Tecnologia do Blogger.

17 de jun. de 2012

Por que algumas pessoas comem e não engordam?

omo escreveu Veríssimo “Ninguém é mais admirado ou invejado do que o come e não engorda. Você o conhece. É o que come o dobro do que nós comemos e tem metade da circunferência e ainda se queixa: – Não adianta. Não consigo engordar.”
ACOMPANHE NOSSOS ARTIGOS
Por em 17.03.2009 as 0:05
31Share
Uma enzima pode ser a explicação do fato de algumas pessoas comerem bem mais do que outras e continuarem magras sem fazerem dieta.
A enzima, chamada de MGAT2, determina se a gordura ingerida na alimentação será usada para gerar energia ou se será armazenada em camadas lipoprotéicas (apelido para os famosos pneuzinhos).
Os cientistas descobriram que ratos que possuíam poucas enzimas desse tipo eram capazes de comer muito sem engordar. Esses animais também estavam protegidos contra intolerância à glucose – sintoma precursor da diabetes – e colesterol alto.
As enzimas, em geral, são catalisadores biológicos essenciais para o funcionamento do nosso organismo.
A MGAT2 é uma das três enzimas do grupo MGAT, encontradas nos intestinos humanos e, também, no dos ratos. Os pesquisadores acreditam que, cortando a atividade da MGAT2 através de medicamentos, pode ser uma solução para combater a obesidade e todos os problemas que o excesso de peso acarreta.
Em uma pesquisa da Universidade da Califórnia, um grupo de cientistas reduziu a atividade dessas enzimas à metade. O resultado foi que os animais se desenvolveram normalmente – no entanto, em uma dieta constituída em 60% de gorduras, eles ganharam bem menos peso do que seus companheiros que continuavam a produzir a enzima normalmente.
Depois de quatro meses de testes e experimentos, os ratos que produziam menos MGAT2 pesavam cerca de 40% a menos do que os outros.
Estudos posteriores mostraram que os ratos com menos MGAT2 tinham menos insulina no sangue e maior tolerância à glucose. O nível do colesterol (LDL, o colesterol ruim, que pode causar problemas cardíacos) também baixou consideravelmente.
A razão pela qual o corpo humano tende a armazenar a gordura, mesmo quando não é o mais saudável a se fazer, é que nosso sistema biológico ainda se comporta como o dos nossos ancestrais. A comida, para eles, era escassa, então seus corpos precisavam “armazenar” um estoque considerável de energia, em caso de falta de alimento.
Agora foi descoberto que as enzimas MGAT são parte importante do processo.
“O come e não engorda tem o segredo da Vida e da Morte e, suspeita-se, o telefone da Bruna Lombardi. E ainda se queixa: – Tenho que tomar quatro milk-shakes entre as refeições. Dieta.” [Telegraph, Livro 'A Mesa Voadora' de Luís Fernando Veríssimo]

Foi provado: o amor é um vício, mas tem cura

Sofrer muito por amor pode ter uma razão biológica. Uma nova pesquisa do cérebro sugere que superar um romance pode ser semelhante a superar um vício.
O estudo é um dos pioneiros a examinar o cérebro de uma pessoa recentemente dispensada que têm dificuldade de esquecer seu relacionamento. Pesquisadores descobriram que quando homens e mulheres com o coração partido olham para as fotografias dos antigos parceiros, certas regiões do cérebro são ativadas que os associam com recompensa, desejo, controle das emoções, sentimentos de apego e de dor física e angústia.
Os pesquisadores dizem que a resposta do cérebro à rejeição romântica pode ter uma base evolutiva. Nosso cérebro desenvolveu circuitos para o romance há milhões de anos, para permitir que os nossos antepassados concentrassem sua energia em apenas uma pessoa e iniciassem um processo de acasalamento. Quando você é rejeitado no amor, você perde o maior prêmio da vida, que é um “parceiro de acasalamento”. Ou seja, quando se é dispensado, provavelmente este sistema do cérebro é ativado, para ajudar a pessoa a tentar conquistar seu amor de volta.
O estudo com os recentes “dispensados” mostrou que quando eles visualizam seu ex-amado, estimulam uma região do cérebro chamada área tegmental ventral, envolvida na motivação e recompensa.
Trabalhos anteriores demonstram que essa região é também ativa em pessoas que estão loucamente apaixonadas. Isso faz sentido, porque não importa se está feliz ou infeliz no amor, você ainda está apaixonado.
Outras regiões do cérebro, conhecidas por serem associadas com o vício da cocaína e intensa dependência do cigarro, também foram ativadas.
Por outro lado, os investigadores encontraram algumas boas notícias para os romanticamente rejeitados: parece que o tempo cura. Quanto mais tempo passou desde a separação, menos atividade havia nessas regiões.
As áreas do cérebro envolvidas na regulação da emoção, na tomada de decisão e na avaliação também ativaram quando os participantes olharam as fotos. Isto sugere que estavam aprendendo a partir de sua experiência passada, avaliando suas perdas e ganhos e descobrindo como lidar com a situação. Isso parece ser saudável para o cérebro, pensar sobre a situação de forma mais ativa e tentar amadurecer. [LiveScience]

Esboço de documento da Rio+20 tem promessas vagas sobre água e energia

Os governos reunidos para a Cúpula Rio+20, a Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, pretendem fazer promessas menos contundentes sobre a ampliação no acesso a água e energia, de acordo com um novo documento obtido pela BBC.
O texto está sendo costurado pelo governo brasileiro, que lidera as discussões do encontro no Rio de Janeiro. O Brasil quer que o documento seja assinado antes da chegada dos mais de 130 chefes de Estado, na quarta-feira.
O documento não foi distribuído oficialmente a jornalistas, apesar da promessa de que o evento no Rio seria "acessível" a todos.
O Brasil quer que os negociadores terminem de debater o texto até segunda-feira, o que permitiria um intervalo de um dia antes do começo das discussões envolvendo os chefes de Estado. Mas várias delegações – incluindo Estados Unidos, Canadá e o bloco G77, de países em desenvolvimento – já se opuseram a diversos elementos do texto.

Responsabilidades

As discussões preliminares estavam previstas para terminar na noite de sexta-feira, mas naquele momento apenas 37% do documento final havia sido acordado – o que levou o Brasil a refazer todo o texto.
O documento de 50 páginas obtido pela BBC concorda com a maioria dos princípios defendidos pelos países emergentes, mas não atende nenhuma das suas demandas por assistência financeira e tecnológica, que seria fornecida pelas nações ricas.
O texto é explicito ao acusar os países ricos de tentar diminuir seus compromissos com ajuda internacional: "Nós enfatizamos que é preciso progredir na implementação de compromissos prévios. É crítico que nós honremos todos os compromissos prévios, sem retrocessos".
A ONG ambientalista Amigos da Terra elogiou partes do documento, mas disse que ele ainda é insuficiente diante dos desafios globais.
"Diante dos esforços determinados de alguns países desenvolvidos, em particular dos Estados Unidos, de rasgar o acordo da Cúpula da Terra de 1992, esse texto parece impedir que andemos para trás", afirma Asad Rehman, da Amigos da Terra.
"Mas certamente ele não chega nem perto de abordar as preocupações das pessoas do nosso planeta. Diante de uma crise planetária tripla – catástrofe climática, aprofundamento na desigualdade global e consumo insustentável provocado por um sistema econômico quebrado – o texto não é nem ambicioso o suficiente, e nem fornece a vontade política necessária."

Energia

Outro trecho favorável aos emergentes afirma que países desenvolvidos e em desenvolvimento têm "responsabilidades comuns mas diferenciadas" no desenvolvimento sustentável.
O texto não faz nenhuma menção a números. Os países emergentes vêm pedindo investimentos de US$ 30 bilhões a US$ 100 bilhões para tornar as suas economias mais verdes.
A proposta do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, de fazer com que todas as pessoas no planeta tenham acesso a energias modernas até 2030 – através do aumento de fontes de energia renováveis – é apenas citada no texto, mas não recebeu nenhum tipo de endosso.
Também não há nenhuma promessa de acabar com os subsídios a combustíveis fósseis, como alguns queriam.
O documento afirma que é necessário criar medidas estatísticas alternativas ao PIB – que além de medir apenas a produção de bens em serviços também leve em conta o impacto ambiental das atividades econômicas.
Para Erica Carroll, da ONG Christian Aid, é positivo que o documento reconheça que países ricos e pobres possuem responsabilidades diferentes, "mas nós gostaríamos de ver apoio mais forte para que todos no mundo tenham acesso a energia sustentável, e mais entusiasmo por alternativas ao PIB".

Água

Ativistas pedem que a Cúpula reconheça o direito de todos os seres humanos de ter acesso a comida e água. O direito à comida – que sofre resistência do governo americano – está no texto final, mas o trecho que fala sobre água é mais ambíguo.
"O direito à água e saneamento é essencial para que se possa aproveitar a vida e outros direitos humanos plenamente", afirma Farooq Ullah, do grupo Stakeholder Forum, que promove a participação de acionistas de empresas em iniciativas ambientais da ONU.
"Resoluções prévias da ONU faziam ressalvas; e um dos sucessos da Rio+20 é que o Canadá e a Grã-Bretanha reconheceram pela primeira vez o direito universal à água e saneamento – respectivamente. Então é um mistério como os brasileiros perderam esse acordo."

Teste genético é criticado por avaliar “pureza racial”

Escândalo científico na Hungria avalia origens e reaviva noções discriminatórias
por Alison Abbott e revista Nature
T. Kovacs, MTI/AP

Oficiais húngaros se uniram nesta semana para condenar a violência étnica e os ataques antissemitas, incluindo uma agressão contra o ex-Rabino-Chefe, em 5 de junho. Mas surgiu um motivo para mais introspecção: um escândalo científico relembrando noções desacreditadas sobre pureza racial.

O Conselho de Pesquisa Médica da Hungria (ETT), que assessora o governo em políticas de saúde, pediu que o Ministério Público investigasse uma companhia de diagnósticos genéticos que certificou que um membro do parlamento não tinha ascendência cigana ou judia.

A pessoa em questão é do partido de extrema-direita Jobbik, que recebeu 17% dos votos na eleição geral de abril de 2010. Aparentemente, ele requisitou o certificado da firma Nagy Gén Diagnostic and Research, em Budapeste. A empresa produziu o documento em setembro de 2010, poucas semanas antes das eleições locais.

O certificado – com o nome da pessoa apagado – surgiu em um site no mês passado e atraiu a mídia húngara. Um dos parceiros financeiros da Nagy Gén, Tibor Benedek – três vezes medalha de ouro em polo aquático olímpico e membro de uma proeminente família judaica – imediatamente se retirou da empresa.

O secretário da ETT, József Mandl, diretor de química médica da Semmelweis University em Budapeste, diz que o certificado é “profissionalmente errado, eticamente inaceitável e ilegal”. O conselho discutiu o problema em 7 de junho e concluiu que o teste viola a Lei de Genética de 2008, que só permite testes desse tipo para fins de saúde.

“A posição do conselho é importante”, aponta Lydia Gall, pesquisadora do grupo de direitos civis Human Rights Watch, da Europa Oriental e dos Bálcãs, que mora em Amsterdã. “Na Hungria houve muitos crimes violentos contra ciganos e atos de antissemitismo nos últimos anos”, reforça ela. Políticos que tentam usar testes genéticos para provar que são “puramente húngaros” alimentam as chamas do ódio racial, adiciona ela.
A Nagy Gén verificou 18 posições no genoma do membro do parlamento procurando variantes que, segundo a empresa, são características de grupos étnicos ciganos e judeus; seu relatório conclui que uma ancestralidade cigana ou judaica pode ser descartada. O certificado adiciona: “Para uma interpretação do resultado do teste e para consultas genéticas relativas à árvore genealógica, favor contatar-nos quando conveniente”.

A Nagy Gén não respondeu emails e telefonemas da Nature para comentar o assunto. Uma declaração em seu site, porém, alega que os jornais relataram a história “de maneira incompleta” e aponta a recomendação do certificado para consultas posteriores. A declaração argumenta que a companhia “rejeita todas as formas de discriminação, então não tem o direito de julgar os propósitos para os quais um indivíduo usará os resultados de seu teste. Então, por razões éticas, não poderia ter se recusado a realizá-lo”.

O certificado apareceu pela primeira vez em um site de direita, que descreveu a intenção por trás do teste genético como “nobre”, apesar de ter questionado a ciência. Depois de o blog de notícias Petőfi utca republicar o certificado em 14 de maio, a Sociedade Húngara de Genética Humana publicou uma declaração condenando o teste. István Raskó, diretor do Instituto de Genética da Academia Húngara de Ciências, em Szeged, e vice-presidente da sociedade, explica ser impossível deduzir as origens de variações genéticas a partir de alguns poucos locais do genoma. “Esse teste não faz sentido nenhum e o assunto é muito nocivo à profissão da genética clínica”, declara.

O contrato de locação da Nagy Gén com a Eötvös Loránd University se encerrou este mês, disse György Fábri, porta-voz da universidade. “A universidade não está comentando o assunto publicamente porque isso não é da nossa conta – nossos pesquisadores não tiveram contato com a empresa”. Em uma declaração escrita, ele adicionou que a universidade “rejeita completamente” o abuso de resultados científicos para promover a discriminação e o ódio.

 

Total de visualizações de página

 
Desenvolvido por Othon Fagundes