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29 de jun. de 2014

Nutricionistas recomendam 'apenas água' em refeições para combater obesidade infantil

Atualizado em  26 de junho, 2014 - 18:36 (Brasília) 21:36 GMT
Crianças devem ser incentivadas a beber água desde o desmame
Água deve ser a única bebida oferecida a crianças durante as refeições para ajudar a combater a obesidade, sugerem nutricionistas.
Um grupo de cientistas disse que bebidas açucaradas são calóricas e com pouco, ou nenhum, valor nutricional, e que as pessoas perderam o "hábito de beber água" durante as refeições.
O aviso dos nutricionistas veio no momento em que o Public Health England, uma agência do Departamento de Saúde da Grã-Bretanha, se prepara para publicar seus planos para cortar o consumo de açúcar no país. O plano deve propor a introdução de um "imposto de açúcar" sobre refrigerantes.
Cientistas falando antes do anúncio da Public Health England, argumentaram que não existem soluções fáceis para atacar a obesidade.
No entanto, eles concordaram em relação às bebidas açucaradas.
"É um simples conselho aos pais: incentivem seus filhos a beber água", disse Susan Jebb, da Universidade de Oxford.
"Uma vez que eles desmamarem, a mensagem deve ser 'crianças devem beber água'. Leite pode, mas esse deve ser o foco da nossa mensagem."
Tom Sanders, chefe do departamento de ciências nutricionais e diabetes do hospital King's College de Londres, disse: "Crianças devem adquirir o hábito de beber água. O problema é que as pessoas não bebem mais água. Eu acredito que as famílias devem colocar água na mesa, e não refrigerante, que deve ser apenas um agrado."

Açúcar e calorias

O grupo de especialistas disse que o principal impacto do açúcar na saúde é como fonte de calorias que podem levar à obesidade. Além disso, o açúcar pode aumentar o risco de problemas cardíacos e da diabetes tipo 2.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de que a ingestão de açúcares não ultrapasse 10% do consumo diário de calorias de uma pessoa - e de que os governos trabalhem com uma meta de 5% para a população.
Os limites devem ser aplicados a todos os açúcares adicionados aos alimentos, assim como o açúcar natural presente no mel, melados, sucos de fruta e concentrados de frutas.

Fotos de expressões faciais podem revelar problemas genéticos, diz estudo



Foto: Christoffer Nellaker/Universidade de Oxford
Programa junta automaticamente fotos de pacientes que têm a mesma doença genética (Foto: Christoffer Nellaker/Universidade de Oxford)
Pesquisadores da Grã-Bretanha criaram um programa de computador que reconhece expressões e traços faciais e também detecta problemas genéticos a partir das estruturas do rosto do paciente.
O diagnóstico pode ser feito em apenas algumas horas com a ajuda de uma simples foto de família.
O programa, desenvolvido por pesquisadores das Universidades de Edimburgo, na Escócia, e Oxford, analisa fotos comuns do rosto dos pacientes usando tecnologia de reconhecimento facial semelhante à usada pelo Facebook, por exemplo.
Além de reconhecer rostos em fotos comuns, o programa também analisa variações de luz, qualidade da imagem, o cenário de fundo, postura, expressão facial e identidade.
A partir daí, o programa constrói uma descrição da estrutura da face identificando as extremidades dos olhos, nariz, boca e outros traços e compara estes dados com que aprendeu a partir de outras fotografias já colocadas em seu sistema.
O algoritmo desenvolvido pelos pesquisadores junta automaticamente as fotos de pacientes que tenham a mesma doença ou síndrome.
O programa aprende à medida que vai acumulando mais dados: suas sugestões para cada foto ficam melhores se ele já analisou muitas fotos de outras pessoas com um tipo específico de síndrome ou doença.
Doenças ou síndromes genéticas são consideradas raras, mas, em uma análise coletiva, segundo a Universidade de Oxford, elas afetam uma em cada 17 pessoas do mundo.

Destas pessoas, um terço pode ter sintomas que reduzem muito a qualidade de vida. No entanto, a maioria das pessoas não consegue receber um diagnóstico genético.
"Um diagnóstico de uma doença genética rara pode ser um passo muito importante", disse o líder da pesquisa, Christoffer Nellaker, da Unidade de Genética Funcional da Universidade de Oxford.
"Pode dar aos pais alguma certeza e ajuda com o aconselhamento a respeito dos riscos para outros filhos e sobre a possibilidade de uma doença ou síndrome ser herdada pelos outros."
"Um diagnóstico também pode melhorar as estimativas de como a doença pode avançar, ou mostrar quais sintomas são causados pela síndrome ou doença genética e quais são causados por outros problemas clínicos que podem ser tratados", acrescentou.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista especializadaeLife.

Diagnóstico com smartphones

O diagnóstico de um transtorno de desenvolvimento geralmente requer que os geneticistas tirem suas conclusões a partir de traços do rosto, exames e também de seus próprios conhecimentos.
Acredita-se que entre 30% e 40% das doenças genéticas raras envolvem algum tipo de mudança no rosto e crânio do paciente, possivelmente devido ao fato de muitos genes estarem envolvidos no desenvolvimento do rosto e crânio enquanto o bebê se desenvolve no útero da mãe.
Os pesquisadores britânicos "ensinaram" o programa de computador a fazer algumas destas avaliações de forma objetiva.
Os pesquisadores acreditam que, no futuro, os diagnósticos destas doenças poderão ser feitos até com um simples smartphone.
"No futuro, um médico em qualquer lugar do mundo poderá fazer uma foto de um paciente com um smartphone e fazer uma análise pelo computador para encontrar rapidamente uma doença genética ou síndrome que a pessoa pode ter", disse Nellaker.
"Esta abordagem objetiva vai ajudar a limitar os possíveis diagnósticos, facilitar as comparações e permitir que os médicos tenham mais certeza em suas conclusões", acrescentou.
BBc

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