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9 de mar. de 2014

Cérebros humano e canino têm a mesma reação a vozes, sugere estudo

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Cachorros em aparelho de ressonância magnética (Borbala Ferenczy)
Estudo mostrou que a mesma região do cérebro de cães e humanos é ativada pelo som de vozes
Donos de cachorros costumam afirmar que seus animais de estimação conseguem entendê-los. Um novo estudo publicado no periódico Current Biology sugere que essas pessoas podem estar certas.
Ao colocar cães em um equipamento de ressonância magnética, pesquisadores húngaros descobriram que o cérebro desses animais reage da mesma forma que um cérebro humano a vozes de pessoas.
Outros sons carregados de emoção, como choro ou risadas, também geraram reações parecidas, o que talvez explica o fato de cachorros conseguirem se sintonizar às emoções de seus donos, afirmam os pesquisadores.
"Acreditamos que cães e humanos têm um mecanismo bastante similar para processar informações emocionais", disse Attila Andics, da Universidade Eotvos Lorand e coordenador do estudo.

Sintonia

A pesquisa envolveu onze cães de estimação e comparou seus resultados aos de 22 voluntários humanos.
Para ambos os grupos, os cientistas tocaram 200 tipos diferentes sons, desde ruídos comuns, como o barulho de carros e de apitos, a sons emitidos por humanos (sem palavras) e por cães.
Cachorro em aparelho de ressonância magnética (Eniko Kubinyi)
Sons carregados de emoções, como risadas e choro, também geraram a mesma reação no cérebro dos cães e de pessoas
Os pesquisadores descobriram que uma região semelhante do cérebro – o polo temporal, que faz parte do lobo temporal – é ativada quando cães e pessoas ouvem vozes humanas.
"Já sabíamos que certas áreas no cérebro humano respondem mais fortemente a sons humanos do que a qualquer outro tipo de som", explicou Andics. "É uma grande surpresa isso ocorrer também no cérebro canino. É a primeira vez que vemos algo assim em um animal que não seja um primata."
O mesmo aconteceu quando sons como risadas e choros foram ouvidos. Uma área do cérebro conhecida como córtex auditivo primário foi ativada tanto em cachorros quanto em humanos.
Ao mesmo tempo, vocalizações caninas carregadas de emoção – como ganidos e latidos ferozes – também geraram uma reação parecida em todos os voluntários.
"Sabemos muito bem que cachorros conseguem se sintonizar ao sentimento de seus donos, e sabemos que um bom dono consegue identificar mudanças emocionais em seu cão – mas agora podemos começar a entender como isso é possível", afirmou Andics.
No entanto, apesar dos cachorros reagirem à voz humana, suas reações foram bem mais fortes em relação aos sons caninos.
Os cães também parecem ser menos capazes de distinguir entre ruídos e sons vocais em comparação com humanos.

Palavras

Cães e aparelho de ressonância magnética (Eniko Kubinyi)
Próximo passo do estudo é checar como o cérebro de cães reage quando eles ouvem palavras
Ao comentar sobre a pesquisa, Sophie Scott, do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade College London, disse: "Os cães são animais muito interessantes de se investigar porque muitos de seus traços desses os tornam dóceis em relação aos humanos. Alguns estudos mostram que eles entendem muitas palavras e o que queremos dizer quando apontamos para alguma coisa".
Mas Scott acrescenta: "É algo bastante relevante encontrar isso em cães e não só em primatas, mas seria interessante também ver a reação desses animais a palavras. Risos e choros são parecidos com sons animais e por isso podem gerar esse tipo de reação.
"Um avanço seria demonstrar sensibilidade dos cães a palavras no idioma de seus donos."
Segundo Andics, este será o foco da próxima série de testes da pesquisa.

Brasil também tem adeptos do movimento antivacina


Vacina BCG (PA)
Excesso de vacinas e possíveis efeitos colaterais preocupam pais
Se nos Estados Unidos, pais que são contra vacinas fazem até festa para as crianças pegarem catapora, aqui no Brasil esse movimento é mais tímido, e o debate se dá muitas vezes em grupos de discussão online.
Excesso de vacinas, desconfiança com suas possíveis reações colaterais e pressão da indústria farmacêutica são alguns dos motivos que levam muitos pais e mães no país a decidirem não vacinar o filho.
Esse movimento antivacina entrou no radar do governo, quando uma pesquisa encomendada pelo ministério da Saúde detectou que a média da vacinação no Brasil era de 81,4%, enquanto que na classe A era de 76,3%.
"Essa queda no estrato mais alto se dá justamente porque alguns pais não vacinam, o que é um problema grave", disse à BBC Brasil Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Ele cita casos de sarampo que surgiram em 2011, na Vila Madalena (zona oeste de São Paulo), que começaram com uma criança não vacinada por opção da família e que atingiram bebê menores de um ano, já que somente após essa idade é indicada a vacina.
"É preciso pensar na imunidade coletiva ou doenças já erradicas podem voltar", diz Barbosa. "A criança bem nutrida pode não sofrer com a doença, mas, sim, ser a ponte para que o filho da doméstica ou do porteiro sofra com ela."

Consequências

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vê como "irresponsável" essa decisão de não dar as doses às crianças, segundo um de seus membros, o infectologista e pediatra Arondo Prohmann de Carvalho.
"Orientados de maneira errônea, esses pais põem em risco não apenas a própria criança, mas toda a população", diz, lembrando que mesmo doenças consideradas simples, como catapora e sarampo, podem ter consequências graves em crianças que já sofrem com problemas como doenças pulmonares.
No entanto, para o pediatra e neonatologista Carlos Eduardo Corrêa, "é preciso não tornar o consultório uma questão de saúde pública."
"Sarampo, em criança bem nutrida, não fica grave. Há o pacto social, mas isso é um elemento a mais na discussão, não te obriga a dar todas as vacinas", diz o médico, que defende que sejam dadas as vacinas do calendário do governo.

'Pressão mercantil'

Para a terapeuta floral V., que tem dois filhos, a decisão de aplicar ou não as injeções acabou pendendo que fica longe das vacinas.
Vacinação infantil (AP)
Muitos pais se informam pela internet sobre efeitos de vacinas
"Meus filhos só tomaram as primeiras doses, depois decidimos não dar mais", conta.
"Já fui muito criticada, principalmente quando eles eram menores, mas ignoro. Nem conto para a minha família. Acredito que com tantas vacinas, estamos criando gerações de imunidade cada vez pior, criando um sistema imunológico burro."
Segundo a terapeuta, a decisão vai na linha do princípio de vida da família. "Eu e meu marido temos como princípio não ter medo de doença. Acreditamos que ao ter uma alimentação adequada, hábitos mais saudáveis, estamos promovendo a saúde, que é o contrário da doença."
"E nunca tivemos provas do contrário. Meus filhos são saudáveis e lidam tranquilamente com as gripes e viroses eventuais."
Ela diz não ser contra a vacina, mas, sim, contra a obrigatoriedade de se vacinar e critica o que chama de "pressão mercantil", que faz com que pais deem cada vez mais vacinas e reforços nos filhos.

Se informar

A profissional do turismo P., de São Paulo, diz que mudou de opinião sobre as vacinas à medida que a segunda filha foi crescendo e que foi obtendo mais informações sobre o tema, especialmente na internet.
"Comecei a questionar tantas vacinas quando a pediatra disse para eu não dar a vacina de rotavírus, porque ela era um medicamento muito recente, que ainda não havia sido muito estudado."
Ela defende pesquisar sobre vacinação ao invés de apenas acatar as determinações dos órgãos de saúde pública. "É preciso pesquisar os elementos das vacinas, esclarecer os prós e contras. O bom de viver na nossa época é justamente encontrar muita informação disponível", conta P., que deu as vacinas obrigatórias iniciais nas filhas, mas que não dá mais os reforços, a de gripe (influenza) e não pretende dar na filha a vacina de HPV, que o governo faz campanha atualmente.

Vacinas espaçadas

A opção de não dar as vacinas que não são obrigatórias pelo calendário do governo - caso da varicela (catapora) e da gripe, encontra respaldo na visão de alguns pediatras.
"Creio que o programa de vacinação da Secretaria da Saúde é correto e suficiente. Mas tenho restrições contra as vacinas fora do calendário", diz o pediatra e geneticista Jordão Corrêa.
"Tenho horror à vacina da gripe, vejo muita pneumonia depois de pacientes serem vacinados. Também acho um problema a contra catapora, que pode dar reação, produzindo a mesma bolha da doença só que menos intensidade."
O pediatra, que recomenda que seus pacientes sejam vacinados com as doses obrigatórias, conta que já teve pacientes contrários a todos os tipos de vacinas. "Não concordo. Acho que essas pessoas deviam, por exemplo, ver os pacientes de pólio internados. É uma doença horrível."
No entanto, ele vê problemas na concentração de muitas vacinas nos três primeiros meses da criança.
"É muita vacina para um bebê. São muitos elementos agressores de uma vez só. Prefiro espaçar um pouco essas doses ao longo dos meses. Se for criança saudável, sem doença crônica, não tem problema. É só não ficar indo em shopping, supermercado, igreja lotada."

Aquecimento global leva malária a regiões antes sem a doença


Mosquito da malária (Arquivo/AFP)
Altas temperaturas facilitam a chegada da malária a áreas mais altas da África e América do Sul
Um estudo realizado por pesquisadores americanos sugere que o aquecimento global está levando a malária para regiões onde a doença não ocorria antes.
Cientistas da Universidade de Michigan descobriram que populações vivendo nas regiões mais altas da África e da América do Sul correm um risco cada vez maior de contrair malária.
O parasita da malária e o mosquito que o transmite não conseguem se adaptar ao ar mais frio tradicionalmente encontrado nessas regiões. Por isso, a doença é contraída em regiões mais baixas e quentes.
Os pesquisadores acreditam que o aumento das temperaturas no futuro pode resultar em milhões de novos casos em algumas áreas.
"O impacto em termos de aumento do risco à exposição à doença é muito grande", disse Mercedes Pascual, a líder da pesquisa.
"O risco da doença diminui com a altitude e esta é a razão histórica de as pessoas terem ido viver nestas regiões mais altas", afirmou a pesquisadora.

Colômbia e Etiópia

Para investigar esta mudança, os cientistas analisaram áreas muito populosas em regiões altas da Colômbia e da Etiópia, onde existem registros detalhados de temperaturas e casos de malária desde a década de 1990 até 2005.
Eles descobriram que, em anos mais quentes, a malária foi para áreas mais próximas do alto das montanhas. Em anos mais frescos, a doença se limitou a elevações menores.
"Esta expansão pode, de certa forma, explicar uma parte substancial do aumento do número de casos que já observamos nestas áreas", disse a professora.
Na Etiópia, por exemplo, onde quase metade da população vive em uma altitude entre 1,6 mil e 2,4 mil metros, os cientistas acreditam que poderão ocorrer muitos outros casos com a elevação nos termômetros.
"Estimamos que, com base na distribuição da malária com a altitude, o aumento de um grau na temperatura pode levar a 3 milhões de casos adicionais por ano em crianças com menos 15 anos", afirmou a pesquisadora.
A equipe também acredita que, pelo fato de estas pessoas nunca terem sido expostas à malária, elas estão particularmente vulneráveis à doença.
E as tentativas de conter a expansão da doença devem se concentrar nas áreas que são limítrofes, entre as regiões mais baixas e as mais altas. É mais fácil controlar a doença em altitudes menores, onde ela já se estabeleceu.
Segundo as últimas estimativas da Organização Mundial de Saúde, foram registrados em 2012 cerca de 207 milhões de casos de malária e estima-se que 627 mil mortes.
A maioria desses óbitos ocorreu entre crianças vivendo na África.

NOVOS MODELOS DE CAMISINHA FEMININA


Camisinha feminina | Crédito: Origami
Camisinha feminina Origami deve ser lançada no mercado americano em breve
A camisinha feminina fracassou quando foi lançada 20 anos atrás, mas nunca desapareceu do mercado e agora uma nova leva de empresas está tentando preencher esse vazio com novos produtos. Será a retomada desse tipo de preservativo?
Há duas décadas, a americana Mary Ann Leeper lembra-se com certo desconforto das piadas feitas sobre o produto. "Eu acreditava demais na camisinha feminina", diz ela. "Pensava que as mulheres queriam algo com o qual elas pudessem cuidar de si mesmas. Nós éramos ingênuas – e eu me incluo nesse grupo".
Naquela época, Leeper era presidente da Chartex, a companhia que fabricava a FC1, a primeira geração de camisinhas femininas feitas de poliuretano.
Antes do lançamento do produto, havia uma atmosfera de curiosidade envolvendo o produto, mas aqueles responsáveis por sua divulgação subestimaram a reação dos consumidores americanos e europeus.
Leeper nunca se esqueceu de um artigo negativo publicado na ocasião por uma influente revista feminina dos Estados Unidos.
"O artigo ganhou grandes proporções", conta ela. "Foi um choque para mim, para dizer a verdade. Por que fazer piada sobre um produto que ajudaria as mulheres a cuidar de sua saúde, que as protegeria de doenças sexualmente transmissíveis e evitaria gravidezes indesejadas?", questiona.
O formato do FC1, no entanto, não recebeu boa acolhida das mulheres, seu público-alvo. Além disso, eram constantes as críticas de que o preservativo fazia muito barulho durante o sexo.
Camisinha feminina FC2
Camisinha feminina FC2 tem 17 cm de comprimento e oito de diâmetro
A sucessora da Chartex, a Female Health Company, pensou em cessar a fabricação do produto, mas, em vez disso, lançou uma campanha para educar consumidores sobre a camisinha feminina.
Então, num dia de 1995, Leeper recebeu um telefonema de uma mulher chamada Daisy, então responsável pelo programa de prevenção a HIV/Aids do Zimbábue.
"Ela disse: Eu tenho uma petição aqui na minha mesa assinada por 30 mil mulheres pedindo para importamos o preservativo feminino", recorda Leeper.
Projetos na África distribuem camisinhas femininas gratuitamente em salões de beleza
Era o início de uma série de parcerias que levou a camisinha feminina a diferentes regiões do mundo em desenvolvimento.
A sucessora da FC1, a FC2 – feita de borracha nitrílica – teve maior sucesso no Ocidente.
Atualmente, o produto está disponível em 138 países. As vendas mais do que dobraram desde 2007, e a Female Health Company registrou o primeiro lucro em oito anos.
A vasta maioria das vendas se destina a quatro clientes – a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês), a ONU, o Brasil e a África do Sul.
Tanto organizações humanitárias quanto autoridades de saúde pública sustentam que o preservativo dá maior autonomia à mulher durante a relação sexual.

Vantagens

As camisinhas femininas também têm suas vantagens. Elas podem ser colocadas antes do sexo e não precisam ser removidas imediatamente ao fim da relação.
Para mulheres, esse tipo de preservativo também oferece melhor proteção a doenças sexualmente transmissíveis, uma vez que a vulva é parcialmente coberta pelo anel externo da camisinha.
A reação dos consumidores também se mostrou mais positiva.
Uma pesquisa feita em 2011 mostrou que 86% das mulheres afirmaram estar interessadas em usar o preservativo novamente e 95% disseram que o recomendariam a suas amigas.
"Muitas pessoas dizem que as camisinhas femininas aumentam o prazer sexual", diz Saskia Husken, da Programa Conjunto de Acesso Universal à Camisinha Feminina (UAFC, na sigla em inglês).
Para os homens, há relatos de que o produto apertaria menos o pênis. Já para as mulheres, o anel externo – que permanece do lado de fora da vagina – seria estimulante.
Na África, a distribuição gratuita das camisinhas femininas em postos de saúde criou uma tendência de moda inesperada.
Demonstração de uso de camisinha feminina na África | Crédito: Robbert Bodengrave
ONG ensina mulheres a usar camisinha feminina na Nigéria
Muitas mulheres removeram o anel flexível do preservativo e passaram a usá-lo como pulseira. "Se você está solteira, você usa a pulseira", brinca Marion Stevens, da Wish Associates.
"Se você estiver, por outro lado, num relacionamento sério, a sua pulseira terá uma aparência mais velha", acrescenta ela.
Meyiwa Ede, da Sociedade da Saúde da Família na Nigéria, afirma que, enquanto os homens ficam mais empolgados com a possibilidade de fazer sexo sem usar "uma camisinha tradicional", as mulheres ainda se mostram receosas de usar o produto.
"Elas olham para a camisinha feminina e dizem: Tudo bem, mas eu realmente terei de colocar isso dentro de mim?", diz ela.
A equipe liderada por Ede usa um manequim para mostrar como a camisinha feminina deve ser colocada. Ela compara a tarefa a usar um novo telefone – no início, parece impossível, mas, com o tempo, a usuária se acostuma.
Nos países desenvolvidos, há, no entanto, um estigma ainda a ser superado.
"Eu acho que o problema começa pela embalagem – as camisinhas femininas não vem enroladas como as masculinas em pacotes tão pequenos", diz Mags Beksinka, da Universidade de Witwatersrand na África do Sul. "Na verdade, ambos os preservativos são do mesmo tamanho. Se você medi-los lado a lado, não são tão diferentes entre si", explica.

Novos modelos

Montagem camisinha feminina
De cima para baixo, em sentido horário: Woman's Condom; Cupido; VA Wow
Beksinska é autora de uma pesquisa recentemente publicada pela revista científica Lancet sobre três modelos de camisinha feminina:
  • A Woman’s Condom já se encontra disponível na China e chegará em breve à África do Sul, fruto de um projeto de 17 anos da ONG Path – especializada em inovação da saúde. Esse preservativo já foi testado em 50 diferentes versões. Fora da embalagem, é menor do que a FC2. Parece um tampão íntimo, com grande parte da camisinha reunida em cápsula de um tipo de polímero arredonda que, em contato com a mucosa vaginal, se dissolve. A partir desse momento, a camisinha se expande e pequenas espumas ajudam a mantê-la no lugar certo para a relação sexual.
  • Já o "Cupido" está disponível na Índia, África do Sul e Brasil (por meio da distribuidora Prudence). Tem essência de baunilha e vem nas cores transparente e rosa. Trata-se de único modelo, fora a FC2, da Female Health Company, a ter ganhado o aval da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser vendido para o setor público. Uma versão menor voltada para o mercado asiático já está em fase de testes.
  • Por fim, a VA Wow, como o Cupido, contém uma esponja que ajuda as usuárias a inserir a camisinha dentro da vagina e evitar que ela escorregue durante o sexo.
O estudo, que mostrou que todos os três tipos não são menos confiáveis do que a FC2, aumentam as chances de que a camisinha feminina ganhe maior aceitação mundial.
Camisinha feminina | Crédito: Innova Quality
A Innova Quality lançou dois tipos de camisinha feminina vendidas junto de calcinha
Outros formatos radicalmente redesenhados de preservativos femininos deverão chegar aos postos de saúde e às prateleiras das farmácias em breve.
O Air Condom, à venda na Colômbia, vem com uma pequena bolsa de ar para ajudar a colocação na vagina.

Missão: camisinha

  • Danny Resnic contraiu HIV por causa de uma caimisinha furada
  • Homossexual assumido, ele diz que perdeu todos os seus amigos para a Aids nos anos 80
  • Ele também redesenhou a camisinha masculina - e inventou o primeiro preservativo exclusivamente dedicado ao sexo ano, que agora está em fase de testes
  • Resnic demorou 16 anos para finalizar as patentes dos modelos que inventou
A primeira etapa dos testes clínicos de sua camisinha feminina custaram US$ 685 mil (R$ 1,6 milhão)
A Panty Condom, feita pelo mesmo fabricante colombiano, a Innova Quality, vem embalada junto de uma calcinha que ajuda a manter a camisinha no lugar certo. O produto, no entanto, ainda não possui um distribuidor.

Absorvente íntimo

Enquanto isso, a camisinha feminina conhecida como Origami deve ser lançada no mercado americano daqui a um ano.
Seu inventor, Danny Resnic, que começou a trabalhar no setor depois de contrair HIV por causa de uma camisinha furada em 1993, levou em conta as inúmeras piadas feitas com a FC1 ao desenvolver seu produto.
"Há uma razão para a qual a camisinha feminina parece uma bolsa de plástico – porque ela é, no fim das contas, uma bolsa de plástico", diz ele.
O seu preservativo, por outro lado, é ovalado, o que, segundo ele, espelha a anatomia do aparelho genital feminino. O produto será vendido como uma cápsula em forma de teta e uma vez inserido no interior da vagina se expande como "o fole de uma sanfona". O anel externo da camisinha é desenhado para se acomodar sobre os grandes lábios, em vez de permanecer solto como em modelos antigos.
Camisinha feminina Origami | Crédito: Origami
Preservativo feminino da Origami tem formato oval e se adequa à anatomia da vagina
"É um produto íntimo e uma experiência compartilhada por duas pessoas", diz ele. "As camisinhas femininas têm de ser atrativas tanto para o homem quanto para a mulher".
A camisinha Origami é feita de silicone, o que, segundo Resnic, permite o seu reuso, uma vez que pode ser lavada em água corrente.
Segundo Husken, da UAFC, para que nova geração das camisinhas femininas obtenha sucesso, é preciso que os casais tenham diferentes alternativas a seu dispor.
"É preciso haver variedade", diz Husken. "Algumas mulheres preferem um produto e outras outro produto, tal como homens. Nós não somos iguais", explica ela.
Um estudo publicado em 2010 revela com precisão essa necessidade. Pesquisadores pediram que 170 mulheres sul-africanas testassem três diferentes tipos de camisinhas femininas cinco vezes. Depois de nove semanas, elas podiam interromper a pesquisa ou continuá-la, usando o preservativo feminino de sua preferência. Cerca de 90% delas decidiram seguir em frente e, nesse momento, praticamente todas elas já tinham escolhido a que melhor lhes convinha (44% escolheram a woman’s condom, enquanto 37% optou pela FC2 e o restante, 19%, preferiu a VA Now).
O fato de que 20 anos se passaram e a camisinha feminina não alcançou o sucesso da masculina – atualmente, corresponde a apenas 0,19% das compras globais de preservativos por governos, além de custar dez vezes mais – não mina a confiança desses empreendedores.
Leeper explica por que ela sabia desde o princípio que o caminho rumo ao sucesso da camisinha feminina ia ser difícil – e longo.
Muitos anos depois do lançamento desastroso da FC1, um executivo da Tampax, que fabrica absorventes internos, veio falar com ela. Nessa conversa, Leeper ouviu de seu colega que as mulheres demoraram anos para aceitar os tampões íntimos como um mecanismo eficiente durante a menstrução.
"Ele me mostrou a curva de aceitação do produto", lembra Leeper.
"Eu disse então: Não me fale que nós vamos ter de esperar todo esse tempo? Não sei se viverei para ver isso!".

SLIDES DESQUILIBRIOS AMBIENTAIS

http://pt.slideshare.net/profkatiaqueiroz




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