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4 de jun. de 2012

Menino de 15 anos cria um sensor que identifica o câncer

Se você acha que pessoas de 15 anos não têm muito que ensinar aos mais velhos, esse menino vai mudar a sua opinião.




Jack Andraka, de apenas 15 anos, apresentou na Feira de Ciência e Engenharia da Intel, um sensor de papel que identifica o câncer pancreático até 168 vezes mais rápido que os aparelhos usados atualmente. Além disso, a invenção é 90% mais precisa, 400 vezes mais sensitiva e 26.000 vezes mais barata do que os métodos atuais. Ou seja, é genial.



Como muitas ideias inovadoras surgem de experiências pessoais, essa não foi diferente. Jack se debruçou sobre o tema específico do câncer pancreático, porque um amigo de seu irmão morreu por causa da doença. “Fiquei interessado pela descoberta precoce, fiz uma tonelada de investigações e tive essa ideia.”



O sensor criado pelo adolescente pode testar urina ou sangue e, se o resultado for positivo para a proteína mesotelina, indica que o paciente tem câncer no pâncreas. A tira de papel utilizada, muda conforme a quantidade da proteína no sangue e isso pode, de acordo com Andraka, detectar o câncer antes mesmo dele se tornar invasivo.



Mas essa invenção não foi sorte de principiante. Jack, que adora ciência, já inventou outras coisas. “Antes disso eu estava no meio ambiente. Há alguns anos detectei poluição na água com uma bactéria brilhante.”



O prêmio de US$ 75 mil que ele ganhou com o primeiro lugar na Feira, será usado para os estudos. Andraka pretende estudar para se tornar um patologista. Enquanto isso, ele planeja iniciar testes clínicos com o sensor, encontrar-se com a equipe do Quest Diagnostics e colocar o produto no mercado dentro de 10 anos.

DNA

Você provavelmente lembra de seu professor de biologia se referindo ao DNA como as pequenas pecinhas que constroem as mais diversas formas de vida. Agora, cientistas de Harvard os transformaram, literalmente, em bloquinhos de construção, criando um alfabeto feito de DNA, com letras que medem um milésimo da grossura de um fio de cabelo.



Como eles fizeram isso? Com programação. Cada “fio” de DNA sintético usado está programado para tomar a forma de uma letra do alfabeto. E essa invenção não serve apenas para os cientistas mostrarem sua capacidade, mas acredita-se que a tecnologia pode ser usada para facilitar diagnósticos e tratamentos. Ao criar pequenas maquinas orgânicas, que poderiam nadar por nosso organismo, despejando doses de remédios em determinados lugares, por exemplo.



Para isso cientistas programam filamentos de DNA sintético a se juntar com outros em lugares onde há uma sequência complementar de DNA. Se isso não acontece, o filamento fica separado. Sendo assim, eles criaram filamentos sintéticos já pensando na forma que eles deveriam ter.



Só na demonstração dessa técnica, os pesquisadores criaram cerca de 100 caracteres com diferentes designs, desde o nosso alfabeto até ideogramas chineses. Cada um deles, mede um nanômetro (a milionésima parte de um metro).



Você me desculpa?

“Cheguei em casa e ele estava agindo de maneira estranha. Eu sabia que ele tinha feito alguma coisa errada”, contou-me ela. Pedi mais detalhes. “Sua cabeça estava baixa e ele não me olhava nos olhos”, continuou. “Então eu encontrei: embaixo da cama”.



Minha amiga passou semanas treinando seu cão, Henry, para que ele não fizesse cocô no carpete. E lá estava, embaixo da cama. “Ele sabia que havia se comportado mal, por isso estava agindo com tanta culpa”, insistiu a moça, certa de que seu cão sabia que havia violado suas regras. Mas ela não estava sozinha: 74% dos donos de cães acreditam que seus animais sentem culpa.



Existem muitas evidências para o que os cientistas chamam de emoções primárias – alegria e medo, por exemplo – em animais. Mas evidências empíricas para emoções secundárias como ciúme, orgulho e culpa são extremamente raras na literatura sobre cognição animal, já que emoções secundária requerem certo nível de sofisticação cognitiva, particularmente no que diz respeito à autoconsciência, que pode não existir em animais não-humanos.



O problema é que a demonstração de comportamentos associados à culpa não é, em si, sinal da capacidade de senti-la emocionalmente. Os comportamentos culposos se seguem às transgressões? Se sim, isso forneceria pistas de que os cães podem estar conscientes delas. Ou será que o comportamento de culpa acompanha uma repreensão ao animal? – uma especulação razoável, já que os donos tendem a brigar menos com seus cães se eles “se arrependerem”. Se esse for o caso, o comportamento poderia ser simplesmente resultado da associação aprendida entre um estímulo (como fazer cocô no carpete) e o castigo que se segue.



Para analisar a questão, um grupo de pesquisadores de cognição canina da Eotvos Lorand University, em Budapeste, liderados por Julie Hecht, criou um experimento, relatado no periódico Applied Animal Behavior Science.



Os pesquisadores queriam responder duas perguntas. “Quando estão recebendo seus donos, cães que se comportaram mal na ausência deles agem diferentes dos “inocentes?”/ “Os donos seriam capazes de determinar, baseando-se apenas no comportamento do cão, se eles cometeram alguma transgressão?
 
 
Durante o estudo, os pesquisadores determinaram o comportamento de recepção padrão de 64 cães, após breve separação dos donos. Além disso, estabeleceram uma regra social: animais não podem pegar comida que fica em cima da mesa. Em seguida, os cães foram deixados sozinhos com e os pesquisadores verificaram como recebiam seus donos após terem se alimentado, ou não, da “comida proibida” e observavam se os donos conseguiam determinar se os cães haviam quebrado a regra.




A primeira descoberta mostrou que os cães nem sempre agem com culpa – apenas em certas circunstâncias. Eles mostraram significativamente menos comportamentos associados à culpa quando estavam sendo recebidos por seus donos do que quando estavam sendo repreendidos. Depois, os pesquisadores verificaram se os cães transgressores demonstravam mais culpa. Surpreendentemente, os dois grupos apresentaram a mesma tendência a agir com culpa. Juntas, as conclusões fornecem uma possível resposta para a primeira pergunta: cães que se comportaram mal não tinham tendências estatisticamente significativas de se comportar diferente dos demais.



Outra descoberta, no entanto, pode indicar possíveis sentimentos de culpa. Cada cão teve três oportunidades de receber seus donos: uma vez antes de a regra ser estabelecida; depois de a regra ter sido estabelecida e os cães terem oportunidade de violá-la; e uma terceira vez, após a regra, mas sem oportunidade de violá-la. Enquanto todos tendiam a agir com culpa durante a segunda recepção ao serem repreendidos, somente os que de fato cometeram transgressões mantiveram o comportamento durante a terceira recepção.



Sobre os donos, quase 75% foram capazes de determinar se os cães haviam se comportado mal: um resultado significativamente maior que o esperado para chutes aleatórios. No entanto, é possível que os donos estivessem se baseando no comportamento anterior dos cães para isso. Talvez os donos não estivessem se baseando apenas no comportamento dos animais, mas em sua tendência anterior a comer os alimentos! Após eliminar esses donos (que sabiam que os cães haviam violado a regra antes mesmo de ela ter sido estabelecida), os participantes não conseguiram determinar se seus cães haviam se comportado mal.



Pesquisas futuras, segundo os pesquisadores, terão de investigar questões em ambientes familiares, e não no laboratório, examinando regras sociais já estabelecidas entre dono e cão. Ainda pode demorar algum tempo para que possamos saber com certeza se cães sentem culpa, ou se as pessoas conseguem determinar se um cão violou uma regra antes de encontrar evidências concretas disso.


EVOLUÇÃO HUMANA


PROVAS DA EVOLUÇÃO


EXERCÍCIOS SOBRE EVOLUÇÃO

O estudo da evolução dos seres vivos é possível graças à ocorrência de várias evidências de que as espécies modificaram-se ao longo do tempo geológico. A ocorrência de fósseis – considerados os testemunhos da evolução -; o estudo comparativo do desenvolvimento embrionário; o estudo comparativo de biomoléculas; a ocorrência de órgãos vestigiais e de órgãos homólogos são boas evidências da evolução. Ao estudar esse assunto, o vestibulando olhar com atenção os conceitos de órgãos homólogos (mesma origem embrionária refletindo, assim, um parentesco comum entre as espécies; são decorrentes de uma irradiação adaptativa) e de órgãos análogos (mesma função e diferente origem embrionária; não indicam parentesco evolutivo; são decorrentes de uma convergência adaptativa).

O assunto não apresenta uma incidência muito alta em provas de vestibulares, ao contrário de teoria da evolução, sempre muito abordadas. Contudo, vale a pena ler sobre o assunto e, assim, ficar apto a acertar possíveis questões sobre o tema.

Propusemos várias questões envolvendo esses tópicos relacionados a evidências da evolução. Bons estudos e sucesso nas provas!



01)  (UFV-JULHO/2007) Dentre as afirmativas seguintes, assinale a que NÃO corresponde a uma evidência que apóie a Teoria de Evolução das espécies:

a) Estudos de anatomia comparada mostram que as semelhanças internas entre seres de espécies diferentes são resultantes de irradiação adaptativa.
b) Os embriões dos vertebrados apresentam os mesmos padrões básicos de desenvolvimento, decorrentes do parentesco entre eles.
c) Os estudos envolvendo fósseis indicam que a vida na terra sofreu alterações ao longo do tempo, além de permitirem comparações com os seres vivos atuais.
d) Ao longo de sua vida, os seres vivos sofrem alterações de seu material genético, em conseqüência das pressões seletivas do ambiente em que vivem.


02) (UFJF/2003) Em relação às evidências da evolução biológica, é correto afirmar que:

a) um órgão vestigial, como o apêndice vermiforme no homem, não é evidência da evolução, porque é uma estrutura atrofiada e sem função aparente.
b) a pata dianteira de um cavalo e a asa de um morcego constituem evidência da evolução, porque são estruturas homólogas, apesar de o cavalo ter perdido os dedos, enquanto no morcego estes não só foram mantidos como alongados.
c) a asa de uma ave e o élitro (asa dura) de um besouro podem ser considerados como evidência da evolução, porque são estruturas análogas, que possuem origem embriológica diferente.
d) os fósseis constituem uma evidência da evolução, porque mostram que os organismos atuais são mais especializados e mais adaptados que os extintos.
e) a embriogênese é uma evidência da evolução, porque mostra que uma célula ovo evolui para mórula, blástula, gástrula e embrião, que, finalmente, evolui para o indivíduo adulto.


03)(UNIRIO) O citocromo C é uma proteína respiratória que se encontra em todos os organismos aeróbios. A molécula desta proteína existe em todas as espécies com a mesma função, sendo constituída por 104 aminoácidos. No decurso da evolução, as mutações mudaram os aminoácidos em certas posições da proteína, mas o citocromo C de todas as espécies tem proteína, incontestavelmente estrutura e função semelhantes, tornando-se, para o evolucionismo, uma evidência de ordem:

a) paleontológica.
b) embriológica.
c) citológica.
d) anatômica.
e) bioquímica.


04) (PUC-MG)  Recentes análises do DNA de chimpanzés permitiram concluir que o homem é mais aparentado com eles do que com qualquer outro primata. Isso permite concluir que:
a) o chimpanzé é ancestral do homem.
b) o chimpanzé e o homem têm um ancestral comum.
c) o homem e o chimpanzé são ancestrais dos gorilas.
d) a evolução do homem não foi gradual.
e) os chimpanzés são tão inteligentes quanto o homem.


05) (UNESP/2006) Apesar do acúmulo dos estudos sobre evolução dos seres vivos e de uma série de evidências coletadas desde a época de Darwin, observa-se uma onda de posicionamentos contrários às teorias evolucionistas.
Em vários estados dos EUA e em um estado do Brasil, por exemplo, foi incluído o ensino do criacionismo, por decisão governamental. Um dos professores que ensinará o criacionismo em uma destas escolas brasileiras afirmou: Tenho certeza de que minha avó não era macaca ("Ciência Hoje", outubro de 2004). No entanto, a partir dos estudos de evolução dos primatas, em particular, podemos afirmar que:

a) macacos originaram-se tanto na América quanto na África, assim como os humanos, o que reforça a hipótese da existência de um ancestral comum.
b) humanos e macacos têm um mesmo ancestral, uma vez que o tamanho do cérebro dos macacos é muito próximo do tamanho do cérebro dos humanos.
c) geneticamente, alguns macacos são muito próximos dos humanos, o que se considera como uma evidência em termos de ancestralidade comum.
d) humanos e macacos têm um ancestral comum, pois em suas regiões de origem apresentam hábitos alimentares muito semelhantes.
e) o fato de apenas macacos e humanos apresentarem as mãos com cinco dedos é a maior evidência de ancestralidade comum.


06) (UFES) A figura a seguir representa a possível relação evolucionária de diferentes organismos, deduzida a partir de análises bioquímicas usadas para a comparação das seqüências nucleotídicas dos genes do RNA ribossômico (subunidade menor) desses organismos..



A partir da análise da figura foram feitas as seguintes afirmativas:

I - Durante o processo evolutivo desses organismos, os genes responsáveis pelo RNA ribossômico apresentam seqüências altamente conservadas, o que torna possível o estabelecimento das relações filogenéticas.
II - Quanto maior a distância entre esses organismos, maior o número de mutações ocorridas na seqüência nucleotídica estudada.
III - Os vertebrados e os procariontes apresentam um ancestral comum, apesar das diferenças marcantes quanto à sua organização celular.
IV - As plantas, animais e linhagens de fungos divergem a partir de um ancestral comum, relativamente tarde na evolução das células eucariontes.
V - O homem e o sapo apresentam entre si um menor grau de homologia da seqüência nucleotídica em questão, em comparação àquele existente entre o milho e a levedura.

Considerando as proposições, conclui-se que estão CORRETAS

a) I, II, III, IV e V.
b) apenas I, II, III e IV.
c) apenas I, II e IV.
d) apenas I e II.
e) apenas III e V.


07) (UDESC/2009) "Órgãos que exercem as mesmas funções em espécies diferentes, mas que possuem origem embrionária distinta; e órgãos ou estruturas atrofiadas, sem função evidente", são chamados, respectivamente, de:
a) órgãos análogos e órgãos homólogos.
b) órgãos vestigiais e órgãos homólogos.
c) órgãos homólogos e órgãos vestigiais.
d) órgãos análogos e órgãos vestigiais.
e) órgãos homólogos e órgãos análogos.


08) (UFSCar/2005) O programa "Fantástico", exibido pela Rede Globo em 01.08.2004, apresentou em um de seus quadros um provável animal do futuro, uma possível espécie de ave que poderá existir daqui a alguns milhões de anos. Por essa época, o encontro entre massas continentais provocará o aparecimento de imensas cordilheiras, muito mais altas que as atualmente existentes. Segundo o programa, nesse ambiente possivelmente existirão aves portadoras de 2 pares de asas, o que lhes garantiria maior sustentação em condições de ar rarefeito. Essas aves seriam as descendentes modificadas de espécies atuais nas quais há apenas um par de asas. Se isso realmente ocorrer, e considerando que o par de asas das aves atuais é homólogo aos membros anteriores de mamíferos e répteis, é mais provável que esse novo par de asas

a) seja homólogo ao par de pernas das aves atuais.
b) seja análogo ao par de pernas das aves atuais.
c) seja homólogo ao par de asas das aves atuais.
d) apresente os mesmos ossos das asas atuais: úmero, rádio e cúbito (ulna).
e) apresente novos ossos criados por mutação, sem similares dentre os das aves atuais.


09) (PUC-MG/2004) O esquema adiante mostra uma possível filogenia para os vertebrados.



É correto afirmar, EXCETO:

a) O grupo dos tetrápodes deve ter evoluído a partir de ancestrais com nadadeiras lobadas.
b) A endotermia das aves deve ter evoluído independentemente dos mamíferos.
c) O vôo possibilitou uma maior radiação adaptativa entre as aves do que em répteis e mamíferos.
d) A independência do meio aquático para a reprodução e a conquista definitiva do ambiente terrestre surgem com os amniotas.


10) (PUC-RS/2003) Em Evolução, as asas das aves descritas no texto e as asas das borboletas são exemplos de estruturas
a) homólogas.                                     d) neotênicas.
b) análogas.                                         e) coevoluídas.
c) equivalentes.


11) (UFPI/2003) Ao observarmos o vôo de uma ave e o vôo de um inseto, podemos deduzir que as asas de cada um funcionam e são utilizadas para um mesmo objetivo. Entretanto, a origem embriológica das asas de aves e insetos é diferente. Essas características constituem exemplo de:
a) seleção natural.
b) seleção artificial.
c) convergência evolutiva.
d) seleção sexual.
e) mimetismo.


12) (UFSC/2009) Existem várias provas da evolução e dentre elas podemos citar as embriológicas.
Sobre o tema, é CORRETO afirmar que:

01. as nadadeiras dos golfinhos, assim como braço e mão humanos, são ditos órgãos homólogos e são herdados de um ancestral comum.
02. as nadadeiras dos golfinhos e as asas das aves têm a mesma origem embrionária e diferentes funções, decorrentes da adaptação a diferentes modos de vida, processo conhecido como divergência evolutiva.
04. as nadadeiras dos golfinhos e as nadadeiras das tainhas são órgãos de diferentes origens embrionárias e têm a mesma função, o que é chamado de convergência evolutiva.
08. as asas dos insetos e as asas das aves são ditos órgãos homólogos, pois têm a mesma origem embrionária.
16. as nadadeiras dos golfinhos, as asas dos morcegos e os braços e as mãos dos humanos têm origem embrionária diferente.
32. as baleias, os golfinhos, os peixes-boi e as focas pertencem à ordem dos cetáceos, pois possuem órgãos análogos e sinérgicos em comum, como as nadadeiras e a bexiga natatória.


QUESTÕES DISCURSIVAS

13) (UFU) Estudar a evolução de um determinado grupo de organismos é algo complexo, difícil mesmo. Como saber quais etapas evolutivas se sucederam na evolução? O que veio primeiro? Nesse sentido os cientistas têm buscado na natureza provas da evolução. Essas provas aparecem principalmente de duas maneiras básicas.

Pergunta-se: quais são essas duas maneiras principais pelas quais os cientistas têm estudado a evolução?


14) (UNICAMP/2009)  Várias evidências científicas comprovam que as aves são descendentes diretas de espécies de dinossauros que sobreviveram ao evento de extinção em massa que assolou o planeta 65 milhões de anos atrás. O achado mais recente, um dinossauro emplumado chamado 'Epidexipteryx hui', foi apresentado na revista "Nature". Alguns dinossauros menores adquiriram a capacidade de voar, e foram eles, provavelmente, que sobreviveram ao cataclismo e deram origem às aves modernas.

                (Adaptado de Herton Escobar, "Curiosidades e maravilhas científicas do mundo em que vivemos". http://www.estadao.com.br/vidae/imagineso_265208,0.htm. Acessado em 27/10/2008.)

a) Conforme o texto, as aves provavelmente seriam descendentes de um grupo de dinossauros, relação cada vez mais evidenciada pelo estudo dos fósseis. Contudo, as aves modernas diferem dos répteis quanto ao sistema respiratório, diferença essa que pode ser considerada uma adaptação ao vôo. Que diferença é essa e como ela está relacionada ao vôo?


b) A capacidade de voar ocorre não só em aves, mas também em mamíferos, como os morcegos, e em insetos. Os pesquisadores explicam que as asas podem ser órgãos homólogos, em alguns casos, e órgãos análogos, em outros. Indique em quais dos animais citados as asas são órgãos homólogos e em quais são órgãos análogos. Em que diferem esses dois tipos de órgãos?




15) (UFC/2009)  Alguns insetos apresentam os dois pares de asas desenvolvidos, enquanto outros apresentam modificações dessa condição, substituindo o segundo par de asas por estruturas conhecidas como halteres, utilizadas para estabilizar o vôo. A condição das asas posteriores bem desenvolvidas, semelhantes às asas anteriores, é conhecida como plesiomórfica, ou seja, primitiva, e a condição das asas transformadas em halteres é conhecida como apomórfica, ou seja, derivada. De acordo com o exposto, responda o que se pede a seguir.

a) Cite um exemplo de um caráter plesiomórfico e seu correspondente apomórfico em vertebrados.
- Caráter plesiomórfico:

- Caráter apomórfico:


b) Modificações ao longo da história evolutiva, gerando apomorfias, acontecem em indivíduos que apresentam estruturas homólogas. Cite um exemplo de homologia em relação ao caráter plesiomórfico citado no item anterior.





GABARITO

01 - D; 02 - B. 03 - E; 04 - B; 05 - C; 06 - B; 07 - D; 08 - A; 09 - C; 10 - B; 11 - C; 12 - [7]




QUESTÕES DISCURSIVAS

13) O estudo comparado de registros fósseis e a análise comparativa das seqüências de bases nitrogenadas do DNA de espécies distintas pode permitir a determinação do grau de parentesco evolutivo.


14)
a) As aves modernas possuem sacos aéreos e ossos pneumáticos, estruturas que diminuem o peso do animal.

b) Órgãos homólogos são aqueles que apresentam a mesma origem embrionária; é o caso das asas das aves e dos morcegos. Órgãos análogos apresentam a mesma função, isto ocorre entre as asas dos insetos e as das aves e morcegos.


15)
a) Caráter plesiomórfico: 4 pares de patas em alguns répteis;  caráter apomórfico: ausência de patas nas serpentes      
b) nadadeiras anteriores e posteriores de mamíferos aquáticos
OU

Caráter plesiomórfico: asas das aves; caráter apomórfico: asas dos morcegos
b) membros anteriores de mamíferos.

PROVAS E EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO


Pata dianteira de um equino, braço humano, nadadeira peitoral de um mamífero e asa de uma ave: homologias



No mundo científico, as hipóteses são elaboradas como respostas para determinadas perguntas acerca de um fenômeno específico. Quando uma hipótese é confirmada diversas vezes, por experimentações e/ou um conjunto de evidências, ela tem grandes chances de se tornar uma teoria.

Assim, a Teoria da Evolução reúne uma série de evidências e provas que a faz ser irrefutável até o presente momento:

A primeira evidência refere-se aos registros fósseis, sendo uma prova consistente de que nosso planeta já abrigou espécies diferentes das que existem hoje. Esses registros são uma forte evidência da evolução porque podem nos fornecer indícios de parentesco entre estes e os seres viventes atuais ao observarmos, em muitos casos, uma modificação contínua das espécies.

A adaptação, capacidade do ser vivo em se ajustar ao ambiente, pode ser outra evidência, uma vez que, por seleção natural, indivíduos portadores de determinadas características vantajosas - como a coloração parecida com a de seu substrato - possuem mais chances de sobreviver e transmitir a seus descendentes tais características. Assim, ao longo das gerações, determinadas características vão se modificando, tornando cada vez mais eficientes. Como exemplos de adaptação por seleção natural temos a camuflagem e o mimetismo.

As analogias e homologias também podem ser consideradas como provas da evolução baseadas em aspectos morfológicos e funcionais, uma vez que o estudo comparativo da anatomia dos organismos mostra a existência de um padrão fundamental similar na estrutura dos sistemas de órgãos.

Estruturas análogas desempenham a mesma função, mas possuem origens diferenciadas, como as asas de insetos e asas de aves. Estas, apesar de exercerem papéis semelhantes, não são derivadas das mesmas estruturas presentes em um ancestral comum exclusivo entre essas duas espécies. Assim, a adaptação evolutiva a modos de vida semelhantes leva organismos pouco aparentados a desenvolverem formas semelhantes, fenômeno este chamado de evolução convergente.

Homologia se refere a estruturas corporais ou órgãos que possuem origem embrionária semelhante, podendo desempenhar mesma função (nadadeira de uma baleia e nadadeira de um golfinho) ou funções diferentes, como as asas de um morcego e os braços de um humano, e nadadeiras peitorais de um golfinho e as asas de uma ave. Essa adaptação a modos de vida distintos é denominada evolução divergente.

Os órgãos vestigiais – estruturas pouco desenvolvidas e sem função expressiva no organismo, como o apêndice vermiforme e o cóccis - podem indicar que estes órgãos foram importantes em nossos ancestrais remotos e, por deixarem de ser vantajosos ao longo da evolução, regrediram durante tal processo. Estes órgãos podem, também, estar presentes em determinadas espécies e ausentes em outras, mesmo ambas existindo em um mesmo período.

Uma última evidência, a evidência molecular, nos mostra a semelhança na estrutura molecular de diversos organismos sendo que, quanto maior as semelhanças entre as sequências das bases nitrogenadas dos ácidos nucleicos ou quanto maior a semelhança entre as proteínas destas espécies, maior o parentesco e, portanto, a proximidade evolutiva entre as espécies.

Por Mariana Araguaia
Equipe Brasil Escola

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