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11 de nov. de 2009

QUE HISTÓRIA É ESSA DE GRIPE SUÍNA?

A gripe suína é uma forma de gripe que tem início nos porcos e passa para o ser humano. O surto atual vem sendo causado por um vírus composto por segmentos dos genes humano, da ave e do porco, com alto grau de letalidade. É a primeira vez que esta combinação genética ocorre e, por isso, ainda não há vacina contra a doença.A gripe suína se parece com a gripe normal. O indivíduo tem dor de cabeça, dores musculares e nas juntas, ardor nos olhos, febre acima de 39 ºC, raramente apresenta diarréia, e com início abrupto. Como o contágio da gripe suína é feito por meio de gotículas de saliva.No Brasil, ainda não existe um método para diagnosticar o vírus específico da gripe suína. Só é possível o diagnóstico, por causa da comparação feita com o vírus causador da gripe, o influenza, seja ele suíno ou não.Ainda não há também uma vacina contra a gripe suína. Porém, está sendo desenvolvida uma vacina que vai proteger contra várias outras formas de gripe de vírus que estão circulando pelo mundo e que têm mais chances de acontecer agora.É preciso ter cuidado. O vírus apresenta um estágio de latência por volta dos sete dias, o que pode levar a um falso diagnóstico negativo.

PREVENÇÃO: · Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência nas áreas afetadas. Substituir sempre que necessário;· Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável;· Evitar locais com aglomeração de pessoas;· Evitar o contato direto com pessoas doentes;· Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;· Evitar tocar olhos, nariz ou boca;· Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar;· Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países;· Não usar medicamentos sem orientação médica;


3 de nov. de 2009

células tronco



















O que são células-tronco?Células-troncos são células mestras que têm a capacidade de se transformar em outros tipos de células, incluindo as do cérebro, coração, ossos, músculos e pele.O que são células-tronco embrionárias?Células-tronco embrionárias são aquelas encontradas em embriões. Essas células têm a capacidade de se transformar em praticamente qualquer célula do corpo. São chamadas pluripotentes. É essa capacidade que permite que um embrião se transforme em um corpo totalmente formado. Cerca de cinco dias após a fertilização, o embrião humano se torna um blastocisto-uma esfera com aproximadamente 100 células. As encontradas em sua camada externa vão formar a placenta e outros órgãos necessários ao desenvolvimento fetal do útero. Já as existentes em seu interior formam quase todos os tecidos do corpo. Estas são as células-tronco de embriões usadas nas pesquisas.O que são células-tronco adultas?Esse nome é um erro, porque são encontradas em tecidos maduros, no corpo de crianças e adultos. As células-tronco de adultos são mais especializadas que as embrionárias e dão origem a tipos específicos de células. São chamadas multipotentes. Algumas pesquisas sugerem que as células-tronco adultas podem se transformar em tipos muito mais variados de células do que se supunha anteriormente.Qual a fonte de células-tronco embrionárias?Os cientistas geralmente obtém essas células de embriões descartados em clínicas de fertilidade. Os embriões criados pelo espermatozóide e óvulo de um casal -- e que não são implantados no útero nem destruídos pela clínica -- podem servir como fontes de células-tronco.Quais os possíveis usos médicos das células-tronco?As qualidades de transformação das células-tronco podem representar tratamentos para muitas doenças que afetam milhões de pessoas no mundo. Por exemplo, uma injeção de células-tronco no cérebro de um portador de mal de Parkinson pode regenerar as funções dos neurônios do paciente e levar à cura. Outras terapias podem incluir diabete, mal de Alzheimer, derrames, enfartes, doenças sanguíneas ou na espinha e câncer.Que outros usos médicos são possíveis?Com o uso dessas células, os cientistas poderiam testar os efeitos terapêuticos e colaterais de drogas em tecidos humanos, sem ter a necessidade de utilizar animais. As células-tronco poderão também ser usadas no tratamento de problemas genéticos.As células-tronco de embriões são melhores que as adultas?Não se sabe por enquanto. Apesar de poder crescer em quantidade ilimitada em laboratório, as células embrionárias podem ser rejeitadas pelo sistema imunológico do paciente quando transplantadas, podendo inclusive gerar tumores. Como as células-tronco adultas oferecem a possibilidade de ser retiradas do próprio paciente, evita-se o risco de rejeição. No entanto, ainda há dúvidas sobre sua capacidade de transformação em outras células. Além disso, sua produção em laboratório na quantidade necessária é mais difícil.A que a polêmica diz respeito?Para algumas pessoas, como grupos religiosos e antiaborto, a destruição de um embrião é o mesmo que matar um ser humano.
As células-tronco são classificadas como:Totipotentes ou embrionárias - São as que conseguem se diferenciar em todos os 216 tecidos (inclusive a placenta e anexos embrionários) que formam o corpo humano.
Pluripotentes ou multipotentes - São as que conseguem se diferenciar em quase todos os tecidos humanos, menos placenta e anexos embrionários. Alguns trabalhos classificam as multipotentes como aquelas com capacidade de formar um número menor de tecidos do que as pluripotentes, enquanto outros acham que as duas definições são sinônimas.
Oligopotentes - Aquelas que conseguem diferenciar-se em poucos tecidos.
Unipotentes - As que conseguem diferenciar-se em um único tecido.Quais as funções naturais das células-tronco no corpo humano?Elas funcionam como células curingas, ou seja, teriam a função de ajudar no reparo de uma lesão. As células-tronco da medula óssea, especialmente, têm uma função importante: regenerar o sangue, porque as células sangüíneas se renovam constantemente.Onde ficam as células-tronco?As células-tronco totipotentes e pluripotentes (ou multipotentes) só são encontradas nos embriões.
As totipotentes são aquelas presentes nas primeiras fases da divisão, quando o embrião tem até 16 - 32 células (até três ou quatro dias de vida). As pluripotentes ou multipotentes surgem quando o embrião atinge a fase de blastocisto (a partir de 32 -64 células, aproximadamente a partir do 5.o dia de vida) - as células internas do blastocisto são pluripotentes enquanto as células da membrana externa do blastocisto destinam-se a produzir a placenta e as membranas embrionárias.
As células-tronco oligopotentes ainda são objeto de pesquisas, mas podemos dizer como exemplo que são encontradas no trato intestinal.
As unipotentes estão presentes no tecido cerebral adulto e na próstata, por exemplo.O que torna a célula-tronco capaz de formar um tecido ou outro?A ordem ou comando que determina, durante o desenvolvimento do embrião humano, que uma célula-tronco pluripotente se diferencie em um tecido específico, como fígado, osso, sangue etc, ainda é um mistério que está sendo objeto de inúmeras pesquisas.

2 de nov. de 2009

EXERCÍCIOS -EVOLUÇÃO


1-Sobre os conceitos básicos de evolução, são feitas as seguintes afirmativas:
I. A forma do corpo de uma foca e do pinguim, que os adapta bem à natação, é exemplo de
irradiação adaptativa.
II. Danças nupciais em peixes, canto de insetos e coaxar de sapos são exemplos de isolamento
reprodutivo.
III. "O bicho-pau pode viver nas árvores pois se assemelha a um galho" é uma frase que apresenta
uma concepção darwinista de evolução.
Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.

2-A competição por um recurso de disponibilidade limitada é um dos pressupostos do conceito de
seleção natural na teoria evolutiva de Darwin. Sobre esta declaração, é correto afirmar que é:
a) verdadeira, pois o conceito de seleção natural do organismo melhor adaptado pressupõe que os
predadores mais eficazes levem suas presas à extinção.
b) falsa, pois apenas a competição interespecífica por um recurso de disponibilidade limitada
contribui efetivamente para o conceito de seleção natural.
c) verdadeira, pois apenas em decorrência da competição por um recurso de disponibilidade
limitada é que há a seleção do organismo melhor adaptado.
d) verdadeira, pois tanto a competição intra-específica quanto a interespecífica são comportamentos
que apresentam um alto grau de expressividade gênica.
e) falsa, pois apenas a competição intra-específica por um recurso de disponibilidade limitada
contribui efetivamente para o conceito de seleção natural.
3-As cobras estão entre os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil,
principalmente na área rural. As cascavéis ('Crotalus'), apesar de extremamente venenosas, são
cobras que, em relação a outras espécies, causam poucos acidentes a humanos. Isso se deve ao ruído de seu "chocalho", que faz com que suas vítimas percebam sua presença e as evitem. Esses animais Só atacam os seres humanos para sua defesa e se alimentam de pequenos roedores e aves. Apesar disso, elas têm sido caçadas continuamente, por serem facilmente detectadas.
Ultimamente os cientistas observaram que essas cobras têm ficado mais silenciosas, o que passa a
ser um problema, pois, se as pessoas não as percebem, aumentam os riscos de acidentes.
A explicação darwinista para o fato de a cascavel estar ficando mais silenciosa é que
a) a necessidade de não ser descoberta e morta mudou seu comportamento.
b) as alterações no seu código genético surgiram para aperfeiçoá-Ia.
c) as mutações sucessivas foram acontecendo para que ela pudesse adaptar-se.
d) as variedades mais silenciosas foram selecionadas positivamente.
e) as variedades sofreram mutações para se adaptarem à presença de seres humanos.

4.Se os filhos de atletas nascessem com corações maiores que a média da população, isso seria
considerado um reforço para a teoria
a) neodarwinista.
b) da seleção natural.
c) da sobrevivência do mais apto.
d) da luta pela reprodução diferencial.
e) da herança dos caracteres adquiridos.

5-Leia os trechos seguintes, extraídos de um texto sobre cor de pele na espécie humana.
A pele de povos que habitaram certas áreas durante milênios adaptou-se para permitir a produção de vitamina D. À medida que os seres humanos começaram a se movimentar pelo Velho Mundo há cerca de 100 mil anos, sua pele foi se adaptando às condições ambientais das diferentes regiões. A cor da pele das populações nativas da África foi a que teve mais tempo para se adaptar porque os primeiros seres humanos surgiram ali.("Scientific American Brasil", vol. 6, novembro de 2002.)
Nesses dois trechos, encontram-se subjacentes ideias
a) lamarckistas.
b) darwinistas.
c) neodarwinistas.
d) da Teoria Sintética da Evolução.
e) sobre especiação.
6-Numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
1 - Lamarckismo
2 - Darwinismo
( ) A falta de função do 3º molar (ciso) nos seres humanas, decorrente dos seus hábitos
alimentares, tem induzido seu desaparecimento.
( ) Para que mamíferos cetáceos se adaptassem à natação, suas patas foram aos poucos se
transformando em nadadeiras.
( ) O uso constante de antibióticos em hospitais tem contribuído para a seleção de um número
crescente de bactérias resistentes a eles.
( ) Para se proteger de predadores, o bicho-pau desenvolveu forma e cor semelhante à de galhos
secos.
Marque a alternativa que atribui a cada afirmação a respectiva ideia ou teoria evolutiva.
a) 1, 2, 1, 2
b) 1, 1, 2, 1
c) 1, 2, 1, 1
d) 2, 2, 1, 2
e) 1, 1, 2, 2
7-Analise o texto abaixo:
"Em todo animal que não tenha ainda se desenvolvido completamente, o uso frequente a repetido de um órgão qualquer fortalece, pouco a pouco, esse órgão, desenvolve-o, aumenta-o, tornando-o mais forte, com uma força proporcional ao tempo de uso, enquanto o desuso de tal órgão enfraquece-o aos poucos, deteriora-o, diminui progressivamente suas faculdades e acaba por fazê-lo desaparecer."(Filosofia Zoológica,1809)
O texto acima deve ser atribuído a
a) Darwin, para explicar a seleção natural.
b) Lamarck, para explicar o criacionismo.
c) Mendel, para explicar a genética.
d) Darwin, para explicar o evolucionismo.
e) Lamarck, para explicar o evolucionismo.
8-Em relação à evolução biológica de coelhos de uma determinada região:
I - O coelho evoluiu de ancestrais de orelhas curtas que se desenvolveram gradativamente pelo
esforço do animal em ouvir a chegada dos predadores.
II - Os ancestrais dos coelhos apresentavam tamanhos variáveis de orelhas; o predatismo dos
carnívoros selecionou aqueles de orelhas mais longas.
III - Os coelhos de orelhas longas conseguem deixar um maior número de descendentes que os de
orelhas curtas.
IV - Os coelhos de orelhas longas, adquiridas pela necessidade de perceber a aproximação dos
predadores, transmitem essa característica para seus descendentes.
Considerando as afirmativas acima, selecione a alternativa correta:
a) I e II são lamarckistas e III e IV são darwinistas.
b) II e III são lamarckistas e I e IV são darwinistas.
c) I e IV são lamarckistas e II e III são darwinistas.
d) III e IV são lamarckistas e I e II são darwinistas.
e) I e III são lamarckistas e II e IV são darwinistas.
9-Analise a lista:
Carl Linée (Lineu) - (1707-1778)
Natureza dos Estudos Desenvolvidos
Propôs um modelo para a classificação biológica moderna baseado nas semelhanças e
diferenças entre estruturas dos seres vivos.
Comentários
A proposta de classificação de Lineu foi logo deixada de lado pelos biólogos, uma vez que
hoje a espécie é tomada como ponto de partida para classificação.
Robert Kock (1843-1910)
Natureza dos Estudos Desenvolvidos
Kock tornou-se muito conhecido pelos seus trabalhos sobre origem da vida, defendendo a
geração espontânea.
Comentários
Suas pesquisas na área da medicina levaram-no à descoberta do bacilo da tuberculose.
Gregor Mendel (1822-1884)
Natureza dos Estudos Desenvolvidos
Seus trabalhos sobre a transmissão de características hereditárias não foram valorizados de
imediato pela comunidade científica, logo após a sua publicação.
Comentários
As descobertas de Mendel forneceram elementos importantes para a formulação das teorias
neodarwinistas sobre o processo evolutivo.
Charles Darwin (1809-1882)
Natureza dos Estudos Desenvolvidos
Publicou o livro "A Origem das Espécies", no qual propõe um mecanismo consistente para
explicar o processo evolutivo.
Comentários
Os estudos de Mendel foram decisivos para que Darwin elaborasse a teoria da evolução e
sugerisse como se dá o processo de seleção natural.
James Watson (1928- )
Natureza dos Estudos Desenvolvidos
Juntamente com Francis Crick (1916-2004) inventou uma técnica que permitiu manipular a
molécula de DNA, iniciando assim a era da engenharia genética.
Comentários
Seus trabalhos fundaram as bases da biologia molecular e sem suas propostas
revolucionárias não seriam possíveis os testes de paternidade, os estudos sobre os genomas, os
transgênicos e a clonagem.
a) Selecione, entre os cientistas citados, um, para o qual a descrição da natureza dos estudos
desenvolvidos, esteja correta, e outro, cuja descrição da natureza dos estudos desenvolvidos esteja
errada. Neste último caso, justifique por que a descrição está errada.
Correta: Charles Darwin.
Errada: Robert Kock.
Justificativa: Trabalhou com o bacilo da tuberculose e não com a origem da vida.
b) Considerando os dois cientistas escolhidos em (a), responda se os comentários apresentados,
sobre os estudos que eles desenvolveram, condizem com a realidade. Justifique sua resposta.
Os comentários sobre Charles Darwin não condizem com a realidade, já que Darwin não
utilizou os trabalhos de Mendel.
Os comentários sobre Robert Kock são verdadeiros, já que foi descobridor do bacilo da
tuberculose.
10-Quando se considera o processo evolutivo, se tem em mente que as populações experimentam
um conjunto de mudanças ao longo do tempo. Sobre esse tema, analise as proposições com
verdadeiro ou falso.
( ) As mutações podem ser favoráveis, indiferentes ou desfavoráveis, dependendo do ambiente
em que vivem os organismos mutados.
( ) Casamento entre pessoas aparentadas (cruzamentos consanguíneos) aumenta a frequência de
alelos deletérios na população.
( ) A seleção natural atua sobre a diversidade genética intra-específica; os indivíduos mais bem
adaptados ao ambiente são selecionados.
( ) A semelhança entre a estrutura interna da asa do morcego e a do membro superior humano é
indicativa do tipo de evolução denominado 'convergência adaptativa'.
( ) O acaso pode provocar alterações significativas na frequência de diferentes alelos.
V F V F V
11-Os registros fósseis evidenciam que a conquista do ambiente terrestre pelos seres vivos ocorreu
na era paleozóica, a partir do ambiente aquático.
a) Explique por que a conquista do ambiente terrestre pelos animais foi posterior à dos vegetais.
Os animais, por serem heterotróficos, necessitavam de ambiente com disponibilidade de
alimentos orgânicos que somente se tornaram disponíveis com a colonização do continente
pelos vegetais, que são autotróficos e capazes de sintetizar substâncias orgânicas a partir de
substâncias inorgânicas (água, gás carbônico e sais minerais) e energia solar. Nesse processo,
os vegetais liberam o oxigênio para a atmosfera, transformando-a de redutora para oxidante,
condição propícia para os animais aproveitarem de maneira mais eficiente os carboidratos na
respiração aeróbica. Além disso, a combinação de moléculas de oxigênio, formando o ozônio,
permitiu que raios ultravioleta fossem filtrados, diminuindo a incidência desse tipo de
radiação sobre a superfície terrestre.
b) Explique duas características morfofisiológicas que permitiram a ocupação do ambiente terrestre pelos animais.
Poderão ser escolhidas duas destas opções, entre outras:
1. Desenvolvimento de exoesqueleto quitinoso, impermeável à água, para evitar dessecação do
corpo quando em contato com a atmosfera.
2. Desenvolvimento de escamas epidérmicas recobrindo o corpo, como no caso dos répteis,
para evitar dessecação quando em contato com a atmosfera.
3. Desenvolvimento de sistema de locomoção adequado à ocupação do novo ambiente (patas
e/ou asas), permitindo a busca de novas fontes de alimentos e novos hábitats, bem como a fuga
para longe dos predadores.
4. Desenvolvimento de respiração traqueal, pulmonar e cutânea adequadas à ocupação do
novo ambiente.
5. Desenvolvimento de fecundação interna e o ovo revestido por "casca" para proteção contra
dessecação.
13-Na busca por uma maior produção de grãos, agrônomos selecionaram artificialmente uma
variedade de trigo que produzia 80% mais grãos que as variedades até então cultivadas. Essa
variedade apresentava caule mais curto, de modo que a maior parte do nitrogênio fornecido na
forma de adubo era utilizada pela planta para a produção de grãos. Em pouco tempo os agricultores de uma determinada região abandonaram as variedades antigas e passaram a plantar apenas sementes dessa nova variedade. No entanto, não se sabia que a nova variedade era muito sensível às flutuações climáticas, especialmente a altas temperaturas.
a) Estabeleça relações entre a possível consequência a seleção de uma única variedade para plantio
sobre a diversidade genética do trigo cultivado naquela região e sobre a capacidade do trigo de
responder às alterações ambientais.
Uma única variedade de trigo diminui a probabilidade de adaptação, no caso de alterações
ambientais. Com maior número de variedades, a chance de algumas sobreviverem às
alterações é maior
.
b) O aumento da concentração de CO‚ na atmosfera está relacionado a um fenômeno global que
vem preocupando a comunidade científica e a sociedade em geral nos últimos tempos. Comente os
possíveis efeitos dessa alteração global sobre a produção de grãos da variedade de trigo
mencionada. Qual a importância da manutenção de banco de genes?
O efeito estufa é uma alteração que poderia levar esta variedade a extinção. Um banco de
genes garante a variabilidade genética
.

14-No processo evolutivo, centenas de espécies podem ser criadas em um tempo relativamente
curto. Esse fenômeno é conhecido como radiação adaptativa. No grupo dos répteis, ocorreu uma
grande radiação adaptativa após o aparecimento da fecundação interna e do ovo amniótico; muitas
espécies desse grupo surgiram e ocuparam o habitat terrestre.
Explique por que o ovo amniótico facilitou a ocorrência dessa radiação adaptativa.
Os ovos dos répteis protegem os embriões da desidratação e permitem a reprodução fora do
ambiente aquático, possibilitando a colonização dos ambientes terrestres.

15-Os tigres de dentes-de-sabre são mamíferos extintos. Esses animais possuíam caninos superiores muito desenvolvidos, em forma de sabre. Um fato menos conhecido é que houve várias espécies de mamíferos placentários com dentes-de-sabre.
O diagrama a seguir mostra a filogenia provável dos tigres de dentes-de-sabre placentários
'Barbourofelis' e 'Smilodon'.
A presença da característica dentes-de-sabre em 'Barbourofelis' e 'Smilodon' representa um caso de homologia ou de analogia? Justifique sua resposta.
Analogia. Os ancestrais de cada um desses animais não possuíam essa característica, que
surgiu posteriormente. Os dentes de-sabre surgiram independentemente nos dois grupos, após
a separação dos ancestrais de 'Nimravidae' e 'Felidae'.
16-"Os antepassados dos golfinhos tinham patas, que, de tanto serem usadas para a natação, foram
se transformando em nadadeiras."
a) A frase acima está de acordo com a teoria de Lamarck ou com a teoria de Darwin? Justifique,
relacionando a teoria escolhida com a frase.
Lamarck porque preconiza que as "patas" do golfinho se transformaram em nadadeiras, pelo
uso exagerado, para se adaptar ao ambiente aquático.

b) Por que a frase está em desacordo com a teoria não escolhida?
A frase está em desacordo com a teoria de Darwin porque os golfinhos foram selecionados
nesse ambiente, dentre as variações produzidas pelos seus ancestrais.

17-Desde 1995 alguns estados norte-americanos estão excluindo o ensino da teoria de evolução
biológica dos seus currículos escolares alegando, entre outras razões, que ninguém estava presente
quando a vida surgiu na Terra. Alguns cientistas defendem a teoria da evolução argumentando que, se é necessário "ver para crer", então não poderemos acreditar na existência dos átomos, pois estes também não podem ser vistos. (Adaptado da "ISTO É")
a) Apresente três evidências que apoiam a teoria da evolução biológica.
Evidências da evolução biológica:
- fósseis;
- bioquímica comparada;
- existência de estruturas vestigiais;
- homologias;
- embriologia comparada.

b) A mutação gênica é considerada um dos principais fatores evolutivos. Por quê?
Evidências da evolução biológica:
A mutação gênica é a fonte de novos genes, o que determina a variabilidade dentro dos grupos
biológicos, sobre a qual age a seleção natural.



A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução.

As Teorias evolutivas

Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se , entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin. Atualmente, foi formulada a Teoria sintética da evolução, também denominada Neodarwinismo, que incorpora os conceitos modernos da genética ás idéias essenciais de Darwin sobre seleção natural.

A teoria de Lamarck
Jean-Baptiste Lamarck ( 1744-1829 ), naturalista francês, foi o primeiro cientista a propor uma teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia zoológica.Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais:

Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos : alterações provocadas em determinadas características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes.
Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas.
A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro básico: as características adquiridas não são hereditárias.Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.
A teoria de Darwin
Charles Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, indenticos entre si.
Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.
O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.
Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.
Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
Assim , ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.
A abordagem de Darwin sobre a evolução era bastante distinta daquela de Lamarck, como pode ser visto no esquema a seguir:
A teoria sintética da evolução
A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes.
A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Para melhor compreender esta definição , é importante conhecer o conceito biológico de espécie: agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos.
Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode ter populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são potencialmente intercruzantes.
A definição biológica de espécie só é valida para organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em espécies.
Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não existe um indivíduo igual ao outro. Execeções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos, mas mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á ação do meio.
A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla.
A compeensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na freqüência dos genes dessa população. Os fatores que determinam alterações na freqüência dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos , pode ser alterado.
O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim , quanto maior é a variabilidade genética.
Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos duas categorias:Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica, mutação cromossônica , recombinação;Fatores que atuam sobre a variabilidade genética jás estabelecida : seleção natural, migração e oscilação genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies.
Fonte: http://www.biologia-ar.hpg.ig.com.br/

Evolução dos Seres Vivos
Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), cientista francês, acreditava que os seres vivos tinham de se transformar para melhor se adaptarem ao ambiente. Assim, ele explicava que as girafas, no passado, tinham pescoço curto e, à medida que escasseava o alimento mais rasteiro, eram forçadas a esticar o pescoço para comer as folhas do alto das árvores. Com isso, o pescoço foi se desenvolvendo pelo uso freqüente e a característica adquirida (pescoço cada vez mas longo) foi se transmitindo aos descendentes, de geração em geração. Depois de séculos, as girafas tinham, então, o longo pescoço que observamos nas girafas atuais.
Essa hipótese, para explicar como se desenvolveu o longo pescoço das girafas, não é aceita pela ciência. Você verá a seguir por que ela é considerada incorreta.
Os últimos dinossauros desapareceram há cerca de 65 milhões de anos e os primeiros seres da nossa espécie só surgiram no planeta há aproximadamente 200 mil anos. Nenhum ser humano, portanto, jamais conviveu com os dinossauros.
Os dinossauros dominaram a Terra
Os dinossauros dominaram a Terra durante aproximadamente 140 milhões de anos. Tinham formas e tamanhos diferentes. Alguns viviam em manadas. Uns eram herbívoros, outros carnívoros.
O Tyrannosaurus rex, era um temido predador. Com seus quinze metros de comprimento e dentes serreados de até dezoito centímetros, pertencia ao grupo dos terópodes. Os terópodes eram carnívoros e andavam sobre as duas patas posteriores. Suas patas anteriores (braços) eram curtas e a cabeça grande suportava longas mandíbulas.
Com a cabeça ocupando um terço do corpo, o Triceratops pesava até cinco toneladas e tinha nove metros de comprimentos. Era o maior dinossauro do grupo dos ceratopsídeos, dinossauros com chifres e um folho no pescoço. Os ceratopsídeos eram herbívoros e andavam em manadas.
Com 26 metros de comprimento e quinze toneladas de peso, o Diplodocus pertencia ao grupo dos saurópodes, os maiores animais que já habitaram a Terra. Eles eram herbívoros.
Os estegossauros pertenciam ao grupo de dinssauros que possuíam fileiras de placas nas costas e enormes espinhos na causa. Tinham cabeça e cérebro muito pequenos em relação ao corpo e também eram herbívoros.
Outros animais e plantas do passado
Além dos dinossauros, temos conhecimento da existência de outros animais e plantas do passado, como, por exemplo, o Arqueópterix, as samambaias gigantes e os ictiossauros. Os cientistas ainda tem dúvidas se o Arqueópterix foi um réptil do passado, um dinossauro com asas ou uma ave primitiva. A primeira hipótese é a que parece ser a mais provável.
O que é um fóssil?
Hoje podemos conhecer paisagens e seres vivos da Terra primitiva reconstituídos em histórias fantásticas de filmes e revistas. Mas, cientificamente, como podemos saber se esses seres existiram mesmo? Quais eram as suas formas e os seus tamanhos?
A descoberta de ossos, dentes ou esqueletos inteiros de animais extintos, enterrados no solo ou incrustados em rochas, é que tornou possível esse conhecimento.
A esse tipo de restos ou simples vestígios (exemplo: pegadas) de seres vivos chamamos fóssil. Estudando os fósseis, podemos descobrir como eram esses seres e como viviam.
Raramente são encontrados fósseis de animais ou plantas inteiros. Em geral, só partes duras, como ossos, conchas e carapaças, ficam incrustadas na rocha. Algumas vezes, os poros dos ossos são preenchidos por minerais como a calcita, por exemplo, mantendo-se assim a forma original. Em outros casos, ocorre a substituição completa do material original por minerais como a sílica.
Há também outro tipo de fossilização muito importante, que é a preservação dos próprios animais e de plantas em âmbar. Esses organismos foram englobados pela resina de um certo tipo de planta há milhões de anos. Claro que só animais menores foram fossilizados dessa forma, pois não conseguiram escapar das gotas de resina. Mesmo pequenos vertebrados, no entanto, já foram encontrados dentro das pedras amarelas e translúcidas de âmbar.
A importância dos fósseis
Estudando os fósseis e comparando-os com os seres atuais, os cientistas descobriram que os animais e os vegetais foram se modificando através dos tempos. Enquanto alguns tipos se extinguiram, outros sofreram transformações, dando origem aos que conhecemos atualmente.
O estudo dos fósseis auxilia a compreensão das modificações sofridas pelas espécies de seres vivos através dos séculos.
Seres vivos e adaptação
O rato-canguru é um pequeno roedor que vive no deserto. Durante o dia, esconde-se em tocas profundas e relativamente frias, saindo apenas à noite em busca do alimento. As fezes desse rato são relativamente secas e seus rins produzem uma urina muito concentrada, com pouca água. Não possuem glândulas sudoríparas e, portanto, não suam.
Nos desertos, o dia costuma ser muito quente e a disponibilidade de água é pequena. Escondendo-se de dia em tocas frias e perdendo pouca água através de fezes secas e de urina concentrada, além de não suar, o rato-canguru consegue viver e se reproduzir no deserto. Diz-se, então, que ele está adaptado às condições desérticas, isto é, possui uma série de características que contribuem para a sua sobrevivência e reprodução naquele ambiente.
Da mesma maneira, as raposas do Ártico estão adaptadas para viver naquele ambiente, onde o frio é muito intenso. Entre outras características, esses animais possuem muitos pêlos longos e lanosos e uma grossa camada de gordura sob a pele. Esses pêlos e a camada gordurosa dificultam muito as perdas de calor para o meio, contribuindo para a manutenção de temperatura do corpo.
Mas ratos-cangurus provavelmente não sobreviveriam no Ártico, nem raposas-árticas no deserto. Na natureza, s seres vivos estão adaptados ao ambiente em que vivem. Num outro ambiente ou quando o ambiente em que vivem muda, as mesmas características que lhe eram favoráveis podem se mostrar inúteis e até mesmo prejudiciais.
Por isso quando vemos informações através dos meios de comunicação que uma região vai ser inundada, por exemplo, para a construção de uma usina hidrelétrica e que o meio-ambiente sofrerá conseqüências, estamos falando que os animais adaptados àquela região provavelmente irão morrer em razão da mudança de habitat e condições climáticas.
O conceito de seleção natural
Em uma cidade inglesa chamada Manchester, em meados do século XIX, antes da industrialização da cidade, viviam mariposas de uma certa espécie: algumas claras e outras escuras. Mas o número de mariposas claras era muito maior.
Depois que a cidade se industrializou, verificou-se o contrário: o número de mariposas escuras passou a ser muito maior. O que teria acontecido?
Antes da industrialização da cidade, o ar não era poluído. Não havia fuligem escura das fábricas; os troncos das árvores eram recobertos por liquens claros. Nesse ambiente de "fundo claro", as mariposas claras passavam mais despercebidas do que as escuras, quando posavam, por exemplo, numa árvore. Assim, pássaros insetívoros visualizavam melhor e devoravam mais as mariposas escuras. Dai, o grande números de mariposas claras em relação às escuras. A coloração clara era, portanto, uma característica favorável para as mariposas que viviam naquele ambiente.
Mas veio a industrialização. E o ambiente mudou. A poluição praticamente eliminou os claros liquens que recobriam o tronco das árvores. A fuligem contribuiu para dotar o ambiente de um "fundo escuro". Nessa nova situação, eram as mariposas escuras que passavam mais despercebidas; as claras, facilmente identificadas pelos pássaros, eram mas devoradas. O número de mariposas escuras, então, se tornou maior e a sua coloração passou a representar a característica favorável.
Pelo exposto acima, podemos concluir que as mariposas apresentavam uma variabilidade de cores: algumas eram claras e outras eram escuras. O ambiente atuou selecionando essa variabilidade: antes da industrialização da cidade, as mariposas claras eram as mais bem adaptadas ao meio; tinham maiores chances de sobreviver e de gerar um maior número de descendentes. Depois da industrialização da cidade, o ambiente mudou e o critério de seleção também mudou: as mariposas escuras é que passaram a ser as mais bem adaptadas ao meio.
Chama-se seleção natural esse mecanismo de o ambiente selecionar os organismos que nele vivem; os indivíduos portadores de características favoráveis tem maior chance de sobreviver e deixar descendentes férteis, enquanto os portadores de características desfavoráveis tendem a ser eliminados, pois terão menos chances.
O conceito de seleção natural foi idealizado pelo cientista inglês Charles Darwin. A teoria da evolução tornou-se realmente aceitável para o mundo científico somente depois do trabalho desse cientista.
O que é evolução?
O processo de transformação pelo qual passam os seres vivos, incluindo a origem de novas espécies e a extinção de outras através dos tempos, chama-se evolução. Esse processo vem acontecendo desde que a vida surgiu na Terra.
Como vimos no capítulo anterior, acredita-se que os primeiros seres vivos surgiram no mar há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. Eram seres relativamente simples, unicelulares e heterotróficos.
Milhões de anos depois surgiram os seres unicelulares que já fabricavam seus próprios alimentos, usando a luz como fonte de energia. Muito tempo depois é que apareceram os seres pluricelulares, como as plantas e os animais.
Mas como surgem as diferentes características existentes entre uma espécie e outra de seres vivos? Mesmo entre seres de uma mesma espécie, por que, por exemplo, algumas mariposas são claras e outras escuras?
As várias características de um ser vivo são determinadas pelo material genético existente em suas células. Esse material genético compreende o conjunto dos genes que esse ser vivo possui. Os genes são formados pro substâncias chamadas de ácidos nucléicos. Simplificando, podemos dizer que temos, por exemplo, genes que determinam a cor dos nossos olhos, genes responsáveis pela cor de nossa pele, etc.
Acontece que os vários genes de um indivíduo podem ter sua estrutura alterada de maneira espontânea ou pela ação, por exemplo, de certas substâncias. Essas alterações que o material genético pode sofrer são chamadas de mutações.
As mutações permitem, então, o surgimento de características novas, que podem ser favoráveis ou não para a adaptação de um organismo no ambiente em que vive. Por meio da seleção natural, o ambiente modela uma determinada espécie, preservando os organismos que possuem características favoráveis para viver nele e permitindo que essas características sejam transmitidas a seus descendentes.
Reprodução sexuada e variabilidade genética
Não só as mutações proporcionam variabilidade genética. A reprodução sexual também propicia uma grande mistura genética. Um indivíduo (macho ou fêmea) tem capacidade de produzir muitos tipos diferentes de gametas. Cada gameta irá unir-se - misturar seu material genético - a outro, que terá outra cominação genética, e assim por diante.
Pense numa cadela, por exemplo, que tenha várias ninhadas, cada uma de um pai, um macho, diferente. Resultado: poderão nascer filhotes muito diferentes uns dos outros, quanto ao tamanho, cor, tipo de pêlos, etc.
Conclusão
Os seres vivos se transformam ao longo dos séculos. As mutações e a reprodução sexuada, por exemplo, podem alterar as suas características; estas podem ser transmitidas de geração a geração.
O ambiente seleciona os seres que nele vivem. Indivíduos de uma determinada espécie, que possuam características favoráveis, tendem a sobreviver e deixar descendentes férteis, enquanto outros que não tem essas características tendem a ser eliminados, pois terão menores chances.

Teoria da Seleção Natural

Por Krukemberghe Fonseca
A Teoria da Seleção Natural, ponto central da Teoria Moderna da Evolução Biológica, foi desenvolvida por Charles Darwin para explicar a evolução das espécies, segundo a qual nem todos os indivíduos de uma população têm a mesma expectativa de sobreviver e de se reproduzir. A seleção não representa um evento biótico ao acaso, porém é permanente sobres todas as populações, significando uma pressão ambiental específica de um ecossistema em associação a fatores genéticos, resultando em transformações no decorrer do tempo, capazes de garantir a prevalência de um ser vivo, conforme suas vantagens (aptidões) em detrimento a um outro organismo desprovido de adaptações que assegurem sua permanência. Assim, os mais adaptados, em posterior ou vigente situação ecológica, ou seja, em tempo geológico pretérito (passado) ou contemporâneo (atual), são selecionados segundo a mesma condição (característica), expressando sua resistência vital, transferida aos descendentes, em oposição à eliminação daqueles cujo atributo é desvantajoso, provocando a morte do indivíduo e extinção de um grupo. Contudo, esse mecanismo não representa um sistema constante e estável, existindo situações onde um componente genético desfavorável (genótipo anormal), se sobressai em relação ao alelo em geral favorável (genótipo normal). Exemplo tipificado pela ocorrência da anemia falciforme em território Africano, onde portadores de hemácias anômalas, quando infectados por malária, manifestam expectativa de vida consideravelmente superior a indivíduos com hemácias normais e contaminados pelo plasmódio (gênero do protozoário transmissor da malária). Portanto, o ambiente viabiliza a manutenção ou supressão das espécies, conservando, maximizando ou minimizando a freqüência de um gene, a ponto de suprimi-lo do genoma de uma população, por intervenção de fatores como competição intra-específica alimentar e reprodutiva principalmente.


EVOLUÇÃO









Antes que a teoria da evolução de Charles Darwin fosse aceita como correta pelo meio científico (e isso só aconteceu uns cem anos depois de sua morte) vários outros pesquisadores (alguns nem tanto…) criaram teorias para tentar explicar a evolução dos seres vivos. Um deles foi Jean – Baptiste Pierre Antoine de Monet (1744-1829).
Também conhecido como Chevalier de Lamarck, o naturalista francês que ainda estudou medicina, física e meteorologia, publicou a teoria que hoje chamamos de “lamarckismo” no seu livro “Philosophie Zoologigue” (1809).
A teoria de Lamarck baseou-se em dois princípios básicos: o conceito de que é uma característica intrínseca dos seres vivos evoluírem para um nível de complexidade e perfeição cada vez maiores, motivo pelo qual Lamarck acreditava que os seres haviam evoluído de microorganismos simples originados de matéria não viva (teoria da geração espontânea, bastante popular na época de Lamarck), para organismos mais complexos; O segundo princípio foi o do “uso e desuso”, que o foi o ponto crucial da teoria de Lamarck e dizia, basicamente, que o que não é usado atrofia e o que é usado se desenvolve sendo passado para as gerações futuras. Ou seja, órgãos, membros e outras características dos seres vivos que fossem usadas acabariam se desenvolvendo e passando de geração para geração. Ocorrendo a transmissão hereditária das características adquiridas.
Entretanto a publicação em 1859 de “A origem das espécies” , de Charles Darwin, abalou o fundamento principal da teoria de Lamarck afirmando que a evolução das espécies se daria pelo processo de seleção natural e não pelo uso e desuso. Segundo a teoria de Darwin algumas pequenas variações nos organismos surgiriam ao acaso e, caso essas variações os tornassem mais aptos que os outros organismos estes sobreviveriam transmitindo suas características aos seus descendentes. Ou seja, na teoria de Lamarck o uso acarretaria a evolução, já na teoria de Darwin a evolução se daria pelo acaso aliado a seleção natural.
Para simplificar, vamos usar um exemplo bastante comum para explicar a teoria de Lamarck: imagine que as girafas, antigamente, tinham pescoços bem menores que o das girafas atuais e que, por isso, elas tivessem que esticar seus pescoços repetidamente para alcançar as copas das árvores e se alimentar. Esse movimento constante de estiramento do pescoço (uso) teria causado um alongamento no pescoço das primeiras girafas e, por isso, seus descendentes teriam nascido com pescoços mais longos que seus pais e assim sucessivamente até originar as girafas de pescoço longo que vemos atualmente.
Já Darwin explicaria de outra forma: segundo sua teoria entre as girafas de antigamente com pescoços pequenos teriam nascido, aleatoriamente, alguns indivíduos com pescoço mais longo o que faria com que conseguissem alcançar a comida na copa das árvores. Já as girafas que nasceram com pescoço pequeno não conseguiriam alcançar a comida e morreriam de fome ou simplesmente ficariam em desvantagem na hora de acasalar. Assim, apenas as girafas de pescoço longo conseguiriam procriar transmitindo suas características para seus descendentes e estes para as próximas gerações.
Aqui, ambas as teorias concordam que as características seriam transmitidas para as gerações posteriores e gradativamente sendo aperfeiçoadas. Ou seja, Lamarck não estava completamente errado, mas seu erro foi crucial para que sua teoria caísse por terra.
O fato é que a teoria de Lamarck caiu em descrédito e a teoria da evolução de Darwin, hoje chamada de “Teoria da Evolução Sintética” é que foi aceita como verdadeira pelos cientistas.

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