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4 de out. de 2013

PRÉ ENEM


Remédio para pressão alta pode ajudar a tratar câncer, diz pesquisa

Um medicamento normalmente usado contra pressão alta pode ajudar a combater o câncer ao abrir os vasos sanguíneos em tumores sólidos, segundo um novo estudo.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, usada em conjunto com drogas convencionais de combate ao câncer, o medicamento losartan poderia elevar a expectativa de vida dos pacientes.
Após testar a técnica com sucesso em camundongos, os pesquisadores pretendem agora dar losartan a pacientes com câncer no pâncreas para ver se conseguem o mesmo resultado no combate a tumores de tratamento difícil.
Atualmente, só 5% dos pacientes com câncer no pâncreas sobrevivem mais de cinco anos após o diagnóstico. Isso ocorre porque somente um em cada dez pacientes com a doença tem um tumor capaz de ser operado.

Voluntários

Os pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, estão atualmente recrutando pacientes voluntários com tumores no pâncreas que não podem ser operados para testar a nova combinação de quimioterapia com losartan.
O tratamento não deve ser capaz de curá-los, mas os pesquisadores acreditam que a técnica poderia dar a eles mais meses ou anos a mais de vida.
O losartan vem sendo usado há mais de uma década como um medicamento seguro para tratar pressão alta.
Ele age relaxando ou dilatando os vasos sanguíneos para que possam suportar um fluxo maior de sangue, baixando a pressão.
A equipe de pesquisadores de Massachusetts descobriu que o medicamento era benéfico em camundongos com câncer de mama ou no pâncreas.
Ele melhora o fluxo sanguíneo dentro e no entorno dos tumores, permitindo que uma quantidade maior das drogas de quimioterapia atinjam seu alvo.

Cientista sugere que vida começou em Marte

Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra.
A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos – RNA, DNA e proteínas – sempre foi alvo de especulação acadêmica.
As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.

Hostil

Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.
Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.
Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.
Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.
Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA.
O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.
"É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida", diz Benner.
"Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante."
Meteorito que veio de Marte
Meteorito que veio de Marte, achado na Antártida, tinha vida primitiva
Segundo ele, isso é "outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta".
Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida.
"As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha", disse Benner à BBC.
"Por sorte, acabamos aqui – já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje."

'Blitz de saúde' pode retardar envelhecimento das células, diz estudo

Cientistas de uma universidade americana descobriram que uma mudança completa de estilo de vida pode reverter o envelhecimento das células.
Eles encontraram indícios de que uma rotina rígida de exercícios físicos, dieta e meditação podem reduzir o ritmo de envelhecimento celular.

 

O estudo foi publicado na revista científica Lancet Oncology.
Os cientistas afirmaram, contudo, que as conclusões ainda não são definitivas.
A pesquisa avaliou 35 homens com câncer de próstata. Aqueles que mudaram seu estilo de vida apresentaram células mais novas em termos genéticos.

Estudo

Os pesquisadores observaram mudanças visíveis nas células de um grupo de 10 homens que adotou uma dieta à base de vegetais e seguiu à risca uma rotina recomendada de exercícios físicos.
Eles também passaram a fazer meditação e ioga, com o intuito de se livrar do estresse.
Segundo os cientistas, as mudanças estão relacionadas às capas protetoras nas extremidades dos cromossomos, chamadas telômeros.
O papel desses dispositivos é proteger a extremidade do cromossomo e prevenir a perda de informação genética durante a divisão celular.
À medida que o ser humano envelhece e suas células se dividem, os telômeros diminuem de tamanho – sua estrutura fica enfraquecida, enviando uma espécie de "mensagem" às células para que elas parem de se dividir e morram.
Os pesquisadores sempre se questionaram se esse processo seria inevitável ou poderia ser interrompido ou mesmo revertido.
O professor Dean Ornish e sua equipe mediram a extensão dos telômeros no começo do estudo e depois de cinco anos.
No grupo de 10 homens com baixo risco de câncer de próstata que mudou o estilo de vida, o comprimento dos telômeros aumentou cerca de 10%.
Comparativamente, a extensão dos telômeros diminuiu, em média, 3% no grupo restante de 25 homens que não adotaram qualquer mudança em seus hábitos.

Envelhecimento celular

Telômeros menores estão associados a uma ampla gama de doenças relacionadas à idade, incluindo cardiopatias e vários tipos de câncer.
O estudo não analisou se as mudanças no estilo de vida e no comprimento dos telômeros tiveram um impacto na evolução do câncer, mas os pesquisadores afirmam que isso ainda será objeto de investigação.
Segundo Ornish, "as implicações desse estudo podem ir além de homens com câncer de próstata. Se validado por estudos controlados feitos de forma aleatória em larga escala, essas mudanças de estilo de vida podem reduzir significativamente o risco de uma grande variedade de doenças e de mortalidade precoce".
"Nossos genes, e nossos telômeros, são uma predisposição, mas não necessariamente o nosso destino".
Lyn Cox, especialista em bioquímica na Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmou que não foi possível chegar a nenhuma conclusão a partir do estudo, mas acrescentou: "No geral, no entanto, as descobertas desse relatório de que as mudanças no estilo de vida podem ter um efeito positivo nos marcadores da idade amparam os benefícios pela adoção de hábitos de vida mais saudáveis".
Especialistas afirmam que a redução do comprimento dos telômeros não é a única explicação para o envelhecimento humano.
Humanos, por exemplos, têm telômeros mais curtos do que primatas e ratos, mas vivem mais.
Estudos realizados anteriormente mostraram que pessoas que levam uma vida sedentária podem envelhecer mais rápido, uma vez que seus telômeros diminuem de tamanho a um ritmo também mais veloz.BBC

Pré ENEM


Aula de ampo


BANCAS DE MONOGRAFIA


Curso modulado - Sexualidade e saúde reprodutiva - UNINASSAU


Os 10 temas que mais caem na prova de biologia do Enem

O que mais cai no Enem: 1. Fisiologia / Corpo Humano

1.As questões de Fisiologia e Corpo Humano abordadas no Enem são mais voltadas para o cuidado com o corpo e o autocuidado. Saúde pública e todos os assuntos relacionados com as condições de equilibro do corpo são, em geral, as que mais aparecem.
 
2.O que mais cai no Enem: 2. Ecologia
Já em ecologia, a prova cobra principalmente a questão das estruturas dos ecossistemas e como os organismos que constituem esses ecossistemas lidam com os nutrientes. "O estudante deve se dedicar a entender o fluxo de energia e a ciclagem dos materiais pelos ecossistemas, como o ciclo do carbono e o ciclo de nitrogênio",
 
3.O que mais cai no Enem: 3. Genética / Evolução
As questões sobre o tema envolvem genética básica, com a intenção de testar a compreensão do estudante sobre os fenômenos da hereditariedade. "Não são questões trabalhosas, a genética no Enem serve de pano de fundo para os mecanismos que possibilitam a evolução das espécies
 
4.O que mais cai no Enem: 4. Meio Ambiente
Todos os conteúdos dentro da Biologia que remetam à sustentabilidade podem aparecer no Enem, especialmente a responsabilidade no uso dos recursos. As questões, de acordo com Angela, visam promover a reflexão do candidato sobre as alternativas de conduta, atitude e comportamento. "Essa são as questões que valem mais dentro da TRI. As mais valorizadas são aquelas em que o aluno precisa escolher entre alternativas nas quais ele tem que se posicionar quanto a um problema ambiental",
 
5.O que mais cai no Enem: 5. Água
O tema água é recorrente no Enem porque vem sendo discutido há muitos anos sem apresentar resultados na conscientização. A professora Angela aconselha os alunos a estudarem o básico, como ciclo da água e mudanças de estado. "No entanto, de novo, aqui é cobrado o posicionamento socioambiental. É fundamental que o candidato lembre-se das atitudes que garantem uma maior economia de água, o uso racional. Uma boa dica é revisar as medidas que podem contribuir para a não degradação das fontes de água doce"
 
6.O que mais cai no Enem: 7. Bactérias
As questões que abordam bactérias são mais relacionadas com saúde, como, por exemplo, como a biotecnologia permite melhores condições de vida. "O Enem propõe muitas questões que exigem que o aluno mostre o quanto sabe sobre prevenção, então cai vacinação, questões de imunologia, anticorpos... O candidato precisa saber o que é uma vacina, como ela é produzida
 
7.O que mais cai no Enem: 8. Análises / Interpretações
De acordo com a professora, nesse sentido o Enem tem sido realmente insistente, para que o aluno seja capaz de interpretar informações fornecidas por meio de outros recursos que não o texto. "Nas ciências da natureza aparecem muitos gráficos, resumos esquemáticos, histogramas... O estudante tem que interpretar qualquer tipo de informação e traduzi-las em uma conclusão coerente"
 
8.O que mais cai no Enem: 9. Animais
Os animais aparecem na prova com o objetivo de aferir se o aluno entende a biodiversidade e conhece as características principais dos grupos de seres vivos que habitam o planeta. "As questões são bem pontuais, a ideia é medir o quanto o estudante conhece da morfologia dos vários grupos de animais. As questões não são voltadas para a memorização, e sim para a análise e associação entre grupos, especialmente pelo parentesco"
 
9.O que mais cai no Enem: 10. Biodiversidade
A biodiversidade é tratada no Enem como maneira de aferir até que ponto o candidato teve noções básicas de variedade biológica. "Quase sempre aparecem questões brincando com as eras geológicas, que estão relacionadas com dois eixos: o conhecimento da constituição dos organismos, por meio da estrutura orgânica dos cinco reinos, e as noções do estudante de que esses seres se originaram de formas primitivas",

Cientistas encontram 'botão cerebral' para curar jet lag

Uma pesquisa feita por cientistas japoneses dá um passo na direção da busca de um remédio que possa ajustar rapidamente o relógio biológico do corpo para evitar o jet lag e as dores do trabalho por turnos alternados.

A equipe de pesquisadores da Universidade de Kyoto descobriu o que seria uma espécie de "botão de religar" o relógio biológico dentro do cérebro.



O estudo, publicado na na publicação científica Science, mostrou que esse botão poderia ser usado para mudar o relógio biológico para um novo fuso horário em apenas um dia.

Especialistas disseram que os pesquisadores estão próximos a uma solução na busca para uma cura do jet lag.

Há relógios pelo corpo e um "relógio mestre" no cérebro, colocando o corpo em sintonia com o mundo ao redor dele para fazer as pessoas dormirem à noite.

Qualquer pessoa que tenha trabalhado em diferentes turnos ou voos de longa distância já experimentou ter o sono interrompido e padrões de fome de um corpo que está fora de sintonia com o nascer e o pôr do sol.

O relógio usa a luz como ajuda para manter a noção do tempo, mas ele é teimoso e só se ajusta lentamente.

A regra aproximada é que o corpo leva um dia inteiro para se acostumar com cada faixa de fuso horário que o viajante cruza. Isso significa que seria necessária, por exemplo, toda uma semana para que o corpo se adapte ao relógio após um voo de Londres para Pequim.

Solte-se


A equipe no Japão descobriu uma forma de tornar o "relógio mestre" de uma forma um pouco mais flexível.

Um grupo de 10 mil células cerebrais – que juntas são do tamanho de um grão de arroz – se falam constantemente para manter um estrito controle sobre o tempo.

Os cientistas descobriram que interferindo com os receptores do hormônio vasopressina, essencialmente uma espécie de "ouvido" das células do cérebro, que as permite ficar em contato com as vizinhas, deixam que o relógio mude rapidamente.

Ratos modificados geneticamente que não tinham receptores de vasopressina conseguiram ajustar seus relógios biológicos depois de uma diferença de oito horas no período de um dia – enquanto ratos normais demoraram seis dias.

Resultados semelhantes foram então obtidos por camundongos normais tratados com um remédio.

Notável


Os autores da pesquisa concluíram: "Estudos mostraram que jet lag crônico e turnos de trabalho rotativos podem aumentar o risco individual de desenvolver hipertensão, obesidade e outras desordens metabólicas".

"Nossos resultados identificam a vasopressina, sinalizando como um possível alvo terapêutico para lidar com o desalinhamento do rítmo circadiano (relógio biológico)".

Michal Hasting, um pesquisador de relógio biológico do Conselho de Pesquisa Médica, disse à BBC: "É um estudo notável, é realmente excitante para a nossa área".

"Houve muitas falsas promessas para a cura do jet lag, mas creio que agora eles estão próximos de encontrar o tesouro".

Porém ele alertou que os receptores de vasopressina também estão pesadamente envolvidos com a função renal. Então qualquer droga precisa ser cuidadosamente desenvolvida para atingir o relógio biológico sem prejudicar os rins.

Hastings disse ainda que com o desenvolvimento de uma sociedade com atividades 24 horas por dia, um remédio capaz de ajustar o relógio biológico pode, em teoria, melhorar a saúde de trabalhadores de turnos rotativos.

"A evidência epidemiológica que temos agora mostra que se um trabalhador passou sua vida fazendo turnos rotativos, tem maior risco de contrair certos tipos de câncer, doença cardiovascular ou síndromes metabólicas, como diabetes", diz.

BBC

ATIVIDADE - CEI MIRASSOL

1. Descreva a estrutura de uma mitocôndria

 2. Cite três semelhanças entre mitocôndrias e bactérias.
 Qual a hipótese que explica essas semelhanças?

 3. Qual a principal diferença entre a combustão e a respiração?

4. Explique como funciona a molécula de ATP durante o armazenamento e liberação de energia.

5. Escreva a equação geral da respiração, dizendo de onde vem a energia liberada nesse processo.

 6. Qual a função da molécula de NAD na respiração?

7. Como se chama e onde ocorre a primeira etapa da respiração?

 8. Quais as matérias - primas e as moléculas produzidas na primeira etapa da respiração? Qual o saldo de moléculas de ATP?

 9. Como se chama a segunda etapa da respiração aeróbia? Onde ela ocorre?

10. Qual a molécula que entra na segunda etapa da respiração? Quais os produtos resultantes dessa etapa?
1. Por que a segunda etapa é chamada também de “encruzilhada” metabólica?

11. O fungo Saccharomyces cerevisiae (fermento de padaria) é um anaeróbio facultativo. Quando cresce na ausência de oxigênio, consome muito mais glicose do que quando cresce na presença de oxigênio. Por que existe essa diferença no consumo de glicose?

12.Interprete a frase e justifique do ponto de vista da biologia celular: Uma solução feita com 2g de fermento Fleischmann, 3g de açúcar e 150ml de água é colocada em dois tubos de ensaio, cada um tampado na parte superior com uma bexiga de borracha (de aniversário) vazia. Um desses tubos é colocado na estufa (a 30°C), e o outro na geladeira (a 5 - 10°C) durante cerca de 6 horas. O que deverá acontecer com cada uma das bexigas? Por quê? Qual o processo bioquímico envolvido?

13.
Há um século atrás, Louis Pasteur, investigando o metabolismo do levedo, um organismo anaeróbico facultativo, observou que, em solução de água e açúcar, esse microorganismo se multiplicava. Observou também que a multiplicação era maior quando a solução era aerada. a) Explique a importância do açúcar para o levedo.
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 2 b) Justifique a diferença de crescimento nas condições aeróbica e anaeróbica.

14.(UFRJ) Há um cuidado que deve ser tornado quando se compra um alimento enlatado. Devemos observar não só a data de fabricação e o prazo de vencimento do produto, mas também o aspecto da lata, que não deve se apresentar com a tampa estufada. Se a tampa estiver estufada, pode ter - se desenvolvido, entre outras bactérias, a produtora de botulismo, uma doença freqüentemente fatal. a) Que tipo de respiração essa bactéria mantém no interior da lata fechada? b) No caso do produto contaminado, o que causou a pressão no interior da lata, estufando a tampa?


15.A vantagem de a respiração ser um processo gradativo está exatamente no fato de que a energia é liberada em "pacotinhos", suscetíveis de ser aproveitados pela célula, ao invés de uma liberação repentina, instantânea, que poderia danificar a célula devido à alta quantidade de calor produzido nessa liberação de energia. Por outro lado, a combustão dessa mesma molécula no laboratório acarreta sua oxidação instantânea, liberando, porém, a mesma quantidade de energia. Quais as vantagens de o processo, na célula, ser feito gradativamente?

2 de out. de 2013

Síntese proteica


FOTOSSÍNTESE


Respiração celular parte 3



Respiração celular parte 2


Respiração celular - parte 1

Muito bom esse vídeo sobre fermentação


Fotossíntese



Video sobre Respiração celular


23 de set. de 2013

Resumo sobre histologia animal

Tipos de Tecidos

Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidosmuscularnervosooconjuntivo (abrangendo também os tecidos ósseo, cartilaginoso e sanguíneo) e o epitelial, constituindo subtipos específicos que irão formar os órgãos e sistemas corporais.

Por exemplo: O sangue é considerado um tecido conjuntivo, com diversificadas células (as hemácias, os leucócitos e as plaquetas) e o plasma (água, sais minerais e diversas proteínas).
Nos invertebrados estes tipos de tecido são basicamente os mesmos, porém com organizações mais simples. A maioria dos tecidos além de serem compostos de células, apresentam entre elas substâncias intracelulares (intersticiais).



Especificação dos tecidos básicos


Epitélio → revestimento da superfície externa do corpo (pele), os órgãos (fígado, pulmão e rins) e as cavidades corporais internas;
Conjuntivo → constituído por células e abundante matriz extracelulas, com função de preenchimento, sustentação e transporte de substâncias;

Muscular → constituído por células com propriedades contráteis;

Nervoso → formado por células que constituem o sistema nervoso central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).Tecido epitelial

A superfície externa do corpo e as cavidades corporais internas dos animais são revestidas por este tecido. O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele),dependendo do órgão aonde se localizam.
Os tecidos epiteliais ou epitélios têm células perfeitamente justapostas, unidas por pequena quantidade de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular. Os epitélios não são vascularizados e não sangram quando feridos. A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados.


Os epitélios podem ser classificados quanto ao número de células:
  • Quando os epitélios são formados por uma só camada de células, são chamados de epitélios simples ou uniestratificados (do latim uni, um, e stratum, camada).
  • Já os epitélios formados por mais de uma camada de células são chamados estratificados.
  • Existem ainda epitélios que, apesar de formados por uma única camada celular, têm células de diferentes alturas, o que dá a impressão de serem estratificados. Por isso, eles costumam ser denominados pseudo-estratificados.
Quanto à forma das células, os epitélios podem ser classificados em:
  • Pavimentosos, quando as células são achatadas como ladrilhos;
  • Cúbicos, quando as células tem forma de cubo, ou
  • Prismáticos, quando as células são alongadas , em forma de coluna.
No epitélio que reveste a bexiga, a forma das células é originalmente cúbica, mas elas se tornam achatadas quando submetidas ao estiramento causado pela dilatação do órgão. Por isso, esse tipo de epitélio é de denominado, por alguns autores, epitélio de transição.
Os tecidos epiteliais, também chamados epitélios, são classificados em dois tipos principais: epitélios de revestimento e epitélios glandulares.


Epitélios de revestimento

Funciona como uma membrana que isola o organismo, ou parte dele, do meio externo. Está relacionado ao revestimento e proteção de superfícies externas (por exemplo, na pele) e internas (por exemplo, no estômago). Atua, também, na absorção de substâncias, na secreção de diversos produtos, na remoção de impurezas e pode conter vários tipos de receptores sensoriais (notadamente na pele).

Pele: Órgão de contato
Nos vertebrados, a pele é importante órgão de contato com o meio. A conquista do ambiente terrestre pelos vertebrados tornou-se possível, entre outras coisas, a partir do isolamento e proteção do corpo e de mecanismos de relação do ser vivo com o meio. O tato, a visão, a olfação, a gustação e a audição são úteis no relacionamento do animal com o ambiente. A pele, órgão responsável pelas sensações táteis, apresenta diferentes tipos de “sensores”, que registram e informam ao ser vivo variações de temperatura (calor ou frio) e pressão (toques, choques, pancadas). A pele é, ainda, importante órgão de defesa contra diversos tipos de agentes infecciosos.

Tecido Epitelial de Revestimento Pluriestratificado Pavimentoso Queratinizado. Microscopia óptica. (E) Epiderme, (D) Derme, (SC) Células queratinizadas e cera.
Considerando o corpo inteiro, a pele de uma pessoa chega a pesar 5 Kg e tem uma área total de 18 m2. É, portanto o maior órgão do nosso corpo.

A histologia da pele
Nos mamíferos, a pele é órgão composto por duas camadas: epiderme e derme.
A epiderme é um tecido epitelial pluriestratificado. É formada por estratos (ou camadas), dos quais destacam-se o estrato basal (também chamado de estrato germinativo), que fica apoiado na derme e é formado por células de aspecto cúbico. Nessa camada é intensa a atividade de divisão celular mitótica, que repõe constantemente as células perdidas no desgaste diário a que a superfície desse tecido está sujeito. À medida que novas células são formadas, elas vão sendo “empurradas” para formar as demais células, até ficarem expostas na superfície da pele.
derme é uma camada formada por tecido conjuntivo do tipo denso, cujas fibras ficam orientadas em diversas direções. Vários tipos de células são encontrados, destacando-se os fibroblastos e os macrófagos. Nervos, terminações nervosas, diferentes tipos de corpúsculos sensoriais e uma ampla rede de capilares sangüíneos cruzam a derme em várias direções. Ela é um importante tecido de manutenção e de apoio. Os nutrientes existentes no sangue difundem-se para as células epidérmicas.
Nos mamíferos, a derme é atravessada por finas faixas de células musculares, os músculos eretores dos pêlos, cuja contração é involuntária e permite aumentar a camada de ar retirada entre os pêlos, que contribui para o isolamento térmico. Mecanismo semelhante ocorre nas aves, com as penas.
Abaixo da derme, há uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o tecido celular subcutâneo (também conhecido como tela subcutânea e hipoderme), que não faz parte da pele, mas estabelece a sua ligação com as estruturas adjacentes, permitindo o seu deslizamento. Em determinadas regiões do corpo, a hipoderme contém um número variável de camadas de células adiposas, formando o panículo adiposo (o popular “toucinho de porco”), importante como reserva de energia, isolante térmico e facilitador da flutuação na água.
  Epitélio de revestimento intestinal

O tecido que reveste internamente o intestino delgado é um bom exemplo de epitélio especializado em absorver nutrientes e permitir que eles passem da cavidade intestinal para o sangue. A alta capacidade de absorção do epitélio intestinal se deve ao fato de suas células possuírem, na membrana a borda livre (isto é, a borda voltada para a cavidade intestinal), muitas projeções finas e alongadas, que lembrem dedos de uma luva, chamadas microvilosidades.


Cálculos da área de membrana que constitui as microvilosidades mostram que elas aumentam quinhentas vezes a área superficial de cada célula, em comparação com a área de células que têm a borda lisa. O mesmo tipo de cálculo nos leva a concluir que o intestino delgado humano apresenta uma superfície de absorção de mais de 300 m2, equivalente à área de uma quadra de esportes de 20 m de comprimento por 15 m de lado.

A renovação das células epiteliais
mitose é um processo freqüente nas células epiteliais, as quais têm vida curta e precisam ser constantemente renovadas. A velocidade dessa renovação varia de epitélio para epitélio. As células que se renovam mais rapidamente são do epitélio intestinal: num prazo de 2 a 5 dias são substituídas por células novas. As que se renovam mais lentamente são as células do pâncreas que demoram 50 dias para serem substituídas.
Especialização das células epiteliais

As células dos tecidos epiteliais mantêm-se aderidas umas às outras por meio de estruturas especializadas, genericamente chamadas junções celulares.


Desmossomos
Uma das mais importantes junções celulares é o desmossomo (do grego desmos, ligação, e somatos, corpo). Um desmossomo pode ser comparado a um botão de pressão constituído por duas metades que se encaixam, estando uma metade localizada na membrana de uma das células e a outra na célula vizinha.
Em cada célula existe uma placa circular de proteína, situada bem junto à membrana. Das placas partem substâncias colantes, chamadas desmogleínas, que atravessam as membranas e grudam as células na região de contato. As placas também estão ligadas a um grande número de filamentos constituídos da proteína queratina.



Microscopia eletrônica da célula mostrando a placa circular

 Tecido epitelial glandular

As células do tecido epitelial glandular produzem substâncias chamadas secreções, que podem ser utilizadas e outras partes do corpo ou eliminadas do organismo. Essas secreções podem ser:
  • mucosas, quando espessas e ricas em muco, Ex. glândulas salivares
  • serosas, quando fluidas, aquosas, claras e ricas e proteínas. Ex. glândulas secretoras do pâncreas
  • Podem também ser mistas, quando ocorrem secreções mucosas e serosas juntas. Ex. Glândulas salivares parótidas.
As glândulas podem ser unicelulares, como a glândula caliciforme (que ocorre por exemplo, no epitélio da traquéia), ou multicelulares, como a maioria das glândulas.
  
Em amarelo glândulas caliciformes do intestino.
 
Em verde a parte secretora de glândulas multicelulares exócrina e endócrina, respectivamente.

As glândulas multicelulares originam-se sempre dos epitélios de revestimento, por proliferação de suas células para o interior do tecido conjuntivo subjacente e posterior diferenciação.

Três tipos de glândulas multicelulares
Glândulas exócrinasapresentam a porção secretora associada a dutos que lançam suas secreções para fora do corpo (como as glândulas sudoríparas, lacrimais, mamárias e sebáceas) ou para o interior de cavidades do corpo (como as glândulas salivares);
Glândulas endócrinas: não apresentam dutos associados à porção secretora. As secreções são denominadas hormônios e lançadas diretamente nos vasos sanguíneos e linfáticos. Exemplos, hipófise, glândulas da tireóide, glândulas paratireódeas e glândulas adrenais;
Glândulas mistas: apresentam regiões endócrinas e exócrinas ao mesmo tempo. É o caso do pâncreas, cuja porção exócrina secreta enzimas digestivas que são lançadas no duodeno, enquanto a porção endócrina é responsável pela secreção dos hormônios insulina e glucagon. Esses hormônios atuam, respectivamente, na redução e no aumento dos níveis de glicose no sangue.



 Tecido conjuntivo

Os tecidos conjuntivos tem origem mesodérmica. Caracterizam-se morfologicamente por apresentarem diversos tipos de células imersas em grande quantidade de material extracelular, substância amorfa ou matriz, que é sintetizado pelas próprias células do tecido.
A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente por água e glicoproteínas e uma parte fibrosa, de natureza protéica, as fibras do conjuntivo.
As células conjuntivas são de diversos tipos. As principais são:
Célula
 
Função

Fibroblasto
Célula metabolicamente ativa, contendo longos e finos prolongamentos citoplasmáticos. Sintetiza o colágeno e as substãncias da matriz (substância intercelular).

Macrófago
Célula ovóide, podendo conter longos prolongamentos citoplasmáticos e inúmeros lisossomos. Responsável pela fagocitose e pinocitose de pertículas estranhas ou não ao organismo. Remove restos celulares e promove o primeiro combate aos microrganismos invasores do nosso organismo. Ativo no processo de involução fisiológica de alguns órgãos ou estrutura. É o caso do útero que, após o parto, sofre uma redução de volume.

Mastócito
Célula globosa, grande, sem prolongamentos e repleta de grânulos que dificultam, pela sua quantidade, a visualização do núcleo. Os grânulos são constituídos de heparina (substãncia anticoagulante) e histamina (substãncia envolvida nos processos de alergia). Esta última substãncia é liberada em ocasiões de penetração de certos antígenos no organismo e seu contato com os mastócitos, desencadeando a conseqüênte reação alérgica.

Plasmócito
Célula ovóide, rica em retículo endoplasmático rugoso (ou granular). Pouco numeroso no conjunto normal, mas abundante em locais sujeitos à penetração de bactérias, como intestino, pele e locais em que existem infecções crônicas. Produtor de todos os anticorpos no combate a microorganismos. É originado no tecido conjuntivo a partir da diferenciação de células conhecidas como linfócitos B.

Os diferentes tipos de tecido conjuntivo estão amplamente distribuídos pelo corpo, podendo desempenhar funções de preenchimento de espaços entre órgãos, função de sustentação, função de defesa e função de nutrição.
A classificação desses tecidos baseia-se na composição de suas células e na proporção relativa entre os elementos da matriz extracelular. Os principais tipos de tecidos conjuntivos são: frouxo, denso, adiposo, reticular ou hematopoiético, cartilaginoso e ósseo.

 Tecido conjuntivo frouxo

O tecido conjuntivo frouxo preenche espaços não-ocupados por outros tecidos, apóia e nutre células epiteliais, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos. Além disso, faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em processos de cicatrização.



É o tecido de maior distribuição no corpo humano. Sua substância fundamental é viscosa e muito hidratada. Essa viscosidade representa, de certa forma, uma barreira contra a penetração de elementos estranhos no tecido. É constituído por três componentes principais: células de vários tipos, três tipos de fibras e matriz.

Tipos de fibras
As fibras presentes no tecido conjuntivo frouxo são de três tipos: colágenas, elásticas e reticulares.

As fibras colágenas são constituídas de colágeno, talvez a proteína mais abundante no reino animal. São grossas e resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas. As fibras colágenas presentes na derme conferem resistência a nossa pele, evitando que ela se rasgue, quando esticada.
  
As fibras elásticas são longos fios de uma proteína chamada elastina. Elas conferem elasticidade ao tecido conjuntivo frouxo, completando a resistência das fibras colágenas. Quando você puxa e solta à pele da parte de cima da mão, são as fibras elásticas que rapidamente devolvem à pele sua forma original. A perda da elasticidade da pele, que ocorre com o envelhecimento, deve-se ao fato de as fibras colágenas irem, com a idade, se unindo umas às outras, tornando o tecido conjuntivo mais rígido.
  
As fibras reticulares são ramificadas e formam um trançado firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos.


 Tipos de células

O tecido conjuntivo frouxo contém dois principais de células: fibroblastos e macrófagos.
Os fibroblastos têm forma estrelada núcleo grande. São eles que fabricam e secretam as proteínas que constituem as fibras e a substância amorfa.
Os macrófagos são grandes e amebóides, deslocando-se continuamente entre as fibras à procura de bactérias e restos de células. Sua função é limpar o tecido, fagocitando agentes infecciosos que penetram no corpo e, também, restos de células mortas. Os macrófagos, alem disso identificam substâncias potencialmente perigosas ao organismo, alertando o sistema de defesa do corpo.


Outros tipos celulares presentes no tecido conjuntivo frouxo são as células mesenquimatosas e osplasmócitos. As células mesenquimatosas são dotadas de alta capacidade de multiplicação e permitem a regeneração do tecido conjuntivo, pois dão origem a qualquer tipo de célula nele presente. Os plasmócitos são células especializadas em produzir os anticorpos que combatem substâncias estranhas que penetram no tecido.

Tecido conjuntivo denso
No tecido conjuntivo denso há predomínio de fibroblastos e fibras colágenas.

Dependendo do modo de organização dessas fibras, esse tecido pode ser classificado em:
  • não modelado: formado por fibras colágenas entrelaçadas, dispostas em feixes que não apresentam orientação fixa, o que confere resistência e elasticidade. Esse tecido forma as cápsulas envoltórias de diversos órgãos internos, e forma também um a derme, tecido conjuntivo da pele;

  • modelado: formado por fibras colágenas dispostas em feixes com orientação fixa, dando ao tecido características de maior resistência à tensão do que a dos tecidos não-modelados e frouxo; ocorre nos tendões, que ligam os músculos aos ossos, e nos ligamentos, que ligam os ossos entre si.


 Tecido conjuntivo adiposo

Nesse tecido a substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em lipídios, são denominadas células adiposas. Ocorre principalmente sob a pele, exercendo funções de reserva de energia, proteção contra choques mecânicos e isolamento térmico. Ocorre também ao redor de alguns órgãos como os rins e o coração.


As células adiposas possuem um grande vacúolo central de gordura, que aumenta ou diminui, dependendo do metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita energia, a gordura das células adiposas diminui; caso contrário, ela se acumula. O tecido adiposo atua como reserva de energia para momentos de necessidade.


 Tecido conjuntivo cartilaginoso

O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, apresentam consistência firme, mas não é rígido como o tecido ósseo. Tem função de sustentação, reveste superfícies articulares facilitando os movimentos e é fundamental para o crescimento dos ossos longos.
Nas cartilagens não há nervos nem vasos sanguíneos. A nutrição das células desse tecido é realizada por meio dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente.
A cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da traquéia e dos brônquios, na orelha externa (pavilhão auditivo), na epiglote e em algumas partes da laringe. Além disso, existem discos cartilaginosos entre as vértebras, que amortecem o impacto dos movimentos sobre a coluna vertebral. No feto, o tecido cartilaginoso é muito abundante, pois o esqueleto é inicialmente formado por esse tecido, que depois é em grande parte substituído pelo tecido ósseo.
O tecido cartilaginoso forma o esqueleto de alguns animais vertebrados, como os cações, tubarões e raias, que são, por isso, chamados de peixes cartilaginosos.
Há dois tipos de células nas cartilagens: os condroblastos (do grego chondros, cartilagem, e blastos, “célula jovem”), que produzem as fibras colágenas e a matriz, com consistência de borracha. Após a formação da cartilagem, a atividade dos condroblastos diminui e eles sofrem uma pequena retração de volume, quando passam a ser chamados de condrócitos (do grego chondros, cartilagem, e kytos, célula). Cada condrócito fica encerrado no interior de uma lacuna ligeiramente maior do que ele, moldada durante a deposição da matriz intercelular.
As fibras presentes nesse tecido são as colágenas e as reticulares.


Legenda:
  1. Condroblasto
  2. Condrócito
  3. Grupo Isógeno
  4. Matriz Cartilaginosa
 Tecido conjuntivo sanguíneo

 
O sangue (originado pelo tecido hemocitopoiético) é um tecido altamente especializado, formado por alguns tipos de células, que compõem a parte figurada, dispersas num meio líquido – o plasma -, que corresponde à parte amorfa. Os constituintes celulares são: glóbulos vermelhos (também denominados hemácias ou eritrócitos); glóbulos brancos (também chamados de leucócitos).
O plasma é composto principalmente de água com diversas substâncias dissolvidas, que são transportadas através dos vasos do corpo.

Todas as células do sangue são originadas na medula óssea vermelha a partir das células indiferenciadas pluripotentes (células-tronco). Como consequência do processo de diferenciação celular, as células-filhas indiferenciadas assumem formas e funções especializadas.

Plaquetas
Plaquetas são restos celulares originados da fragmentação de células gigantes da medula óssea, conhecidas como megacariócitos. Possuem substâncias ativas no processo de coagulação sanguínea, sendo, por isso, também conhecidas como trombócitos (do grego, thrombos = coágulo), que impedem a ocorrência de hemorragias.

Glóbulos vermelhos
Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos (do grego, eruthrós = vermelho, e kútos = célula) são anucleados, possuem aspecto de disco bicôncavo e diâmetro de cerca de 7,2 m m. São ricos em hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio, a importante função desempenhada pelas hemácias.

Glóbulos brancos
Glóbulos brancos, também chamados de leucócitos (do grego, leukós = branco), são células sanguíneas envolvidas com a defesa do organismo.
Essa atividade pode ser exercida por fagocitose ou por meio da produção de proteínas de defesa, os anticorpos.
Costuma-se classificar os glóbulos brancos de acordo com a presença ou ausência, em seu citoplasma, de grânulos específicos, e agranulócitos, os que não contêm granulações específicas, comuns a qualquer célula.
Glóbulos Brancos
Características
Função
G
R
A
N
U
L
Ó
C
I
T
O
S
 
Célula com diâmetro entre 10 e 14 mm; nucleo pouco volumoso, contendo 2 a 5 lóbulos, ligados por pontes cromatínicas. Cerca de 55% a 65% dos glóbulos brancos.
 
Atuam ativamente na fagocitose de microorganismos invasores, a partir da emissão de pseudópodes. Constituem e primeira linha de defesa do sangue.
 
Célula com diâmetro entre 10 e 14 mm, núcleo contendo dois lóbulos. Cerca de 2% a 3% do total de leucócitos.
 
Células fagocitárias. Atuação em doênças alérgicas. Abundantes na defesa contra diversos parasitas.
A
G
R
A
N
U
L
Ó
C
I
T
O
S
 
Célula com diâmetro que varia entre 10 e 14 mm. Núcleo volumoso com forma de S. Cerca de 0,5 % do total dos glóbulos brancos.
 
Acredita-se que atuem em processos alérgicos, a exemplo dos mastócitos.
 
Célula com diâmetro que varia entre 8 a 10 mm. Dois tipos básicos: B e T. Núcleo esférico. Cerca de 25% a 35% do total de leucócitos.

 
Responsáveis pela defesa imunitária do organismo. Linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos, as células produtoras de anticorpos.
Linfócitos T amadurecem no timo, uma glândula localizada no tórax.
 
Célula com diâmetro entre 15 e 20 mm. Núcleo em forma de ferradura. Cerca de 10 % do total dos glóbulos brancos.
 
Acredita-se que atravessem as paredes dos capilares sanguíneos e, nos tecidos, diferenciam-se em macrófagos ou osteoclastos, células especializadas em fagocitose.




Tecido conjuntivo ósseo

O tecido ósseo tem a função de sustentação e ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados. É um tecido rígido graças à presença de matriz rica em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além desses elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao osso.
Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo, apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso.
Por serem um estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração.
Quando um osso é serrado, percebe-se que ele é formado por duas partes: uma sem cavidades, chamada osso compacto, e outra com muitas cavidades que se comunicam, chamada osso esponjoso.

Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando essas partes são observadas no microscópio nota-se que ambas são formadas pela mesma estrutura histológica. A estrutura microscópica de um osso consiste de inúmeras unidades, chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central onde existem vasos sanguíneos e nervos que servem o osso.

Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados canais perfurantes (canais de Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela, constituída por tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do sangue.




 Tipos de células do osso

As células ósseas ficam localizadas em pequenas cavidades existentes nas camadas concêntricas de matriz mineralizada.
Quando jovens, elas são chamadas osteoblastos(do grego osteon, osso, e blastos, “célula jovem”) e apresentam longas projeções citoplasmáticas, que tocam os osteoblastos vizinhos. Ao secretarem a matriz intercelular ao seu redor, os osteoblastos ficam presos dentro de pequenas câmeras, das quais partem canais que contêm as projeções citoplasmáticas.
Quando a célula óssea se torna madura, transforma-se em osteócito (do grego osteon, osso, e kyton, célula), e seus prolongamentos citoplasmáticos se retraem, de forma que ela passa a ocupar apenas a lacuna central. Os canalículos onde ficavam os prolongamentos servem de comunicação entre uma lacuna e outra, e é através deles que as substâncias nutritivas e o gás oxigênio provenientes do sangue até as células ósseas.
 

Além dos osteoblastos e dos osteócitos, existem outras células importantes no tecido ósseo: os osteoclástos (do grego klastos, quebrar, destruir). Essas células são especialmente ativas na destruição de áreas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos. Os cientistas acreditam que os ossos estejam em contínua remodelação, pela atividade conjunta de destruição e reconstrução empreendidas, respectivamente, pelos osteoclastos e osteoblastos. Você encontrará mais informações sobre os osteoclastos no texto sobre remodelação óssea.



 Tecidos musculares

Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se com a locomoção e outros movimentos do corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do coração e das artérias.
As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou miócitos. Em seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamento protéico: os de actina e os de miosina, responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas células.

Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina deslizam entre os filamentos de miosina. A célula diminui em tamanho, caracterizando a contração.

Tipos de tecido muscular
Há três tipos de tecido muscular: estriado esqueléticoestriado cardíaco e liso. Cada um deles tem características próprias, adequadas ao papel que desempenham no organismo.

Tecido muscular estriado esquelético

O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo dos vertebrados, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, daí ser chamada de esquelética. Esse tipo de tecido apresentacontração voluntária (que depende da vontade do indivíduo).
Um músculo esquelético é um pacote de longas fibras. Cada uma delas é uma célula dotada de muitos núcleos, chamado miócitos multinucleados. Um fibra muscular pode medir vários centímetros de comprimento, por 50 mm de espessura.


A célula muscular estriada apresenta, no seu citoplasma, pacotes de finíssimas fibras contráteis, asmiofibrilas, dispostas longitudinalmente. Cada miofibrila corresponde a um conjunto de dois tipos principais de proteínas: as miosina, espessas, e as actinas, finas. Esses proteínas estão organizados de tal modo que originam bandas transversais, claras e escuras, características das células musculares estriadas, tanto as esqueléticas como as cardíacas.


Os filamentos de miosina formam bandas escuras, chamadas anisotrópicas (banda A), e os de actina, bandas claras, chamadas isotrópicas (banda I).
No centro de cada banda I aparece uma linha mais escura, chamada linha Z. O intervalo entre duas linhas Z consecutivas constitui um miômetro ou sarcômero e correspondem à unidade contrátil da célula muscular.
No centro de cada banda A existe uma faixa mais clara, chamada banda H, bem visível nas células musculares relaxadas e que vai desaparecendo à medida que a contração muscular ocorre.

Na contração muscular, os miofilamentos não diminuem de tamanho, mas os sarcômeros ficam mais curtos e toda a célula muscular se contrai.
O encurtamento dos sarcômeros ocorre em função do deslizamento dos miofilamentos finos sobre os grosso, havendo maior sobreposição entre eles: a banda I diminui de tamanho, pois os filamentos de actina deslizam sobre os de miosina, penetram na banda A e reduzem a largura da banda H.
A membrana plasmática da célula muscular estriada esquelética costuma ser chamada sarcolema (do grego, sarcos, carne).


 Exercícios e o aumento da musculatura esquelética

Sabemos que exercícios físicos promovem o aumento da musculatura esquelética.
Mas o que aumenta: o número de células no músculo ou o volume das células já existentes?
A atividade física estimula as células musculares esqueléticas já existentes a produzirem novas miofibrilas, o que ocasiona aumento do volume da célula e conseqüentemente do músculo.


No indivíduo adulto, as células da musculatura esquelética não se dividem mais. No entanto, existem células especiais, chamadas satélites, que são mononucleadas e pequenas e se localizam no conjuntivo que envolve os miócitos. Em situações muito especiais, quando o músculo é submetido a exercícios intensos, essas células podem se multiplicar e algumas delas se fundir com as fibras musculares já existentes, contribuindo também para o aumento do músculo.
As células satélites são importantes nos processos de regeneração da musculatura esquelética quando ocorrem lesões.

Tecido muscular estriado cardíaco

Apresenta miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. Esse tecido ocorre apenas no coração e apresenta contração independente da vontade do indivíduo (contração involuntária). No músculo cardíaco essa contração é vigorosa e rítmica.


Essas células musculares são menores e ramificadas, intimamente unidas entre si por estruturas especializadas e típicas da musculatura cardíaca: os discos intercalares, que fazem a conexão elétrica entre todas as células do coração. Assim, se uma célula receber um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido a todas as outras células e o coração como um todo se contrai. Essa transmissão do estímulo é feita por canais de passagem de água e íons entre as células, que facilita a difusão do sinal iônico entre uma célula e outra, determinando a onda rítmica de contração das células. Os discos intercalares possuem estruturas de adesão entre células que as mantêm unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da musculatura cardíaca.


As células musculares cardíacas são capazes de auto-estimulação, não dependendo de um estímulo nervoso para iniciar a contração. As contrações rítmicas do coração são geradas e conduzidas por uma rede de células musculares cardíacas modificadas que se localizam logo abaixo do endocárdio, tecido que reveste internamente o coração.
Existem numerosas terminações nervosas no coração, mas o sistema nervoso atua apenas regulando o ritmo cardíaco às necessidades do organismo.

 Tecido muscular liso ou não-estriado

As células musculares lisas não apresentam estriação transversal, característica das células musculares esqueléticas e cardíacas. A razão disso é que os filamentos de actina e miosina não se encontram alinhados ao longo do comprimento da célula. Acredita-se que eles estejam arranjados em espiral dentro da fibra muscular lisa.

Os miócitos se apresentam uninucleados e fusiformes, isto é, alongadas e coam as extremidades afiladas. Nessas células a contração é involuntária e lenta. Você pode decidir quando lavar as suas mãos, mas não controla conscientemente os movimentos de seu estômago ou a contração de seu coração. Ocorre nas artérias, sendo responsável por sua contração; ocorre também no esôfago, no estômago e nos intestinos, sendo responsável pelo peristaltismo (ou peristalse) nesses órgãos. Os movimentos peristálticos são contrações em ondas que deslocam o material alimentar dentro desses órgãos do sistema digestório.




  

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