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19 de fev. de 2016
Entenda a tecnologia radioativa que promete conter o Aedes aegypti
Conheça as outras complicações em bebês ligadas a microcefalia e zika
- 17 fevereiro 2016
Por esse motivo, especialistas estão inclusive defendendo que é preciso passar a usar termos como "síndrome congênita do zika".
'Nunca é só microcefalia'
"Nunca é só a microcefalia sozinha, ao menos nos casos que eu vi até agora", disse a ginecologista e especialista em medicina fetal, Adriana Melo, ligada ao IPESQ ( Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto) e à Maternidade Instituto Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande (PB)."A microcefalia é o sinal mais evidente. Porque você vê, você mede com a fita métrica. Mas quando a gente faz um ultrassom ou uma ressonância, há outros danos, que podem variar de calcificações (no cérebro) a artrogripose (doença que provoca a contração das articulações ou deformações das das mãos, punhos e joelhos).
Adriana integra um grupo de pesquisadores, ligados também à UFRJ e à Fiocruz, que acompanhou as gestações de 10 mulheres infectadas pelo zika nos estágios iniciais da gravidez e cujos fetos tinham complicações.
"As crianças começaram com a microcefalia, mas ela foi compensada pela ventriculomegalia", explica.
Amílcar Tanuri, virologista do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, que também colaborou com a pesquisa, diz que é preciso sistematizar as complicações nesses bebês.
Segundo o Ministério da Saúde, na maioria dos casos, a microcefalia é acompanhada de alterações motoras e cognitivas, que variam de acordo com o grau de acometimento cerebral.
"Em geral, as crianças apresentam convulsões, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, e, em alguns casos, as funções sensitivas, como audição e visão, também são afetadas. O comprometimento cognitivo, por exemplo, ocorre em cerca de 90% dos casos", afirmou o Ministério em nota, complementando que todos os casos suspeitos devem ser notificados para que seja possível também identificar causas e alterações neuropsicomotoras associadas.
Crises epilépticas
Entre as complicações que já eram conhecidas pelos médicos estão as crises epiléticas. "Elas são comuns em crianças com qualquer tipo de microcefalia, ocorrendo em até 50% dos casos, em qualquer momento da vida, especialmente nos primeiros anos", explica a neuropediatra Ana Carolina Coan, da Unicamp."Mas nas microcefalias mais graves - onde há vários tipos de malformações no cérebro, que pode ter calcificações ou a chamada lisencefalia (transtorno em que cérebro, sem pregas e sulcos, fica "liso") - a criança fica mais debilitada e o risco de crises epiléticas é maior."
Esse dado é relevante visto que um estudo recente de pesquisadores brasileiros que acompanhou 35 bebês com microcefalia mostrou que 71% deles tinham um grau severo da condição.
O estudo mostrou ainda que 49% dos bebês tinham pelo menos um tipo de anormalidade neurológica. E entre os 27 bebês que passaram por exames de diagnóstico por imagem (ultrassom ou tomografia), todos apresentaram algum problema, como calcificação ou lisencefalia.
Capacidade muscular
O problema neurológico mais comum encontrado nas crianças analisadas nesse levantamento foi a alteração de tônus muscular, ou seja, redução da capacidade de contrair ou relaxar o músculo (em 37% dos casos).Segundo o estudo publicado pelo CDC, os bebês também apresentavam problemas elevados de reflexos (20%), irritabilidade (20%), tremores (11%) e convulsões (9%).
Fora os problemas neurológicos, foram detectados complicações como artrogripose, pé-torto (má formação em que o pé se encontra torcido em maior ou menor grau) e excesso de pele no crânio, o que indica que o feto sofreu um estresse ainda no útero da mãe, interrompendo seu desenvolvimento normal.
Visão e audição
O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, também já informou que há registros de surdez e cegueira congênitas, além de malformação do globo ocular em bebês que nasceram com microcefalia causada pelo zika.No protocolo para orientar profissionais de saúde a lidar com bebês com suspeita de microcefalia e com sua família, o Ministério da Saúde retira a necessidade de se fazer os testes do pezinho, orelhinha e olhinho, para detectar complicações precocemente.
"No caso da microcefalia, a mesma está relacionada a alterações do desenvolvimento neuropsicomotor e do comportamento que podem ser acompanhadas por problemas auditivos e visuais", afirma o protocolo, que indica que a triagem auditiva deve ser feita nos primeiros dias de vida, e completa dizendo que "a presença da microcefalia é um indicador de risco para perda auditiva."
Dos 29 bebês examinados, 10 deles (34,5%) tinham anormalidades oculares graves. As mais comuns foram alteração pigmentar (espécie de mancha na retina) e atrofia da retina, além de anormalidades no nervo óptico. Esses são distúrbios que podem causar perda parcial ou total da visão.
"É importante notar que nenhuma dessas mães teve doença ocular", afirma um dos co-responsáveis pelo o estudo, o oftalmologista Rubens Belfort, professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), indicando que eles não herdaram esses problemas.
"Ainda não sabemos como essas lesões podem evoluir no futuro, mas sabemos que algumas lesões podem se agravar com o passar do tempo, até muitos anos depois."
Rubens afirma ainda que a pesquisa agora inclui mais de 100 casos nos locais mais afetados pelo surto no Nordeste e confirma que alguns deles demonstram que "há sim a possibilidade de se ter essas lesões oculares sem microcefalia".
Para o oftalmologista, o correto seria examinar todos os bebês nascidos onde há maior incidência de zika.
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- 18 fevereiro 2016
Motivos
Segundo Julius Lutwama, principal virologista do Instituto de Uganda de Pesquisa de Vírus (Urvi, na sigla em inglês), o motivo se deve, em grande parte, ao tipo de Aedes aegypti encontrado em Uganda."Em Uganda, a subespécie de Aedes aegypti que temos ─ o Aedes aegypti formosus ─ é diferente da daquela encontrada na América do Sul, o Aedes aegypti aegypti. O mosquito daqui pica mais animais do que humanos", explica ele à BBC Brasil.
"Esse mosquito vive na floresta e costuma se alimentar à noite. Mesmo que um ser humano seja picado e venha a desenvolver a doença, a probabilidade de ela se alastrar é baixa, por causa da ausência do vetor nas áreas urbanas. Ou seja, se não há mosquitos para espalhar o vírus, dificilmente haverá uma epidemia", acrescenta.
Outro fator, destaca Lutwama, envolve características geográficas e climáticas de Uganda.
Segundo ele, diferentemente de outros locais que enfrentaram surtos de zika, o país manteve suas florestas razoavelmente intactas, preservando o habitat natural do mosquito.
Nesse sentido, a forte predominância de chuvas, típicas do clima de Uganda, também teria contribuído para evitar uma epidemia da doença.
"Aqui em Uganda chove muito e, por isso, a população não costuma armazenar água em casa", argumenta.
"Mas nos países africanos que desmataram suas florestas, como no oeste da África, por exemplo, o mosquito migrou para as áreas urbanas e acabou encontrando um ambiente perfeito, pois precisa de água parada para se reproduzir".
Lutwama diz acreditar ainda que a população ugandense teria desenvolvido imunidade à doença, devido a "diferentes flavivírus" (vírus transmitidos por carrapatos e mosquitos) encontrados na região, como dengue, chikungunya e O'nyong'nyong, todos transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.
"Como temos outras doenças muito semelhantes ao zika, como dengue, chikungunya e O'nyong'nyong, acredito que possa ter havido algum tipo de imunidade cruzada. Dessa forma, quem já contraiu algum desses vírus, teria menor vulnerabilidade a uma nova infecção", observa.
E devido ao baixo número de casos da doença em Uganda, acrescenta Lutwama, não foi possível estabelecer nenhuma relação entre o vírus e a microcefalia.
"Diferentemente do Brasil, não temos um número suficiente de casos de zika para comprovar qualquer associação entre o vírus e essa má-formação congênita em fetos", afirma.
Brasil
"Coletamos e monitoramos amostras de sangue de pacientes de todo o país. São medidas preventivas importantes", assinala ele.
Lutwama cita o caso dos Estados Unidos, onde o Aedes aegypti ─ virtualmente inexistente há alguns anos ─ já é encontrado em regiões com temperaturas mais amenas, como o Estado da Flórida.
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- 18 fevereiro 2016