As angiospermas contam com cerca de 250.000 espécies, incluindo
uma enorme diversidade de formas. Trata-se do grupo mais representativo de
seres vivos em número de espécies, sendo superado apenas pelos insetos. Em
1879, em uma carta para Hooker, Darwin considerou a origem das angiospermas
um “mistério abominável”.
Esse assombro foi causado pelo aparecimento repentino das angiospermas no
registro fóssil, contradizendo a hipótese de evolução gradual dos seres vivos
(Darwin 1859). Desde então, desvendar esse mistério tem representado um dos
desafios mais fascinantes da botânica.
O número de características compartilhadas é uma evidência clara de que as
angiospermas formam um grupo monofilético.
Elas são facilmente reconhecidas pela produção de flores ou, mais especificamente,
pela inclusão dos óvulos em um ovário, que quando maduro transforma-se em
fruto. A origem do ovário ainda é controvertida, mas a hipótese mais aceita
supõe que os carpelos do ovário teriam origem foliar.
Flores
Frutos
As angiospermas caracterizam-se também pela dupla fertilização
e a conseqüente formação do endosperma triplóide. Ambos os gametófitos são
reduzidos em relação aos das gimnospermas, o feminino (saco embrionário),
na condição mais típica, é constituído por apenas oito núcleos (dois núcleos
polares, duas sinérgides junto à oosfera, o gameta feminino, e três antipodas)
e o masculino é tricelular.
O óvulo é geralmente bitegumentado. O grão de pólen possui o teto reticulado
e é recebido no estigma; ele não entra em contato com a micrópila, como ocorre
nas gimnospermas. O tubo polínico cresce e penetra no óvulo pela micrópila,
lançando dois gametas no saco embrionário.
Um deles fertiliza o gameta feminino, produzindo o zigoto diplóide, enquanto
o outro se une às células polares formando o endosperma triplóide que nutrirá
o Desenvolvimento do gametófito masculino nas angiospermas.
Esquema do óvulo das angiospermas com detalhe do gametófito feminino.
Desenvolvimento do gametófito masculino nas angiospermas
A maioria das angiospermas possui vasos associados a fibras
de sustentação no xilema e tubos constituídos de elementos de tubo crivado
associados a células companheiras no floema, apresentando maior eficiência
na condução de líquidos em relação às gimnospermas.
As angiospermas também possuem um vasto arsenal químico:
alcalóides, óleos essenciais, taninos, iridóides, glicosídios, etc., defesas
mecânicas como ráfides de oxalato de cálcio também podem torná-las impalatáveis
aos herbívoros.
Elemento de Vaso
As flores atuam na atração de polinizadores, geralmente
associando cores vistosas e odores intensos a um sistema de incompatibilidade
e reconhecimento. Ainda assim, vários grupos, como as gramíneas, geralmente
com flores inconspícuas são polinizados pelo vento.
Uma flor perfeita (hermafrodita) é composta por um conjunto de sépalas (cálice),
pétalas (corola), estames (androceu) e carpelos (gineceu), freqüentemente
organizados em verticilos cuja identidade é controlada por genes reguladores,
predominantemente pertencentes à família MADS.
O cálice é geralmente pouco vistoso e está associado à proteção, ao passo
que a corola geralmente vistosa está associada à atração de polinizadores.
Os estames são geralmente compostos de filetes longos e esguios, possuindo
em seu ápice anteras. Cada antera apresenta quatro sacos polínicos, homólogos
aos microsporângios.
Os carpelos são geralmente afilados para o ápice formando um estilete, apresentando
uma zona receptiva na ponta, o estigma. Eles envolvem os óvulos e compõem
o ovário. Na maioria das espécies, as flores se encontram agrupadas em diversos
tipos de inflorescências.
ngiospermas – Características, Reprodução, Tipos de Fruto e
Semente
Angiospermas - Flores e Frutos
Características Gerais das Angiospermas
As Angiospermas são as plantas mais adaptadas à vida em ambiente terrestre,
são as mais numerosas em espécies vegetais. A maioria apresenta nutrição autótrofa,
mas existem espécies Holoparasitas (como o Cipó Chumbo) que não realizam fotossíntese.
Quanto ao Ciclo reprodutor é o Haplodiplobionte, com alternância de gerações
pouco nítida e meiose intermediária ou esporófita. Apresentam dupla fecundação.
São Plantas Vasculares (traqueófitas), o transporte é realizado através do
Xilema e Floema.
O Esporófito é o vegetal verde, complexo e duradouro. Apresenta raiz, caule,
folhas, semente, Flor e Fruto (aparecem nesse filo).
O Gametófito é o vegetal muito reduzido, transitório e dependente do Esporófito.
São Dióicos e crescem no interior da flor. O Masculino é o Tubo Polínico (microprótalo)
que produz os gametas chamados de núcleos espermáticos. Já o Feminino é o
Saco Embrionário (Megaprótalo) produtor dos gametas chamados Oosfera e núcleos
polares.
A polinização pode ser feita por diferentes agentes, entre eles citamos os
Insetos (Entofilia), os Pássaros (Ornitofilia), o Vento (Anemofilia), os Morcegos
(Quiropterofilia). A polinização consiste no transporte do grão de pólen da
Antera (masculino) para o Estigma (feminino) de outra flor, aumentando assim
a variabilidade genética e evitando a auto fecundação.
A Flor possui em geral as estruturas femininas e masculinas e se trata do
aparelho de reprodução das Angiospermas. Uma flor completa possui Pedúnculo
floral (eixo que liga a flor ao caule), Receptáculo Floral (onde estão inseridos
os elementos florais), Cálice (folhas modificadas e estéreis chamadas sépalas),
Corola (Pétalas), Androceu (folhas férteis masculinas), Gineceu (folhas férteis
femininas).
Como Acontece a Dupla Fecundação? O 1º núcleo espermático fecunda a Oosfera
gerando o Zigoto (2n) que se desenvolve no embrião. O 2º núcleo espermático
junta-se aos núcleos polares formando um Zigoto (3n) que se desenvolve em
Endosperma ou Albúmem (nutrição para o embrião).
Veja no Esquema Resumo o Ciclo:
Ciclo de Vida e Reprodução das Angiospermas
Monocotiledôneas e Dicitiledôneas
– são as divisões por características nas Angiospermas, tais quais o
número de Cotilédone, organização da flor (número de pétalas), estrutura raiz
e caule, tipo de nervura da folha, entre outras.
Exemplo: Monocotiledônea –
o Milho; Dicotiledônea – o Feijão.
Diferenças e Características de Mono e Dicotiledôneas
A Semente é o óvulo fecundado, precisa de muito carboidrato e óleo. Para
germinar é necessário água, oxigênio e temperatura adequada. Está organizada
em Tegumento ou Casca (função de proteção e disseminação); Amêndoa (formada
pelo endosperma – nutrição) e Embrião. A Dispersão da semente pode ser realizada
por animais (Zoocoria) ou pelo Vento (Anemocoria).
Fruto é o Ovário fecundado e desenvolvido, formado por três
paredes (Epicarpo, Mesocarpo e Endocarpo) que recebem o nome de Pericarpo.
Há diversos tipos de Frutos – os Secos (Deiscentes – que se abrem, e Indeiscentes
– não se abrem); Frutos Carnosos (Drupa – 1 semente envolvida pelo endocarpo,
exemplo Abacate – ou Baga – várias sementes, exemplo Mamão, Tomate).
Além disso há os Pseudofrutos – desenvolvimento do Receptáculo (Maçã,
Pêra); do Pedúnculo (Caju); Múltiplos (Morango) e Compostos (Abacaxi, Espiga
de Milho, Amora). E os Frutos Paternocápios – o ovário se desenvolve
sem ser fecundado 9exemplo a Banana).
Tipos de Frutos – Baga, Drupa e Vagem
Fonte: www.not1.com.br
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total,
mais de 250 mil são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma,
'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies
entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta. Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas,
as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores
e os frutos.
A flor e o fruto do maracujá
As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela
forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado
- o néctar - que serve de alimento para as abelhas e outros
animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas
e nem produzem néctar.
Coloridas e perfumadas ou não, é das flores que as angiospermas
produzem sementes e frutos.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo. receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo,
onde se inserem as restantes peças florais. Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as
e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção
designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua. Cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais
parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger
a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto
apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se
sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado. Corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente
coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para
atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for
igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste
caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas
esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as
folhas férteis femininas o interno. Androceu – parte masculina da flor,
é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos,
pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde
ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha); Gineceu – parte feminina da flor, é
o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído
por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos.
Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se
por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe
os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que
as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão
na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais
diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais
costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente
com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por
exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios. Os dois grandes grupos de angiospermas As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas
e as dicotiledôneas. São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar,
milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola,
banana, bromélias e orquídeas. São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim,
soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira,
abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café,
jenipapo, girassol e margarida. Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças
Entre as angiospermas, verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas
e pivotantes.
Raiz fasciculada e pivotante, respectivamente
Raízes fasciculadas - Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa
planta um conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto. Não se percebe nesse conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais
desenvolvida que as demais: todas elas têm mais ou menos o mesmo
grau de desenvolvimento. As raízes fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
Raízes pivotantes - Também chamadas raízes axiais, elas
formam na planta uma raiz principal, geralmente maior que as demais e que
penetra verticalmente no solo; da raiz principal partem raízes laterais, que
também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas.
Em geral, nas angiospermas verificam-se dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea
e reticulada.
Folhas paralelinérveas - São comuns nas angiospermas monocotiledôneas.
As nervuras se apresentam mais ou menos paralelas entre si.
Folhas reticuladas - Costumam ocorrer nas angiospermas
dicotiledôneas. As nervuras se ramificam, formando uma espécie de rede.
Existem outras diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas,
mas vamos destacar apenas a responsável pela denominação dos dois grupos.
O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada
cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada, associada
a nutrição das células embrionárias que poderão gerar uma nova planta.
Sementes de monocotiledôneas
Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único cotilédone; daí o
nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos:
'um', 'único').
As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região denominada
endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias
em desenvolvimento.
Sementes de dicotiledôneas
Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones - o que justifica
o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma
geralmente não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones,
então armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião.
Resumo: Monocotiledôneas vs Dicotiledôneas
MONOCOTILEDÔNEAS
DICOTILEDÔNEAS
raiz
fasciculada
(“cabeleira”)
pivotante ou
axial (principal)
caule
em geral, sem
crescimento em espessura (colmo, rizoma, bulbo)
Angiospermas são vegetais cujos óvulos estão encerrados
no interior do ovário e que, consequentemente tem suas sementes encerradas
no interior dos frutos (angios=vasos e sperma=semente).
São plantas extremamente importantes, principais produtores dos ecossistemas
terrestres, servindo para alimentação (cenoura, alface, mamão, feijão), aplicações
industriais (jacarandá, algodão), ornamentação (orquídea) e fabricação de
produtos farmacêuticos (camomila).
Se dividem em dois grupos: Monocotiledôneas e Dicotiledôneas, cujas
características são:
Monocotiledôneas
Um cotilédone na semente
Raízes fasciculadas com células com reforço em "u" na endoderme.
Geralmente não engrossam.
Caules com estrutura astélica (atactostélica), com feixes condutores em que
o xilema e o floema não estão separados pelo câmbio(colaterais fechados),
e por isso, salvo raras excessões, não engrossam.
Folhas com nervuras pararelas, estômatos nas duas epidermes (anfiestomáticas),
mesófilo indiferenciado ou simétrico.
Flores geralmente homeoclamídeas (com perigônio formado por sépalas) e trímeras.
Dicotiledôneas
Dois cotilédones na semente
Raízes axiais com "estrias de Caspari" nas células da endoderme.
Geralamente engrossam
Caules com estrutura eustélica, com feixes de condutores em que o xilema
e o floema estão separados pelo câmbio. Normalmente engrossam.
Folhas com nervuras ramificadas (reticuladas ou peninervas), estômatos apenas
na epiderme inferior (hipoestomáticas).
Flores heteroclamídeas (com perianto formado por sépalas e pétalas diferentes).
Dímeras, tetrâmeras ou pentâmeras.
Fonte: www.geocities.com
O grupo das angiospermas é o mais evoluído e possui grande quantidade
de representantes, como por exemplo: feijão, arroz, milho, trigo,
banana, café, amendoim, mandioca, batata, camomila, laranja e muitos outros.
Podem ser encontras desde ambientes aquáticos até áridos.
A principal característica desse grupo é a produção de frutos protegendo
as sementes. As sementes e os frutos originam-se das flores.
Estrutura da Flor
As flores são sistemas de reprodução da planta.
Estrutura da Flor
Pendulo
Eixo de sustentação
Receptáculo
Dilatação do pendulo
Cálice
Formado pelo conjunto de sépalas (proteção) e tem a função de proteger o
botão floral (fase em que a flor ainda não se abriu)
Corola
Formado pelo conjunto de pétalas, que podem apresentar várias cores, tem
função de atrair os agentes polinizadores
Androceu
Formado pelos estames, que constituem o sistema reprodutor masculino
Gineceu
Formado pelo pistilo, que constitui o sistema reprodutor feminino
Estrutura do estame
Os estames são os esporófilos masculinos produtores de grão de pólen.
Estrutura do estame
Filete
Estrutura filamentar que sustenta a antera
Antera
Porção dilatada do filete e que abriga os sacos polínicos (nestes ocorre
meiose originando os micrósporos.
No interior dos sacos polínicos existem duas células diplóides (células-mão
dos micrósporos) que sofrem meiose originando quatro micrósporos haplóides.
O núcleo de cada micrósporo sofre mitose,então o micrósporo se diferencia
em grão de pólen.
Estrutura dos carpelos
Os carpelos ou pistos são os esporofilos femininos da planta.
Cada carpelo é constituído de:
Estigma: responsável pela recepção do grão de pólen Estilete: eixo de sustentação do estigma Ovário: produz e armazena óvulos
Reprodução
Nas angiospermas, o processo reprodutivo pode ser dividido em três
etapas:
1. Polinização
Consiste no transporte do grão de pólen até o estigma.
A polinização pode ocorre em função do vento, de insetos e pássaros. 2. Germinação do pólen
Uma vez depositado sobre o estigma, o grão de pólen germina, isto é, emite
um prolongamento-tubo polínico-que cresce através do estilete, que cresce
em direção ao óvulo. Na frente do tubo, orientando o crescimento, situa-se
o núcleo vegetativo; logo atrás encontra-se o núcleo reprodutivo. Antes
de atingir o ovulo, o núcleo reprodutivo divide-se e origina dois núcleos
espermáticos haplóides, considerados os gametas masculinos. Por isso, o
tubo polínico constitui o gametófito masculino. 3. Fertilização
O tubo polínico penetra no óvulo pela micrópila e atinge o saco embrionário.
A essa altura o núcleo vegetativo degenerou e os dois núcleos espermáticos
(gametas masculinos) iniciam o processo de fertilização. Um núcleo espermático
formará o zigoto ao se juntar com a oosfera, o outro funde-se com os núcleos
polares, formando um núcleo triplóide.
Após a fertilização, ocorre intenso desenvolvimento do óvulo, que origina
a semente. Acompanhado o desenvolvimento do óvulo, o ovário também cresce
e transforma-se no fruto. Então, normalmente com significativa participação
do fruto, as sementes já podem ser propagadas e, em condições favoráveis,
o embrião se desenvolve e organiza uma nova planta, fechando o ciclo reprodutivo.
Cotilédone
As angiospermas são divididas em dois grandes grupos:
Monocotiledôneas
Apresentam apenas um cotilédone (folhas embrionárias que compõem o corpo
do embrião e podem armazenar nutrientes que serão fornecidos a ele durante
os estágios iniciais do seu desenvolvimento).
Seus representantes são: gramas, milho, arroz, trigo, centeio,
aveia, cana-de-açúcar, alho, cebola, abacaxi, etc.
Dicotiledoneas
Apresentam dois cotilédones. São as árvores, com exceção das coníferas, arbustos
e plantas de pequeno porte.
Monocotiledôneas
Dicotiledôneas
Raiz
Raiz de cabeleira ou
fasciculada
Raiz Axial ou Pivolante
Caule
Caule pouco desenvolvido.
Vasos espalhados de maneira homogênea
Caule desenvolvido.
Vasos organizados em anéis
Folha
Paralelinérves (nervos
paralelos)
Reticulinérdeas
Flor
Trímera - Número múltiplo
de 3
Pentâmeras ou tetrâmeras
- múltiplas de 4 ou 5
Semente
1 Cotilédone (folha
modificada)
2 Cotilédones
Na classificação de flores, pode ocorrer do número ser
múltiplo de 3 e 4, ou 3 e 5, então se verifica outros órgãos.
Fonte: www.colsantamaria.com.br
Angiospermas
Angiospermas, nome comum da divisão ou filo que contém
as plantas com flor, que constituem a forma de vida vegetal dominante. Pertencem
a esse grupo quase todas as plantas arbustivas e herbáceas, a maior parte
das árvores, salvo pinheiros e outras coníferas, e plantas mais especializadas,
como suculentas, epífitas e aquáticas.
O elemento mais característico das angiospermas é a flor,
cuja função é assegurar a reprodução da planta mediante a formação de sementes.
Estas são formadas a partir de um óvulo envolvido por um ovário que, conforme
cresce a semente fecundada, se desenvolve até converter-se em fruto.
No final de 1998, foram encontrados na China os resíduos fósseis
da mais antiga angiosperma que se conhece. Com 140 ou 150 milhões de anos,
a planta, que recebeu o nome científico de Archaefructus liaoningensis, pertence
ao grupo das angiospermas do período jurássico; tem a mesma idade dos dinossauros
e antecede em 25 milhões de anos a primeira planta com flor de que se tinha
notícia até então.
Classificação científica: Angiospermas é a denominação
comum da divisão Magnoliophyta.
O grupo das Angiospermas divide-se em duas classes:
Magnoliopsida e Liliopsida, conhecidas como dicotiledôneas e monocotiledôneas.
A flor é formada por até quatro tipos de folhas modificadas. As sépalas,
que envolvem o capulho, são as peças mais externas. Em seguida, encontram-se
as pétalas, que atraem os polinizadores, tanto pela cor como pelo cheiro segregado
por certas glândulas.
Mais para o interior há um ou dois círculos de estames produtores de pólen,
que são os órgãos de reprodução masculinos. Os pistilos, formados por estigma,
estilete, ovário e óvulo, são as peças mais internas.
O carpelo recebe o grão de pólen e, se se produz fecundação, forma o fruto.
Acredita-se que o carpelo evoluiu como meio de proteção contra insetos devoradores
de óvulos e contra outros elementos nocivos do meio.
Fonte: br.geocities.com
As angiospermas são plantas mais evoluídas e complexas que
vivem atualmente na Terra. Estes vegetais produzem raízes, caules e folhas,
rgãos da vida vegetativa. Na época da reprodução produzem flores, frutos e
sementes.
Características Básicas da Angiosperma
As características vegetativas destas plantas são muito variadas, variando
desde os eucaliptos gigantes com mais de 100 metros de altura e e 20 metros
de diâmetro, até monocotiledóneas flutuantes não maiores que 1 mm de comprimento.
Todas as angiospérmicas, com muito poucas excepções, são de vida livre, embora
existam seres saprófitos e parasitas, não apresentando clorofila.
Estas plantas saprófitas estabelecem obrigatoriamente relações com um fungo
micorrízico, o qual, por sua vez, está associado a uma outra planta fotossintética.
Deste modo, o fungo serve de intermediário entre a planta fotossintética e
a saprófita, o que a tornaria mais um organismo parasita que saprófito.
Existem cerca de 2800 dicotiledóneas e cerca de 200 monocotiledóneas parasitas,
que formam estruturas de absorção especializadas haustórios que penetram nas
células do hospedeiro.
O sucesso das angiospérmicas em meio terrestre reside, em parte na presença
de elementos dos vasos, o que torna o seu xilema mais eficiente no transporte
de água.
Outro aspecto fundamental para esse sucesso é a presença de folhas largas,
com uma tremenda capacidade fotossintética. Este tipo de folha perde enorme
quantidade de água por evaporação, mas a presença de um xilema tão eficiente
compensa essa dificuldade.
A queda das folhas no Inverno permite uma poupança de energia quando as condições
não são as ideais, bem como impede a destruição e acumulação de danos nessas
estruturas fundamentais.
As folhas das angiospérmicas são de crescimento rápido, principalmente nas
plantas herbáceas, o que lhes permite sobreviver á herbivoria.
As angiospérmicas, desenvolveram uma estrutura especialmente bem adaptada
á reprodução sexuada em meio terrestre e em presença de animais, a flor.
A polinização por insetos, atraída por flores vistosas e néctar, foi seleccionada
devido á sua elevada eficiência, o que levou, por sua vez, conduziu a uma
vantagem na presença de flores monóicas (o inseto transporta dois tipos de
pólen numa única viagem).
A cor das flores é uma das características mais notórias das angiospérmicas,
mas no entanto, é devida a uma concentração de pigmentos que existem em todas
as plantas, apenas não se encontram concentrados numa estrutura como neste
caso.
A enorme variedade de cores das flores é devida a um número muito
reduzido de pigmentos: flores vermelhas, laranja e amarelas, por
exemplo, devem a sua cor a pigmentos carotenóides semelhantes aos encontrados
nas folhas e estruturas fotossintéticas de muitos outros organismos autotróficos.
No entanto, os pigmentos mais importantes para a cor das flores são os flavonóides
(como as antocianinas, por exemplo), compostos com dois anéis de carbono de
6 átomos. Nas folhas estes pigmentos barram a radiação U.V., perigosa para
os tecidos, permitindo a passagem de radiação azul, verde e vermelha, importante
para a fotossíntese.
As antocianinas produzem diversas cores, dependendo do pH do meio:
vermelho em meio ácido, violeta em meio neutro e azul em meio básico, por
exemplo para a cianidina.
A taxa reprodutora é duas a quatro vezes maior que as gimnospérmicas pois
produzem sementes com elevado conteúdo em reservas e com menor necessidade
de luz para a germinação.
A produção de frutos carnudos e apetitosos permite á planta "utilizar"
os animais na dispersão das sementes neles contidas. As sementes, elas próprias,
apresentam frequentemente ganchos e espinhos que se agarram ao pelo dos animais,
que as espalham inconscientemente.
O seu sucesso devese, portanto, á sua excepcional adaptação á vida em terra
e com animais.
Esta divisão inclui dois grandes grupos, as monocotiledóneas com cerca de
65000 espécies e as dicotiledóneas, com cerca de 170000 espécies. As semelhanças
entre estes dois grupos são bem maiores que as diferenças, apesar de serem
facilmente reconhecíveis.
A classe das angiospérmicas é a maior dos organismos fotossintéticos, incluindo
mais de 230000 espécies.
As angiospérmicas dominam completamente o mundo vegetal dos últimos 100 milhões
de anos. Sem elas não existiriam as cores das flores e frutos, bem como as
belas cores outonais das folhas das árvores.
Estas plantas evoluíram de modo a estarem perfeitamente adaptadas à vida
em meio terrestre e em contato com animais.
REPRODUÇÃO DAS ANGIOSPERMAS
FLOR
É o aparelho de reprodução das angiospermas.
Uma flor completa de angiosperma aparece organizada em:
Pedúnculo floral
Eixo que liga a flor ao caule.
Receptáculo floral
Parte dilatada do pedúnculo, onde estão inseridos os elementos florais.
Cálice
Constituído por folhas modificadas estéreis chamadas sépalas.
Corola
Constituída por folhas modificadas estéreis chamadas pétalas.
Androceu
Constituído por folhas modificadas férteis chamadas estames ou microesporofilos.
Gineceu
Constituído por folhas modificadas férteis chamadas carpelares, pistilos
ou macroesporofilos.
Perianto
Nome que se dá ao conjunto de cálice e corola.
Perigônio
Às vezes
Brácteas
São folhas modificadas que servem para a proteção da flor ou de uma inflorescência.
Estame Folha modificada organizada em três partes: filete,
antera e conectivo.
Folha carpelar ou carpelo A folha carpelar toma a forma de uma garrafa,
na qual se podem reconhecer três partes: estigma, estilete e ovário.
No interior do ovário formamse os óvulos.
TIPOS DE ANGIOSPERMAS
Monocotiledôneas
Um cotilédone na semente
Raízes fasciculadas com células com reforço em "u" na endoderme.
Geralmente não engrossam.
Caules com estrutura astélica (atactostélica), com feixes condutores em que
o xilema e o floema não estão separados pelo câmbio(colaterais fechados),
e por isso, salvo raras excessões, não engrossam.
Folhas com nervuras pararelas, estômatos nas duas epidermes (anfiestomáticas),
mesófilo indiferenciado ou simétrico.
Flores geralmente homeoclamídeas (com perigônio formado por sépalas) e trímeras.
Dicotiledôneas
Dois cotilédones na semente
Raízes axiais com "estrias de Caspari" nas células da endoderme.
Geralamente engrossam
Caules com estrutura eustélica, com feixes de condutores em que o xilema
e o floema estão separados pelo câmbio. Normalmente engrossam.
Folhas com nervuras ramificadas (reticuladas ou peninervas), estômatos apenas
na epiderme inferior (hipoestomáticas).
Flores heteroclamídeas (com perianto formado por sépalas e pétalas diferentes).
Dímeras, tetrâmeras ou pentâmeras.
Folhas
Órgão laminar, clorofilado, podendo realizar fotossíntese, transpiração e
trocas gasosas com o meio.
As folhas apresentam grande diversidade de formas, sendo que esta diversidade
caracteriza um processo de adaptação destas plantas à climas de determinadas
regiões, tanto para evitar perdas de água e nutrientes, quanto no proesso
de proteção, e até polinização.
Uma folha completa possui bainha (ponto de inserção no caule), um pecíolo
e o limbo (lâmina verde).
Em um corte transversal, para observarmos estrutura interna da folha,
temos: epiderme superior (sem estômatos, porém pode estar presente
uma cutícula de cutina) e inferior (rica em estômatos, que permitem trocas
de gases para fotossíntese e respiração) e um mesófilo, constituído por parênquima
clorofiliano.
As folhas em monocotiledôneas possuem nervuras paralelas e grande bainha,
enquanto as folhas das dicotiledôneas possuem nervuras reticuladas.
Fonte: www.cam-online.com.br
Angiospermas
São caracterizadas principalmente por possuírem óvulo e sementes encerrados
em um ovário. A flor é, portanto, seu órgão reprodutivo. Assim como os estróbilos
das gimnospermas, as flores são ramos onde os meristemas apicais se diferenciaram
ao máximo.
Dessa forma, tal qual nos estróbilos, o eixo, aqui transformado em receptáculo,
internos muito curtos, o que leva os esporofilos (androceu e gineceu) a nascerem
em espiral compacta ou verticiladamente. Além dos esporofilos, os eixos florais
geralmente portam apêndices estéreis (cálice e corola).
As angiospermas representam o grupo de maior diversidade
entre as plantas terrestres, com mais de 250 000 espécies; esse sucesso se
deve a adaptações vegetativas e reprodutivas, sendo as principais:
a- formação de ovário, através do dobramento
e soldadura dos carpelos (macrosporofilos), protegendo óvulos e sementes; b- pólen pousando no estigma e não mais
diretamente na micrópila; c- óvulos com dois tegumentos; d- órgãos de reprodução não mais reunidos
em estróbilos, mas em flores, onde os estames representam os microsporofilos
e os ovários, os macrosporofilos; e- redução acentuada do megagametófito,
aqui denominado saco embrionário, formado a partir de uma tétrade de macrosporos
originados por meiose, onde apenas um evolui, dividindo-se por 3 vezes seguidas,
originando 8 núcleos, dos quais 3 se agrupam próximo à micrópila (duas sinérgides
laterais e uma oosfera central); outras 3 migram para a extremidade oposta,
constituindo antípodas; no centro do saco embrionário instalam-se os dois
núcleos restantes, denominados núcleos polares da célula média; f- dupla fecundação: ocorre exclusivamente nas angiospermas:
o tubo polínico cresce através do estilete até o ovário, atravessa a micrópila
do óvulo, lançando em seu interior duas células espermáticas; uma se funde
com a oosfera, originando o zigoto e a outra se une aos núcleos polares,
formando um tecido triplóide, o endosperma, que freqüentemente acumula grande
quantidade de reservas nutritivas (amido, óleo, açúcares, etc.). O embrião
é formado após sucessivas divisões do zigoto, nutrindo-se do endosperma.
Obs.: Alguns autores italianos e argentinos,
utilizam uma nomenclatura diferente para as estruturas reprodutivas.
Veja a tabela a seguir, com os sinônimos e as respectivas
definições:
Microsporo = androsporo > esporos
que originam microgametófitos. Macrosporo ou megasporo = ginosporo > esporos
que originam macro ou megagametófitos. Microsporângio = androsporângio =
saco polínico > esporângio produtor de microsporos. Macrosporângio = ginosporângio >
esporângio produtor de megasporos. Microsporofilo = androsporofilo >
estrutura de natureza foliar que sustenta 1 ou mais microsporângios. Macrosporofilo = ginosporofilo > estrutura
de natureza foliar que sustenta 1 ou mais megasporângios. Microgametófito - andrófito = gametófito
masculino (n) > pólen em estado tricelular - representa a geração sexuada
masculina, originada a partir do microsporo; suas estruturas reprodutivas
são os gametas masculinos (anterozóides ou células espermáticas). Macrogametófito ou megagametófito - ginófito =
gametófito feminino (n) = saco embrionário maduro > representa a geração
sexuada feminina, originada a partir do megasporo; suas estruturas reprodutivas
são os gametas femininos (oosfera e célula média). Microstróbilo = androstróbilo > estróbilo
(ramo modificado portando esporofilos) que produz microsporos. Macrostróbilo = ginostróbilo > estróbilo
que produz macrosporos. Anterídio = androgônio > gametângio
masculino > produz gametas masculinos. Arquegônio = ginogônio > gametângio
feminino > produz gametas femininos. Anterozóide ou células espermáticas >
gametas masculinos, sendo o primeiro tipo com flagelos. Oosfera > gameta feminino.
EVOLUÇÃO
A monofilia das Angiospermas (origem a partir de um ancestral comum) é fortemente
suportada pelas análises filogenéticas atuais, com base em morfologia
e características moleculares, como constituintes químicos e DNA. No entanto,
as análises cladísticas baseadas em morfologia e seqüências de rRNA,
rbcL e atpB não suportam a divisão das Angiospermas em mono e dicotiledôneas
(Chase et al. 1993; Doyle 1996; Doyle et al. 1994).
As chamadas monocotiledôneas, isoladamente, formam um grupo monofilético,
suportado por sinapomorfias (características evolutivas em comum) como: folhas
com nervuras paralelas, embrião com um único cotilédone, raízes adventícias
e caule com sistema vascular disperso no córtex.
As dicotiledôneas, no entanto, formam um complexo parafilético (com grupos
originados de diferentes ancestrais) e características como a presença de
dois cotilédones, radícula persistente, caule com sistema vascular organizado
em anel e crescimento secundário são plesiomórficas (não evolutivas) não revelando,
portanto, uma relação filogenética entre os grupos.
Fonte: professores.unisanta.br
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Um pouco sobre a autora
Bióloga, apaixonada por ensino. Fascinada por ciências forenses, meio ambiente ,leis, design, psicologia e medicina legal. Cada dia aprendendo um pouco e compartilhando com você.
Obrigada por estar aqui.
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