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4 de abr. de 2010

Esquecimento requer ação bioquímica


por Katie Moisse
ISTOCKPHOTO/Stalman



Quase todas as pessoas já se frustraram, minutos antes de uma prova, ao tentar decorar o máximo de informações possível. Mas informações arduamente decoradas parecem desaparecer diante da primeira pergunta. Considerando que a formação da memória é um processo ativo e muitas vezes desgastante, perdê-las pode parecer um acontecimento bastante passivo com o decorrer do tempo, quando se sobrecarrega o cérebro com novas informações. Mas um novo estudo publicado no dia 19 de fevereiro no jornal Cell mostra que esquecimento é um processo bioquimicamente ativo e não diferente à formação da memória.

Autores do estudo, Zhong Yi e seus colegas da Universidade de Tsinghua, Pequim e do Cold Spring Harbor Laboratory, de Long Island, chegaram a conclusões baseados em estudos com moscas-de-fruta. Criaram a espécie Drosophila melanogaster, na qual poderiam ativar ou desativar uma proteína chamada Rac, que desempenha diversos papéis na sinalização intracelular. Em seguida, realizaram três testes de memória com essas pequenas moscas.

No primeiro, as moscas aprenderam a associar um de dois odores com uma consequência negativa (um leve choque elétrico). No segundo, as moscas tinham de decorar um novo par de odores e suas consequências – teste chamado de “interferência de aprendizagem”, pois interfere com a memória do primeiro teste. No teste final, chamado “aprendizado de reversão”, consequências associadas aos primeiros dois odores foram invertidas.

Pesquisadores concluíram que a inibição à produção de Rac desacelerou ao longo do tempo o decaimento da memória e suprimiu o esquecimento – as moscas tiveram melhor desempenho no primeiro teste, e pior nos testes de interferência e reversão. O aumento da atividade de Rac teve efeito oposto – acelerou a deterioração da memória e causou o esquecimento. Os efeitos foram independentes da formação de memórias, pois todas as moscas adquiriram memória de primeira associação de forma igual.

É obvio que “memorizar” nos dá vantagens para nossa sobrevivência, mas qual seria o beneficio do esquecimento? Poderíamos desejar eliminar memórias não mais necessárias, como no teste de “interferência na aprendizagem”. Poderíamos também querer eliminar uma memória que é incompatível com nossa situação do momento, como no teste de “reversão de aprendizagem”.

O estudo com moscas mostra que a decadência da memória e esquecimento são processos ativos a nível molecular – distintos dos processos que “constroem” memórias e, talvez, não menos importantes. Isso é algo para se lembrar, mesmo antes de resolver sua próxima prova.

AGUA

HOMOZIGOTO

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL


superfície da Terra está em constante processo de transformação e, ao longo de seus 4,5 bilhões de anos, o planeta registra drásticas alterações ambientais . Há milhões de anos, a área do atual deserto do Saara, por exemplo, era ocupada por uma grande floresta e os terrenos que hoje abrigam a floresta amazônica pertenciam ao fundo do mar. As rupturas na crosta terrestre e a deriva dos continentes mudam a posição destes ao longo de milênios . Em conseqüência, seus climas passam por grandes transformações. As quatro glaciações já registradas – quando as calotas polares avançam sobre as regiões temperadas – fazem a temperatura média do planeta cair vários graus. Essas mudanças, no entanto, são provocadas por fenômenos geológicos e climáticos e podem ser medidas em milhões e até centenas de milhões de anos. Com o surgimento do homem na face da Terra, o ritmo de mudanças acelera-se.
AGENTES DO DESEQUILÍBRIO
A escalada do progresso técnico humano pode ser medida pelo seu poder de controlar e transformar a natureza. Quanto mais rápido o desenvolvimento tecnológico, maior o ritmo de alterações provocadas no meio ambiente. Cada nova fonte de energia dominada pelo homem produz determinado tipo de desequilíbrio ecológico e de poluição. A invenção da máquina a vapor, por exemplo, aumenta a procura pelo carvão e acelera o ritmo de desmatamento. A destilação do petróleo multiplica a emissão de gás carbônico e outros gases na atmosfera. Com a petroquímica, surgem novas matérias-primas e substâncias não-biodegradáveis, como alguns plásticos.
Crescimento populacional
O aumento da população mundial ao longo da história exige áreas cada vez maiores para a produção de alimentos e técnicas de cultivo que aumentem a produtividade da terra. Florestas cedem lugar a lavouras e criações, espécies animais e vegetais são domesticadas, muitas extintas e outras, ao perderem seus predadores naturais, multiplicam-se aceleradamente. Produtos químicos não-biodegradáveis, usados para aumentar a produtividade e evitar predadores nas lavouras, matam microrganismos decompositores, insetos e aves, reduzem a fertilidade da terra, poluem os rios e águas subterrâneas e contaminam os alimentos. A urbanização multiplica esses fatores de desequilíbrio. A grande cidade usa os recursos naturais em escala concentrada, quebra as cadeias naturais de reprodução desses recursos e reduz a capacidade da natureza de construir novas situações de equilíbrio.
Economia do desperdício
O estilo de desenvolvimento econômico atual estimula o desperdício. Automóveis, eletrodomésticos, roupas e demais utilidades são planejados para durar pouco. O apelo ao consumo multiplica a extração de recursos naturais: embalagens sofisticadas e produtos descartáveis não-recicláveis nem biodegradáveis aumentam a quantidade de lixo no meio ambiente. A diferença de riqueza entre as nações contribui para o desequilíbrio ambiental. Nos países pobres, o ritmo de crescimento demográfico e de urbanização não é acompanhado pela expansão da infra-estrutura, principalmente da rede de saneamento básico. Uma boa parcela dos dejetos humanos e do lixo urbano e industrial é lançada sem tratamento na atmosfera, nas águas ou no solo. A necessidade de aumentar as exportações para sustentar o desenvolvimento interno estimula tanto a extração dos recursos minerais como a expansão da agricultura sobre novas áreas. Cresce o desmatamento e a superexploração da terra.
Lixo
Acúmulo de detritos domésticos e industriais não-biodegradáveis na atmosfera, no solo, subsolo e nas águas continentais e marítimas provoca danos ao meio ambiente e doenças nos seres humanos. As substâncias não-biodegradáveis estão presentes em plásticos, produtos de limpeza, tintas e solventes, pesticidas e componentes de produtos eletroeletrônicos. As fraldas descartáveis demoram mais de cinqüenta anos para se decompor, e os plásticos levam de quatro a cinco séculos. Ao longo do tempo, os mares, oceanos e manguezais vêm servindo de depósito para esses resíduos.
Resíduos radiativos
Entre todas as formas de lixo, os resíduos radiativos são os mais perigosos. Substâncias radiativas são usadas como combustível em usinas atômicas de geração de energia elétrica, em motores de submarinos nucleares e em equipamentos médico-hospitalares. Mesmo depois de esgotarem sua capacidade como combustível, não podem ser destruídas e permanecem em atividade durante milhares e até milhões de anos. Despejos no mar e na atmosfera são proibidos desde 1983, mas até hoje não existem formas absolutamente seguras de armazenar essas substâncias. As mais recomendadas são tambores ou recipientes impermeáveis de concreto, à prova de radiação, que devem ser enterrados em áreas geologicamente estáveis. Essas precauções, no entanto, nem sempre são cumpridas e os vazamentos são freqüentes. Em contato com o meio ambiente, as substâncias radiativas interferem diretamente nos átomos e moléculas que formam os tecidos vivos, provocam alterações genéticas e câncer.
Ameaça nuclear
Atualmente existem mais de quatrocentas usinas nucleares em operação no mundo – a maioria no Reino Unido, EUA, França e Leste europeu. Vazamentos ou explosões nos reatores por falhas em seus sistemas de segurança provocam graves acidentes nucleares. O primeiro deles, na usina russa de Tcheliabínski, em setembro de 1957, contamina cerca de 270 mil pessoas. O mais grave, em Chernobyl , na Ucrânia, em 1986, deixa mais de trinta mortos, centenas de feridos e forma uma nuvem radiativa que se espalha por toda a Europa. O número de pessoas contaminadas é incalculável. No Brasil, um vazamento na Usina de Angra I, no Rio de Janeiro, contamina dois técnicos. Mas o pior acidente com substâncias radiativas registrado no país ocorre em Goiânia , em 1987: o Instituto Goiano de Radioterapia abandona uma cápsula com isótopo de césio-137, usada em equipamento radiológico. Encontrada e aberta por sucateiros, em pouco tempo provoca a morte de quatro pessoas e a contaminação de duzentas. Submarinos nucleares afundados durante a 2a Guerra Mundial também constituem grave ameaça. O mar Báltico é uma das regiões do planeta que mais concentram esse tipo de sucata.
Fonte: www.geocities.com

29 de mar. de 2010

PASCOA

O chocolate é uma delícia apreciada o ano todo, mas o consumo é sempre maior na época da Páscoa. Rico em vitaminas, minerais, magnésio e ácido oléico, é uma excelente fonte de energia, apesar de seu elevado teor calórico, principalmente em gorduras.

Sustâncias contidas no chocolate podem ser benéficas à saúde e principalmente ao coração. A presença do ácido oléico, encontrado no cacau, é interessante para controlar os triglicérides (gorduras) e aumentar o bom colesterol (HDL).

“O coração é beneficiado pela teobromina presente no chocolate, uma substância estimulante que age no sistema nervoso central e no muscular, favorecendo o funcionamento do coração e prevenindo a hipertensão arterial”, explica Renata Cristina Campos Gonçalves, nutricionista do GANEP Nutrição Humana, especialista em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).

Cuidado com os exageros

O excesso do chocolate na Páscoa, ou em qualquer época, pode ser prejudicial, principalmente se estes forem ao leite e branco, devido às gorduras saturadas presentes no leite. Em excesso, pode causar enxaqueca, irritações na pele, no estômago e na mucosa intestinal. A diarréia também pode ser causada pelo consumo excessivo, devido ao alto teor de gordura.

De acordo com a nutricionista, existem várias pesquisas que comprovam os benefícios do chocolate. Uma delas é da Mayo Clinic Health Letter que demonstrou que o chocolate escuro (amargo), que possui níveis elevados de flavonóides antioxidantes, age como protetor cardiovascular. Em artigo publicado na revista Nature, os cientistas afirmaram que a adição do leite ao chocolate pode cortar essa propriedade benéfica.

“O chocolate amargo, feito do cacau puro e sem a adição das gorduras do leite, contém alto teor de flavonóides, antioxidantes que reduzem os riscos das doenças cardiovasculares”, ressalta a nutricionista Renata Gonçalves.

Para as pessoas obesas, o consumo deve ser moderado, por conta de seu alto valor calórico e gorduras. Pessoas acometidas de intolerância a lactose ou a algum componente da fórmula devem evitar a ingestão dos chocolates ao leite. Assim, é indicado que, para os intolerantes à lactose e os pacientes diabéticos, o consumo seja de chocolates e ovos de páscoa especiais.

Mitos e verdades


Verdade

O chocolate transmite sensação de prazer, promove bem-estar e alivia a tensão. O responsável por isso é uma substância chamada feniletilamina, que estimula a produção da serotonina, que atua no cérebro junto às emoções.

Mito

Um estudo realizado no Departamento de Dermatologia da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia demonstrou que o consumo de chocolate não estava relacionado ao desenvolvimento ou agravamento da acne.

Verdade

Ao contrário do que se pensa o consumo do chocolate não causa dependência ao organismo. O uso constante se dá porque as pessoas sentem prazer de comê-lo e não por imposição fisiológica ou psicológica.



Os diferentes tipos de chocolate

Seja branco, ao leite, amargo, em pó ou diet, o chocolate é sempre irresistível. Mas além de delicioso, é um alimento calórico, rico em gordura e açúcar.

“O chocolate amargo, é considerado o mais saudável, mas em excesso aumenta riscos de doenças cardiovasculares e obesidade, pela alta concentração de gordura”, enfatiza Renata Cristina Campos Gonçalves, nutricionista do Ganep Nutrição Humana, especialista em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral pela SBNPE.

No caso do chocolate ao leite, a massa de cacau é substituída em parte por leite em pó, resultando em um gosto mais adocicado. Já o branco, contém manteiga de cacau. Ambos são ricos em gorduras saturadas. Quando consumidos em excesso, podem causar irritações na pele, no estômago e na mucosa intestinal. A versão diet não tem açúcar, por isso é indicada aos diabéticos. Como apresentam alto teor de gordura, são também bastante calóricos, como os demais.


26 de mar. de 2010

Coma um ovo por dia para ganhar músculos e perder gordura

Quando pensa no consumo de proteínas, pouca gente se lembra dele, mas o ovo é uma alternativa bastante saudável para repor os aminoácidos essenciais ao funcionamento do organismo. "As proteínas são de extrema importância para o nosso organismo por sua função construtora e reparadora, além de participarem da formação de hormônios, enzimas e anticorpos", afirma a nutricionista Lucyanna Kalluf, do Centro Brasileiro De Nutrição Funcional.

A variedade de opções no preparo (cozido, mexido ou em omeletes) conta a favor de inclusão do ovo na dieta, que ainda ganha reforço de vitaminas, minerais e lipídios (presentes em grandes quantidades na gema). "Mais de 50% da vitamina B2 do ovo está na clara, de fácil digestão e ideal para quem treina e quer desenvolver músculos", afirma a especialista. "Nunca coma ovos crus, prevenindo a salmonela (bactéria que traz infecção intestinal).

Entre a turma da academia, o xodó é a albumina: esta proteína tem alto valor biológico, excelente biodisponibilidade (é facilmente aproveitada pelo organismo e fácil digestão. A albumina possui os nove aminoácidos necessários para o processo de anabolismo (aumento de massa muscular), contribui para a regeneração de tecidos musculares, unhas, pele e cabelo (faz crescer cabelos), revitaliza funções orgânicas devido ao seu valor energético e impulsiona o sistema imunológico. A albumina está contida, principalmente, na clara. "A clara também dispõe de leucina, um aminoácido que ajuda a manter os músculos e diminui a massa gorda (gordura).

A gema, por sua vez, é rica em ômega 3, gordura excelente para o cérebro e que estimula o equilíbrio da insulina com a glicose, mais um fator para regular a compulsão e a resistência insulínica, que é o maior fator de risco para a Síndrome Metabólica. Ela também age no combate da anemia. "O ovo combate não apenas a anemia por deficiência ferro, mas também a chamada anemia perniciosa graças à presença de vitamina B 12", diz a nutricionista.

Consumo diário

Para contar com esses benefícios, o ideal é incluir ao menos um ovo (de galinha) por dia na sua alimentação o de codorna é ainda mais rico em colesterol comparado com o de galinha. Em cada 50 gramas (o equivalente a cinco ovinhos), há 422 miligramas da substância. Mas não é só: ele também tem maior quantidade de fósforo e ferro do que seu concorrente e só perde no quesito vitamina A.

Apesar da digestão mais lenta, o ovo pode ser ingerido no jantar e é um ótimo substituto para as carnes vermelhas (principalmente entre as pessoas de idade mais avançada e com dificuldade para mastigar). "Mas minha recomendação é consumo de um ovo no café da manhã, porque ele traz saciedade e evita que o paciente fique besliscando", afirma a nutricionista.

Quanto à cor da casca, não há com o que se preocupar: ela indica apenas a cor da galinha. As brancas põem ovos brancos, as vermelhas põem ovos vermelhos. E não há diferença nutricional relevante entre os ovos de granja e os chamados caipiras, que têm uma coloração mais amarelada. Isso se deve ao tipo de alimentação. A especialista lembra que as galinhas caipiras são criadas soltas e comem o que encontram pela frente, incluindo vegetais mais coloridos, enquanto as de granja se alimentam apenas de ração.

O colesterol

Por muitos anos, o ovo foi visto como inimigo do coração. Mas pesquisas recentes comprovam que não há risco de doença cardiovascular para pessoas que consomem até um ovo por dia, de acordo com a nutricionista. Para preservar sua saúde, evite o consumo de ovos fritos, que têm mais calorias totalmente dispensáveis.

Amigo da memória
O ovo também é fundamental à mesa de quem tem mania de esquecer tudo. Isso acontece porque ele é uma ótima fonte de colina, proteína que melhora a memória e a cognição. Além disso, ele tem as vitaminas B2, B6, B12, E, K, D e ácido fólico. Zinco, cálcio, selênio ( boa quantidade), fósforo e ferro também estão presentes. "Devido a todos esses nutrientes, o ovo deve fazer parte da dieta de todos os indivíduos, salvo aqueles com alguma intolerância ou alergia alimentar", afirma a nutricionista Lucyanna Kalluf.

Refrigerante sem açúcar pode diminuir funções dos rins

Um estudo norte-americano, conduzido pela organização Nurses Health Study, conclui que consumir dois ou mais copos dos chamados refrigerantes zero ou diet ? sem adição de açúcar ? pode oferecer maiores riscos de problemas aos rins. O resultado aponta que as mulheres que beberam tal quantidade tiveram queda de 30% das suas funções renais durante o período do estudo, que foi apresentado em encontro da Sociedade Americana de Nefrologia, em São Diego (EUA).

O estudo partiu de questionários alimentares feitos em 1984, 1986 e 1990 com mais de 3.200 mulheres. As participantes avaliadas tiveram bebidas açucaradas retiradas do cardápio. Em seguida, as mulheres responderam sobre a frequência com que ingeriam as bebidas: se menos de uma vez por menos; de uma a quatro vezes por mês; duas a seis vezes por semana; uma vez ao dia e duas vezes ao dia ou com maior frequência.

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Aquecimento global prejudica os rins

Receita contra cólica renal

Medicamentos contra diálise renal

Após uma comparação entre a função dos rins das mulheres em 1989 e 2000, observou-se que 11,4% das mulheres participantes apresentaram diminuição das funções renais em 30% ou mais, sendo que as que apresentaram mais problemas foram as que beberam dois ou mais copos de refrigerante sem açúcar por dia

Abuse dos queijos para derreter a barriga

Eles ficam uma delícia acompanhando massas, tornam qualquer sanduíche irresistível e ainda podem servir de base para receitas doces arrasadoras. Até sozinho, um bom queijo é capaz de aguçar o paladar e provocar intensos delírios gastronômicos. O melhor de tudo? Eles ainda ajudam a derreter seus pneuzinhos. Pesquisadores do Departamento de Nutrição da Universidade do Tennessee (Estados Unidos) descobriram que os queijos, assim como os laticínios em geral, aceleram o metabolismo. Ou seja, graças a eles você emagrece duas vezes mais rápido do que alguém que resolveu cortar o petisco do cardápio.Por enquanto, o cálcio assina o milagre. Mas ele não está sozinho nessa tarefa. Os estudiosos compararam dois grupos de voluntários e descobriram que apenas tomando cápsulas do mineral você emagrece menos do que saboreando um bom bocado à base de leite.

Uma fatia ou uma colher de sobremesa valem por uma porção - quatro delas são a quantidade diária indicada para quem está em busca de um regime a jato. Só tome cuidado: o parmesão é líder absoluto em quantidade de cálcio. Mas essa variedade também é bastante calórica e salgada, um perigo para quem sofre de pressão alta. Para eliminar de vez a sua culpa (e as dúvidas, também), pedimos à nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, uma tabela com as características dos principais tipos, brancos e amarelos. Vale prestar atenção na quantidade de calorias e gorduras saturadas (aquelas que entopem as artérias quando consumidas em excesso). Nas duas categorias, o cheddar lidera o ranking. No final, você ainda confere várias imperdíveis à base de queijo, todas com as devidas calorias indicadas - porque fazer regime pode ser, sim, muito gostoso. Os campeões em: Tipo de queijo
Muitas Calorias Cheddar
Mais Proteínas Parmesão
Mais gorduras totais Cheddar
Mais gorduras saturadas Cheddar
Mais Cálcio Parmesão
Mais Sódio Gorgonzola Os campeões em: Tipo de Queijo
Poucas Calorias Cottage
Menos gorduras totais Cottage
Menos gorduras saturadas Cottage
Menos Sódio Ricota Confira, a seguir, receitas à base dos mais diferentes tipos de queijo, oferecidas pela nutricionista Roseli Rossi. - Crocante de queijo cremoso light
- Sopa creme de Queijo Light
- Torta de queijo branco
- Cheesecake de Goiaba
- Pavê de morango



Jovem e magra: 6 xícaras de chá por dia bastam para isso

Diante deles, os olhos brilham: os chás verde, branco e vermelho são conhecidos pelos efeitos positivos na luta contra os quilos extras. Mas será que eles realmente são tão poderosos? A nutricionista Flávia Morais, da rede Mundo Verde, garante que sim. Mas isso não é sinônimo de overdose nas xícaras. "É preciso controlar o consumo, principalmente nas pessoas hipertensas, que podem sofrer com o descontrole da pressão arterial", afirma.

Mas as restrições não terminam aí. Abaixo, conheça um pouco mais sobre a ação deste trio de ervas e conte com elas para manter a saúde e o peso em dia.

Os chás protegem o coração.
Verdade. A ingestão regular dos chás verde ou branco está relacionada à prevenção e controle de doenças cardiovasculares. Vários estudos comprovam menor taxa de doença cardiovascular e mortalidade entre consumidores do chá verde, principalmente: ele auxilia na diminuição dos níveis de colesterol e no controle da pressão arterial.

Quem toma chá permanece jovem por mais tempo.
Verdade. Os chás extraídos da planta Camellia sinensis são boas fontes de catequinas e polifenois, substâncias antioxidantes que agem no combate aos radicais livres (responsáveis pelo envelhecimento das células). Por isso, quem toma chá verde, branco ou vermelho diariamente mantém não apenas a aparência jovem, mas também garante o metabolismo em forma.

Chá verde emagrece.
Verdade. Este benefício, por enquanto, não pode ser aplicado ao vermelho e ao branco na mesma intensidade. O chá verde acelera o metabolismo, fazendo você queimar gordura mais rapidamente. Por causa disso, ele se torna um potente coadjuvante no emagrecimento. Mas atenção: não adianta se entupir de doces e frituras e tomar um chazinho depois. Uma dieta balanceada é fundamental para alcançar o peso com que você sonha.

Os chás são ótimos companheiros para as refeições.
Mentira. Não se deve fazer as refeições na companhia de chás e nem tomá-los logo após o almoço ou o jantar. Isso porque a bebida contêm substâncias que prejudicam a absorção do ferro pelo organismo.

O consumo pode ser feito à vontade.
Mentira. Eles não contêm calorias, mas é preciso controlar as doses, evitando um comportamento muito ansioso. O ideal é consumir de três a seis xícaras, diariamente, e após uma hora das refeições principais.

A saúde bucal ganha com o consumo regular de chá verde.
Verdade. A melhor forma de prevenir problemas bucais é manter uma boa higiene, com escovação e fio dental. Mas as pessoas com gengivas sensíveis tendem a sofrer menos com o consumo regular do chá verde. Segundo a nutricionista do Mundo Verde, o consumo habitual da bebida previne inflamações na gengiva e até tumores malignos de boca.

Uma planta e três chás diferentes
O chá branco, o chá verde e o chá vermelho são originários da planta Camellia sinensis. Suas propriedades são conhecidas e divulgadas há mais de 4000 anos pela medicina oriental, de acordo com a nutricionista da rede Mundo Verde.

O chá verde é preparado a partir das folhas novas da planta, que são rapidamente tratadas no vapor para evitar sua fermentação. O chá branco é colhido apenas uma vez ao ano e é composto por brotos e flores da planta, o que muda o sabor do chá, mais doce e suave do que o verde. Já o chá vermelho é fermentado e envelhecido. Acredita-se que, por ser originário da mesma planta que o chá branco e verde, o chá vermelho tenha efeitos similares.

Sementes turbinam a saúde e a dieta

Se há alguma cartilha dos principais mandamentos da dieta, um deles certamente é não ficar longos intervalos do dia sem comer. O ideal é fazer pequenos lanchinhos de três em três horas, além das refeições principais, para ajudar o metabolismo acelerar e queimar mais calorias. Uma ótima alternativa para esses intervalos é investir no consumo de sementes oleoginosas, como as de girassol, abóbora, linhaça e gergelim.

A razão para apostar nessas turma, que tem cara de comida de passarinho, é simples. Além de tapear a fome, elas trazem um bem enorme ao organismo. "Elas são ricas em ácidos graxos monoinsaturados que auxiliam o controle dos triglicérides, do colesterol total, do colesterol ruim (LDL), diminuindo o risco de desenvolvimento de doenças do coração", explica a nutricionista Patrícia Bertolucci, de São Paulo.

A presença de poderosos antioxidantes, como vitamina E, selênio e manganês, que varrem os radicais livres produzidos pelos organismos relaciona a atividade das sementes oleoginosas ao menor risco de desenvolver doenças crônico-degenerativas, como o Mal de Alzheimer.

As sementes também são ricas em magnésio, que participa de inúmeros processos em nosso organismo, como a absorção adequada de cálcio nos ossos, contração muscular, ação anti-inflamatória e regulação da pressão arterial. Confira a seguir como fazer o melhor uso delas:

Gergelim combate o intestino preso
A semente é boa fonte de manganês, cálcio, cobre, magnésio, ferro, fósforo, vitamina B1, zinco, proteínas, vitaminas A e E e fibras ricas em lignanas, que previnem o aumento de colesterol.
Cerca de 50% de sua composição é de gordura, do tipo insaturada, entre elas, a lecitina, que alguns estudos já mostram ter efeitos benéficos na regulação dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue. Além dessa gordura também auxiliar na lubrificação do intestino, que junto com as fibras vão deixar a prisão de ventre bem longe.

"Todo esse conjunto auxilia na saúde cardiovascular e intestinal e na prevenção do câncer e envelhecimento precoce, dentre outras doenças", explica a nutricionista Patrícia Davidson, do Rio de Janeiro.

Suas fibras insolúveis também são ótimas para controlar as taxas de glicemia, o açúcar do sangue, afastando males como a diabetes. E ainda proporciona maior duração da saciedade, o que vai fazer com que a pessoa sinta menos fome. O ideal é consumir de 1 a 2 colheres de sobremesa por dia que vão girar em torno de 80 calorias cada uma e sem prejudicar a dieta.

"As sementes podem ser utilizadas diretamente de alimentos que contenham gergelim como pães integrais, bolacha e bolos. Também podem ser torradas ou polvilhadas sobre os alimentos como arroz, iogurte, suco e salada. O óleo de gergelim, que como a semente é ótima fonte de gordura insaturada e vitaminas, pode regar os alimentos", acrescenta Patrícia.

Girassol contra a pressão alta
Tem uma quantidade boa de proteínas, gordura monoinsaturada - que é de ótima qualidade para o organismo, vitamina E, fibras e de arginina, um aminoácido importante porque é substrato para o óxido nítrico, substância que relaxa os vasos sanguíneos, evitando a elevação da pressão sanguinea.

"O consumo de girassol auxilia no controle da tensão pré-mentrual, favorece a recuperação de processos inflamatórios, auxilia na mobilização do ferro para a síntese da hemoglobina, adrenalina e a formação dos tecidos conjuntivos", aponta a nutricionista Fernanda Pisciolaro, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

É uma semente que pode ser consumida assada, onde seu sabor será acentuado. Ou pode ser consumida em forma de farinha. "Mas não asse por muito tempo, nem em temperatura elevada para que suas propriedades sejam perdidas", recomenda Patrícia Davidson. A ingestão pode ficar em 2 colheres de sopa, mas não existe uma recomendação específica de consumo. Cada 100 gramas leva 584 calorias.

Linhaça protege o coração
Contém lignana, que é um composto fitoquímico que pode atuar na prevenção do câncer de mama e, por apresentar uma estrutura química similar ao estrógeno, pode ajudar a prevenir os sintomas da menopausa.

Traz os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, gorduras que se destaca como um protetor do coração, já que é um antioxidante com potente ação contra a formação de placas nas artérias, além de reforçar o sistema imunológico, reduzir inflamações, atuar na redução do colesterol total e triglicérides e ainda retardar a coagulação sanguínea.

"A linhaça está carregada de fibras solúveis e insolúveis que além de regular o trânsito intestinal prevenindo o câncer de cólon, se destacam por controlar a absorção de glicose e colesterol no intestino", diz Patrícia Bertolucci. A semente também apresenta diversas vitaminas e minerais: B1, B2, C, E; caroteno e os minerais ferro, zinco, potássio, magnésio, fósforo e cálcio.

Todos os benefícios da linhaça se potencializam quando a semente é moída ou triturada, pois como a casca da semente é muito dura, sua digestão é comprometida podendo passar direto pelo trato gastrointestinal, reduzindo a absorção de seus nutrientes. Após moída, a semente deve ser mantida sob refrigeração e longe da luz, para evitar a oxidação das gorduras. Pode ser utilizada no complemento de inúmeras preparações: pães, bolos, biscoitos, cereais e bebidas, e até adicionadas a sucos, saladas, sobremesas, iogurtes e sopas.

Semente de abóbora afasta o colesterol
É uma semente cheia de potássio - mineral capaz de auxiliar no controle da pressão arterial. É rica em fibra, que funciona bem contra a prisão de ventre, e vitamina A, boa para os olhos por prevenir doenças como degeneração macular.

Além disso, apresenta alto teor de ácidos graxos essenciais, zinco e fitoesterol, que é uma importante substância no combate ao colesterol. "O que acontece é que ele substitui o colesterol no local de absorção e esse colesterol vai ser excretado e seus níveis circulantes diminuirão no organismo", diz a nutricionista Patrícia Davidson.

Além de ser opção de petisco de fim de tarde, uma outra maneira de aproveitar as qualidades da semente é triturá-la, adicionando-a na forma de farinha em diversas preparações. Experimente salpicá-la na salada de frutas, batê-la com sucos naturais e incorporá-la em saladas de folhas ou em massas de tortas.


A história da prevenção das doenças transmissíveis

INTRODUÇÃO
As doenças constituem uma terrível ameaça para todo ser humano. Algumas são brandas, mas outras podem chegar mesmo a matar milhões de pessoas - como já ocorreu - espalhando-se por grandes regiões do mundo. Durante muitos séculos, não se sabia o que produzia as pestes e as grandes epidemias: um castigo divino? uma conjunção astrológica? uma mudança de clima? Foi preciso um longo caminho para que se pudesse compreender a causa das enfermidades transmissíveis e como se prevenir contra elas.

Hoje em dia, todos sabemos que certas doenças podem passar de uma pessoa para outra. Desde uma gripe banal, até diversas doenças muito graves, como cólera e aids, podem ser transmitidas de uma pessoa doente para outra sadia. Isso ocorre quando a doença é causada por microorganismos, como as bactérias ou vírus. Esses seres invisíveis, que são responsáveis por muitas doenças, multiplicam-se nos indivíduos doentes e podem passar deles para outras pessoas através de muitos caminhos: pela respiração, por excreções, pela picada de um inseto, etc. Há outros tipos de doenças que não são causadas por microorganismos; mas não iremos tratar delas, neste livro.

Quando se conhece o tipo de microorganismo causador de uma doença e o seu modo de transmissão, pode-se evitar que ele passe às pessoas sadias - através de várias medidas sanitárias e de higiene. Em certos casos, pode-se também produzir vacinas, que protegem as pessoas, mesmo se ficarem em contato com doentes. Por fim, em muitos outros casos, podem ser desenvolvidos remédios (como os antibióticos) que combatem esses microorganismos quando eles já se estabeleceram em um organismo, de tal forma a destrui-los.

O conhecimento de que muitas doenças são produzidas por microorganismos é, hoje, uma coisa banal. No entanto, esse é um conhecimento médico relativamente recente - com pouco mais de um século de idade. Foi apenas durante a segunda metade do século XIX que se estabeleceu a teoria microbiana das doenças. Durante centenas de anos, os médicos ignoraram a causa das enfermidades transmissíveis, que eram explicadas de modos que atualmente nos parecem absurdos. Os modos de prevenção e cura dessas doenças eram também, obviamente, muito diferentes dos de hoje.

Como se chegou a esse conhecimento atual? Por que fases passou a Medicina, em sua tentativa de compreender as epidemias e o contágio? Como surgiram as vacinas? Esses são alguns dos pontos que serão tratados nas páginas seguintes.

Este livro não irá abranger todos os aspectos da história da Medicina. Isso exigiria uma obra muitas vezes maior do que esta. Mesmo o assunto aqui tratado - as doenças transmissíveis e sua prevenção - é excessivamente amplo para ser estudado em detalhe em um trabalho como este. Será necessário deixar de lado vários aspectos, focalizando apenas alguns episódios mais importantes.

Iremos percorrer uma longa história, de mais de dois mil anos, para descobrir como diversos povos, em diferentes épocas, concebiam o processo de contágio. Ao longo dessa história, veremos uma grande mistura de superstições, de experimentos, de teorias diversas, e a luta contínua da humanidade contra doenças terríveis.

Por meio do estudo dessa história, será possível compreender como se desenvolve a evolução do pensamento humano, através de uma série de palpites, tentativas, erros e acertos. Veremos como algumas "certezas" causaram a morte e o sofrimento de milhões de pessoas. Por fim, estudando o surgimento da moderna teoria microbiana, veremos como foi gradualmente introduzido um maior rigor na pesquisa médica, resultado em importantes avanços. Pelo conhecimento desse caminho histórico, será possível perceber a enorme importância das medidas sanitárias e de higiene, capazes de evitar horríveis doenças - medidas simples mas que, infelizmente, continuam a ser ignoradas ou deixadas de lado, até hoje, no Brasil e em outros lugares.

CAPÍTULO 1 - AS GRANDES PESTES
A MORTE RONDA
O que é uma grande epidemia? Que efeitos podem produzir as enfermidades transmissíveis, quando atingem muitas pessoas? Quem nunca viveu pessoalmente a experiência dessas doenças, nem pode avaliar o que elas significam. Por isso, é conveniente começar com a descrição de um caso histórico importante.

Daniel Defoe foi um importante escritor que viveu nos séculos XVII e XVIII. É o autor de um livro de aventuras bem conhecido: Robinson Crusoe. Ele escreveu em 1722 um outro livro menos famoso, o "Diário do ano da peste", em que descreve uma grave epidemia ocorrida em Londres, em 1665.

De tempos em tempos - como depois veremos - a Europa era varrida por grandes pestes, que matavam milhões de pessoas. Em 1663, uma dessas epidemias, originada na Itália ou vinda do oriente, atingiu a Holanda. Não existiam televisores, nem rádios, nem mesmo jornais para transmitir notícias. No entanto, através de cartas e pelos comentários de pessoa para pessoa, ficavase sabendo rapidamente o que acontecia. Nos outros países próximos, temia-se que a doença também surgisse.

Em 1664, o aparecimento de um cometa nos céus levou a muitas predições pessimistas. Segundo Defoe, os astrólogos de Londres anunciaram que a peste logo iria atingir a cidade. O pavor tomou muitas pessoas. Os mais impressionáveis começaram a ter sonhos em que viam um grande número de mortos. Pessoas alucinadas corriam pelas ruas, gritando e profetizando desgraças. Londres se encheu de magos, adivinhos, astrólogos, curandeiros e diversos tipos de charlatães, que davam conselhos, previam os acontecimentos futuros, indicavam antídotos infalíveis contra qualquer tipo de doença, vendiam talismãs mágicos para proteger da peste e, de muitas formas, lucravam com o temor do povo.

Nada aconteceu, no entanto, até o final de 1664. No fim de novembro ou início de dezembro, dois estrangeiros morreram, nos arredores de Londres, com os sintomas da peste bubônica. Como eram dois casos isolados, isso não produziu muita preocupação. Mas poucas semanas depois, uma outra pessoa morreu, na mesma casa onde esses dois primeiros haviam falecido, também com sinais da peste. Evitava-se falar sobre o assunto.

Nas duas regiões próximas, Saint Giles e Saint Andrews, a mortalidade normal era de 12 a 19 pessoas por semana. Logo, os números se elevaram um pouco, ultrapassando 20 por semana, no início de 1665. O número total de enterros em Londres, que era de 240 a 300 por semana, subiu a mais de 400, em janeiro. Mas as mortes não eram ainda atribuídas à peste. Um ou outro caso tinha sinais semelhantes ao dessa enfermidade; mas a maioria das mortes era atribuída a causas comuns.

Durante algumas semanas, há um frio rigoroso (é época de inverno, no hemisfério norte) e as mortes diminuem. Mas no fim de abril e início de maio surgem mais casos indubitáveis de peste, em Saint Giles e outros locais. No final de maio, as autoridades reconhecem que já morreram algumas dezenas de pessoas dessa doença.

que era essa enfermidade? Era algo que já se conhecia muito bem, na Europa, embora não tivesse atingido Londres antes. Produzia grandes inchações, onde se formava pus, em certas partes do corpo - principalmente nas axilas e virilhas - que eram chamadas de "bubões", vindo daí o nome da doença (peste bubônica). Quem adoecia, em geral, morria, depois de poucos dias, com grandes dores.

Mas como se adquiria a enfermidade? Era evidente que alguma coisa passava dos doentes para as pessoas sadias, pois a doença ia se espalhando aos poucos de uma região para outra próxima, atacando principalmente quem morava com os doentes, próximo deles ou tinha contato com eles. Defoe assim explicava a transmissão:

"Parece-me fora de dúvida que esta calamidade se espalha pelo contágio; quer dizer, por certos vapores ou fumaças, que os médicos chamam de eflúvios; pela respiração ou transpiração; pelas exalações das feridas dos doentes; ou por outras vias, talvez fora do alcance dos próprios médicos. Esses eflúvios afetam os homens sãos que se aproximam a uma certa distância dos doentes, e penetram imediatamente em suas partes vitais, colocando seu sangue subitamente em fermentação e agitando os seus espíritos (...)."

UMA CIDADE EM FUGA

Cena da peste de 1665, em Londres: Multidões fugindo da cidade e carretas cheias de mortos para serem enterrados.

Como se vê, havia muitas hipóteses sobre o modo de transmissão da enfermidade, mas não se sabia nada com certeza. Os bubões dos doentes exalavam um cheiro fétido, e muitos pensavam que era através desses odores que a doença passava de uma pessoa para outra.

No início de junho, a doença aumenta assustadoramente em Londres. Apenas em Saint Giles, morrem 100 pessoas em uma única semana. Nos bairros próximos, a mortalidade também é elevada, mas muitas pessoas escondem a causa real.

As pessoas ricas começam a fugir da cidade, para não serem atingidas pela doença. Vão para outras cidades ou para o campo, levando objetos de valor, roupas, móveis, acompanhados de seus criados. As ruas da cidade se enchem de carroças e cavalos que transportam pessoas e seus bens para longe da peste. Muitas pessoas que não dispunham de cavalos fugiam a pé, levando tendas para acampar fora da cidade. Da população total, que era de 400.000 habitantes, cerca de 100.000 deixam Londres.

No fim de junho, morrem 700 pessoas por semana, da peste. Na primeira semana de julho, o número chega a mais de 1.200. Na semana seguinte, 1.700 mortos.

O pânico se espalha, diante da catástrofe que se acelera. Ouvem-se gritos, choros e lamentações vindos de muitas casas. Com medo do contágio, as pessoas que permanecem em Londres evitam sair à rua. Quando precisam sair de suas residências, caminham pelo meio das ruas, longe das casas, por medo de encontrar algum doente ou para evitar receber os odores e emanações das moradias infectadas.

Não era possível saber quem estava livre da enfermidade. Algumas vezes, pessoas que aparentemente estavam normais caíam na rua e morriam. Lá ficavam, caidas no chão, até que seus corpos fossem recolhidos, à noite.

As autoridades começam a tomar algumas medidas. O rei ordena que os professores de medicina se reúnam e divulguem ao público quais os melhores remédios contra a doença, distribuindo-os gratuitamente à população. Recomendavam-se perfumes e substâncias aromáticas para impedir que a peste penetrasse nas casas. Mas nenhum remédio era realmente capaz de impedir ou de curar a enfermidade e os médicos morriam tanto quanto seus pacientes.

Os magistrados tomam medidas graves: toda casa em que surgir algum caso de peste, deve ser trancada, com todos os seus moradores, e dois guardas devem se revezar à porta, para que ninguém entre ou saia - exceto os cadáveres dos mortos - para que a doença não se espalhe. Apenas depois de 28 dias da morte de um morador os demais são liberados, se não mostrarem sinais da doença. Durante todo o tempo, essas casas ficam marcadas na porta, com uma grande cruz vermelha e a inscrição: "Senhor, tende piedade de nós".

Qual a causa da peste? Ninguém sabia. Teria sido o cometa? Teria sido a cólera de Deus, que estava castigando os pecadores? Muitos achavam que eram as duas coisas: Deus havia resolvido castigar as pessoas e havia enviado, como mensageiro, o cometa fatídico. Em meio à peste, o pavor fazia com que muitas pessoas confessassem publicamente seus pecados, no meio da rua, a altos brados, com a esperança de serem perdoados por Deus e escaparem da doença. Assim se tornaram conhecidos muitos crimes, roubos, adultérios... Mas muitas vezes o pecador confesso e aqueles que ouviram sua confissão morreram, pois a enfermidade não tinha critérios morais para fazer as suas escolhas.


Desde a idade média, quando havia epidemias, as casas das pessoas doentes eram marcadas com uma cruz, para que todos soubessem que deviam evitá-las. A ilustração retrata esse costume durante uma epidemia de cólera, no século XIX.

O número de mortos tornou necessário simplificar os enterros. As autoridades proibiram que fossem feitas cerimônias públicas, cortejos e acompanhamentos. Os enterros deviam ser rápidos, imediatos, para que não se espalhasse a doença.

Todas as reuniões e diversões públicas - até mesmo os combates de ursos, que eram populares na época - são proibidas, para evitar o contato entre as pessoas. As autoridades mandam varrer as ruas e retirar todo tipo de detrito. São tomados cuidados especiais de vigilância dos alimentos, para que não se vendam carnes e outros produtos podres. Enfim, várias medidas de bom senso, embora não se soubesse exatamente o que causava a doença ou como ela se espalhava.

Evitava-se encostar em objetos que tivessem sido tocados pelos doentes. Como qualquer pessoa podia estar com a peste, os comerciantes já não pegavam no dinheiro: os compradores deviam pagar suas compras com moedas no valor exato da venda, e colocar seu dinheiro dentro de vasilhas com vinagre, para purificá-lo. Só depois de algum tempo os comerciantes recolhiam esse dinheiro.

Imaginando que os animais também poderiam carregar a doença de um lado para o outro, são proibidos os porcos, cães, gatos, coelhos, pombos e outros animais domésticos em Londres. Calcula-se que foram mortos 40.000 cães e cerca de 200.000 gatos na cidade, nessa época. Também se tentou exterminar os ratos, com veneno, matando-se uma grande quantidade deles.

Atualmente, sabemos que a peste bubônica é transmitida pelas pulgas dos ratos da cidade. Ela não passa diretamente de uma pessoa para outra pela respiração, nem pelo contato físico. Assim, os cuidados que eram tomados não ajudavam a impedir que a peste se espalhasse.

O número de mortos aumentava cada vez mais. Em agosto, passam de mil mortos por dia. Já não é possível mais fazer caixões, nem mesmo covas individuais para os mortos. À noite e durante toda a madrugada, passam pelas ruas de Londres, constantemente, as carroças de coleta de cadáveres, com seus condutores gritando: "Tragam os seus mortos! Tragam os seus mortos!" Os corpos são empilhados nas carroças, vestidos ou despidos, carregados até o cemitério, onde são despejados em grandes valas.

O clima de horror era indescritível. Acostumando-se à morte, as pessoas já não lamentavam e choravam mais seus parentes. Os doentes eram abandonados. A morte parecia inevitável para todos.

No final de agosto e início de setembro, as estatísticas oficiais indicaram 7.000 a 8.000 mortos por semana. Os números verdadeiros podem ter sido duas ou três vezes maiores, pois os dados oficiais talvez fossem forjados - para não assustar demais a população.

A partir de outubro, as mortes diminuem. Em novembro, o número cai a apenas 900 falecimentos por semana e embora a peste não tivesse desaparecidos, todos sentem que a enfermidade está sumindo. Os habitantes que haviam fugido começam a retornar.

Durante o ano de 1665, a peste matou cerca de 100.000 habitantes de Londres, de uma população total de 400.000. Famílias inteiras pereceram. A doença desapareceu como havia aparecido: sem que ninguém a entendesse, sem que ninguém soubesse como se prevenir ou curar a peste. Uma enorme tragédia, diante da qual todos estavam impotentes.

Nenhum de nós conheceu pessoalmente uma situação semelhante a essa - e esperamos nunca presenciá-la. Muitos devem pensar que tudo isso é coisa de um passado distante, que jamais se repetirá. Será verdade?

No início do século XX, apesar de todo o conhecimento que já se tinha, uma epidemia mundial de gripe matou milhões de pessoas. Em pleno final do século XX, doenças que já pareciam coisa do passado - como cólera e dengue - reaparecem e causam a morte de muitas pessoas no Brasil.

A medicina evoluiu muito e sabemos como controlar um grande número de doenças. Mas o controle exige dinheiro e decisões políticas que nem sempre são tomadas. Por outro lado, existem enfermidades que ainda estão fora do controle da medicina, como a aids. Para que não se repitam episódios como o da peste de Londres de 1665, é necessário que todos saibam o significado das grandes epidemias e conheçam os meios de evitá-las. É para proporcionar essa base científica que este livro foi escrito.

INFLUENZA AVIÁRIA

INFLUENZA AVIÁRIA
Introdução
A gripe aviária é uma doença viral, causada pelo vírus Influenza do tipo A, que acomete os tratos respiratórios, digestivo e sistema nervoso de várias espécies de aves. A doença pode ocorrer em muitas espécies de aves domésticas e silvestres.

Até recentemente não se considerava possível a transmissão direta do vírus totalmente aviário ao homem. Sua primeira associação ocorreu em Hong Kong em 1997, durante uma epidemia em aves domésticas causada pelo subtipo viral H5N1. Nesta epidemia 18 trabalhadores de mercado de aves adoeceram e 6 deles evoluíram para óbito. Após este ocorrido verificou-se que o H5N1 havia ultrapassado a barreira entre as espécies sem que fosse necessária a recombinação genética com o vírus humano.

Em 2003 foi notificado uma epidemia pelo Influenza A (H5N1), que atingiu a Coréia do Sul, ocorrendo o óbito de 19.000 galinhas, tendo rápida disseminação para os demais países asiáticos. Em 2004 no Vietnã, foram descritos os primeiros casos de doença humana, e estudos confirmaram tratar-se de uma cepa de H5N1 diferente da identificada em 1997 e 2003. Confirmou-se assim a emergência de uma nova cepa e consequentemente o risco potencial para o surgimento de uma pandemia.

Taxonomia
Família: Orthomyxoviridae.
Ordem: Orthomyxiovirus.
Gênero: Influenzavirus.
Tipo A: acomete humanos, eqüinos, suínos e aves.
Tipo B: somente humanos.
Tipo C: somente humanos.

O nome de estirpes do vírus da Influenza Aviária (IA) deve incluir: tipo do vírus (A, B ou C), o hospedeiro, origem geográfica, número de registro, ano de isolamento e descrição antigênica entre parênteses.

Exemplo: A/turkey/1/68 (H8N4).

Etiologia
Os vírus influenza são RNA vírus de cadeia simples. O RNA está contido em oito segmentos individuais que codificam dez proteínas diferentes. Os vírus são geralmente esféricos podendo atingir 200nm. As partículas virais possuem envelopes de onde saem glicoproteínas, hemaglutinina (HÁ) e neuroaminidase (NA) que determinam os subtipos e são responsáveis pela antigenicidade e virulência do vírus. Os tipos A, B e C são determinados pela proteína de membrana M e pela proteína do núcleo PN.

Até o momento foram registrados 16 diferentes proteínas HÁ e 9 diferentes proteínas NA. A HÁ é a responsável pela ligação do vírus ao receptor da célula do hospedeiro pela penetração do vírus na membrana citoplasmática e também pela capacidade hemaglutinante do vírus. A NA é a responsável pela liberação de novos vírus das células do hospedeiro por meio de sua ação sobre o ácido neuramínico na célula.

A HÁ do vírus aviário liga-se aos receptores a-2,3 ácido siálico. Já o vírus humano liga-se a receptores a-2,6 ácido siálico das células epiteliais do trato respiratório.

O vírus Influenza pode acumular mutações pontuais, chamadas de antigenic drift. Profundas alterações genéticas ocorrem quando há recombinação genética entre cepas virais diferentes chamadas de antigenic shif. Para que ocorra esta recombinação genética é necessária a existência de um hospedeiro intermediário que permita a infecção de cepas virais diferentes numa mesma célula. Até agora, acredita-se que o porco deva ser o principal hospedeiro para o surgimento dessas recombinações, já que, apresentam ambos receptores.

Resistência
As cepas virais supracitadas apresentam as seguintes resistências:

• Temperatura: Inativado a 56ºC por 3 horas, ou 60ºC por 30 minutos

• pH: Inativado em pH ácido

• Químicos: Inativado por agentes oxidantes, dodecil sulfato sódico, solventes lipídicos e ß-propiolactona

• Desinfetantes: Inativado por compostos à base de formol e iodo.

• Sobrevivência: Permanece viável por longos períodos em tecidos, fezes e na água; também viável por longos períodos a temperatura de refrigeração, e o congelamento conserva o vírion por período inderteminado.

Hospedeiros
Os vírus da IA estão presentes em muitas áreas de criação avícola, infectando diversas espécies de aves, entre elas: galinhas domésticas, perus, patos, codornas, avestruzes e emas. Aves silvestres e, sobretudo, aves aquáticas migratórias são consideradas importantes reservatórios dos vírus da IA, sendo na maior parte dos casos responsáveis pelo início dos surtos da doença em todo o mundo.

Transmissão
A transmissão, de ave para ave, ocorre pelo contato com as secreções das aves infectadas (fezes e oronasais) ou fômites contaminados. Os ovos quebrados que estiverem contaminados podem infectar os pintos no incubatório. As aves aquáticas e marinhas contaminadas podem infectar outras aves suscetíveis mesmo sem apresentar sinais clínicos.

Os mecanismos de transmissão direta do vírus aviário ao homem são pouco conhecidos. O contato com aves e superfícies contaminadas com suas secreções parece ser a principal via de infecção. Porém poderá ocorrer também por via respiratória através da inalação de aerossóis.

Patogenia
A patogenia da IA ainda não está completamente elucidada, mas a doença humana com infecções fatais pelo H5 é provavelmente resultante do desequilíbrio das citocinas, com produção excessiva de citocinas pró-inflamatórias (principalmente IL-6, G-CSF, MIP-1 e MIP-2). O TGF-ß é um potente imunomodulador que está relacionado a apoptose das células infectadas pelo vírus Influenza.

Ao penetrar no hospedeiro, geralmente por via respiratória, o vírus é adsorvido pela superfície das células que contém os receptores de sialoglicoproteínas (a-2,3 ácido siálico, a-2,6 ácido siálico) e sofre endocitose. O capsídeo migra para o núcleo da célula infectada, onde haverá replicação do RNA viral.

Apresentação Clínica
O período de incubação é curto, em média de 2 a 4 dias, com alta concentração de vírus nas secreções respiraórias durante a fase inicial da doença.

Na maior parte dos casos a clínica da IA é semelhante aos outros subtipos de Influenza. Pode apresentar-se como: forma subclínica, resfriado comum, faringites, traqueobronquites, bronquiolites (em crianças).

As formas graves caracterizam-se por quadro de vias aéreas superiores e pneumonite hemorrágica com infiltração mononuclear.

Na epidemia de 2004 os primeiros relatos dos casos humanos evidenciavam febre, dispnéia e tosse, associados à diarréia em 70% dos casos. Todos foram hospitalizados nos primeiros seis dias após o aparecimento dos sintomas, com evolução para óbito em 80% após nove dias do início dos sintomas.

Diagnóstico
O diagnóstico é baseado na apresentação clínica e epidemiológica, sobretudo em casos de epidemias. Outras doenças respiratórias como por RSV, adenovírus, parainfluenza e hantavírus constituem importantes diagnósticos diferenciais. Indivíduos com sintomas respiratórios, febre e história de viagens recentes às regiões de transmissão devem ser investigados.

O isolamento viral ou detecção do antígeno viral por meio de microscopia eletrônica ou cultura celular são importantes não só para o diagnóstico como também para a caracterização genética do vírus, determinação de seu perfil de sensibilidade e produção de vacinas específicas.

O vírus Influenza é detectado mais facilmente através de aspirado nasofaríngeo obtido nos três primeiros dias do início dos sintomas (swab nosofaríngeo também pode ser utilizado).

Os métodos de detecção rápida incluem:

Detecção direta por meio de técnica de imunofluorecência
Detecção direta através de PCR
Exames sorológicos de fixação de complemento ou hemoglutinação apresentam limitações na sua aplicabilidade clínica, contudo podem ser valiosos nas investigações epidemiológicas.
Tratamento
O tratamento não específico compõe-se da utilização de AINES, paracetamol como antipirético, antitussígenos e ventilação assistida nos casos graves.

O tratamento específico incluem antivirais inibidores de HA (Rimantadina e Amantadina) e inibidores de NA (Zanamivir e Oseltamavir).

O vírus Influenza H5N1 da epidemia de 2004 apresenta resistência natural aos inibidores da HA, sendo por isso utilizado somente os inibidores da NA.

Os inibidores da NA são também indicados como profilaxia se instituídos nas primeiras 48 horas após o contato. Estudos recomendam a quimioprofilaxia para profissionais de saúde, em contato com os doentes, pessoas vivendo em instituições e profissionais de granjas e avícolas.

É importante ressaltar que os antivirais são úteis na redução da severidade dos casos e na disseminação da infecção, mas não há dados clínicos que determine sua real eficácia no tratamento.

Prevenção
No âmbito hospitalar as medidas de controle são semelhantes às indicadas para patógenos de transmissão respiratórias: máscara N95, luvas, gorro, avental, óculos e proteção de sapatos. A lavagem das mãos também constitui uma importante e eficaz medida de controle da doença.

Na infecção entre os animais deve ser realizada rápida eliminação de aves infectadas ou expostas, descarte apropriado das carcaças, quarentena, desinfecção das fazendas bem como restrição do mercado avicultor.

Vacinação
Não existe ainda vacinação eficaz para a IA em seres humanos, contudo recomenda-se a utilização da vacinação de Influenza disponível para indivíduos expostos ao vírus aviário durante epidemias. O objetivo é reduzir o risco de co-infecção do vírus humano e aviário e favorecer o aparecimento de novas cepas virais.

Vacinas preparadas com a amostra H5N1 para aves domésticas são de alto custo pelo número de animais que se deve imunizar e a dificuldade logística de se realizar a operação. As vacinas contra influenza são preparadas em ovos embrionados (inativadas), os quais devem ser livres de agentes patogênicos; a par disso, o processo de preparação da vacina apresenta relativo baixo rendimento, o que encarece o produto final e limita muito as quantidades disponíveis, bem abaixo das demandas necessárias a uma vacinação em larga escala, em caso de epidemias e epizootias.

As vacinas disponíveis para as aves são:

Vacinas inativadas
Vacina viva recombinante
Vacina de DNA.
Estudos estão sendo feitos para suprir a necessidade da vacinação humana, porém teme-se que na vigência de uma pandemia não haja tempo hábil para a produção da mesma.

Karina Koppe
Bárbara Pontini
Beatriz Ávila
Graziela Pelegrino
Juliana Almeida
Kenio Magalhães

BIBLIOGRAFIA
Saúde Aviária e Doenças/ Andreatti Filho, Raphael Lúcio/ 1ª Edição – 2007/ Editora Roca
Doenças das Aves/ Berchieri Júnior, Ângelo/ 2000/ Editora Facta
Tratado de Infectologia/ Veronesi, Ricardo; Focaccia, Roberto/ 3ª Edição – 2005/ Editora Atheneu
www.fiocruz.br

Fonte: MEDICINA – UNIGRANRIO

LABIRINTITE

A labirintite é o comprometimento da estrutura interna do ouvido, chamada de labirinto, responsável pelo equilíbrio.

São várias as causas das doenças labirínticas e algumas vezes, as vertigens podem ser o primeiro sinal.

A tontura é sentida porque o cérebro recebe informações erradas a respeito da posição no espaço.

Essa sensação de tontura pode dar a falsa idéia de que a pessoa está "rodando" (vertigem), caindo (desequilíbrio), sendo empurrada ou flutuando (falta de firmeza nos passos).

Principais fatores desencadeantes da labirintite:
Alterações bruscas da pressão atmosférica (mergulho, avião, subidas de serras e montanhas);
Doenças pré-existentes: diabetes, hipertensão e reumatismo, hábitos como excesso de cafeína, álcool e tabagismo;
Traumatismos na cabeça;
Traumas sonoros por excesso contínuo de ruído.


O zumbido é freqüentemente descrito como "um barulho nos ouvidos" e esse barulho varia sensivelmente de pessoa para pessoa. Em alguns parecem "apitos", para os outros, chiados.

Até o momento não se tem certeza absoluta de nenhuma causa específica para este distúrbio. No entanto, a má circulação, infecções e acúmulo de cera nos ouvidos, alguns tipos de alergias, a ansiedade, depressão e estresse podem desencadear e até piorar o zumbido no ouvido.

Fonte: www.herbarium.net

LABIRINTITE




É preciso ficar atento antes de dizer "eu tenho labirintite". Para fazer esta afirmação é necessário ter recebido um diagnóstico preciso de um médico confiável. Ao contrário do que muita gente pensa, não basta apresentar tonturas para se auto declarar uma pessoa com labirintite. Segundo a otorrinolaringologista Karina Lunz, " mais de 40 % dos adultos relatam ter apresentado tonteira em alguma época da vida, nem por isso podem dizer que tiveram labirintite".

A tonteira não pode servir como referência para a labirintite principalmente porque muitas outras enfermidades apresentam o mesmo sintoma, como hipertensão arterial e doenças neurológicas.

Um outro mito que gira em torno da labirintite é a questão de ter ou não cura. Muitas pessoas dizem que a doença é incurável, afirmação que também é inverídica. Se o paciente procurar um especialista e tomar medicamento com orientação, um bom tratamento vai ser indicado e ele poderá levar uma vida normal.

Não existem medicamentos específicos para a labirintite, então além dos remédios que devem ser tomados para alívio das tonteiras, "é preciso tomar alguns cuidados com alimentação e praticar exercícios fisioterápicos específicos para o labirinto" afirma a médica. O labirinto faz parte do sistema de equilíbrio das pessoas.

O principal sintoma da labirintite é a tonteira que pode vir repentinamente e durar alguns segundos, minutos, horas ou dias. Geralmente vem acompanhada de sintomas como as náuseas, vômitos, sudorese e palidez. Pode se apresentar em crises periódicas com intervalos variáveis ou se tornar crônica. Por haver relação íntima entre o labirinto e o sistema auditivo, o paciente com labirintite pode apresentar diminuição da audição em um dos ouvidos ou em ambos, dificuldade de entender o que as pessoas dizem, zumbidos ou sensação de pressão.

E se você tem ou conhece alguém que apresenta esses sintomas, procure um médico, porque os pacientes com labirintite precisam de muitos cuidados. "O paciente que tem labirintite necessita de grande atenção, pois existe uma insegurança muito grande, ansiedade e depressão que costuma associar-se a medo de cair ou medo de sair sozinha, gerando um grande impacto na qualidade de vida do paciente".

Alguns cuidados que melhoram a qualidade de vida do paciente com labirintite :
Evite ficar mais do que três horas, durante o dia, sem ingerir algum alimento.
Evite o uso de açúcar refinado, mascavo, cristal ou mel. Use adoçantes e dietéticos, se necessários.
Aumente a ingestão de água. Beba de quatro a seis copos de água por dia.
Evite chá-mate e café.
Evite sucos de frutas industrializados.
Evite o excesso de corantes e conservantes.
Legumes e verduras devem constituir a maior parte da alimentação.
Evite bebida alcoólica.
Evite o repouso excessivo. Caminhe pelo menos trinta minutos por dia .
Evite travesseiros altos.
Fonte: msn.minhavida.com.br

LABIRINTITE




Labirintite é um termo com significado popular que, geralmente, se refere aos distúrbios relacionados ao equilíbrio e à audição. Sendo assim, popularmente e em sentido amplo, Labirintite pode significar tontura, vertigem, zumbido, desequilíbrio e varias outras formas de mal estar.

Na verdade, o termo correto a ser usado seria Labirintopatia, que significa "doença do labirinto".
Milhões de pessoas sofrem de Zumbido e grande parte da população experimenta Zumbido alguma vez na vida.

O Zumbido é a percepção de um som mesmo não havendo nenhum ruído presente. Apesar da sua ocorrência ser comum, a maioria das pessoas não o conhece pelo nome e o efeito que causa é muito variável, para alguns é apenas um incômodo, para outros é um estado estressante.

Fonte: gballone.sites.uol.com.br

Clamídia


Causador

Clamidia trachomatis

O que é Clamídia?
Clamídia é uma infecção bacteriana transmitida através de contato físico durante uma relação sexual. Pode ser transmitida também através de sexo vaginal, anal ou oral.

Quais são os sintomas da Clamídia?
Os sintomas aparecem de 1 a 3 semanas após a infecção. Muitos homens e mulheres, no entanto, não os desenvolvem. Os sintomas são:

Homens
ardor e dor ao urinar.
secreção branca, "aguada" do pênis.
Mulheres
secreção vaginal.
ardor e dor ao urinar.
urinar com muita freqüência.
dor nas costas e cólicas abdominais.
sangramento após relação sexual
Quais são os exames para se diagnosticar Clamídia?
O exame é feito em laboratório com o material coletado da uretra (homens) ou da cérvice uterina (mulheres).

A Clamídia é curável?
O tratamento é feito com antibióticos e o paciente fica curado. É importante tratar o parceiro também, para que não ocorra nova transmissão.

O que ocorre se a Clamídia não for tratada?
Se não for tratada, a Clamídia pode se espalhar para a cavidade e órgãos pélvicos, causando doença inflamatória pélvica. Esta doença pode causar danos irreparáveis aos órgãos pélvicos e infertilidade tanto em homens quanto em mulheres.

Como se previne a transmissão da Clamídia?
Pessoas com apenas um parceiro sexual têm menos chances de adquirir Clamídia. É muito importante o uso de camisinha e espermicidas. A camisinha é uma barreira entre o organismo e a bactéria. Os espermicidas ajudam a eliminar qualquer micro-organismo que entre em contato com eles.

Fonte: med.fm.usp.br

Vacina Contra Tríplice Viral


Moraten e Edmonston Zagreb), da caxumba (cepas Jeryl Lynn, L-3 Zagreb e Urabe AM9) e da rubéola (cepa Wistar RA27/3). Existem três combinações vacinais de diferentes cepas de sarampo e caxumba com o vírus da rubéola. Esta vacina é indicada no Brasil para crianças a partir dos 12 meses de idade, idealmente aplicada aos 15 meses, devendo receber uma dose única de 0,5 ml pela via subcutânea na região do deltóide. Os profissionais da saúde podem receber uma dose única desta vacina com o objetivo de prevenir as três doenças. Todos os três componentes desta vacina são altamente imunogênicos e eficazes, dando imunidade duradoura por praticamente toda a vida. A proteção inicia-se cerca de duas semanas após a vacinação e a soroconversão é em torno de 95%.

As vacinas com vírus vivos atenuados não devem ser aplicadas em crianças com deficiência adquirida ou congênita, exceto os pacientes HIV positivos que poderão ser vacinados. As mulheres vacinadas deverão evitar a gravidez durante três meses, embora as gestantes quando vacinadas não deverão considerar a interrupção da gravidez. As crianças com neoplasias malígnas e sob efeito de corticosteróides, imunossupressores e/ou radioterapia só devem ser vacinadas após três meses da suspensão da terapêutica. Está contra-indicada a vacina para os indivíduos alérgicos ao ovo de galinha, à neomicina e à kanamicina.

Deve-se adiar a vacinação quando o paciente apresentar doença febril aguda grave, quando estiver sob uso de corticosteróides, imunossupressores e/ou radioterapia (adia-se a vacinação por três meses). A vacina só deve ser aplicada duas semanas antes ou cerca de três meses após o uso de derivados do sangue (plasma, imunoglobulinas, sangue total).

Entre as manifestações locais da vacina salienta-se ardência no local da injeção, eritema, hiperestesia, enduração, linfadenopatia regional. O tratamento deve ser feito com analgésicos e compressas frias ou quentes. Não há contra-indicação de se aplicar as doses subseqüentes da vacina.

Entre as manifestações sistêmicas gerais observam-se de 0,5 a 4% de aumento de temperatura corporal, irritabilidade, conjuntivite e sintomas catarrais (5 a 12 dias após). Cinco a 12% desenvolvem febre acima de 39,5º C. Neste caso pode ocorrer convulsões. O exantema está presente em cerca de 5% dos casos (7 a 10 dias após) e a linfadenopatia em menos de 1% e aparece entre 7 e 21 dias após a aplicação. O tratamento deve ser feito com analgésicos e compressas frias ou quentes. Não há contra-indicação de doses subseqüentes da vacina.

Entre as manifestações relativas ao sistema nervoso central salienta-se a meningite, a encefalite e a pan-encefalite esclerosante subaguda. A meningite em geral é causada pelo vírus da caxumba em geral da cepa Urabe AM9. A encefalite pode ser causada tanto pelo vírus da caxumba, quanto pelo do sarampo. A pan-encefalite esclerosante subaguda está relacionada com o vírus selvagem do sarampo, embora a vacina não esteja totalmente isenta deste efeito colateral. Outras manifestações nervosas tais como ataxia cerebelar, mielite transversa, meningite asséptica, síndrome de Reye, síndrome de Guillain-Barré, surdez e retinopatia raramente têm sido relatadas. A avaliação clínica por especialista (neurologista, pediatra ou infectologista) deve sempre ser indicada. Nestes casos há contra-indicação de doses subseqüentes da vacina.

Além disso, tem sido relatado púrpura trombocitopênica (causada pela cepa do vírus do sarampo), orquite, parotidite e pancreatite (vírus da caxumba - em geral cepa Urabe). As reações articulares tais como artrite e artralgias são causadas pela cepa viral da rubéola (Wistar RA27/3).

Apesar dos eventos adversos relatados, trata-se de uma vacina bastante segura e deve ser preconizada para todas as crianças a partir dos 12 meses de idade.

Fonte: vacinas.org.br

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