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6 de ago. de 2010

Efeitos da maconha à saúde

Dentre a relação da maconha e a saúde humana, há vários efeitos positivos e negativos que podem variar de acordo com a condição psicológica de cada usuário e o uso ou abuso da droga. No entanto, os pesquisadores, divergem de opinião sobre sua nocividade e utilização medicinal[1]

Existe uma quantidade substancial de desinformação tanto de proponentes da legalização como de seus oponentes devido as restrições legais da maconha, inclusive devido a restrições legais e política em pesquisas relacionadas.[carece de fontes?]

O tetrahidrocanabinol (THC) é o principal responsável pelos efeitos psíquicos da droga no organismo, sendo bastante lipossolúvel. Metabolizado no fígado, é biotransformada em um metabólito mais potente que o THC.[

Efeitos fisiológicos típicos
[editar] Positivos
Alguns efeitos podem incluir percepção alterada da realidade, euforia leve, sensação de bem-estar, relaxamento e redução de estresse, letargia, aumento na percepção do humor, música ou arte, jovialidade, metacognição e introspecção, aumento da lembrança de memória episódica, aumento da sensualidade, aumento da percepção sensorial tátil, aumento da libido.

Como uso medicinal, incluem-se a redução da pressão intraocular, aumento de apetite e efeito antiemético, tratamento da esclerose amiotrófica e trauma raquimedular, bem como qualquer enfermidade onde haja uma dor crônica.

[editar] Negativos
Falhas na memória recente, taquicardia, xerostomia, paranóia, agitação, falta de coordenação motora, dependência psicológica, bronquite e tosse. Existem divergências quanto ao câncer, que (acredita-se,) é causado pelo invólucro, chamado genericamente de seda.[carece de fontes?]

Um estudo publicado em 2010 no periódico Archives of General Psychiatry associa o consumo de maconha à psicose. Constatou-se que, entre jovens que fumam maconha há seis anos ou mais, o risco de alucinação ou delírios pode chegar a ser o dobro do verificado entre as pessoas que nunca consumiram a droga.[3]

[editar] Variantes
A maconha contém além do THC, vários outros canabinóides,[4][5] entre eles CBD - Cannabidiol e CBN - Cannabinol, com efeitos particulares a cada um; porém, há diferenças de concentrações de acordo com a variedade e manejo, de forma que não se pode generalizar os efeitos da maconha, que pode ser um "coquetel de drogas" totalmente diferente em cada amostra. De acordo com a variedade, pode-se sentir os efeitos predominantemente no corpo (relaxamento muscular, lassidão, sonolência, sem afetações maiores dos pensamentos - na gíria em inglês "stoned" - de pedra, algo como um efeito de estar pesado), típico das variedades Cannabis indica, ou a nível mental (melhora do humor, otimismo, estímulo da criatividade, melhora da sociabilidade, euforia - chamado na gíria em inglês de "high" - alto), típicos de variedades Cannabis sativa. Existem híbridos (cruzamentos) entre as duas variedades, que combinam propriedades das duas, em proporções variáveis, resultando em efeitos sentidos no corpo e mente.

[editar] Ação da Cannabis sativa e Cannabis indica no sistema nervoso central
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Um baseado aceso.O delta-9 THC, após chegar ao encéfalo é absorvido por receptores específicos, as anandamidas.São encontradas altas densidades de receptores de THC no 1-córtex cerebral,2-hipocampo,3-cerebelo e 4-gânglios basais, o que explica os respectivos efeitos físicos e mentais associados ao consumo da droga:1-alterações na capacidade de pensamento e raciocínio,2-deficiências em mecanismos da memória, 3- alterações de coordenação,aprendizagem motora. e 4- efeitos sobre a capacidade de realização de movimentos suaves.

Os receptores de THC localizam-se especificamente nos neurônios do sistema de opióides endógenos(Sistema relacionado a secreção de susbstâncias opióides pelo próprio organismo),a partir da ligação do THC com seus receptores localizados nesse sistema há uma excitação dos neurônios componentes do mesmo, que enviam sinais aos neurônios dopaminérgicos do sistema límbico* (responsável principalmente pela regulação dos processos emocionais), suscitando a liberação de mais dopamina (neurotransmissor relacionado a sensação de prazer) dando sensação de prazer e euforia.A ação no sistema límbico, que além da regulação dos processos emocionais está relacionado a memória de curto prazo, também explica portanto, a "falha" de retenção desse tipo de memória. É importante ressaltar,contudo, que apesar da memória de curto prazo não estar intimamente relacionada com a aprendizagem, a memória de longo prazo, relacionada com esse fato, pode se formar a partir da memória de curto prazo , que tem a possibilidade de ser armazenada temporariamente e depois transferida para áreas relacionadas com a memória de longo prazo.

O sistema límbico e o circuito de recompensa cerebral: Dentro do sistema límbico é possível identificar uma área relacionada com a sensação de prazer, inclusive o prazer sexual e o causado pelo uso de drogas, essa área é denominada circuito de recompensa cerebral O circuito começa na Área Tegmentar Ventral, segue para o Núcleo Accubens e termina no Córtex Pré-Frontal. Os neurônios que participam desse "caminho" são dopaminérgicos, todo tipo de utilização de drogas e a subsequente sensação de prazer gerada pelo uso estão,direta ou indiretamente, associadas ao circuito de recompensa cerebral, e consequentemente a quantidade de dopamina disponível na fenda sináptica (numa análise qualitativa final há sempre um aumento da quantidade de dopamina [aumento agudo], seja por inibição geral ou parcial das bombas de recaptação do neurotransmissor, ou seja pela estimulação de maior quantidade do mesmo.)
[editar] Gravidez
Alguns estudos encontraram uma maior correlação entre crianças que sofriam de déficits cognitivos permanentes, problemas de concentração, hiperatividade e interação social reduzida com mães usuárias habituais de maconha do que entre crianças não expostas de mesma idade e ambiente social.[6][7] Um estudo recente com a participação de cientistas europeus e americanos identificou que canabinóides endógenos, moléculas naturalmente produzidas no cérebro e funcionalmente similares ao THC da maconha participam de maneira significante no estabelecimento de conexões entre células nervosas. A formação de conexões entre células nervosas ocorre dentro de um período relativamente curto no cérebro do feto.[8][9][10]

Outros estudos na Jamaica sugerem que o uso de maconha durante a gravidez não parece causar defeitos de nascença ou atrasos no desenvolvimento de recém nascidos.[11][12] Em um estudo em 1994 de 24 recém-nascidos jamaicanos expostos a maconha antes do nascimento e 20 não expostos, comparações foram feitas aos três dias e com um mês de idade, usando a escala de avalização neonatal de Brazelton, incluindo itens suplementares para capturar possíveis efeitos sutis. Os resultados demonstraram que não havia diferenças significantes entre bebês de três dias expostos e não expostos. Com um mês de idade, os bebês expostos demonstraram melhor estabilidade fisiológica, dentre outros efeitos positivos.[13]

[editar] Tolerância
Segundo um estudo[carece de fontes?] realizado pelo pesquisador João Villares, do departamento de Psicobiologia da Unifesp, a Cannabis sativa pode causar tolerância, que é a necessidade de doses cada vez maiores para atingir o mesmo efeito. A tolerância é reversível, segundo o pesquisador, que conclui que "em alguns poucos meses sem a droga, o cérebro se recupera da tolerância".

[editar] Overdose
THC tem uma toxicidade extremamente baixa, e não apresenta risco de morte por overdose. Em teste com animais, cientistas tiveram muita dificuldade em administrar uma dosagem de THC que fosse alta o suficiente para ser letal. Aparentemente humanos não podem morrer devido apenas à ingestão de THC, a não ser através da administração de doses extremamente altas de forma intravenosa. Em 1998, o Departamento de Justiça Norte-americano concluiu que, em termos práticos, maconha não pode induzir uma resposta letal tóxica.[14]

De acordo com o Índice Merck[15] a LD50 (dosagem letal para 50% dos ratos testados) deΔ9-THC por inalação é de 42 mg/kg de peso vivo. Isto seria equivalente a um homem de 75 kg inalando o equivalente a 21 gramas de maconha de alta-potência (15% de THC) de uma única vez, assumindo nenhuma perda de THC através da fumaça ou má absorção pelos pulmões, ou aproximadamente 30-100 cigarros em uma única inalação.[16]

No entanto o consumo de maconha associado ao consumo exagerado de álcool aumenta as probabilidades de morte por coma alcóolico já que a maconha inibe o vômito e com isso o corpo não consegue excretar por esta forma o álcool ingerido em excesso.

[editar] Memória

Sob o efeito da droga, é afetada a memória de curto prazo, isto é, a memória de pequena duração da qual precisamos num determinado instante e da qual nos desfazemos em seguida. Este distúrbio acaba quando o efeito da droga passa. Entretanto, efeitos de longo prazo (fumando-se mais de 35 cigarros de maconha por semana ou mais de 15 por dia) podem ser a perda da memória instantânea.

Foram verificados efeitos neuroprotetores contra excitotoxidade dessa forma é benéfico na prevenção de doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer.[17]

Um relatório de 1998 do CNRS, dirigido pelo Dr. Pierre-Bernard Roques, determinou que "antigos resultados sugerindo mudanças anatomicas no cérebro de usuários crônicos, medidos por tomografia não foram confirmados por técnicas modernas de neuroimagem como a Ressonância Magnética Nuclear… em adendo, alterações morfológicas do hipocampo de ratos após a administração de doses altas de THC não foram demonstradas." Ele concluiu que a maconha não tem nenhuma neurotoxicidade como definida no relatório, diferente do álcool e cocaína.[18][19][20]

Contradizendo esse relatório, um artigo de 1998 do Journal of Neuroscience afirma ser o THC tóxico para os neurônios do hipocampo.[21]

[editar] Danos cerebrais
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) afirmaram que fumar maconha altera as funções cerebrais, mas não provoca danos permanentes.

A maconha produz um dano de longo prazo apenas marginal, afetando pouco as capacidades de aprendizado e memória. E nenhum efeito foi registrado em outras funções, entre as quais o tempo de reação, a atenção, a linguagem, a habilidade de argumentação e as capacidades motora e perceptiva.

Contudo, num estudo conduzido pelo especialista em efeitos da maconha na saúde de modo geral, John Henry do St Mary's Hospital de Londres, há uma relação clara entre o uso crônico de Cannabis e o desenvolvimento da esquizofrenia. Ainda segundo Henry, "pessoas que fumam maconha têm efeitos físicos semelhantes ao de consumo de cigarros comuns, e efeitos mentais muito piores."

[editar] Sistema reprodutor
Algumas pesquisas, ainda não definitivas, apontam que o uso continuado da erva pode reduzir a testosterona, o número de espermatozóides nos homens, o que poderia ser revertido ao se abandonar o uso da droga.[22] Entretanto, não é provado que uma menor quantidade de esperma tenha qualquer relação negativa com a fertilidade. Alegações de que a maconha poderia desregular o funcionamento hormonal nas mulheres, assim como alterar seu ciclo menstrual ou causar infertilidade, são improváveis e infundadas.

[editar] Dependência
Está comprovado cientificamente pela OMS que a maconha provoca dependência psicológica.[23] Alguns afirmam que a dependência é menor que o tabaco ou o álcool, no entanto tal comentário é muito genérico, pois outros fatores como frequência de consumo e percentual do princípio ativo nas substâncias consumidas varia muito.

[editar] Aparelho respiratório
Há uma certa polêmica com relação aos efeitos da maconha no aparelho respiratório. Como as pesquisas dos efeitos da maconha são mais recentes do que as produzidas sobre o tabaco, os resultados tendem a ser controversos e preliminares. Contudo, uma suposta pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde) a qual teria sido censurada por motivos políticos informa que a maconha não causa bloqueio das vias respiratórias, enfisema pulmonar ou qualquer outro dano às funções pulmonares.[24][25][26][27]

[editar] Risco de câncer no pulmão
Apesar de haver entre os usuários uma ideia disseminada de que fumar maconha é menos prejudicial aos pulmões do que fumar tabaco, isso pode não corresponder à realidade. Em matéria de material particulado, fumar de 3 a 4 cigarros de maconha por dia equivale a fumar mais que 20 cigarros de tabaco, porque o pulmão do fumante de maconha recebe uma carga líquida de material particulado cerca de quatro vezes maior do que o fumante de tabaco. Isso porque a maconha é fumada com um volume de tragada 2/3 maior, volume de inalação 1/3 maior e com um tempo de retenção da fumaça quatro vezes maior do que os valores considerados para o tabaco. Alguns desses problemas são causados porque o cigarro de maconha não é fumado com filtro, já que este é um processo de industrialização.

Referências
↑ Cientistas britânicos debatem uso medicinal da maconha. Página visitada em 02/03/2009.
↑ Maconha - Observatório Brasileiro de Informações sobre drogas. Página visitada em 02/03/2009.
↑ Uso prolongado de maconha pode dobrar risco de psicose - Folha de S.Paulo, 3 de março de 2010 (visitado em 3-3-2010)
↑ [1]
↑ [2]
↑ Huizink, A.C. and Mulder, E.J. (2006) Maternal smoking, drinking or cannabis use during pregnancy and neurobehavioral and cognitive functioning in human offspring. Neurosci. Biobehav. Rev. 30, 24–41
↑ Fried, P.A. et al. (2003) Differential effects on cognitive functioning in 13- to 16-year-olds prenatally exposed to cigarettes and marihuana.Neurotoxicol. Teratol. 25, 427–436
↑ Hardwiring the Brain: Endocannabinoids Shape Neuronal Connectivity Science, May 25, 2007
↑ Paul Berghuis,...:Endocannabinoids regulate interneuron migration and morphogenesis... 2007
↑ Harkany et al: The emerging functions of endocannabinoid signaling during CNS development
↑ J.S. Hayes, R. Lampart, M.C. Dreher, L. Morgan (1991). "Five-year follow-up of rural Jamaican children whose mothers used marijuana during pregnancy". West Indian Medical Journal 40 (3): 120-3.
↑ Dreher, M. C., Nugent, K., Hudgins, R. 1994. Prenatal marijuana exposure and neonatal outcomes in Jamaica: an ethnographic study. Pediatrics 93(2): 254-260. Retrieved on 5 Mar 2007
↑ Prenatal Marijuana Exposure and Neonatal Outcomes in Jamaica: An Ethnographic Study, February, 1994
↑ [3]
↑ 1996. The Merck Index, 12th ed., Merck & Co., Rahway, New Jersey
↑ Erowid. Cannabis Chemistry. Página visitada em 2006-03-20.
↑ [4] Neuroprotection by 9-Tetrahydrocannabinol, the Main Active Compound in Marijuana, against Ouabain-Induced In Vivo Excitotoxicity, M. van der Stelt, W. B. Veldhuis, P. R. Bär, G. A. Veldink1, J. F. G. Vliegenthart, and K. Nicolay, The Journal of Neuroscience, September 1, 2001
↑ INSERM-CNRS. Released June 1998. Excerpts from the Roques report. Hemp Info. Retrieved 5 Mar 2007
↑ Rapport Roques sur la dangerosité des drogues. (in French). Retrieved on 5 Mar 2007
↑ L'alcool aussi dangereux que l'héroïne. (in French) Retrieved on 5 Mar 2007
↑ [5]
↑ Impacto.
↑ UNODC Brasil e Cone Sul. Drogas: você sabe os riscos?. Página visitada em 21/01/2009.
↑ Doutor Busca.
↑ Folha Uol.
↑ BBC.
↑ AFH.

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