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17 de set. de 2010

Drogas psicodélicas para pacientes terminais?

or David Biello
iStockphoto.com © / Laurie Knight

Pode o princípio ativo dos "cogumelos mágicos" ajudar pessoas com câncer em estado terminal a enfrentar seu destino? Essa foi a pergunta de pesquisadores, que publicaram os resultados em 6 de setembro no Archives of General Psychiatry.

Nossa sociedade gasta tanto esforço evitando a morte que pode ser quase impossível lidar com essa realidade. Para tentar solucionar o problema, o psiquiatra Charles Grob, da UCLA, acompanhou 12 pacientes com câncer, dos quais 11 eram mulheres, entre junho de 2004 e maio de 2008. Todos sofriam de câncer fatal, de tipos que iam de mama a mieloma múltiplo, assim como transtornos de estresse agudo e de ansiedade generalizada por causa da proximidade da morte. Todos concordaram em tomar uma dose moderada (0,2 miligramas por quilo de peso corporal) de psilocibina para constatar se drogas psicodélicas poderiam oferecer algum alívio do medo da morte e da doença.

A decisão incomum do pacientes de aceitar essa terapia deve-se – segundo os autores – à morte iminente. Os pacientes foram levados ao hospital, conectados a um monitor cardíaco em uma sala decorada com cortinas de tecido e flores frescas. Alto-falantes tocavam músicas de sua escolha. Às 10 horas, no dia do tratamento, cada um dos 12 pacientes do estudo tomou a dose adequada de psilocibina por pílula. Os pesquisadores mediram então o funcionamento de vários órgãos vitais, até após a experiência psicodélica acabar, que durou cerca de seis horas.

Apesar de a frequência cardíaca e a pressão arterial subirem por causa da substância, nenhum paciente relatou uma "viagem ruim" e vários constataram redução "significativa" da ansiedade.

Os pacientes geralmente relataram que a substância ajudou-os a examinar as suas vidas e determinar "como dar uma resposta à expectativa de vida limitada". Infelizmente, a partir de publicação da pesquisa, 10 dos 12 indivíduos morreram. Mas ela sugere que o uso de drogas psicodélicas como a psilocibina pode ajudar a aliviar a ansiedade e o desespero existencial para os quais a medicina moderna, em grande parte, não encontrou outra maneira de tratar.

Menor cavalo-marinho do mundo está ameaçado de extinção


O vazamento de petróleo em um poço da BP ocorrido este ano no Golfo do México pode levar o menor cavalo-marinho do mundo à extinção, alerta a Sociedade Zoológica de Londres e a organização de conservação marinha chamada Project Seahorse.

O cavalo-marinho (Hippocampus zosterae), de no máximo 2,5 cm, pode ser encontrado apenas nas águas do oceano da costa do golfo. "Todas as populações de cavalo-marinho da região estão ou serão afetadas, mas o cavalo-marinho-anão tem o maior risco de extinção, pois grande parte do seu hábitat tem sido devastado pelo desastre", conta Amanda Vincent diretora do Project Seahorse.

De acordo com o Project Seahorse, o cavalo-marinho-anão é particularmente vulnerável, devido ao seu pequeno tamanho, hábitat limitado, dificuldade para migrar grandes distâncias e baixa taxa de natalidade.

Esses peixes ficam com seus companheiros durante a vida inteira, por isso mesmo a perda de um pai é duplamente perigosa para a saúde das espécies no longo prazo reprodutivo. E o derrame de petróleo em águas profundas ocorreu durante o tempo reprodutivo desses cavalos-marinhos.

Outro problema é que o cavalo-marinho-anão, ao contrário de outros, muitas vezes vive perto da superfície do oceano em tapetes flutuantes de algas marinhas. Além de o petróleo ter acumulado nesses tapetes, a BP queimou muitos deles para impedir que o óleo chegasse as praias. De acordo com o Project Seahorse, "a queima das esteiras já matou muitos animais marinhos, enquanto privam outros de seu hábitat e os expõe à toxicidade. A ‘grama’ do mar é vital para a saúde em longo prazo dos ecossistemas costeiros, abrigando animais marinhos como um viveiro de peixes, melhorando a qualidade da água”.

Os cavalos-marinhos-anões, também conhecidos como "duendes", são aquisições caras para os aquaristas. Um site os vende por US$ 75 cada e avisa aos clientes que são "muito delicados" e "só para especialistas."

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