LISSOSOMOS, VACÚOLOS E PEROXISSOMOS
Lisossomos
Os lisossomos são especializados na digestão intracelular.
O conceito de lissosomos originou-se a partir da utilização de técnicas de
fracionamento celular.
Apenas mais tarde fora claramente visualizados no microscópio eletrônico.
Eles são extraordinariamente diversos em forma e tamanho. Essas partículas
apresentam um conteúdo elevado de fosfatase ácidas e outras enzimas hidrolíticas.
Atualmente são conhecidas em torno de 50 hidrolases lisossômicas, as quais
são capazes de digerir a maioria da substâncias biológicas.
Os lisossomos são encontrados tanto em células animais quanto
em células vegetais e nos protozoários. Uma propriedade importante dos lisossomos
é sua estabilidade na célula viva. Isto se deve ao fato de que as enzimas
estão envolvidas por uma membrana, e todo o processo de digestão ocorre no
interor da organela. A maioria da enzimas lisossômicas age em meio ácido,
pH 5, que é mantido por uma bomba de hidrogênio, propelida por ATP, na membrana
do lisossomo.
Formação do Lisossomo a a partir do Aparelho de Golgi
Atualmente são conhecidas quatro tipos de lisossomos, o primeiro
deles é o lisossomo primário; os outros três tipos podem ser agrupados em
lisossomos secundáros:
O Lisossomo Primário ou Grânulo de Reserva é um corpúsculo cujo conteúdo enzimático é sintetizado pelos ribossomos e acumulado no retículo endoplasmático.
A partir do retículo dirigem-se para o aparelho de Golgi, considera-se que a região trans no aparelho de Golgi participa na formação do lisossomo primário.
Heterofagossomo ou vacúolo da digestão surge após a ingestão pela célula (por vagocitose ou pinocitose) de material estranho. Este corpúsculo contém material ingerido envolto por uma membrana. A intensidade da digestão depende da proporção, da natureza química do material e da atividade e especificidade das enzimas lisossômicas. Sob condições ideais a digestão resulta em produtos de baixo peso molecular que atravessam a membrana lisossômica e podem ser incorporados à célula.
Os Corpos Residuais formam-se quando a digestão é incompleta podem permanecer por longo tempo na célula e provavelemente desempenham algum papel no processo de envelhecimento.
O Vacúolo Autofágico ou Autofagossomo, é um lisossomo especializado em digerir partes da célula que o contém (por exemplo uma mitocôndria ou um retículo endoplasmático).
Aspectos dinâmicos do sistema lisossômico.Observe a relação entre os processos de fagocitose, pinocitose, exocitose e autofagia.
Histoquímica dos lisossomos
Visualização histoquímica dos lisossomos
Micrografias eletrônicas de duas secções de uma célula corada para revelar
a localização da fosfatase ácida, uma enzima marcadora de lisossomos.
Na figura abaixo embaixo do lisossomo podemos observar duas vesículas pequenas
que se acredita, estejam carregando hidrolases ácidas a partir do aparelho
de Golgi.
Vacúolos
Muitas células vegetais e de fungos contém uma ou mais vesículas muito grandes,
cheias de líquido, denominadas vacúolos. Eles tipicamente ocupam mais de 30%
do volume da célula, chegando a ocupar 90% em alguns tipos de célula.
Os vacúolos são relacionados aos lisossomos de células animais,
contendo uma variedade de enzimas hidrolíticas, mas suas funções são muito
diferentes. Um vacúolo vegetal pode atuar como uma organela de armazenamento
para nutrientes ou para dejetos, como compartimento de degradação, como modo
econômico de aumentar o tamanho da célula, e como controlador da pressão osmótica.
Eletromicrografia de célula vegetal onde podemos notar
bem evidenciado o vacúolo, como uma região clara no centro da foto (as regiões
escuras em volta do vacúolo são cloroplastos).
Vacúolos diferentes com funções distintas estão freqüentemente presentes
na mesma célula. O vacúolo é importante como um aparelho homeostático, permitindo
à célula vegetal suportar grandes variações no seu ambiente (como pH, e pressão
osmótica). Substâncias armazenadas em vacúolos vegetais, em diferentes espécies
variam de boracha a ópio. Freqüentemente, os produtos armazenados possuem
uma função metabólica. Por exemplo, proteína podem ser preservadas durante
anos nos vacúolos de células de armazenamentos de muitas sementes, como ocorrre
com a ervilha e o feijão.
Peroxissomos
Os peroxissomos são encontrados em todas as células eucarióticas e são especializados
no processamento das reações oxidativas utilizando oxigênio molecular. Contêm
enzimas oxidativas, como catalase e urato oxidase, em concentrações tão elevados
em algumas células destacam-se devido a presença de cristais, em sua maioria,
compostos de urato oxidase. Como a mitocôndria o peroxissomo é um sítio importante
de utilização de oxigênio. São envolvidos por apenas uma membrana e não contêm
DNA e nem ribossomos, todas as suas proteínas devem ser importadas do citosol.
Portanto, os peroxissomos assemelham-se ao retículo endoplasmático por que
se auto replicam sem possuirem genomas próprios.
Os peroxissomos usam oxigênio molecular para remover átomos de hidrogênio
de substratos orgânicos (R) em reações oxidativas, que produzem peróxido de
hidrogênio (H2O2):
RH2 + O2 ---> R + H2O2
As catalases utilizam o H2O2 gerado por outras enzimas na organela para oxidar
uma variedade de outros substratos. Este tipo de reação oxidativa é particularmente
importante em células do fígado e rim, onde os peroxissomos eliminam várias
moléculas tóxicas que entram na corrente sangüínea. Além disso, quando o excesso
de peróxido de hidrogênio se acumula na célula a catalase o converte em água.
A principal função das reações oxidativas nos peroxissomos é a quebra de
moléculas de ácidos graxos, em um processo denominado beta oxidação.
Micrografia eletrônica de 03 peroxissomos em uma célula
de fígado de rato.
As inclusões paracristalinas eletrodensas (mais escuras) são enzimas urato oxidase
As inclusões paracristalinas eletrodensas (mais escuras) são enzimas urato oxidase
Fonte: www.hurnp.uel.br
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