Um terço das mulheres do mundo dá à luz sem a ajuda de especialistas, aponta um relatório feito pela ONG britânica Save the Children e divulgado nesta sexta-feira.
O relatório estima que, se houvesse mais 350 mil parteiras no mundo, elas poderiam salvar a vida de 1 milhão de bebês anualmente.
Enquanto na Grã-Bretanha apenas 1% das crianças nasce sem que o parto seja assistido por especialistas, essa porcentagem sobe para 94 na Etiópia e para 76 em Bangladesh.
“Não deveria ser algo complicado: alguém que saiba como secar o bebê corretamente e a ajudá-lo a respirar pode fazer a diferença entre sua vida e morte”, diz Justin Forsyth, executivo-chefe da Save the Children.
A ONG cobra ações da ONU e de governos doadores a países subdesenvolvidos, pedindo que apoiem e financiem o treinamento de mais parteiras.
Segundo o relatório, a asfixia ao nascer é responsável por mais mortes de bebês do que a malária. “Com treinamento e equipamentos corretos, parteiras podem monitorar a frequência cardíaca do feto e identificar problemas durante o parto”, diz o texto.
No total, a Save the Children calcula em 48 milhões o número de mulheres que, anualmente, dão à luz sem auxílio adequado, aumentando os riscos de morte tanto da mãe quanto do recém-nascido.
O Brasil não é citado pelo relatório.
Afeganistão
O Afeganistão é apontado como o pior país do mundo para se ter um bebê, segundo a ONG britânica. Ali, a taxa de mortalidade infantil é de 52 a cada mil nascimentos vivos (no Brasil, essa taxa é de 19,88), e 20% das crianças morrem antes de completar cinco anos.
Muitas dessas mortes são ocasionadas por práticas tribais, como colocar recém-nascidos no chão – o que traz risco de infecções – para espantar maus espíritos.
Mas, ao mesmo tempo, o correspondente da BBC em Cabul Paul Wood relata algumas pequenas melhorias no país, como o treinamento de 2,4 mil parteiras desde 2002 e o aumento no número de partos assistidos nas zonas rurais.
Um exemplo tanto dos flagelos quanto dos avanços do país é Rogul, 35, uma afegã da província de Cabul que disse à BBC que já passou por oito partos prematuros e perdeu todos os bebês.
Sua nona gravidez foi até o fim, mas a criança morreu um dia depois de nascer. Desde então, ela fez um curso para se tornar uma parteira e, agora, além de ter conseguido ter filhos, ensina práticas de saúde e higiene para outras afegãs.
O relatório estima que, se houvesse mais 350 mil parteiras no mundo, elas poderiam salvar a vida de 1 milhão de bebês anualmente.
Enquanto na Grã-Bretanha apenas 1% das crianças nasce sem que o parto seja assistido por especialistas, essa porcentagem sobe para 94 na Etiópia e para 76 em Bangladesh.
“Não deveria ser algo complicado: alguém que saiba como secar o bebê corretamente e a ajudá-lo a respirar pode fazer a diferença entre sua vida e morte”, diz Justin Forsyth, executivo-chefe da Save the Children.
A ONG cobra ações da ONU e de governos doadores a países subdesenvolvidos, pedindo que apoiem e financiem o treinamento de mais parteiras.
Segundo o relatório, a asfixia ao nascer é responsável por mais mortes de bebês do que a malária. “Com treinamento e equipamentos corretos, parteiras podem monitorar a frequência cardíaca do feto e identificar problemas durante o parto”, diz o texto.
No total, a Save the Children calcula em 48 milhões o número de mulheres que, anualmente, dão à luz sem auxílio adequado, aumentando os riscos de morte tanto da mãe quanto do recém-nascido.
O Brasil não é citado pelo relatório.
Afeganistão
O Afeganistão é apontado como o pior país do mundo para se ter um bebê, segundo a ONG britânica. Ali, a taxa de mortalidade infantil é de 52 a cada mil nascimentos vivos (no Brasil, essa taxa é de 19,88), e 20% das crianças morrem antes de completar cinco anos.
Muitas dessas mortes são ocasionadas por práticas tribais, como colocar recém-nascidos no chão – o que traz risco de infecções – para espantar maus espíritos.
Mas, ao mesmo tempo, o correspondente da BBC em Cabul Paul Wood relata algumas pequenas melhorias no país, como o treinamento de 2,4 mil parteiras desde 2002 e o aumento no número de partos assistidos nas zonas rurais.
Um exemplo tanto dos flagelos quanto dos avanços do país é Rogul, 35, uma afegã da província de Cabul que disse à BBC que já passou por oito partos prematuros e perdeu todos os bebês.
Sua nona gravidez foi até o fim, mas a criança morreu um dia depois de nascer. Desde então, ela fez um curso para se tornar uma parteira e, agora, além de ter conseguido ter filhos, ensina práticas de saúde e higiene para outras afegãs.
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