rompimento do estômio (camada de células com menor resistência),
liberando os esporos, que irão germinar, formando um novo gametófifo (protalo).
A maioria das samambaias atuais é homosporada, com exceção dos representantes
de duas ordens aquáticas.
Fonte: professores.unisanta.br
As pteridófitas são vegetais pertencentes à divisão das
traqueófitas, pois são os primeiros vegetais a apresentarem vasos condutores,
do tipo xilema e floema, para condução de seiva bruta e elaborada, respectivamente.
O aparecimento dos vasos condutores possibilitou uma maior diversidade de
formas, desde plantas herbáceas até arborescentes de grande porte.
São os primeiros vegetais a conquistarem o ambiente terrestre, pelo fato
de terem um mecanismo mais eficiente de condução de seiva bruta e elaborada.
Características Gerais
As pteridófitas são plantas vasculares ou traqueófitas com vasos condutores
do tipo xilema ou lenho e floema ou líber.
Apresentam o corpo na forma de cormo, isto é, com raiz, caule e folhas verdadeiros.
Como as briófitas, apresentam um ciclo de vida com alternância de gerações
da fase gametofítica(G) com a fase esporofítica(E), sendo esta última a fase
predominante no ciclo de vida. E > G
As pteridófitas podem ainda ser classificadas como plantas criptógamas, por
não produzirem flores.
Hábitat
As pteridófitas são plantas encontradas normalmente em locais
sombrios, úmidos e em ambientes de florestas vivendo como plantas epífitas.
Pelo fato de apresentarem vasos condutores podem apresentar grande diversidade
de formas e de hábitat, sendo muito utilizadas também como plantas ornamentais
em jardins, garagens e sacadas de casas e apartamentos.
Ciclo de Vida da Samambaia
As pteridófitas apresentam ciclo de vida do tipo haplodiplobionte,
com alternância de gerações ou metagênese.
A fase esporofítica é predominante no ciclo de vida, dependendo do gametófito,
apenas no início do seu desenvolvimento.
A fase gametofítica, também chamada de prótalo, é de vida curta, sendo monóica
ou hermafrodita.
Nos vegetais com alternância de gerações, a fase esporofítica produz esporos
por meiose, e a fase gametofítica produz gametas por mitose.
Ciclo de Vida da Samambaia
Importância
São normalmente usadas como plantas ornamentais, sendo o emaranhado das raízes
dos fetos arborescentes utilizados como substrato para o cultivo de orquídeas.
O tronco do samambaiaçu é utilizado para fazer chachim. Algumas pteridófitas
são usadas como vermífugos. Tradicionalmente usadas na culinária oriental,
alguns brotos de samambaia têm ação comprovadamente cancerígena.
Evolução
Um grupo vegetal com características peculiares surgiu a partir do
Siluriano (400ma), ocupando a região de transição entre a água e a terra:
as psilófitatas (Psilophytatae). Evoluíram a partir de algas semelhantes a
clorofíceas com talos complexos, alternância de gerações e meristemas apicais.
Foram as primeiras plantas terrestres a apresentarem vasos condutores de seiva
e estômatos apesar de ainda não possuírem raízes verdadeiras.
Para resolver o problema de sustentação em terra firme, cada célula desenvolveu
um preenchimento com lignina em sua parede celular que lhe possibilitou maior
resistência. A primeira planta, Rhynia, possuía meio metro de altura e era
completamente desprovida de folhas. Seu caule era subterrâneo do tipo rizoma,
apresentando rizóides. Era composta por talos cilíndricos em cuja extremidade
se encontrava o esporófito. Estes talos possuíam cutícula e estômatos. Com
relação a origem das primeiras plantas vasculares encontramos explicações
que diferem da simples evolução direta a partir das algas verdes. ATSATT (1988)
sugere que esta origem pode estar em simbioses de algas verdes e fungos (liquens).
A origem pode estar em um parasitismo por fungos que rapidamente se transformou
em mutualismo e terminou por uma aquisição por parte da planta hospedeira
do genoma fungal. Assim as plantas vasculares evoluíram com as várias contribuições
do genoma fungal que levou a especialização de várias células.
O corpo do vegetal seria, então, um mosaico onde seriam encontradas várias
células de algas e fungos adicionado de várias formas intermediárias. WF Lamboy,
desenvolveu um modelo onde afirma que algumas evoluções que ocorreram nas
Angiospermas foram conseqüências da transferência de genes de fungos parasitas
ou simbióticos para suas plantas hospedeiras. As possibilidades de um ser
parasita passar a fazer parte do organismo do hospedeiro já foi comprovada
em laboratório por K.W. Jeon e M.S. Jeon em 1989. Trabalhando com Amoebae
proteus, uma ameba e Tetrahymena, uma bactéria, eles verificaram que a endosimbiose
que se iniciou como parasitismo, se transformou em um componente citoplasmático
importante em um curto período de tempo (5 anos). Se levarmos em consideração
que a evolução pode ser um processo relativamente lento, as possibilidades
de surgimento dessas relações e em conseqüência as variações delas decorrentes
são realmente fantásticas. Os primeiros representantes das pteridófitas se
originaram já no Devoniano. São vegetais criptógamos vasculares e cormófitas.
Traduzindo isto quer dizer: são vegetais que não apresentam
flores, possuem vasos condutores de seiva e o aparelho vegetativo com raiz,
caule e folhas bem desenvolvidas. Assim como as briófitas apresentam alternância
de gerações, entretanto, a fase duradoura é representada pelo esporófito e
a fase transitória é representada pelo gametófito que recebe o nome de prótalo,
haplóide.
Fonte: www.biomania.com.br
teridófitas
As pteridófitas são vegetais pertencentes à divisão das
traqueófitas, pois são os primeiros vegetais a apresentarem vasos condutores,
do tipo xilema e floema, para condução de seiva bruta e elaborada, respectivamente.
O aparecimento dos vasos condutores possibilitou uma maior diversidade de
formas, desde plantas herbáceas até arborescentes de grande porte. São os
primeiros vegetais a conquistarem o ambiente terrestre, pelo fato de terem
um mecanismo mais eficiente de condução de seiva bruta e elaborada.
Características Gerais
As pteridófitas são plantas vasculares ou traqueófitas com
vasos condutores do tipo xilema ou lenho e floema ou líber.Apresentam o corpo
na forma de cormo, isto é, com raiz, caule e folhas verdadeiros.Como as briófitas,
apresentam um ciclo de vida com alternância de gerações da fase gametofítica(G)
com a fase esporofítica(E), sendo esta última a planta propriamente dita (a
fase duradoura) . Possui folhas grandes (frondes), geralmente divididas em
folíolos; as folhas jovens ficam enroladas e são chamadas de báculos.
De modo geral, a folha é a única parte visível da planta, pois o caule é
subterrâneo ou fica rente ao solo, com crescimento horizontal. Este tipo de
caule, que lembra uma raíz, é chamado rizoma.
As pteridófitas podem ainda ser classificadas como plantas criptógamas, por
não produzirem flores.
Hábitat
As pteridófitas são plantas encontradas normalmente em locais
sombrios, úmidos e em ambientes de florestas vivendo como plantas epífitas.
Pelo fato de apresentarem vasos condutores podem apresentar grande diversidade
de formas e de hábitat, sendo muito utilizadas também como plantas ornamentais
em jardins, garagens e sacadas de casas e apartamentos.
Ciclo de Vida da Samambaia
As pteridófitas apresentam ciclo de vida do tipo haplodiplobionte,
com alternância de gerações ou metagênese. A fase esporofítica é predominante
no ciclo de vida, dependendo do gametófito, apenas no início do seu desenvolvimento.
A fase gametofítica, também chamada de prótalo, é de vida curta, sendo monóica
ou hermafrodita.
Nos vegetais com alternância de gerações, a fase esporofítica produz esporos
por meiose, e a fase gametofítica produz gametas por mitose.
Outra Pteridófitas
E a Lycophyta (licófitas)
Chamadas também de licopodíneas, as licófitas são representadas atualmente
pela Selaginella e pela Lycopodium. No período Carbonífero foram importantes
componentes das florestas, que vieram a formar os depósitos de carvão; algumas
eram representadas por árvores de grande porte. As licopodíneas atuais são
pequenas, com caules apresentando uma parte horizontal e ramificações eretas
com folhas pequenas.
Os esporângios crescem nas axilas de folhas do ápice dos caules eretos, formando
uma estrutura chamada espiga ou estróbilo (figura 14.14). Na selaginella,
o gametófito é unissexuado, ocorendo dois tipos de esporos (heterosporia);
o micrósporo dá origem ao gametófito masculino ( só com anterídio) e o megásporo
dá origem ao gametófito feminino (só com arquegônio).
Fonte: pteridofitas.ubbihp.com.br
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Um pouco sobre a autora
Bióloga, apaixonada por ensino. Fascinada por ciências forenses, meio ambiente ,leis, design, psicologia e medicina legal. Cada dia aprendendo um pouco e compartilhando com você.
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