A Teoria da Seleção Natural, ponto central da Teoria Moderna da
Evolução Biológica, foi desenvolvida por Charles Darwin para explicar a
evolução das espécies, segundo a qual nem todos os indivíduos de uma
população têm a mesma expectativa de sobreviver e de se reproduzir.
A seleção não representa um evento biótico ao acaso, porém é permanente
sobres todas as populações, significando uma pressão ambiental
específica de um ecossistema em associação a fatores genéticos,
resultando em transformações no decorrer do tempo, capazes de garantir a
prevalência de um ser vivo, conforme suas vantagens (aptidões) em
detrimento a um outro organismo desprovido de adaptações que assegurem
sua permanência.
Assim, os mais adaptados, em posterior ou vigente situação ecológica,
ou seja, em tempo geológico pretérito (passado) ou contemporâneo
(atual), são selecionados segundo a mesma condição (característica),
expressando sua resistência vital, transferida aos descendentes, em
oposição à eliminação daqueles cujo atributo é desvantajoso, provocando a
morte do indivíduo e extinção de um grupo.
Contudo, esse mecanismo não representa um sistema constante e estável,
existindo situações onde um componente genético desfavorável (genótipo
anormal), se sobressai em relação ao alelo em geral favorável (genótipo
normal). Exemplo tipificado pela ocorrência da anemia falciforme em
território Africano, onde portadores de hemácias anômalas, quando
infectados por malária, manifestam expectativa de vida consideravelmente
superior a indivíduos com hemácias normais e contaminados pelo
plasmódio (gênero do protozoário transmissor da malária).
Portanto, o ambiente viabiliza a manutenção ou supressão das espécies,
conservando, maximizando ou minimizando a freqüência de um gene, a ponto
de suprimi-lo do genoma de uma população, por intervenção de fatores
como competição intra-específica alimentar e reprodutiva principalmente.
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