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6 de ago. de 2010

Filo Platelmintos



CARACTERÍSTICAS GERAIS

Dugesia tigrina

Os vermes apresentam considerável progresso em relação aos poríferos e celenterados. Podemos constatar isso caracterizando os platelmintos: trata-se de animais de simetria bilateral, triblásticos, acelomados, com sistema nervoso centralizado, sistema digestivo incompleto e dispondo de sistema excretor e gônadas permanentes.

A maioria das espécies pertence a classe Trematoda. Possuem o corpo achatado dorso-ventralmente. A maioria das espécies é parasita, vivendo no trato digestivo de muitos animais, especialmente vertebrados. Os de vida livre encontram-se nos mais variados ambientes: em todos os mares, na água doce e mesmo na terra, onde preferem a umidade encontrada sob pedras, troncos podres e cascas de árvores. Os platelmintos marinhos de vida livre, que freqüentemente exibem cores vistosas, são carnívoros e saprófagos; vivem também em locais protegidos, geralmente embaixo de pedras e seixos, em fendas e entre algas. Os que parasitam organismos marinhos, como peixes, podem ter um impacto econômico negativo.

Os Turbelária são de vida livre, apresentam o corpo achatado dorso-ventralmente, ovalado ou alongado, comumente com projeções cefálicas; usualmente têm boca em posição ventral e não possuem ventosas. A epiderme é ciliada e rica em glândulas mucosas. Os Trematoda, todos parasitas, são também achatados dorso-ventralmente, o corpo é ovalado ou arredondado, revestido por uma cutícula (sem epiderme ou cílios) e com uma ou mais ventosas para fixação.

Filo dividido em 3 classes: Turbelários, trematódeos, e cestóides:
Turbelárias
Reúne platelmintos de vida livre, podendo ser aquáticas ou terrestres. Ex.: Planária.

Tremotoda
Espécies ectoparasitas e endoparasitas. Corpo revestido por uma cutícula resistente. Na região anterior exitem, eventualmente, ventosas para a melhor fixação do animal ao hospedeiro.

Cestoda
Reúne as tênias ou solitárias, chamadas desse forma, pois, ao se fixarem ao hospedeiro, liberam substâncias impedindo outras se fixarem.

SISTEMA NERVOSO DOS PLATELMINTOS

Sistema Nervoso dos Platelmintos
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Rede Nervosa Platelmintos. Comparações de diferentes Turbelários em cortes transversais.
COMM, Comissuras entre as cordas nervosas ventral e dorsal;
D.N.CORD, Corda nervosa dorsal;
EPID, Epiderme;
LAT.N.CORD, Corda nervosa lateral;
MUSC, Musculatura;
SUBM. PLEX, Nervo submuscular do plexo;
SUBEP. PLEX, Nervo subepidermal do plexo;
VLAT. CORD, Corda nervosa ventrolateral;
V. CORD, Corda ventral nervosa;
V. N. PLATE, Placa ventral nervosa.

Nos platelmintos, as células nervosas se agrupam, formando dois cordões nervosos, localizados ventralmente. Essa posição do sistema nervoso é uma característica comum a todos os invertebrados. Os cordões nervosos se comunicam por meio de fibras transversais, e o sistema nervoso assume o aspecto de uma escada. Na região anterior, estão dois grandes gânglios cerebróides, regiões de maior condensação de células nervosas. Outros gânglios são encontrados ao longo dos cordões nervosos. Esse tipo de sistema nervoso é chamado ganglionar.

A tendência evolutiva de se agrupar células nervosas na região anterior do corpo é conhecida como cefalização, e se inicia com os platelmintos.

As planárias possuem órgãos capazes de captar estímulos luminosos, mecânicos e químicos.

CÉLULAS NERVOSAS DOS PLATELMINTOS

Células Nervosas dos Platelmintos
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Células nervosas de platelmintos:
A) Grandes células bipolares
B) Invervação de fibras musculares dorsoventrais de um nervo
C) Conexões entre neurônios pelas estruturas laterais
D) Parte de uma célula nervosa da corda nervosa próxima ao cérebro
E) Redes finais de quatro fibras nervosas
F) Células sensoriais e seus processos na pele
A escala em "C" é aplicada de "C" a "F". Não há escala para "A"

As inclusões nervosas são similares as comuns: condriomas, vacúolos, golgi e centrossomos próximos ao núcleo celular, como nos moluscos e artópodos. As fibras nervosas possuem tamanho aproximado de 20 u de diâmetro. Secções transversais do nervo mostram que a estrutura é semelhante a dos anelídeos e artrópodos.

Os tipos de células nervosas mostraram um avanço se comparadas aos celenterados pela presença de muitas células unipolares ao invés de bipolares e multipolares. As células unipolares são, em sua maioria, muito semelhantes aquelas encontradas nos invertebrados mais evoluídos, tendo diferentes tipos de ramificações no sistema nervoso central, e algumas vezes no sistema nervoso periférico. Alguns autores defendem que as células nervosas unipolares somente são encontradas no cérebro. Na realidade há uma predominância delas naquela região. De qualquer modo isto é marca uma grande evolução histológica.

Hanström e Monti demonstraram, através de sucessivas impregnações de Golgi, que existem diferentes tipos de células na escala de complexidade dos sistemas nervosos. Podem ser neurônios unipolares com o corpo celular nas cordas ventrais, neurônios unipolares com ascendentes ou descendentes processos de comissuras e, o mais alto grau relatado, neurônios unipolares descendentes com espaços colaterais.

Foram ainda definidos sete tipos de corpo celular nas células nervosas: (a) a maior célula (12 a 16 U), sendo praticamente todas unipolares, com um núcleo redondo, central e com pouca cromatina e com um citoplasma e suas organelas pouco denso; (b) também constituído por células grandes, envolvidas em dois ou mais processos com o cérebro e apresentam uma quantidade um pouco maior de cromatina em seu núcleo simples; (c) são as menores e aparentemente todas unipolares. Seu núcleo possui grânulos de cromatina nenhum nucléolo definido; (d) são levemente maiores que as células do tipo C. Seu núcleo é mais denso e possui definição de nucléolo; (e) os núcleos são irregulares em tamanho e estão localizados entre as fibras e as cápsulas cerebrais. O citoplasma nunca foi descrito; (f) são as células que são encontradas no interior e no exterior das massas granulares. Possuem um fino citoplasma que circunda a densa região do núcleo com muita cromatina concentrada; (g) são as células da glia, ocorrendo nas fibras.

Fonte: www.pucrs.br

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