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5 de nov. de 2019

Os alimentos que podem ajudar o cérebro a funcionar melhor

Alimentos de uma dieta mediterrânea.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionSegundo estudos, a dieta mediterrânea diminui os riscos de desenvolver Alzheimer
Uma alimentação de qualidade é peça-chave para nossa saúde em geral, e para o nosso cérebro, em particular.
"A alimentação é um dos poucos fatores de risco para doenças neurológicas passível de ser modificável e controlável", afirmou à BBC News Mundo (serviço da BBC em espanhol) o médico Gurutz Linazasoro, porta-voz da Sociedade Espanhola de Neurologia.
Os especialistas sinalizam que não há alimentos mágicos, mas que é importante manter um padrão de dieta equilibrada.

    "A dieta mais estudada atualmente é a mediterrânea. Sabe-se que ela diminui os riscos de desenvolver Alzheimer e Parkinson, além de doenças cardiovasculares e obesidade, que indiretamente também incide sobre a saúde cardiovascular."
    Uma dieta mediterrânea típica inclui bastante vegetais, frutas, legumes, cereais e produtos ricos em carboidratos como pão integral, massas e arroz integral.
    Há também quantidades moderadas de pescados, carne branca e alguns produtos lácteos, e cozimentos com azeite de oliva.
    Mas o especialista insiste que "a chave é comer alimentos saudáveis, com equilíbrio e moderação".
    Tendo em vista essas recomendações, do ponto de vista do funcionamento do cérebro há diversos nutrientes e alimentos importantes.

    Pescado azul

    O sistema nervoso, e concretamente o cérebro, tem tecidos muito ricos em água, mas também contêm um componente lipídico (ácidos graxos) bastante importante, explica o nutricionista Ramón de Cangas.
    Pescado azulDireito de imagemGETTY IMAGES
    Image captionPescados azuis são ricos em ácido graxo ômega-3, nutriente relacionado a uma menor deterioração cognitiva
    Os pescados azuis são ricos em ácido graxo ômega-3, e uma dieta rica neste nutriente "tem demonstrado trazer uma série de benefícios, como um menor declínio cognitivo e um menor risco de doenças como Alzheimer".

    Cítricos e verduras

    São alimentos ricos em vitamina C, que segundo diversos estudos estão associados a um melhor desempenho cognitivo.
    "Talvez seja devido à sua função antioxidante e em razão de participar da produção de neurotransmissores, as biomoléculas responsáveis ​​pela transmissão de informações de um neurônio para outro", explica o nutricionista.
    O mesmo ocorre com as bananas, ricas em piridoxina, uma forma de vitamina B6 que participa do metabolismo dos neurotransmissores.

    Cacau puro e canela

    São alimentos ricos em polifenóis, que "tem demonstrado resultados interessantes na prevenção da perda cognitiva por seu efeito antioxidante que protege os neurônios", afirmou Cangas.
    AbacatesDireito de imagemGETTY IMAGES
    Image captionAbacates possuem um tipo de ácidos graxos saudáveis para nosso cérebro

    Abacates

    Esse alimento, junto do azeite de oliva e de outras fontes de gorduras monoinsaturadas, é "interessante para paa prevenção da deterioração cognitiva justamente pela riqueza deste tipo de ácido graxo e também de certos fitoquímicos", afirmou o nutricionista.

    Nozes

    As nozes são excelentes fontes de proteínas e gorduras saudáveis.
    São ricas em um tipo de ácido graxo ômega-3 chamado ácido ácido alfa-linolênico, que ajuda a reduzir pressão arterial e protege as artérias. Isso é bom tanto para o coração quanto para o cérebro, afirma a Escola de Medicina da Universidade Harvard.
    nozesDireito de imagemGETTY IMAGES
    Image captionFrutas secas são fontes de proteínas e gorduras saudáveis

    Os três inimigos do cérebro

    O nutricionista ouvido pela reportagem insiste que a chave de tudo é a variedade, mas sem deixar de lado a moderação.
    "Não existem alimentos milagrosos nem dietas milagrosas, mas há sim inimigos para o cérebro, como o sal, o açúcar e as gorduras trans (encontradas em alimentos processados)."

    Sarampo faz corpo 'esquecer' como combater infecções, dizem cientistas

    Vírus do sarampoDireito de imagemSCIENCE PUBLIC LIBRARY
    Image captionO vírus do sarampo é altamente transmissível
    O sarampo tem um impacto devastador no sistema imunológico que pode debilitar por anos a capacidade do corpo de combater infecções, segundo demontraram recentes publicações de estudos científicos.
    O vírus que causa a doença pode levar também a uma "amnésia imunológica" — o que significa que o corpo esquece como combater os micro-organismos que antes sabia derrotar.
    O sarampo também reverte o sistema imunológico para um estágio "infantil", comprometendo sua capacidade de criar maneiras de combater novas infecções.
    Especialistas comentando os estudos apontaram que os resultados reforçam a importância da vacinação.

    O que é o sarampo?

    O sarampo é um vírus que causa inicialmente sintomas como coriza, espirros e febre.
    Alguns dias depois, acontece uma erupção cutânea que começa no rosto e se espalha pelo corpo.
    A maioria das pessoas se recupera, mas o sarampo pode causar sequelas por toda a vida. Pode ser também letal, principalmente se levar à pneumonia ou encefalite (inchaço no cérebro).
    Estima-se que 110.000 pessoas morram de sarampo a cada ano em todo o mundo.

    De onde vêm essas descobertas recentes?

    Os resultados vieram de análises detalhadas de casos de crianças não vacinadas em uma comunidade protestante ortodoxa na Holanda.
    Amostras de sangue foram coletadas das crianças e, posteriormente, em outra ocasião após um surto de sarampo em 2013.
    Erupção cutânea do sarampoDireito de imagemGETTY IMAGES
    Image captionAs manchas vermelhas são o sintoma mais óbvio do sarampo
    Grupos de pesquisa nos Estados Unidos, Reino Unido e Holanda se debruçaram sobre as amostras para avaliar o impacto do sarampo no sistema imunológico.
    O foco estava nos anticorpos, as pequenas proteínas que aderem a "invasores" para desarmá-los, e nos glóbulos brancos que as produzem.

    Como o sarampo destrói a memória imunológica?

    O sistema imunológico guarda uma memória dos invasores contra quem já lutou antes.
    Parte dessa memória é mantida nas células B, que são um tipo de célula imune especializada na produção de apenas um tipo de anticorpo.
    Mas o vírus do sarampo pode infectar e destruir essas células, causando a "amnésia imunológica".
    Com amostras de sangue de 77 crianças, pesquisadores da Escola Médica de Harvard conseguiram fazer um retrato incrivelmente detalhado disso usando uma ferramenta chamada VirScan — que é como uma vara de pescar altamente tecnológica com a capacidade de pegar milhares de tipos diferentes de anticorpos correndo em nosos corpo.
    Rastreando anticorpos antes e depois de uma infecção por sarampo, eles perceberam que, após a doença, as crianças perderam em média 20% de seu repertório de anticorpos.
    Uma criança em particular, que teve uma infecção mais grave pelo sarampo, perdeu 73% dos tipos de anticorpos que conseguia produzir antes. Estes e outros resultados foram publicados na Science.
    "O sarampo é como os primeiros 10 anos de uma infecção por HIV não tratada comprimida em poucas semanas. Essa é a dimensão do dano à memória imunológica", resumiu o pesquisador Michael Mina à BBC.

    Quão sério é isso?

    Nem todo anticorpo é importante.
    Um anticorpo pode ser um do grande grupo daqueles que fazem muito pouco, mas outro pode neutralizar completamente um intruso microscópico.
    "Se você excluir esse, terá um problema", explica o professor Stephen Elledge à BBC.
    Essencialmente, é um jogo de azar, mas quanto mais anticorpos são eliminados, maior a chance de atingir um "jogador crucial".
    E sem ele, seu corpo pode ficar vulnerável a infecções mais uma vez.
    No estudo, isso ficou evidenciado em um anticorpo em particular, que está desaparecendo em algumas crianças e tem a capacidade de neutralizar o vírus sincicial respiratório.
    AnticorposDireito de imagemGETTY IMAGES
    Image captionAnticorpos são proteínas em formato de Y que grudam na superfície de vírus
    Elledge diz que o sarampo é ainda mais perigoso do que se pensava, já que pode haver "cinco vezes ou mais mortes indiretas devido à amnésia imunológica".
    Os pesquisadores pensam que o maior problema está na África subsaariana, onde crianças desnutridas têm maior probabilidade de eliminar grandes áreas do sistema imunológico.
    Estudos não foram feitos ainda para provar isso, mas a equipe dos EUA teme que o número possa exceder 90% dos anticorpos.

    Como o sarampo dificulta o combate a novas infecções?

    Assim como as células B de memória, existem células B virgens (que não tiveram contato com o antígeno) — e é dessas que precisamos para combater algo novo.
    "Eles são a armadura que está embaixo", diz Velislava Petrova, do Instituto Sanger.
    Seu estudo, publicado na Science Immunology, analisou os casos de 26 crianças e também mostrou que o sarampo pode acabar com a memória de infecções anteriores.
    Mas sua pesquisa mostrou ainda que o vírus também afetou as células B virgens.
    Essas células têm seu DNA reorganizado — um processo chamado recombinação somática — para que o sistema imunológico possa produzir uma variedade de anticorpos de reserva para trabalharem contra novas infecções.
    Vacina tríplice viralDireito de imagemGETTY IMAGES
    Image captionA vacina tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola, previne a contaminação com a doença
    Os bebês começam produzindo uma gama muito restrita de anticorpos, que se tornam cada vez mais variados com a idade.
    O sarampo consegue pressionar o "botão de reinicialização", de modo que o sistema imunológico volta a ter apenas uma gama limitada de anticorpos para trabalhar.
    "O vírus do sarampo removeu células de memória imunológica criadas em resposta a outros patógenos que já haviam sido combatidos antes", explica Petrova.
    "Eles também reverteram o sistema imunológico ao estado de bebê, onde a capacidade de responder a novos patógenos é limitada."

    Quanto tempo duram esses efeitos?

    Os estudos mencionados concentraram-se apenas nas consequências imediatas de uma infecção por sarampo.
    No entanto, um estudo de 2015 dá algumas pistas sobre o que acontece a longo prazo.
    Foram analisados padrões de mortalidade em países ricos nos quais foi constatado que as crianças tinham maior probabilidade de morrer de dois a três anos depois por uma infecção por sarampo.
    Esses resultados sugerem que o sistema imunológico pode demorar muito para se recuperar completamente.
    Os prazos podem ser diferentes nos países mais pobres, onde as doenças se espalham mais rapidamente, sugerem os pesquisadores.

    O que pode ser feito em relação a isso?

    Há duas respostas para essa perguntas, e ambas estão relacionadas à vacinação.
    Estar imunizado contra o sarampo, na maior parte das vezes pela vacina tríplice viral, quase elimina o risco de contrair a doença.
    Mas se o sistema imunológico de alguém é devastado pelo sarampo, os pesquisadores sugerem que a pessoa talvez tenha que tomar suas vacinas de infância novamente.
    "Revacionar contra a poliomielite pode não parecer algo muito importante no Reino Unido ou nos Estados Unidos, mas é no Afeganistão (um dos poucos lugares onde a doença ainda é endêmica), então talvez você possa querer vacinar de novo", diz Mina.

    Há outas formas de memória imunológica?

    Sim.
    O estudo analisou apenas anticorpos e as células B que os produzem, mas também existe a memória das células T, que é igualmente importante.
    O sarampo pode infectar as células T também, mas os estudos sobre o que acontece com elas ainda não foram feitos.
    "Temos evidências anedóticas (pontuais, que não geram comprovação científica) que sugerem que a resposta das células T poderia ser afetada de uma maneira muito parecida", diz Mina.

    O que os especialistas dizem?

    O imunologista Arne Akbar, presidente da Sociedade Britânica de Imunologia, disse que os estudos são "minunciosos".
    Ele destaca a importância da descoberta de que a vacina tríplice viral, que contém uma versão enfraquecida do vírus, não causa "amnésia imunológica".
    "Então, é duplamente importante garantir que você e seus filhos estejam vacinados", diz ele.
    Liam Sollis, do Unicef (fundo da ONU para a infância), diz que quando um país perde o status de livre do sarampo, um surto é uma questão de tempo.
    "Vacinas são a forma mais segura e mais efetiva de se prevenir contra doenças altamente contagiosas", diz Sollis.

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    5 de set. de 2019

    A síndrome de Bardet-Biedl


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    síndrome de Bardet-Biedl é definida como uma desordem genética, de caráter autossômico recessivo, caracterizada por distrofia retiniana, polidactiliaobesidade, atraso mental e hipogenitalismo.
    No ano de 1866, Laurence e Moon descreveram uma condição genética na qual os indivíduos apresentam atraso mental, baixa estatura, hipogenitalismo, ataxia, paraplegia espástica e nistagmo. Outros também exibiam retinose pigmentar ou atrofia coroidiana. Anos depois, Bardet e Biedl descreveram uma síndrome composta por obesidade, polidactilia, retinose pigmenar, atraso mental e atresia anal. Tempos depois, Solis-Cohen e Weiss uniram as duas desordens, nomeando-a de Síndrome de Laurence-Moon-Biedl. Contudo, mais recentemente, foi estabelecido que as síndrome de Laurence-Moon e Bardet-Biedl tratam-se, na realizada, de patologias distintas.
    Estima-se que esta síndrome tem uma prevalência que varia de 1:17.500 a 1:160.000.
    Mutação em no mínimo 14 genes distintos pode levar à síndrome de Bardet-Biedl. Acredita-se que estes genes estão desempenham papéis importantes nas estruturas celulares denominadas cílios. Estes últimos são estruturas presente na superfície de diferentes tipos de células, envolvidos no movimento celular e em diferentes vias de sinalização química. Além disso, também são essenciais na percepção de estímulos sensoriais, como a visão, audição e olfato. Desta forma, defeitos nos cílios, resultam em alterações de todas essas funções.
    Mutações nos genes BBS levam à síndrome em questão. Aproximadamente 25% dos casos da síndrome são decorrentes de uma mutação no gene BBS1, enquanto que 20% dos casos são ocasionados por mutações no gene BBS10. Mutação em cada um dos outros genes BBS representa uma pequena porcentagem de todos os casos da doença.
    Uma das principais manifestações clínicas é a perda de visão, devido a alterações na retina. Esta perda inicia-se ainda na infância, primeiramente como perda da visão noturna, evoluindo para pontos cegos da visão periférica. Irá ocorrer, por conseguinte, a ampliação desses pontos cegos, levando a uma considerável perda da visão, ou até mesmo perda completa da visão.
    Obesidade é outra característica desta síndrome. O excessivo ganho de peso inicia-se, geralmente, na infância, passando a ser um problema para o resto da vida do indivíduo. Em associação com a obesidade, pode haver diabetes do tipo II, hipertensão, elevados níveis de colesterol e hipercolesterolemia.
    Outras manifestações clínicas desta síndrome incluem:
    • Polidactilia;
    • Atraso mental;
    • Anormalidades da genitália;
    • Anormalidades renais;
    • Problemas de fala;
    • Atraso no desenvolvimento das habilidades motoras;
    • Problemas comportamentais;
    • Características faciais peculiares;
    • Anormalidades dentárias;
    • Dedos anormalmente curtos e/ou fundidos dos pés;
    • Perda parcial ou completa do olfato;
    • Alterações hepáticas, cardíacas e gastrointestinais.
    O diagnóstico é clínico, havendo também a opção de teste molecular para 4 dos 14 genes envolvidos na síndrome identificados até o momento.
    O tratamento é somente sintomático e multidisciplinar. No entanto, não existe um tratamento para toda a sintomatologia presente nesta síndrome.

    SÍDROME DE HERMANSKY PUDLANK



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    síndrome de Hermansky-Pudlak trata-se de uma desordem genética, caracterizada pela presença simultânea de albinismo, problemas oculares e aumento do tempo de sangramento.
    Prevalece em Porto Rico e nos alpes suíços, tendo sido descrita primeiramente na Tchecoslováquia, no ano de 1959, por Hermansky e Pudlak. Estima-se que afete entre 1 em cada 500.000 a 1 em cada 1.000.000 de indivíduos no mundo todo.
    Este transtorno genético possui caráter autossômico recessivo, podendo a mutação encontrar-se em diferentes genes: HPS1, HPS3, HPS4, HPS5, HPS6, HPS7, AP3B1 e yHPS07.
    Nesta síndrome, a cor da pele e dos cabelos pode variar. A pele pode ser branca ou apresentar tom bege. Outros indivíduos podem apresentar sardas e cabelos que variam de amarelo a castanho claro. São raros os casos de pacientes com esta síndrome que apresentam cabelos escuros e pele clara.
    A cor dos olhos varia de azul a castanho. Podem estar presentes diferentes problemas oculares, incluindo:
    • Nistagmo;
    • Estrabismo;
    • Sensibilidade à luz;
    • Acuidade visual diminuída.
    As características desta síndrome são os sangramentos exacerbados, decorrentes de alterações nas plaquetas e acúmulo de pigmento ceroide nos lisossomos, fibrose pulmonar e colite granulomatosa.
    O diagnóstico é feito com base no quadro clínico do paciente, caracterizada por hipopigmentação da pele, dos cabelos e dos olhos, juntamente com a demonstração da ausência corpos densos à microscopia eletrônica de plaquetas. Atualmente também já estão disponíveis testes genéticos.
    Não existe cura para esta síndrome. O tratamento visa minimizar a sintomatologia presentes neste transtorno, melhorando, desta forma, a qualidade de vida do paciente.
    Fontes:

    SÍNDROME DE CHEDIAK HIGASHI

    Síndrome de Chédiak-Higashi

    (Síndrome de Chédiak-Higashi)

    Por 
    James Fernandez 
    , MD, PhD, Cleveland Clinic Lerner College of Medicine at Case Western Reserve University
    Resultado de imagem para síndrome de chediak higashi
    A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença hereditária muito rara caracterizada por infecções respiratórias bacterianas recidivantes e outras infecções além da falta de pigmento no cabelo, olhos e pele (albinismo).
    • As pessoas com a síndrome de Chédiak-Higashi geralmente têm pele branca, cabelo branco ou de cor clara e olhos azul acinzentado claro ou rosa.
    • Os médicos examinam uma amostra de sangue para verificar a presença de anormalidades e fazer testes genéticos para confirmar o diagnóstico.
    • O tratamento envolve antibióticos para prevenir infecções, outros medicamentos para ajudar o sistema imune a funcionar melhor e, se possível, transplante de células-tronco.
    A síndrome de Chédiak-Higashi é uma imunodeficiência primária. Em geral, é herdada como uma doença autossômica (não ligada ao sexo) recessiva. Isto é, são necessários dois genes para a doença, um do pai e um da mãe.
    As pessoas com a síndrome de Chédiak-Higashi são mais susceptíveis a infecções porque seus fagócitos não funcionam normalmente. Fagócitos são células que ingerem e matam micro-organismos.

    Sintomas

    Na síndrome de Chédiak-Higashi, há formação de pouco ou nenhum do pigmento melanina (denominado albinismo). A melanina dá cor à pele, olhos e cabelo. Normalmente, a pele é branca, o cabelo é claro ou branco, e os olhos podem ser rosa ou azul acinzentado claro.
    O distúrbio também pode causar problemas de visão. Por exemplo, a acuidade visual pode estar reduzida e os olhos podem ser sensíveis à luz (fotossensibilidade). Nistagmo, que causa visão turva, é comum. Neste caso, os olhos se movem repetidamente e rápido, em uma direção, depois voltam lentamente a sua posição original.
    A síndrome de Chédiak-Higashi também causa, comumente, úlceras na boca, gengivite e doença periodontal.
    As pessoas com a síndrome de Chédiak-Higashi também apresentam muitas infecções. Em geral, as infecções envolvem o trato respiratório, a pele e as mucosas orais.
    Em cerca de 80% das pessoas, a síndrome de Chédiak-Higashi progride causando febre, icterícia (a coloração amarela da pele e olhos) e hepatoesplenomegalia, edema de linfonodos e tendência a sangrar e formar hematomas facilmente. O distúrbio também pode afetar o sistema nervoso causando fraqueza, falta de jeito, dificuldade para andar e convulsões. Com o desenvolvimento desses sintomas, em geral a síndrome é fatal em 30 meses.

    Diagnóstico

    • Exame de uma amostra de sangue
    • Testes genéticos
    Uma amostra de sangue é colhida e examinada sob o microscópio. Certas anomalias nos glóbulos brancos do sangue sugerem síndrome de Chédiak-Higashi.
    O diagnóstico pode ser confirmado com testes genéticos usando uma amostra de sangue.
    Como este transtorno é muito raro, os familiares só são triados se tiverem sintomas sugerindo a síndrome de Chédiak-Higashi.

    Tratamento

    • Antibióticos para prevenir infecções
    • Interferon gama e, às vezes, corticosteroides
    • Transplante de células-tronco
    O tratamento da síndrome de Chédiak-Higashi envolve antibióticos para ajudar a prevenir infecções e interferon gama (um medicamento que modifica o sistema imunológico) para ajudar o sistema imunológico a funcionar melhor.
    Por vezes, o uso de corticosteroides e a remoção do baço (esplenectomia) aliviam os sintomas temporariamente.
    Contudo, a menos que seja feito um transplante de células-tronco, a maioria das pessoas morre de infecção até os sete anos de idade. O transplante de células-tronco de um doador com o mesmo tipo de tecido pode curar esses pacientes. Em geral, as crianças recebem quimioterapia antes do transplante (quimioterapia de condicionamento pré-transplante) para reduzir o risco de rejeição. Cerca de 60% das crianças estão vivas cinco anos após o transplante.
    Última revisão/alteração completa junho 2018 por James Fernandez, MD, PhD
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