Tecnologia do Blogger.

25 de ago. de 2010

Vacinas terapêuticas contra o HIV se mostram promissoras


por Alison Abbott




O mundo vibrou na semana passada com a notícia de que um gel antirretroviral pode reduzir pela metade a incidência do HIV em mulheres.
No entanto, uma vibração mais discreta pôde ser ouvida na Conferência Internacional sobre a Aids (Aids 2010) em Viena, onde os resultados do gel foram revelados. Em sessão especial, incluída no programa no último minuto, os participantes ouviram os resultados de alguns bem-sucedidos, mas pequenos, testes clínicos preliminares realizados com vacinas terapêuticas – que se acreditava ser um beco sem saída na luta contra o HIV.

Vacinas normais são projetadas para prevenir infecções, mas até agora nenhuma tinha funcionado com o HIV. Vacinas terapêuticas, em contraste, visam a tratar as pessoas infectadas – no caso do HIV, por meio do fortalecimento do sistema imunológico debilitado. Porém, os testes clínicos iniciais dos anos 90 foram desapontadores e as vacinas saíram da moda científica.

Combinações de drogas que diminuem as concentrações virais se tornaram o principal método para tratamento do HIV, mas não eliminam completamente a doença. “Esses medicamentos deixam os pacientes com um nível de ativação imunológica perigoso, que pode causar envelhecimento prematuro”, afirma Joep Lange, virologista clínico da University of Amsterdam e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids. “A abordagem das vacinas terapêuticas pode ajudar nesse ponto”, observa ele, “ao modificar as respostas imunológicas”.
Lange está animado com os resultados dos testes, mas adverte que até agora são muito limitados e, mesmo que as vacinas funcionem, nunca vão substituir as drogas. Alguns pesquisadores-chave continuam a acreditar que vacinas terapêuticas não se provarão úteis no longo prazo.

Todas as vacinas, que foram desenvolvidas por várias pequenas empresas de biotecnologia, modesta mas significativamente reduziram os níveis virais no sangue de pacientes, que responderam durante meses ou mais. Em alguns casos, as vacinas também aumentam os níveis de células T CD4+ (as vitais células imunorreguladoras que o HIV depleta). Em teoria, as vacinas só precisariam ser administradas a intervalos de poucos meses.

Dois dos testes fase II relatados na reunião se concentraram em melhorar a eficiência das células dendríticas do sistema imunológico. Essas são as células que levam os antígenos estranhos – neste caso, proteínas do HIV – para as células T, de modo que possam reconhecer e eliminar os invasores.

Uma abordagem, desenvolvida pela Genetic Immunity, empresa de biotecnologia com sede em Budapeste, envolve a criação de nanopartículas que contêm trechos selecionados do RNA proveniente do HIV. A preparação é aplicada nos pacientes por meio de um adesivo cutâneo. A pele sob o adesivo é levemente danificada para atrair os precursores das células dendríticas, expondo-os a 15 proteínas do HIV transcritas a partir do RNA.

A outra tática, da Argos Therapeutics de Durham, na Carolina do Norte, se baseia em vacinas feitas sob medida para cada paciente. Os pesquisadores extraíram células dendríticas e RNA viral de pacientes, então carregaram as células com o RNA antes de as reaplicarem no mesmo paciente.
Vacinas terapêuticas são normalmente testadas em pacientes já sob tratamento com drogas. Para evitar que os remédios confundam os testes, os pacientes precisam “tirar férias” da medicação durante os meses do teste. Porém, um teste com placebo realizado pela FIT Biotech de Tampere, na Finlândia, quebrou esse modelo ao recrutar 60 pacientes da África do Sul que nunca haviam sido tratados com drogas.

A vacina da FIT contém uma combinação de fragmentos de genes projetados para tornar o paciente imune a seis proteínas virais. Em cerca de 80% dos pacientes recebendo tratamento, o vírus foi suprimido e os níveis de CD4+ foram mantidos dois anos após a terapia começar.

Os resultados são particularmente relevantes para países como a África do Sul, onde muitos pacientes não têm um fácil acesso aos medicamentos, afirma Eftyhia Vardas, virologista da University of the Witwatersrand, que realizou o teste clínico em 2006 em Soweto, Johannesburgo. Vardas recorda ter se sentido como uma “rebelde” quando concordou em dar prosseguimento ao teste. Na época, o governo da África do Sul oficialmente negou que o HIV causava aids e seus colegas científicos não acreditavam que vacinas terapêuticas dariam frutos. Ela própria estava cética, relembra, depois de ter visto os outros testes falharem.
“Mas você não pode excluir nada quando as opções são tão limitadas”, observa ela. A África do Sul é o lar de 5,7 milhões de pessoas infectadas com HIV. Uma vacina, considera Vargas, “ajudaria a África do Sul a retardar a expansão da aids e reduzir a infectividade ao manter as cargas virais baixas quando as drogas não estiverem disponíveis”.
O valor das vacinas só vai se tornar claro quando os testes maiores da fase III começarem nos próximos anos.

Por enquanto, os líderes na pesquisa da aids estão cautelosos em relação aos resultados. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês) dos EUA em Bethesda, Maryland, afirma que ele poderia imaginar um papel para “uma boa vacina terapêutica” para pacientes que foram tratados desde cedo e, portanto, têm apenas uma pequena reserva de HIV e cujos níveis sanguíneos de HIV são completamente suprimidos por drogas. Mas ele avisa que, como as vacinas causaram apenas uma modesta diminuição da carga viral, usá-las em lugar de drogas poderia permitir que os vírus sofressem mutações além do controle da vacina. “Esses testes iniciais envolvem pequenos números de pessoas”, adiciona Carl Dieffenbach, chefe da divisão de aids do NIAID. “Seria errado dar falsas esperanças às pessoas”.

Mas a Associação Nacional de Pessoas com Aids, um grupo de advocacia com sede em Maryland cujo vice-presidente de assuntos da comunidade, Stephen Bailous, organizou uma sessão especial, elogiou a abordagem. “Precisamos ter esperanças e algumas das vacinas terapêuticas parecem muito promissoras”, informa Bailou. “Se não pudermos depositar nossas esperanças nelas, então onde?”

Parente do crocodilo pode ter mastigado como um mamífero


por Katherine Harmon
Mark Witton

Pakasuchus kapilimai : do tamanho de um gato doméstico

Crocodilos modernos podem ter dentes afiados para rasgar carne, mas não conseguem mastigar como os seres humanos. Na verdade, os mamíferos têm liderado a habilidade de mastigação, enquanto outras formas de vida simplesmente rasgam os alimentos antes de ingeri-los.

Mas uma espécie recentemente descrita em relação crocodilo do cretáceo (Pakasuchus kapilimai) talvez pudesse mastigar.

Considerando que os membros sobreviventes da família Crocodilidae têm a boca forrada com todos os dentes pontudos e ameaçadores, esta criatura antiga tinha dentes de diferentes formas e funções. Na parte da frente do crânio havia pequenos dentes cônicos, mas a parte traseira tinha dentes achatados como molares, sugerindo a mastigação dos alimentos. A descrição dos resultados da mandíbula foi publicada on-line na revista Nature.

"Os dentes são tipicamente de mamíferos", diz Patrick O`Connor, do Departamento de Ciências Biomédicas na Ohio University College e autor do estudo. "Sem dúvida, tiveram mais organização e melhor capacidade no processamento de alimentos, comparados a seus parentes mais modernos”.

Ele e sua equipe usaram um scanner para analisar o crânio do animal. Essa analise permitiu que reproduzissem digitalmente os dentes e a mandíbula.

Mas as características dessa espécie Crocodyliform notosuchian não terminam na sua dentição. “Esse crocodilo antigo era do tamanho de um gato doméstico e provavelmente viveu principalmente em terra firme”, observou O`Connor.

Embora P. kapilimai tinha formado um arranjo dos dentes e da mandíbula que eventualmente teve sucesso em muitos mamíferos, a experiência evolutiva não parece ter sido suficiente para mantê-los vivos até os dias atuais.

Inibição da dopamina pode evitar vício de drogas


Pesquisa indica que nascimento de neurônios bloqueia necessidade de drogas
por Kristina Rehm




Durante a última década, aprendemos muito sobre a função dos neurônios recém-nascidos, revelando seu possível papel em doenças psiquiátricas e neurológicas, tais como distúrbios de humor, esquizofrenia e epilepsia. O objetivo dessas pesquisas é extraordinário. Podemos estar à beira de compreender, tratar ou mesmo impedir a vida de doenças cerebrais, inclusive uma que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro: a dependência de drogas.

Em um estudo recente publicado no Journal of Neuroscience, Michele Noonan, estudante de pós-graduação no laboratório de neurociência de Amelia Eisch, mostra que a falta de neurogênese, ou o nascimento de novos neurônios, no rato adulto pode realmente causar toxicodependência. Sua equipe bloqueou a neurogênese no hipocampo – banco de memória do cérebro – com a irradiação no alvo, e os ratos testados tornaram-se viciados em cocaína.

Baseado em seus resultados e evidências de outros estudos sobre a dependência e o hipocampo, os autores sugerem uma explicação interessante para o vício: neurônios no hipocampo inibem a liberação de dopamina, um dos grandes mensageiros químicos que agem como um sinal de recompensa. Assim, com menos neurônios novos nos ratos irradiados, mais dopamina é liberada quando a cocaína é administrada. Com o sinal de recompensa intenso, mais os ratos são propensos a se tornar viciados, e ainda desenvolvem uma memória exagerada da recompensa associada à ingestão de cocaína. Assim, com um sentimento exagerado de recompensa e com o acumulo de dopamina, há um aumento no risco de recaída. Esse estudo sugere um novo papel intrigante para os neurônios no hipocampo, iluminando o caminho para futuros estudos sobre o vício de drogas.

O estudo também gera uma perspectiva sedutora: algum dia, quando pudermos testar o nascimento desses novos neurônios, um dependente químico poderá se livrar da dependência e de todos os traumas e desastres causados por essas substâncias

Quando o Mar Salvou a Humanidade


Pouco após o aparecimento do Homo sapiens, duras condições climáticas quase extinguiram a nossa espécie. Descobertas recentes sugerem que a pequena população que deu origem a todos os seres humanos vivos hoje sobreviveu explorando uma combinação única de recursos ao longo do litoral sul da África
por CURTIS W. MAREAN
COM A POPULAÇÃO MUNDIAL em torno de 7 bilhões, é difícil imaginar que o Homo sapiens já foi uma espécie em extinção. Mas, estudos de DNA de uma amostragem da população atual indicam que, no passado, nossos ancestrais sofreram um drástico declínio populacional. Embora os cientistas não tenham um cronograma preciso da origem e da quase extinção de nossa espécie, a partir de registros fósseis podemos supor que os nossos antepassados surgiram em toda a África pouco antes de 195 mil anos atrás. Naquela época, com clima ameno e comida abundante, a vida era fácil. Mas pouco depois disso, a vida começou a mudar. Já por volta de 195 mil anos atrás, as condições se deterioraram. O planeta entrou em uma longa fase glacial conhecida como Estágio Isotópico Marinho 6, que se estendeu até cerca de 123 mil anos atrás.

Não existe um registro detalhado das condições ambientais na África durante o estágio glacial 6, mas com base nas fases glaciais mais recentes e mais conhecidas os climatologistas supõem que foram quase certamente frias e áridas, e seus desertos eram provavelmente muito mais extensos que os atuais. Grande parte da massa terrestre teria sido inabitável. Enquanto o planeta estava sob esse regime de gelo, o número de pessoas caiu perigosamente: de mais de 10 mil indivíduos reprodutores para apenas algumas centenas. Estimativas de exatamente quando ocorreu esse gargalo populacional e sobre o reduzido tamanho dessa população variam entre os estudos genéticos, mas todos indicam que os seres humanos vivos hoje são descendentes de uma pequena população que habitou uma região da África durante essa fase de resfriamento global.

Comecei minha carreira como arqueólogo trabalhando na África oriental, estudando a origem dos seres humanos modernos. Mas meu interesse começou a mudar quando soube do gargalo populacional que os geneticistas começaram a mencionar no início da década de 90. Hoje os seres humanos exibem baixa diversidade genética em relação a muitas outras espécies, com população mais reduzida e áreas geográficas menos variadas, fenômeno que seria mais bem explicado pela ocorrência de um acidente populacional no início da existência do H. sapiens. Eu me perguntava: onde os nossos antepassados teriam conseguido sobreviver durante a catástrofe climática? Apenas poucas regiões poderiam ter tido os recursos naturais para apoiar os caçadores-coletores. Os paleoantropólogos discutem, de forma acalorada, sobre qual dessas áreas teria sido ideal. A costa sul da África, rica em mariscos e plantas comestíveis durante o ano todo, pareceu-me ter sido um refúgio especialmente bom em tempos difíceis. Assim, em 1991 decidi ir para lá e buscar os sítios com vestígios datados do estágio glacial 6.

Minha pesquisa dentro dessa área costeira não foi ao acaso. Eu tinha de encontrar um abrigo perto o suficiente da antiga costa com fácil acesso aos mariscos e alto o suficiente para que os depósitos arqueológicos não tivessem sido levados pelo mar 123 mil anos atrás, quando o clima aqueceu, e os níveis do mar se elevaram. Em 1999, meu colega sul-africano Peter Nilssen e eu decidimos investigar algumas cavernas que ele havia localizado em um local denominado Pinnacle Point, promontório que se projeta para o oceano Índico, perto da cidade Mossel Bay. Descendo a face íngreme do penhasco, deparamos com uma caverna que parecia particularmente promissora – conhecida simplesmente como PP13B. A erosão dos depósitos sedimentares situados perto da entrada da caverna expôs camadas claras de restos arqueológicos, incluindo lareiras e ferramentas de pedra. Melhor ainda, uma duna de areia e uma camada de estalagmite encobriam esses vestígios de atividade humana, sugerindo serem bem antigos. Ao que tudo indica, tiramos a sorte grande. No ano seguinte, depois de um criador de avestruz local ter nos construído uma escada de madeira de 180 degraus para permitir acesso mais seguro ao sítio, começamos a escavar.

Desde então, o trabalho da minha equipe na área PP13B e em outros locais das proximidades recuperou um registro notável de ações empreendidas pelos povos que habitaram essa região entre aproximadamente 164 mil e 35 mil anos atrás; portanto, durante o gargalo e após a população começar a se recuperar. Os depósitos nessas cavernas, combinados com análises do ambiente antigo de lá, permitiram chegar a uma explicação plausível de como os moradores préhistóricos de Pinnacle Point conseguiram sobreviver durante uma crise climática sombria. Os restos também desmistificam a ideia estável de que a modernidade cognitiva evoluiu muito depois da anatômica: evidências de sofisticação de comportamento são abundantes até mesmo nos níveis arqueológicos mais antigos na PP13B. Sem dúvida, esse intelecto avançado contribuiu significativamente para a sobrevivência da espécie, permitindo que os nossos ancestrais tirassem proveito dos recursos disponíveis na costa.

PRESBIOPIA

A presbiopia ou “vista cansada”, é uma evolução natural da visão, que se manifesta em todas as pessoas, tendencialmente, a partir dos 40 anos. Todos iremos senti-la, mais tarde ou mais cedo, porque os nossos olhos perdem a elasticidade à medida que envelhecem. Isto resulta numa crescente dificuldade em ver bem ao perto.

Quais as causas da presbiopia?
Um olho saudável acomoda-se perfeitamente à refracção da luz, tanto ao perto como ao longe. À medida que envelhece o cristalino torna-se menos elástico ao mesmo tempo os músculos oculares perdem flexibilidade. O olho perde a capacidade de focalizar nitidamente as imagens dos ojectos próximos, porque estas se formam atrás da retina e não sobre ela. Embora o resultado desta anomalia seja semelhante ao da hipermetropia, as causas são muito diferentes.

Quais os primeiros sinais da presbiopia?
Os seus braços já não são suficientemente longos para ler o jornal? Tem dificuldade em enfiar uma agulha? Estes são os primeiros sinais da presbiopia. Outros sintomas podem ser as dores de cabeça e a fadiga ocular.

Como se compensa a presbiopia?
As lentes progressivas são as mais adequadas à compensação da presbiopia, por serem as únicas que lhe possibilitam uma visão mais aproximada da natural. Esta lente funciona quase como o uma lente de uma máquina de filmar com zoom. A transição entre os diferentes campos de visão é suave.

Quais as razões da presbiopia? A presbiopia é uma consequência natural do envelhecimento. Todas as pessoas, mesmo as que já sofrem de outra anomalia visual, começam a sentir a sinais da presbiopia a partir dos 45 anos. Se é hipermétrope é provável que ela se manifeste mais cedo do que num miope. Esta anomalia tem tendência para se agravar com a idade mas geralmente estabiliza a partir dos 65 anos.

Se tem mais perguntas ou dúvidas sobre a presbiopia, por favor consulte o seu especialista de visão.

Fonte: www.essilor.pt

SEGUNDA LEI DE MENDEL

ligação genica = parte 2

ligaçao genica

Cientistas testam gel vaginal que diminui risco de contaminação por HIV


Um gel vaginal com propriedades microbicidas que está sendo testado na África do Sul conseguiu diminuir de maneira significativa o risco de mulheres que o utilizaram de se infectarem com o vírus HIV, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista científica Science.

O gel, que contém o medicamento antirretroviral Tenofovir, usado no tratamento da Aids, diminuiu em 39%, em média, a chance de as mulheres que o utilizaram de se infectarem com o vírus. Entre as mulheres que usaram o medicamento com mais frequência, a diminuição do risco de contrair a doença chegou a 54%.

Se os resultados da pesquisa se confirmarem, esta será a primeira vez que um gel microbicida se mostrou eficiente na prevenção à doença.

O novo medicamento poderia ser utilizado por mulheres cujos parceiros se recusam a usar preservativos.

Segundo os pesquisadores, também foi constatada uma redução da incidência de herpes genital entre as mulheres que utilizaram o gel.

Testes

O estudo é resultado de uma pesquisa de três anos feita pela fundação Centre for the Aids Programme of Research in South Africa (Caprisa) e foi apresentado nesta segunda-feira durante uma conferência internacional sobre Aids que está sendo realizada em Viena, capital da Áustria.

De acordo com os pesquisadores, o gel se mostrou eficiente e seguro quando utilizado 12 horas antes da relação sexual e 12 horas depois da mesma por mulheres entre 18 e 40 anos de idade.

Segundo Salim Abdool Karim, um dos autores da pesquisa, entre as 889 mulheres envolvidas nos testes - realizados na cidade sul-africana de Durban e também em um pequeno vilarejo rural – a grande maioria utilizou o gel conforme recomendado.

Além do medicamento, os pesquisadores forneceram preservativos e orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis às participantes do estudo. As mulheres também passaram por testes mensais para detectar a presença do HIV.

Trinta meses após o início das pesquisas, 98 mulheres haviam sido infectadas com o HIV – 38 no grupo de estava utilizando o novo gel e 60 no grupo para o qual foram fornecidos placebos (substâncias sem efeitos farmacológicos utilizadas para controle em pesquisas).

“Isto mostra uma incidência 39% menor no grupo que utilizou o (gel com) Tenofovir”, disse Karim.

Segundo o pesquisador, o gel diminuiu o risco de incidência de HIV em cerca de 50% nos 12 primeiros meses, mas a eficiência caiu depois disso.

Ele afirmou que as mulheres que utilizaram o gel de forma “consistente” se mostraram menos propensas a se infectarem.

Ainda de acordo com o pesquisador, uma das vantagens do novo produto seria seu preço baixo.

Esperança

Michel Sidibé, diretor-executivo do Unaids (Programa das Nações Unidas para HIV/Aids) comemorou os resultados da pesquisa e destacou o fato de ela levar a um método de prevenção que pode ser controlado pelas mulheres, independente de seus parceiros.

“Nós estamos dando esperanças às mulheres. Pela primeira vez nós estamos vendo resultados de uma opção de prevenção ao HIV controlada por mulheres”, disse.

A diretora-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Margareth Chan, também comemorou os resultados e disse esperar que eles sejam confirmados por outras pesquisas.

“Assim que eles se mostrarem seguros e eficientes, a OMS irá trabalhar com governos e parceiros para acelerar o acesso a esses produtos”, disse.

Café e chá protegem contra problemas cardíacos, diz estudo


Tomar várias xícaras de café ou chá por dia pode proteger o consumidor de doenças cardíacas, segundo um estudo holandês realizado durante 13 anos.

As pessoas que tomavam mais de seis xícaras de chá por dia reduziram o risco de doenças do coração em um terço, segundo a pesquisa, que envolveu 40 mil pessoas.

O consumo de dois a quatro cafés por dia também estaria ligado a um risco menor.

Enquanto o efeito protetor cessava com mais de quatro xícaras de café por dia, até aqueles que bebiam esta quantidade não apresentavam riscos maiores de morrer por nenhuma causa, incluindo derrame e câncer, do que aqueles que não bebiam nada.

Os holandeses costumam tomar café com uma pequena quantidade de leite e chá sem leite. Houve descobertas conflitantes sobre a influência do leite nos polifenóis, considerados a substância mais benéfica encontrada no chá.

O café tem propriedades que poderiam em teoria aumentar e reduzir os riscos simultaneamente - potencialmente aumentar o colesterol ao mesmo tempo em que combate o prejuízo inflamatório associado à doença cardíaca.

Porém, o estudo publicado no Journal of the American Heart Association concluiu que os que tomavam entre dois e quatro xícaras por dia diminuíam os riscos da doença em 20%.

"É basicamente uma história de boas notícias para aqueles que gostam de chá e café. Estas bebidas parecem oferecer benefícios para o coração sem aumentar o risco de morte de alguma outra causa", afirmou Yvonne van der Schouw, que liderou a pesquisa.

Ellen Mason, da British Heart Foundation, disse que o estudo reforça os indícios de que tomar chá e café em moderação não é prejudicial à maioria das pessoas e pode até reduzir o risco de desenvolver, ou morrer, de doenças cardíacas.

"Porém, é bom lembrar que levar uma vida saudável é o que realmente importa quando se quer deixar o coração em boas condições. Fumar um cigarro com seu café cancelaria completamente qualquer benefício, e tomar muito chá em frente à televisão durante horas sem fim sem se exercitar provavelmente não protegeria muito seu coração", afirmou Mason.

Quase metade das cidades no Brasil não tem acesso à rede de esgoto, indica IBGE

Quase metade dos municípios brasileiros, ou 44,8% do total, não era servida com uma rede de saneamento em 2008, de acordo com um levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A oferta do serviço também era bastante desigual. Enquanto no Estado de São Paulo a rede de esgoto chegava a 99,8% das cidades, no Piauí apenas 4,5% dos municípios eram atendidos.

Quando o cálculo é feito por domicílios, o resultado é ainda mais preocupante: 56% dos brasileiros, ou seja, a maioria da população, não tinham acesso ao serviço de coleta de esgoto há dois anos.

Ainda de acordo com o levantamento, de todo o volume de esgoto gerado no país em 2008, 31% não passou por qualquer tipo de tratamento.

Ao contrários de outros serviços básicos, como luz e coleta de lixo, que evoluíram nos oito anos anteriores, o saneamento deixou a desejar no período. Em 2000, esse serviço chegava a 52,2% das cidades.

A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) 2008 investiga a oferta de diversos serviços básicos, tendo como fonte de informação as entidades prestadoras desses serviços em todos os municípios brasileiros.

Água encanada, por exemplo, chegava a 99,4% dos municípios em 2008, enquanto a coleta de lixo atingia a totalidade (100%) das cidades brasileiras.

Clique Comente a notícia no .br

Cerveja aumenta risco de doença de pele em mulheres, diz estudo


Mulheres que bebem cerveja regularmente têm mais chances de desenvolver psoríase, uma doença de pele crônica, segundo sugere um estudo de pesquisadores americanos.

O estudo descobriu que as mulheres que bebem cinco cervejas por semana têm o dobro de risco de desenvolver a doença em comparação com as mulheres que não bebem.

A pesquisa, da Harvard Medical School, em Boston, analisou dados de mais de 82 mil enfermeiras entre 27 e 44 anos e seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas entre 1991 e 2005.

Os pesquisadores disseram observar um aumento de 72% no risco de psoríase entre as mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 cervejas por semana em relação às mulheres que não bebiam.

Para as mulheres que bebiam cinco copos de cerveja por semana, o risco era 130% maior.

Porém as mulheres que bebiam qualquer quantidade de cerveja não alcoólica, vinho ou bebidas destiladas não apresentaram um aumento do risco de desenvolver psoríase.

“A cerveja comum foi a única bebida alcoólica que aumentava o risco de psoríase, sugerindo que alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são econtrados no vinho ou nos destilados, podem ter um papel importante no estabelecimento da psoríase”, afirma o autor da pesquisa, Abrar Qureshi.

Glúten

O estudo, publicado na revista especializada Archives of Dermatology, sugere que a causa do aumento no risco de prsoríase pode ser a cevada com glúten, usada na fermentação da cerveja.

Estudos anteriores mostraram que uma dieta sem glúten pode melhorar os casos de psoríase nos pacientes sensíveis ao glúten.

Segundo o estudo, as pessoas com psoríase podem ter uma sensibilidade latente ao glúten.

“As mulheres com alto risco de desenvolver psoríase devem considerar evitar tomar muita cerveja”, concluem os autores.

A psoríase é uma doença crônica de pele caracterizada por escamações com coceira que normalmente aparecem nos joelhos, nos cotovelos e no coro cabeludo, mas que podem também atingir outras áreas do corpo, incluindo a face.

A doença, cuja origem é genética, é normalmente desencadeada por alguma situação específica. Seus efeitos são comumente leves, mas em alguns casos extremos chegam a deixar os pacientes desfigurados.

Adversidades e estresse na infância levam a problemas de saúde no futuro, dizem estudos


Adversidades e estresse no início da vida podem levar a problemas de saúde no futuro e até mesmo à morte prematura, segundo uma série de estudos apresentados em um encontro da Associação Americana de Psicologia, na Califórnia.

Os estudos sugerem que o estresse na infância provocado pela pobreza ou por abusos pode levar a doenças cardíacas, inflamação e acelerar o envelhecimento celular.

Segundo os responsáveis pelas pesquisas, as experiências no início da vida podem deixar “marcas duradouras” sobre a saúde no longo prazo.

Em um dos estudos, pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, analisaram a relação entre viver em pobreza e os sinais iniciais de doenças cardíacas em 200 adolescentes saudáveis.

Eles verificaram que aqueles que vinham de famílias mais pobres tinham artérias mais endurecidas e uma pressão sanguínea mais elevada.

Situações ameaçadoras

Uma segunda pesquisa do mesmo grupo mostrou que as crianças dos lares mais pobres eram mais propensas a interpretar uma série de situações sociais simuladas como ameaçadoras.

Elas também tinham pressão e batimentos cardíacos mais altos e apresentaram sinais mais fortes de hostilidade e raiva em três testes de laboratório.

Os resultados apoiam outras pesquisas que mostram uma ligação entre uma infância com alto nível de estresse e futuras doenças cardiovasculares, segundo a coordenadora dos estudos, Karen Matthews.

Segundo ela, ambientes imprevisíveis e com estresse levam as crianças a ficarem “hipervigilantes” em relação a percepções de ameaças.

“Interações com outros se tornam então uma fonte de estresse, que pode elevar o nível de estimulação, a pressão sanguínea e os níveis de inflamação e esgotar as reservas do corpo. Isso estabelece o risco para doenças cardiovasculares”, disse.

Expectativa de vida

Outro estudo apresentado na conferência mostrou que eventos na infância como a morte de um dos pais ou abusos podem tornar as pessoas mais vulneráveis aos efeitos do estresse na vida posterior e até mesmo reduzir a expectativa de vida.

Pesquisadores da Universidade de Ohio State analisaram um grupo de adultos mais velhos, alguns dos quais cuidavam de pessoas com demência.

Eles avaliaram diversos indicadores de inflamação no sangue que podem ser sinais de estresse, assim como o comprimento dos telômeros – fitas de DNA que se encurtam a cada vez que as células se dividem e que podem ter relação com doenças relacionadas à idade.

Os 132 participantes também responderam a um questionário sobre depressão e sobre abusos ou negligências sofridos na infância.

O estudo relacionou abusos físicos, emocionais ou sexuais durante a infância com telômeros mais curtos e níveis mais altos de inflamação mesmo após serem descartados outros fatores como idade, sexo, índice de massa corporal, exercícios, sono e se a pessoa era responsável por cuidar de alguém.

“Nossa pesquisa mostra que as adversidades na infância deixam uma sombra longa sobre a saúde da pessoa e podem levar a inflamações e envelhecimento celular muito antes do que em aqueles que não passaram por isso”, disse a coordenadora do estudo, Janice Kiecolt-Glaser.

“Aqueles que sofrem diversas adversidades podem encurtar sua expectativa de vida entre 7 e 15 anos”, afirmou

Chocolate amargo reduz risco de ataques cardíacos, diz estudo


Uma pesquisa americana afirma que mulheres mais velhas que comem chocolate amargo uma ou duas vezes por semana podem reduzir o risco de doenças cardíacas.

De acordo com o estudo, mulheres que comem chocolate amargo até duas vezes por semana reduzem o risco de doenças cardíacas em até 33%. No entanto, as que comem todos os dias não se beneficiam.

A pesquisa foi publicada em uma revista científica da Sociedade Americana do Coração. Os cientistas analisaram dados de cerca de 32 mil mulheres entre 48 e 83 anos ao longo de nove anos.

O estudo indica que o consumo de até duas porções de 19 a 30 gramas de chocolate amargo por semana reduz em até 32% o risco de doenças do coração.

Quando o consumo aumentou para até três porções, o índice caiu para 26%. O índice de redução de risco era nulo nas mulheres que consumiam chocolate amargo todos os dias.

Açúcar e gordura

A pesquisa ressalta que comer muito chocolate não é saudável, por causa do alto índice de açúcar e gordura, que fazem com que as pessoas ganhem peso.

No entanto, o chocolate contém altos índices de flavonóides, uma substância que diminui a pressão sanguínea e protege contra doenças do coração.

Os pesquisadores afirmam que o novo estudo é um dos primeiros a identificar alguns dos benefícios à saúde do chocolate amargo no longo prazo.

"Não se pode ignorar que o chocolate é relativamente intenso em calorias e que grandes porções consumidas habitualmente aumentarão o risco de ganho de peso", afirma Murray Mittelman, um dos autores do estudo, da Beth Israel Deaconess Medical Center, de Boston.

"Mas se você vai se dar um agrado, chocolate amargo é provavelmente uma boa opção, desde que consumido com moderação."

A diferença na qualidade do chocolate também afeta o benefício que o produto traz à saúde. Quanto mais cacau, maior o benefício.

Chocolate amargo pode conter até 75% de cacau, enquanto chocolate ao leite em geral possui até 25%.

Para a nutricionista Victoria Taylor, da Fundação Britânica do Coração, o estudo mostra a importância de se achar o equilíbrio correto na alimentação.

"Antes de se jogar nos doces, é preciso lembrar que enquanto alguns antioxidantes do chocolate são bons para o coração, os mesmos antioxidantes também estão presentes em frutas e vegetais – comidas que não têm gordura saturada ou alta caloria como o chocolate", disse ela.

Cientistas britânicos criam teste que diagnostica meningite em apenas ‘uma hora’


Cientistas da Queen’s University, de Belfast e da Autoridade de Saúde da capital da Irlanda do Norte, desenvolveram um teste revolucionário que pode diagnosticar em apenas uma hora se o paciente sofre de meningite.

Semelhante a uma impressora doméstica, o aparelho que faz o teste é portátil e acelera o resultado do exame, que atualmente demora entre 24 e 48 horas.

Um diagnóstico rápido da doença é vital para o tratamento de crianças pequenas com meningite meningocócica e septicemia, já que seu estado se deteriora em muito pouco tempo.

A meningite é a inflamação da meninge – membrana que protege e recobre o cérebro e a medula espinhal – e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, entre outros fatores. A forma mais perigosa é a bacteriana, da qual a meningocócica faz parte.

Sintomas

“Os primeiros sintomas das infecções meningocócicas são os mesmos de uma virose, dificultando o diagnóstico nos estágios iniciais”, afirma o cientista Mike Shields, da Queen’s University, que liderou a pesquisa.

“Os pais normalmente usam o ‘teste do copo’ no corpo das crianças, mas as manchas vermelhas (que não somem mesmo quando o copo é pressionado sobre elas) normalmente associadas a um diagnóstico de meningite são um sintoma tardio que nem sempre está presente nas crianças que têm a doença.”

A meningite meningocócica pode causar a morte de uma criança em uma questão de horas, se não for tratada, e também pode deixar sequelas como surdez e lesões cerebrais.

O grupo de maior risco e onde há maior incidência é o de crianças com menos de 5 anos de idade.

“Atualmente, médicos aceitam a internação e tratam com antibióticos qualquer criança sob suspeita de ter meningite meningocócica enquanto aguardam o resultado dos exames, que pode levar entre 24 e 48 horas”, disse o professor.

“Algumas crianças não são diagnosticadas no estágio inicial da doença, enquanto outras são internadas e tratadas, ‘pelo sim, pelo não’, quando na verdade não têm a doença.”

A meningite pode ser transmitida através do contato próximo com secreções respiratórias do paciente. O aparelho criado pelos pesquisadores examina uma amostra da saliva ou de sangue do paciente para avaliar se ele tem a doença.

Além de salvar vidas, o diagnóstico no estágio inicial pode melhorar o tratamento dos pacientes e ajudar a evitar as sequelas associadas à doença.

Testes

A máquina já está em fase de testes no pronto-socorro do Royal Victoria Hospital for Sick Children de Belfast.

“Não há nenhum outro exame que possa confirmar o diagnóstico em tão pouco tempo. Os exames atuais são caros e demorados.”

“A identificação rápida da doença vai permitir aos médicos tomar decisões sobre o tratamento que podem salvar a vida dos pacientes. Se ele tiver os resultados em uma hora, poderá começar o tratamento apropriado imediatamente”, afirmou Shields.

O aparelho, no entanto, ainda precisa ser testado por mais tempo para que seja avaliada a precisão dos resultados.

O estudo contou com o apoio da Fundação para a Pesquisa da Meningite da Grã-Bretanha (MRF, na sigla em inglês).

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil foram registrados 19.708 casos de meningite em 2009, desses 2.603 eram de meningite meningocócica.

A vacina conjugada contra o meningococo do sorogrupo C passará a integrar o calendário básico da vacinação na rede pública a partir de agosto deste ano para crianças com menos de dois anos de idade, informou o Ministério.

Total de visualizações de página

 
Desenvolvido por Othon Fagundes