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12 de jun. de 2018

Estudar demais pode causar miopia?



Exame oftalmológico
"Professora, sua aula está me deixando míope?"
Pode parecer uma pergunta despropositada, mas há ciência por trás dela.
Um novo estudo publicado no periódico British Medical Journal diz haver "fortes evidências" de que, quanto mais anos estudamos, maior será nossa necessidade de usar óculos.
A crença de que estudar demais faz mal para os olhos é antiga, mas ninguém havia ainda provado isso.
Afinal, não seria considerado algo ético submeter crianças a horas e mais horas de estudo em um lugar fechado só para ver o resultado e, assim, testar a teoria.
Mas cientistas da Universidade de Bristol e de Cardiff, na Inglaterra, usaram um recurso para contornar esse problema: analizaram 68 mil pessoas e seu DNA.

Um grau de miopia

Algumas pessoas têm genes que tornam mais provável que elas se tornem míopes, enquanto outras têm genes que as tornam predispostas a estudar por mais tempo.
Os cientistas mostraram que estas últimas tinham mais chance de ficarem míopes, mas que os genes ligados à miopia não tornavam mais provável que uma pessoa estudasse por mais tempo.
Os pesquisadores apontam que, em média, cursar uma faculdade até o fim pode fazer com que a pessoa tenha um grau de miopia a mais em comparação com quem parou de estudar aos 16 anos.
Isso é relativamente pouco, mas suficiente para que uma pessoa precise de óculos para dirigir, por exemplo.
Em casos mais graves, a miopia pode elevar o risco de deslocamento de retina e degeneração macular, que gera uma piora gradual da visão. Em ambos os casos, há o risco de se ficar cego.

'Para educar melhor'

Isso não significa que as pessoas devem parar de estudar, diz a cientista Denize Atan, que participou da pesquisa.
ÓculosDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionClaridade de espaços abertos ajuda a prevenir problemas de visão
"Obviamente, queremos que as pessoas frequentem a escola, mas queremos estimular uma discussão sobre como educar melhor nossas crianças."
Os pesquisadores destacam, ainda, que não sabemos o impacto que novas tecnologias, como smartphones e computadores, têm sobre nossa visão.
O estudo foi realizado com pessoas que entraram em idade escolar há mais de 50 anos, então, os efeitos da vida moderna sobre o desenvolvimento dos olhos ainda são desconhecidos.
Isso porque pesquisas realizadas na Ásia apontam que ficar ao ar livre protege nossa visão, porque a claridade ajuda os olhos a se desenvolverem normalmente e previne a miopia.
Então, o tempo que hoje passamos em ambientes fechados preocupa Atan. "Podemos estar criando problema no futuro", diz.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-44403970

4 de jun. de 2018

Após terapia experimental, médicos dizem que mulher em estágio terminal está livre do câncer

A vida de uma mulher com câncer de mama em estágio considerado terminal foi salva por um tratamento pioneiro, que consiste na aplicação de 90 bilhões de células imunológicas cujo objetivo é combater o tumor.
segundo pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer nos EUA, o tratamento ainda é experimental, mas pode ter efeito transformador em todas as terapias de combate ao câncer.
A mulher em questão é a americana Judy Perkins, 49 anos, que havia recebido, dois anos atrás, o prognóstico de que teria apenas três meses de vida restantes. A moradora da Flórida tinha câncer de mama em estágio avançado, que estava se espalhando - já havia tumores do tamanho de uma bola de tênis em seu fígado e em outras partes do corpo - e não havia mais perspectiva com tratamentos convencionais.
Hoje, porém, não há vestígios do câncer em seu corpo, segundo médicos. E Judy tem aproveitado a vida viajando e praticando canoagem.
"Cerca de uma semana depois (do tratamento pioneiro), eu comecei a sentir algo. Eu tinha um tumor no peito e conseguia senti-lo encolher", diz Judy à BBC. "Uma ou duas semanas depois, ele desapareceu."
Ela lembra que, ao fazer o primeiro exame após passar pelo tratamento, viu a equipe médica "saltitando de empolgação".
Foi quando ela soube que teria uma chance de cura.

'Droga viva'

O tratamento a que Judy foi submetido consiste em uma "droga viva", feita a partir das próprias células dela, em um dos centros de referência de pesquisa de câncer do mundo.
"É o tratamento mais altamente personalizado que se possa imaginar", diz à BBC o médico Steven Rosenberg, chefe de cirurgias no Instituto Nacional do Câncer dos EUA.
A terapia ainda dependerá de uma grande quantidade de testes até que possa ser amplamente usada, mas começa da seguinte forma: o tumor do paciente é analisado geneticamente, para que sejam identificadas as raras mutações que podem tornar o câncer visível ao sistema imunológico do corpo - e que podem, portanto, ser formas de combater os tumores.
No caso de Judy, das 62 anormalidades genéticas do seu câncer, apenas quatro eram potencialmente atacáveis pelo sistema imunológico.
Na verdade, o sistema imunológico já está, naturalmente, combatendo os tumores, mas está perdendo as batalhas.
Por isso, o passo seguinte dos pesquisadores é analisar os glóbulos brancos (as células imunológicas do corpo) para extrair as que são capazes de atacar o tumor.
Essas células serão, então, reproduzidas em enormes quantidades em laboratório.
Judy recebeu 90 bilhões de suas próprias células, junto com medicamentos que "retiram os freios" do sistema imunológico.
Com isso, "as mesmas mutações que provocam o câncer acabam se tornando seu calcanhar de Aquiles", diz Rosenberg.
Direito de imagemGETTY IMAdy foi tratada com uma injeção de 90 bilhões de suas próprias células imunológicas



'Mudança de paradigma'

Vale lembrar, porém, que os resultados animadores vêm por enquanto desse único caso isolado, e pesquisas em populações maiores serão necessárias para confirmar a validade do tratamento.
O desafio, até agora, na terapia imunológica contra o câncer é que ela às vezes funciona muitíssimo bem em alguns pacientes, mas sem beneficiar a maioria dos doentes.
"(O tratamento) é altamente experimental, e estamos apenas começando a aprender a aplicá-lo, mas potencialmente ele vale para qualquer câncer", afirma Rosenberg.
"Ainda há muito trabalho a fazer, mas há potencial para uma mudança de paradigma no tratamento de câncer - uma droga sob medida para cada paciente. É muito diferente de qualquer outro tratamento."
Os detalhes do caso de Judy Perkins foram publicados no periódico Nature Medicine.
Para o médico Simon Vincent, diretor de pesquisas da organização Breast Cancer Now, os resultados são "extraordinários".
"É a primeira oportunidade de ver esse tipo de imunoterapia (agindo) contra o tipo mais comum de câncer de mama", diz ele. "Potencialmente, pode-se abrir uma área completamente nova de tratamento para um grande número de pessoas."
Fonte:http://www.bbc.com/portuguese/geral-44358321

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