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28 de mai. de 2012

LAMARCKISMO

Lamarck foi um grande taxonomista francês e, por isso, detentor de um vasto conhecimento sobre anatomia dos seres vivos. Em 1809, Lamarck, na sua obra Philosophie Zoologique, apresentou aquela que é considerada por muitos como a primeira teoria sobre a evolução das espécies, que radica em dois princípios: a lei do uso e do desuso e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos.
Os 2 textos que se seguem são da sua autoria.
“Eis uma ave terrestre que é obrigada a viver em regiões inundadas ou transformadas em lagos.
Levada a procurar o alimento nas águas, quer dizer, obrigada a nadar, faz esforços para este fim; por isso, afasta os dedos e a pele que une a base destes, que adquire o hábito de se distender. À força de esforços repetidos durante gerações, esta pele desenvolver-se-ia lentamente, cresceria pouco a pouco, milímetro a milímetro. Tal seria a origem da membrana interdigital, característica das patas dos gansos, dos patos e dos cisnes.”
“Se numa região diminuísse a intensidade das chuvas, as plantas passariam, como consequência, a ter necessidade de conservar a água. Passados muitos anis, à medida que a região se tornasse mais parecida com um deserto, as plantas transmitiriam aos descendentes as características que tinham adquirido para reter água. Deste modo, ter-se-iam originado as plantas típicas das regiões desérticas, como os cactos, capazes de armazenar grandes quantidades de água.”
Identifica, com base nos textos, as (2) principais causas da evolução dos seres vivos.
Identifica, nos textos, expressões que traduzam os dois princípios fundamentais da teoria de Lamarck (lei do uso e do desuso e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos).
Explica, com base na teoria de Lamarck,:
O desenvolvimento dos longos pescoços das girafas.
O desaparecimento dos membros nas cobras.
Refere o que seria de esperar que acontecesse aos descendentes de um trabalhador braçal, relativamente ao desenvolvimento da musculatura.
Considera a figura, que esquematiza as concepções de Lamarck, e completa:

Fonte: www.netxplica.com
Lamarckismo

Até o século XVIII, tinha-se a idéia que as espécies, vegetal ou animal, teriam surgido por um ato de criação divina, tendo exatamente as mesmas características que possuem hoje. Uma outra explicação para a origem da variedade dos seres vivos é a idéia de que há uma transformação gradual das espécies, no decorrer do tempo, originando novas espécies. Porém, foi somente no fim do século XVIII que pesquisadores constituíram dados suficientes para explicar essa teoria.
JEAN BAPTISTE LAMARCK
Jean Baptiste Lamarck (1744-1829) foi um dos primeiros a tentar explicar o mecanismo de evolução dos seres vivos. Sua teoria foi publicada em 1809 em um livro denominado Filosofia Zoológica, onde expôs como os fatores ambientais podem modificar os indivíduos. Lamarck acreditava que as alterações ambientais desencadeariam em uma espécie a necessidade de modificação, no sentido de promover a sua adaptação às novas condições do meio. Em conseqüência, a espécie adquiriria novos hábitos, utilizaria com mais freqüência certas partes do organismo, fazendo com que estas se desenvolvessem e as partes pouco utilizadas atrofiassem. Desta forma, a espécie adquiriria características novas, que seriam transmitidas aos seus descendentes. As idéias de Lamarck poderiam ser resumidas desta forma: Lei do uso e desuso: o uso freqüente conduz à hipertrofia de partes do organismo, e o desuso prolongado ocasiona-lhes atrofia. Lei da transmissão das características adquiridas: as características adquiridas pelo uso ou perdidas pelo desuso são transmitidas aos descendentes. O lamarquismo ao leigo parece extremamente "lógico", quando ele pensa, por exemplo, que as bactérias ficaram resistentes aos medicamentos.
EVOLUÇÃO DO PESCOÇO DA GIRAFA
Segundo Lamarck, as girafas teriam, a princípio, pescoços curtos e viveriam em ambientes onde a vegetação rasteira era relativamente escassa. Assim, teriam sido forçadas, por imposição do meio, a se alimentarem de folhas situadas no alto das árvores. Adquiriram, então, o hábito de esticar o pescoço , no esforço para terem acesso ao alimento. E essas características adquiridas foram lentamente sendo transmitidas de geração a geração, até resultarem nas atuais girafas de pescoço longos. Segundo Darwin, a explicação para a evolução do pescoço das girafas se deve ao fato de que já existiam girafas que apresentavam pescoço com tamanhos diferentes, havendo, portanto, variação nessa característica. Dentre essa população, aqueles indivíduos com pescoço mais longo tinham maior chance de sobrevivência e, conseqüentemente, de se reproduzir, uma vez que conseguiam obter seu alimento mais facilmente, ou seja, estavam mais aptos a competir pela comida e a sobreviver até a idade reprodutiva. Os indivíduos com pescoço curto, no entanto, eram naturalmente eliminados. Aqueles com pescoço longo transmitiam essa característica adaptativa aos seus descendentes

A necessidade de esticar o pescoço para alcançar alimentos (folhas de árvores) aumentou o tamanho do pescoço da girafa, ao longo das gerações
OBS: Este exemplo é uma forma ilustrativa para mostrar as diferentes explicações a respeito da evolução do pescoço das girafas. Uma explicação mais plausível e menos gráfica mostra que as pernas e o pescoço da girafa evoluíram, permitindo ao animal escapar dos leões.
NEGAÇÃO EXPERIMENTAL
O biólogo alemão August Weismann, no período de 1868 a 1876, demonstrou que características adquiridas não são transmissíveis. Esse pesquisador cortou, por várias gerações, os rabos dos camundongos. Os descendentes, apesar disso, sempre apresentavam rabos. A partir desse experimento, Weissman demonstrou que a característica adquirida pelos ratos (ausência de cauda) não se transmitia aos descendentes.
Fonte: bologiaevolutiva.wordpress.com


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