O é um sistema de cisternas achatadas e ligeiramente curvas, que
se situam entre o RE e a Membrana Plasmática (MP). O CG possui uma
facecis (convexa), voltada para o núcleo, e uma facetrans (côncava),
voltada para a membrana plasmática. Entre elas estão as cisternas
medianas. As moléculas protéicas chegam ao CG pela incorporação
de vesículas de transporte, advindas do RER, na face cis. Daí
migram, também através de vesículas transportadoras,
para as cisternas medianas e, finalmente para a cisterna trans, de onde serão
endereçadas à MP, aos lisossomas, ao RE ou ao próprio
Golgi.
O CG modifica as proteínas produzidas pelo RER, alterando seu padrão
de glicosilação, fosforilação, sulfatação
e hidroxilação. Além disso, enzimas associadas à
membrana do CG concentram e endereçam -- bioquimicamente -- estas proteínas
para os diferentes compartimentos membranares. Assim, vesículas contendo
as hidrolases ácidas, que formarão os lisossomas, expressarão
em suas membranas o receptor de manose-6-fosfato.
As vesículas brotam do Complexo de Golgi recobertas por clatrina ou
outras proteínas que se conectam com o domínio citosólico
das proteínas transmembranares características de cada vesícula
(por ex.: manose-6-fosfato na membrana de lisossomas). Os triesquelions de
clatrina (complexo protéico constituído de três cadeias
pesadas e três cadeias leves) se autoconstroem, induzindo, na face citosólica
da membrana do CG, a força mecânica que provoca a sua invaginação.
Inicialmente forma-se uma fosseta, que em seguida se converte em uma vesícula,
que destaca e é liberada no citosol.
Fotomicrografia eletrônica de transmissão de célula folicular
de ovário de S. spilopleura. Ver Complexo de Golgi e cisternas do Retículo
Endoplasmático Rugoso dilatadas.
Sinais relacionados ao Complexo de Golgi
As proteínas depois de endereçadas e encapsuladas em vesículas,
podem seguir os seguintes caminhos:
1 |
Inserir-se à MP, se contiverem proteínas (ou lípides)
com domínios de ancoragem na membrana plasmática. |
2 |
Fundir-se à MP e promover a exocitose do seu conteúdo,
se contiverem proteínas destinadas ao meio extracelular. |
3 |
Acomodar-se no citoplasma, como grânulos de secreção,
para posteriormente serem exocitados. |
4 |
Formar lisossomas que poderão se fundir com endossomas. |
5 |
Voltar às Cisternas Cis do CG. |
6 |
Fundir-se ao RE, tranferindo a este proteínas processadas no
CG. |
Desta forma, os mecanismos de secreção celular podem ser classificados
em duas vias distintas:
A Via Secretória Regulada controla o transporte de proteínas
destinadas aos lisossomas(4) e para vesículas secretoras(3). A liberação
destas proteínas depende da ordenação de uma substância
indutora.
A Via Secretória Constitutiva, ou Padrão, não tem um
processo regulador próprio, as moléculas são secretadas
automaticamente. É seguida pelas proteínas destinadas à
MP(1) e ao meio extra-celular(2).
Fonte: www.icb.ufmg.br
Em 1898, Camilo Golgi utilizando um método de coloração
pela prata, descogriu uma estrutura reticular no citoplasma de células
nervosas. Mais 50 anos depois, o microscópio eletrônico permitiu
a obtenção de uma imagem definitiva desta organela e sua estrutura
pode ser estudada com detalhe. O aparelho de Golgi é o principal sítio
de síntese de carboidratos, bem como uma estação de seleção
e despacho dos produtos oriundos do retículo endoplasmático
(RE). O aparelho de golgi se localiza na rota de saída do RE e uma
grande proporção dos carboidratos que o aparelho sintetiza são
ligadas, na forma de cadeias laterais de oligissacarídeos, a proteínas
e lipídeos que o RE sintetiza e envia a ele.
O aparelho de Golgi está normalmente localizado próximo ao
núcleo da célula e, em células animais, está frequentemente
próximo ao centrossomo (centro da célula). Ele consiste de uma
coleção de cisternas envoltas por membranas achatadas e lembram
uma pilha de pratos. Cada uma dessa pilhas de Golgi geralmente consiste de
quatro a seis cisternas.
Grande quantidade de vesículas pequenas estão associadas com
as pilhas de Golgi, que se agrupam e costeiam o RE e se colocam ao longo das
bordas de cada cisterna (veja figura). Acredita-se que estas vesículas
de Golgi transportam proteínas e lipídeos para dentro e para
fora do aparelho de Golgi e entre as cisternas de Golgi. Durante sua passagem
através do aparelho de Golgi, as moléculas transportadas sofrem
uma série de modificações covalentes.
Cada unidade da pilha possui duas faces distintas: uma face cis (ou face
de entrada) e uma face trans . As duas faces estão estreitamente conectadas
a compartimentos especiais, que são compostos por uma rede de estruturas
tubulares e em forma de cisternas interconectadas. Proteínas e lipídeos
entram na rede de Golgi cis, em vesículas de transporte, a partir do
RE e saem na rede de Golgi trans em vesículas de transporte destinadas
a superfície celular ou outro compartimento. Cada um desses inúmeros
passos no transporte é mediado por vesículas de transporte,
que brotam de uma membrana e se fusionam a outra.
Dependendo da função da célula o aparelho de Golgi é
mais ou menos desenvolvido, sendo especialmente proeminente em células
que são especializadas para secreção, como as células
globlet do epitélio intestinal, que secretam para o intestino grandes
quantidades de muco rico em polissacarídeos. Outra função
importante do aparelho de Golgi é participar da formação
de lisossomos, enquanto que a substância ativa, contida nestas vesículas
vêm do RE tal como ocorre na secreção.
As vias de processamento de oligossacarídicos ocorrem em uma seqüência
organizada na pilha do aparelho de Golgi, com cada cisterna contendo seu próprio
conjunto de enzimas de processamento. As proteínas são modificadas
em estágios sucessivos quando se movem de cisterna a cisterna através
da pilha, de modo que a pilha forma uma unidade de processamento com estágios
múltiplos. As enzimas que catalisam passos iniciais estão localizadas
nas cisternas voltadas para a face cis do aparelho de Golgi, enquanto as enzimas
que catalisam os passos finais do processamento estão localizados nas
cisternas voltadas para a face trans.
Resumindo, podemos dizer que o aparelho de Golgi está principalmente
relacionado com o transporte e síntese de secreção, com
a produção de lisossomos, com a complementação
do glicocálix (é feita através de vesículas cheias
de glicoproteínas, proteoglicanos e glicolipídeos que são
expulsas via exocitose enquanto que o glicocálix se espalha pela superfície
da membrana celular) e com a manutenção do fluxo de membranas
na célula.
Micrografia eletrônica do aparelho de Golgi
Micrografia eletrônica do aparelho de Golgi onde podemos observar a
face cis e a face trans e as vesículas de transporte de secreção.
Fonte: www.hurnp.uel.br
Em biologia celular, o complexo de Golgi, aparelho de Golgi, dictiossoma
ou golgiossomo, é uma organela encontrada em quase todas as células
eucarióticas. O nome provém de Camilo Golgi, que foi quem o
identificou. A sua função primordial é o processamento
de proteínas ribossomais e a sua distribuição por vesículas.
Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central de distribuição
na célula, atua como centro de armazenamento, transformação,
empacotamento e remessa de substâncias na célula. É responsável
também pela formação dos lisossomos, da lamela média
dos vegetais e do acrossomo do espermatozóide.
A maior parte das vesículas transportadoras que saem do retículo
endoplasmático, e em particular do retículo endoplasmático
rugoso (RER), são transportadas até ao complexo de Golgi, onde
são modificadas, ordenadas e enviadas em direcção dos
seus destinos finais. O complexo de Golgi está presente na maior parte
das células eucarióticas, mas tende a ser mais proeminente nas
células de órgãos responsáveis pela secreção
de certas substâncias, tais como: Pâncreas, Hipófise, Tireóide,
etc.
Retículo endoplasmático e Aparelho de Golgi
(1) Núcleo.
(2)Poro Nuclear.
(3)Retículo endoplásmico rugosos( RER ).
(4)Retículo endoplásmico liso(SER).
(5) Ribossoma no RER.
(6) Proteinas que são transportadas.
(7) Vesicula trasportadora.
(8) Aparelho de golgi
(9) Cisterna do AG.
(10) Transmembrana do AG.
(11) Cisterna do AG.
(12)Vesicula secretora.
(13)Membrana plasmática.
(14)Proteina secretada.
(15) Citoplasma
(16) Espaço extracelular.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
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