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16 de out. de 2010

Paixão segue mesmos caminhos das drogas analgésicas



Amor intenso funciona como anestesia para algumas dores
por Katherine Harmon
iStockphoto / Yuri Arcurs
Novas pesquisas mostram que sentimentos românticos intensos realmente podem aliviar a dor física através das mesmas vias neurais das drogas poderosas.Simplesmente olhar para um retrato de sua (seu) amada (o) fez com que os voluntários de um estudo recente fossem capazes de reduzir substancialmente a dor. O efeito ocorre graças a um impulso nos centros de recompensa do cérebro, de acordo com resultados publicados em 13 de outubro na PLoS ONE."As áreas do cérebro ativadas pelo amor são as mesmas que o uso de drogas utiliza para reduzir a dor", disse Arthur Aron, professor de psicologia da State University of New York em Stony Brook e coautor do novo estudo. Para assegurar níveis necessários de paixão, os pesquisadores recrutaram pessoas que estavam nos primeiros nove meses de um novo relacionamento. "Nós queríamos que os indivíduos ainda tivessem a sensação de euforia", relatou Sean Mackey, professor na faculdade de medicina da Stanford University e coautor do estudo.“Quando o amor é descrito, de certa forma soa como um vício" observou Mackey. "Nós pensamos que talvez isso não envolva sistemas similares do cérebro como aqueles envolvidos em vícios, fortemente relacionados com a dopamina. Mas o amor também faz o cérebro explodir a níveis mais elevados de neurotransmissores de dopamina”, completa. Os investigadores usaram ressonância magnética para estudar o cérebro dos 15 participantes, enquanto estavam olhando fotos de seus parceiros.Durante o estudo, os indivíduos eram levemente machucados e em seguida, informavam o nível da dor experimentada. "Quando as pessoas estão nesta fase, registram-se alterações significativas no seu humor e na experiência de dor", observou Mackey.O amor funciona como uma anestesia para algumas dores, ativando estruturas profundas que podem bloquear a dor desde a coluna vertebral. Assim, o "calor da paixão" poderia ajudar a derrubar a necessidade de alguns analgésicos. Mas, como os centros de recompensa do cérebro ficam muito ativados, as pessoas podem ficar dependentes e viciadas no amor

12 de out. de 2010


HISTOLOGIA

1. (UFV-MG) Preocupados com a boa forma física, os freqüentadores de uma academia de ginástica discutiam sobre alguns aspectos da musculatura corporal. Nessa discussão, as seguintes afirmativas foram feitas.
I – O tecido muscular estriado esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo humano.
II – O tecido muscular liso é responsável direto pelo desenvolvimento dos glúteos e coxas.
III – O tecido muscular estriado cardíaco, por ser de contração involuntária, não se altera com o uso de esteróides anabolizantes.
Analisando as afirmativas, pode-se afirmar que:
a) I, I e III estão corretas.
b) apenas II está correta.
c) apenas I e II estão corretas.
X d) apenas I está correta.
e) apenas II e III estão corretas.


2. (UFMS) O tecido glandular, cujas células são altamente especializadas na secreção de determinadas substâncias, é uma variedade do tecido epitelial.
Com relação ao tecido glandular e seus produtos de secreção é correto afirmar:
X 01. Os testículos, produtores de testosterona, e os ovários, que produzem progesterona, são classificados como glândulas endócrinas, pois lançam essas substâncias diretamente na corrente sangüínea.
X 02. A saliva é um tipo de secreção glandular.
X 04. As glândulas sudoríparas são classificadas como exócrinas, pois lançam seu produto para o exterior do organismo.
08. As secreções de todas as glândulas são denominadas hormônios.
Dê como resposta a soma dos números associados às proposições corretas.
7


3. (UFF-RJ) O tecido epitelial do intestino apresenta microvilosidades, que correspondem a um recurso utilizado para:
a) facilitar seu movimento.
X b) aumentar sua superfície de absorção.
c) obter mais energia.
d) manter sua morfologia.
e) evitar a perda excessiva de água.


4. (UFMG) Qual dos seguintes tecidos é capaz de realizar as funções de proteção, absorção e secreção?
a) Conjuntivo propriamente dito.
X b) Epitelial.
c) Nervoso.
d) Ósseo.
e) Nenhum desses tecidos.]


5. (PUC-SP) Indique a afirmativa incorreta.
a) O tecido epitelial de revestimento caracteriza-se por apresentar células justapostas com muito pouco material intercelular.
b) As principais funções do tecido epitelial são: revestimento, absorção e secreção.
c) Na pele e nas mucosas encontramos epitélios de revestimento.
d) A camada de revestimento interno dos vasos sangüíneos é chamada endotélio.
X e) Os epitélios são ricamente vascularizados no meio da substância intercelular.


6. (Puccamp-SP) Tecido conjuntivo denso, com predominância de fibras colágenas orientadas paralelamente, portanto bastante resistente mas pouco elástico, é o que forma:
a) os músculos.
X b) os tendões.
c) as mucosas.
d) as cartilagens.
e) a derme.


7. (Fuvest-SP) Além da sustentação do corpo, são funções dos ossos:
X a) armazenar cálcio e fósforo; produzir hemácias e leucócitos.
b) armazenar cálcio e fósforo; produzir glicogênio.
c) armazenar glicogênio; produzir hemácias e leucócitos.
d) armazenar vitaminas; produzir hemácias e leucócitos.
e) armazenar vitaminas; produzir proteínas do plasma.


8. (UFSC) Os tecidos conjuntivos são responsáveis, basicamente, pelo preenchimento dos espaços entre estruturas do nosso organismo.
Indique a(s) proposição(ões) que é(são) verdadeira(s), em referência a esses tecidos.
01. A pele e as glândulas são exemplos de estruturas formadas, exclusivamente, por esses tecidos.
X 02. São ricos em substância intersticial.
04. O tecido adiposo localiza-se abaixo do tecido muscular.
08. O tecido ósseo apresenta substância intersticial muito fluida.
16. O colágeno é uma proteína produzida por células do tecido conjuntivo propriamente dito.
X 32. O tecido cartilaginoso forma o pavilhão da orelha e os anéis da traquéia.
Dê como resposta a soma dos números associados às proposições corretas.
50


9. (Cesgranrio-RJ) O excesso de substâncias energéticas ingeridas pelos animais é transformado e armazenado no tecido:
X a) adiposo.
b) ósseo.
c) epitelial.
d) glandular.
e) cartilaginoso.


10. (UCDB-MT) Considere as proposições:
I. O tecido muscular estriado esquelético é de contrações rápidas e involuntárias.
II. O tecido muscular estriado cardíaco é de contrações rápidas e voluntárias.
III. O tecido muscular liso é de contrações lentas e involuntárias.
É correto afirmar que:
a) apenas I e II são verdadeiras.
b) todas são falsas.
c) apenas I e III são verdadeiras.
d) todas são verdadeiras.
X e) somente III é verdadeira.


11. (PUC-RS) Observando-se uma dada célula, pode-se verificar que seu citoplasma apresenta grande número de filamentos protéicos, destacando-se os de actina. Entre estes filamentos, encontram-se numerosos mitocôndrios.
Essas características devem pertencer a uma célula especializada na:
a) nutrição.
b) reprodução.
c) secreção.
d) excreção.
X e) contração.


12. (PUC-MG) São dadas, abaixo, algumas características de três tipos de tecidos musculares animais:
I. Possui apenas um núcleo, com contração relativamente lenta.
II. Apresenta células cilíndricas extremamente longas, multinucleadas, de contração rápida e voluntária.
III. Tem células normalmente mononucleadas, de contrações rápidas e involuntárias, com presença de discos intercalares.
As características se referem, respectivamente, aos seguintes tecidos musculares:
X a) liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.
b) estriado esquelético, liso e estriado cardíaco.
c) estriado cardíaco, liso e estriado esquelético.
d) liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.
e) estriado cardíaco, estriado esquelético e liso.


13. (MACK-SP) Indique a alternativa incorreta a respeito do tecido nervoso:
a) As extremidades dos axônios apresentam vesículas contendo substâncias chamadas neurotransmissores.
b) Os dendritos recebem os impulsos vindos dos axônios.
c) As células de Schwann formam a bainha de mielina nos axônios.
X d) Os neurônios amielínicos conduzem estímulos mais rapidamente que os neurônios mielínicos.
e) O impulso nervoso se baseia no mecanismo de transporte ativo da bomba de sódio e potássio.


14. (Unifor-CE) Considere os componentes de um neurônio:
I. axônio
II. dendrito
III. corpo celular
Um impulso nervoso chega a um músculo percorrendo a seqüência:
a) I ® II ® III
b) I ® III ® II
c) II ® I ® III
X d) II ® III ® I
e) III ® II ® I


15. (UFV-MG) Indique a alternativa que contém tecidos com maior capacidade de regeneração.
X a) conjuntivo e epitelial
b) nervoso e ósseo
c) epitelial e cartilaginoso
d) muscular e nervoso
e) muscular e ósseo


16. (UFV-MG) A tabela abaixo relaciona quatro tipos de tecidos animais (I, II, III e IV) e algumas de suas características.
Tecidos
Características
I
Células separadas por grande quantidade de material intercelular.
II
Células que possuem extensos prolongamentos e liberam substâncias neurotransmissoras.
III
Células fusiformes que apresentam em seu citoplasma inúmeros microfilamentos constituídos por actina e miosina.
IV
Células justapostas e unidas por pouca quantidade de material intercelular.
Das alternativas abaixo, aquela cuja seqüência de tecidos corresponde, respectivamente, aos números I, II, III e IV é:
a) conjuntivo, nervoso, epitelial, muscular.
b) epitelial, muscular, nervoso, conjuntivo.
X c) conjuntivo, nervoso, muscular, epitelial.
d) muscular, epitelial, nervoso, conjuntivo.
e) epitelial, nervoso, muscular, conjuntivo.

Exercícios de botânica


BOTÂNICA

1. (MACK-SP) No quadro abaixo estão enumeradas algumas características que podem ou não estar presentes nos vários grupos de vegetais.

Característica
Briófitas
Pteridófitas
I Meiose gamética
Sim
Sim
II Fase gametofítica predominante
Sim
Não
III Presença de tecidos condutores
Não
Sim
IV Necessidade de água para reprodução
Sim
Não
Estão corretas apenas:
a) I e II.
X b) II e III.
c) I e III.
d) III e IV.
e) II e IV.


2. (UFPE) O Reino Vegetal foi dividido informalmente em dois grandes grupos: Criptógamos e Fanerógamos, considerando-se principalmente os aspectos reprodutivos. Abaixo, há uma série de exemplos de vegetais, identificados por algarismos e algumas de suas principais características:
1) Plantas vasculares, com sementes, porém sem frutos.
2) Plantas com sistema condutor de seiva, com flores, sementes e frutos.
3) Plantas com sistema condutor, com raízes e sem sementes.
4) Plantas avasculares, com rizóides e sem sementes.
As características descritas pelos algarismos de 1 a 4 representam, respectivamente:
X a) gimnospermas, angiospermas, pteridófitas e briófitas.
b) pteridófitas, angiospermas, gimnospermas e briófitas.
c) pteridófitas, angiospermas, briófitas e gimnospermas.
d) angiospermas, gimnospermas, pteridófitas e briófitas.
e) angiospermas, gimnospermas, briófitas e pteridófitas.


3. (UFPB) Entre as adaptações dos vegetais à vida terrestre, uma das mais importantes está relacionada com o desenvolvimento da reprodução sexuada independente do meio aquático. Sob este aspecto, os vegetais terrestres que conseguiram superar a dependência da água para a fecundação dos gametas foram apenas as:
a) pteridófitas.
b) gimnospermas.
c) briófitas.
d) angiospermas.
X e) gimnospermas e angiospermas.

4. (UCDB-MT) São plantas vasculares:
a) pteridófitas, musgos e hepáticas.
b) hepáticas e angiospermas.
c) antóceros, hepáticas e musgos.
X d) pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
e) apenas as angiospermas.


5. (Cefet-MG) Raízes, caules, flores, folhas, sementes e frutos estão presentes apenas nas:
a) gimnospermas.
b) coníferas.
c) briófitas.
d) pteridófitas.
X e) angiospermas.


6. (PUC-RS) São vegetais que apresentam estruturas chamadas rizóides, as quais, servindo à fixação, também se relacionam à condução da água e dos sais minerais para o corpo da planta. Apresentam sempre pequeno porte, em decorrência da falta de um sistema vascular. Nenhum dos seus representantes é encontrado no meio marinho.
O texto acima se aplica a um estudo:
a) das pteridófitas.
b) dos mixofitos.
X c) das briófitas.
d) das clorofitas.
e) das gimnospermas.


7. (Fatec-SP) Considere as seguintes características dos vegetais:
I. sistema vascular;
II. grãos de pólen e tubo polínico;
III. sementes nuas.
Dessas, são comuns às gimnospermas e angiospermas:
a) somente I.
b) somente II.
c) somente III.
X d) I e II apenas.
e) I, II e III.


8. (UCDB-MT) Considerando a grande variabilidade das
Coluna A
Coluna B
I – corolas vistosas
a – vento
II – estigmas plumosos
b – pássaros
III – flores que abrem à noite
c – mosca-varejeira
IV – cheiro de carniça
d – morcego
A associação correta é:
a) I-b; II-c; III-a; IV-d
b) I-c;II-b; III-d; IV-a
X c) I-b; II-a; III-d; IV-c
d) I-a;II-d; III-b; IV-c
e) I-d; II-a; III-c; IV-b


9. (Fuvest-SP) Um horticultor deseja obter indivíduos geneticamente idênticos (clones) a uma samambaia comercialmente valiosa. Para alcançar esse objetivo ele deve:
a) cultivar os esporos produzidos por essa samambaia.
b) induzir artificialmente a autofecundação dessa samambaia.
c) implantar núcleos de esporos dessa samambaia em oosferas anucleadas de outras plantas.
d) introduzir DNA extraído de folhas dessa samambaia em zigotos de outras plantas.
X e) obter fragmentos de rizoma (caule) dessa samambaia e cultivá-los.


10. (PUC-RS) Nas regiões dos manguezais é comum se encontrar raízes que crescem verticalmente do solo e vão atingir o nível da maré alta. Elas desenvolvem estruturas para permitir a vida nestes locais e se relacionam com:
a) melhor flutuação.
X b) trocas gasosas.
c) o acúmulo de reservas nutritivas.
d) a fixação das folhas.
e) o aproveitamento do sal marinho.


11. (UFRS) Existem plantas que, por suas características morfológicas, são mais adaptadas à função de conter a erosão do solo, como em encostas de morros, taludes e beiras de estradas. Entre as plantas indicadas para este fim, costuma-se utilizar espécies do grupo das Gramíneas.Indique a alternativa que apresenta uma característica que corresponde ao grupo acima citado.
a) folhas sem bainha
b) sementes com dois cotilédones
c) flores pentâmeras
X d) raízes fasciculadas
e) folhas peninérveas


12. (UCDB-MT) Apresentam função de fixação:
a) espinhos
b) acúleos
X c) gavinhas
d) estípulas
e) coifa


13. (Unifesp-SP) Que partes de uma planta são ingeridas em uma refeição constituída de batatinha, cenoura, milho verde, grãos de feijão e alcachofra?


batatinha
cenoura
milho verde
grãos de feijão
alcachofra
a)
raiz
caule
fruto
fruto
inflorescência
b)
Raiz
raiz
semente
semente
flor
c)
Caule
raiz
semente
fruto
flor
X d)
Caule
raiz
fruto
semente
inflorescência
e)
Caule
caule
semente
fruto
inflorescência


14. (UFES) Com relação ao transporte de seivas nas plantas vasculares, pode-se afirmar que:
I – o floema é constituído por elementos de vasos e traqueídeos;
II – a seiva elaborada é constituída, principalmente, de água e sais minerais;
III – a seiva bruta é transportada das raízes às folhas através dos vasos lenhosos;
IV – os vasos liberianos, em geral, ocupam a posição mais externa do caule, transportando produtos da fotossíntese.
Está(ão) correta(s):
a) I e II.
X b) III e IV.
c) apenas III.
d) apenas IV.
e) I, II, III e IV.


15. (UNI-RIO) Plantas jovens e muito semelhantes foram de início cultivadas num meio nutritivo sem a presença de nitrogênio. A partir de determinado momento, foram regadas com uma solução de nitrato, em que o elemento nitrogênio era radioativo. A intervalos regulares, retiraram-se algumas plantas e investigou-se nelas a presença de matéria radioativa em cortes realizados ao nível das raízes e ao nível da folha.
O quadro resume os resultados obtidos.


Tempo (em horas)
0
12
18
120
126
Raiz
Seiva bruta
Seiva elaborada


+

+

+

+
+
Folha
Seiva bruta
Seiva elaborada




+

+
+
+
+
Resultado: presença (+) ou ausência (–) de radiação.
Após a análise dos resultados, foram feitas as afirmativas abaixo.
I – O nitrogênio, fazendo parte da seiva bruta, passou, através do xilema, da raiz às folhas.
II – O elemento nitrogênio encontra-se sob a forma orgânica no xilema.
III – Após a realização da fotossíntese, fazendo parte da seiva elaborada, o nitrogênio passou, através do floema, das folhas à raiz.
IV – No floema, o nitrogênio encontra-se sob a forma mineral.
As afirmativas corretas são:
a) I e II, apenas.
X b) I e III, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) II e IV, apenas.


16. (UFSC) Parênquimas são tecidos vegetais que preenchem os espaços entre a epiderme e os tecidos condutores.
Faça a associação correta entre os parênquimas vegetais e a principal função que desempenham.

Parênquimas
Função
A – medular
I – reserva de água
B – clorofiliano
II – preenchimento
C – amilífero
III – reserva de ar
D – aqüífero
IV – assimilação
E – aerênquima
V – reserva de amido
X 01. A – II
X 02. B – IV
X 04. C – V
08. D – III
16. E – I
Dê como resposta a soma dos números referentes às associações corretas. 7


17. (UFAL) Considere as duas listas abaixo:
I. nectários
II. vasos lenhosos
III. fibras esclerenquimáticas
IV. epiderme com cutícula
a. sustentação
b. condução
c. secreção
d. proteção
Indique a alternativa que associa corretamente as estruturas mencionadas à respectiva função.
a) I-b; II-a; III-c; IV-d.
b) I-b; II-c; III-d; IV-a.
c) I-c; II-a; III-b; IV-d.
X d) I-c; II-b; III-a; IV-d.
e) I-d; II-b; III-c; IV-a.


18. (UFRJ) Em pesquisas desenvolvidas com eucaliptos, constatou-se que a partir das gemas de um único ramo podem-se gerar cerca de 200000 novas plantas, em aproximadamente 200 dias, enquanto os métodos tradicionais permitem a obtenção de apenas cerca de cem mudas a partir de um mesmo ramo. A cultura de tecido é feita a partir:
X a) de células meristemáticas.
b) de células da epiderme.
c) de células do súber.
d) de células do esclerênquima.
e) de células do lenho.


19. (UFMS) Com relação às células e tecidos das plantas vasculares, é correto afirmar que:
X 01) na epiderme das plantas vasculares podem-se encontrar estômatos e tricomas.
02) o xilema está relacionado com armazenamento e transporte de alimentos.
04) o floema está relacionado com a condução de água, sendo responsável pelo movimento ascendente.
X 08) os nectários florais e extraflorais são exemplos de estruturas secretoras.
X 16) as células do esclerênquima apresentam paredes secundárias espessas e geralmente lignificadas.
X 32) o conjunto xilema-floema forma um sistema vascular contínuo que percorre a planta inteira.
Dê como resposta a soma dos números associados às proposições corretas.
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20. (PUC-RS) A professora apresentou aos alunos a seguinte tarefa: trazer um exemplar de uma espécie qualquer de angiosperma que apresentasse como características:
1. corpo rico em aerênquima;
2. epiderme muito pouco diferenciada;
3. caule com poucos feixes liberolenhosos;
4. sistema radicial do tipo fasciculado com raízes muito finas e compridas.
Com grande probabilidade, cumpriu essa tarefa o aluno que procurou essa planta em um ambiente:
a) rochoso.
b) desértico.
X c) aquático.
d) subterrâneo.



Durante séculos as explicações para o origem da vida situavam-se nos terrenos da lenda e do fantástico. A primeira teoria foi esboçada em 1828, quando Wöhler sintetizou uma substância orgânica, a uréia. A questão, porém, só foi definitivamente resolvida em 1967, quando Kornberg e Goulian conseguiram sintetizar o portadparticipação direta de um ser vivoor do código genético: o DNA.
Até a década de 50, as preocupações quanto à origem da vida eram consideradas assunto especulativo, incapaz de levar a conclusões mais decisivas. Era comum que posições religiosas e dogmáticas impedissem uma abordagem científica do tema. Hoje, não só muitas perguntas relativas à origem dos seres vivos foram respondidas como incontáveis experimentos de laboratório reproduziram condições supostamente vigentes na época. Obteve-se assim um conjunto de informações que permitiu formular teorias coerentes e plausíveis.
Os "tijolos" básicosA Terra formou-se há cerca de quatro a cinco bilhões de anos. Há fósseis de criaturas microscópicas de um tipo de bactéria que prova que a vida surgiu há cerca de três bilhões de anos. Em algum momento, entre estas duas datas - a evidência molecular indica que foi há cerca de quatro bilhões de anos - deve ter ocorrido o incrível acontecimento da origem da vida.
Entretanto, antes de surgir qualquer forma de vida sobre a Terra não havia o oxigênio atmosférico (que é produzido pelas plantas), mas sim vapor d'água. É provável que no princípio a atmosfera da Terra contivesse apenas vapor d'água (H2O), metano (CH4), gás carbônico (CO2), hidrogênio (H2) e outros gases, hoje abundantes em outros planetas do sistema solar.
Nesse ambiente, surgiram espontaneamente os "tijolos" químicos que formam as grandes moléculas da vida. Esses "tijolos" são: os aminoácidos, que formam as proteínas; os ácidos graxos, que compõem as gorduras; e os açúcares, que constituem os carboidratos. Carboidratos e gorduras são compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Das proteínas faz parte também o nitrogênio.
Quando a vida se formou, há 3,5 bilhões de anos, o ácido desoxirribonucleico, o DNA (acima, um modelo molecular), funcionou como elemento seletivo na manutenção da individualidade dos seres vivos.
Algumas provas da existência, na atmosfera primitiva, de água, hidrogênio, metano e amoníaco são fornecidas pela análise espectroscópica das estrelas; outras, pela observação de meteoritos provenientes do espaço interestelar. A análise das estrelas revela também a existência, em vários pontos do Universo, de pequenas moléculas orgânicas que estariam numa etapa primitiva de formação da vida.
Os químicos reconstruíram em laboratórios, a nível experimental, estas condições primitivas, misturando os gases adequados e água num recipiente de vidro e adicionando energia, através de uma descarga elétrica. Desta forma, sintetizaram substâncias orgânicas de forma espontânea. É claro que o fato de as moléculas orgânicas aparecerem nesse caldo primitivo não seria suficiente. O passo mais importante foi o aparecimento de moléculas que se autoduplicavam, produzindo cópias de si mesmas.
Outro passo importante foi o aparecimento de estruturas anteriores às membranas, que proporcionaram espaços circunscritos onde aconteciam as reações químicas. Pode ter sido pouco depois deste estágio que criaturas simples, como as bactérias, deram lugar aos primeiros fósseis, há mais de três bilhões de anos.

Numa experiência pioneira, no início dos anos 50, o cientista americano Stanley Miller recriou a provável atmosfera primitiva. Misturou num recipiente hermeticamente fechado hidrogênio (H2), vapor d'água (H2O), amônia (NH3) e metano (CH4).
Fez passar através dessa mistura fortes descargas elétricas para simular os raios das tempestades ocorridas continuamente na época e obteve então aminoácidos - "tijolos" básicos das proteínas. Outras experiências testaram os efeitos do calor, dos raios ultravioleta e das radiações ionizantes sobre misturas semelhantes à de Miller - todas simulando a atmosfera primitiva.
O canibalismo inicialNo início, grande número de lagoas e oceanos foi se convertendo numa "sopa" de "tijolos da vida". Como não existiam ainda os seres vivos para comê-los, nem oxigênio livre para decompô-los, sua concentração só aumentava. A energia necessária à combinação entre essas pequenas moléculas (que leva à síntese de grandes moléculas como proteínas, gorduras e carboidratos) era proveniente sobretudo do calor do Sol, mas também da eletricidade.
O problema da síntese das grandes moléculas subdivide-se em dois, interdependentes: o primeiro trata apenas do aparecimento das moléclas que se conhecem atualmente; o segundo refere-se ao modo pelo qual se deu a passagem do estado de uma simples "sopa" de moléculas orgânicas para o aparecimetno de formas celulares organizadas.

O problema de como se formaram os tijolos da vida não se resolve pelo simples aparecimento de hidrogênio e de compostos de carbono e nitrogênio. Era preciso que eles se tivessem combinado de uma certa maneira.
Para o primeiro problema, a resposta é aparentemente paradoxal. Imaginemos uma pequena proteína formada por cinqüenta aminoácidos, de vinte variedades. Desmontando-se essa proteína e reagrupando-se seus aminoácidos, de todas as formas possíveis, isso resulta num número altíssimo: a unidade seguida de 48 zeros. Portanto, se nos mares primitivos eram possíveis todas as combinações (e eram, sem dúvida), por que razão vingaram as que produziram a vida? O paradoxo está em que vingaram exatamente porque produziram vida.
Apareceram macromoléculas de diversos tipos, mas as que conseguiram organizar-se em pequenas unidades autoreprodutoras (como o DNA) usaram as outras como alimento. Isso permite saber que tipo de seres povoou primeiramente o Universo. Foram os heterótrofos, seres vivos, como animais e fungos, que comem outros seres vivos. Só depois surgiram os seres autótrofos, aqueles que, como as plantas, sintetizam seu próprio alimento.

Os primeiros seres vivos, unicelulares e muito simples, começaram a obter sua energia da ruptura das moléculas da "sopa" à sua volta; esgotada esta, passaram a tirar energia de outros seres vivos. Mas nesse ponto já deviam encontrar-se num estágio de complexidade que permitia o aproveitmanto das reações fotoquímicas: se não tivessem existido, nesta fase, seres capazes de explorar a luz solar, o período inicial de canibalismo teria acabado com a vida incipiente.
Assim, a resposta para o primeiro problema - por que vingaram apenas certos tipos de macromoléculas - depende da resolução do segundo: como apareceram indivíduos que eliminaram aqueles incapazes de formar seus próprios sistemas de auto-reprodução.

Gotículas de coacervado obtidas artificialmente e fotografadas ao microscópio sugerem como devem ter se organizado as substâncias orgâmicas nos mares primitivos para o aparecimento das primeiras formas de vida.

A individualizaçãoPrimeiro, é preciso entender como surgiram as primeiras macromoléculas não dissolvidas no ambiente, mas agrupadas numa unidade constante e auto-reprodutora. O cientista soviético Alexander Oparin foi o primeiro a dar uma resposta aceitável: com raríssimas exceções as moléculas da vida são insolúveis na água e, nela colocadas, ou se depositam ou formam uma suspensão coloidal, o que é um fenômeno de natureza elétrica. Há dois tipos de colóides: os que não têm afinidade elétrica com a água e os que têm afinidade. Devido a essa afinidade, os colóides hidrófilos permitem que se forme á volta de suas moléculas uma película de água difícil de romper.
Existe ainda um tipo especial de colóide orgânicos. São os coacervados: possuem grande número de moléculas, rigidamente licalizadas e isoladas do meio ambiente por uma película superficial de água. Desse modo, os coacervados adquirem sua "individualidade".
Tudo era favorável para que na "sopa" oceânica primitiva existissem muitos coacervados. Sobre eles atuou a seleção natural: somente as gotas capazes de englobar outras, ou de devorá-las, puderam sobreviver. Imagine um desses coacervados absorvendo substâncias do meio exterior ou aglutinando outras gotas. Ele aumenta e ao mesmo tempo que engloba substâncias elimina outras. Esse modelo de coacervado, que cresce por aposição, não bastaria, porém, para que a vida surgisse.
Era preciso que entre os coacervados aparecesse algum capaz de se auto-reproduzir, preservando todos os seus componentes. A esta etapa do processo evolutivo, a competição deve ter sido decisiva. As gotas que conseguiram auto-reproduzir-se ganharam a partida. Elas tinham uma memória que lhes permitia manter sua individualidade. Era o ácido desoxirribonucleico (DNA). As que não eram governadas pelo DNA reproduziram-se caoticamente.

Enfim, pode-se caracterizar os primeiros seres vivos como:
· simples
· unicelulares
· abiogenéticos
· heterótrofos
· fermentadores
· anaeróbicos.
"Dicionário"
Abiogênese: teoria de origem da vida baseada na geração espontânea, sendo que um ser não vivo trsnformaria-se em um ser vivo através de um princípio ativo. Foi defendida por grandes cientistas como Aristóteles, Van Helmont, Newton, Harwey, Descartes e John Needham.Autótrofo: ser capaz de sintetizar seu próprio alimento, através da fotossíntese.Biogênese: teoria de baseada na origem de um ser vivo apenas oriundo de outro ser vivo. Defendida por Francisco Redi, Lázaro Spallanzani e Louis Pasteur.Coacervado: é um aglomerado de moléculas proteicas circundadas por uma camada de água; foram, possivelmente, as formas mais próximas dos primeiros seres vivos.Cosmozoários: são os primeiros seres do planeta, vindos de outros planetas do Sistema Solar.Criacionismo: teoria religiosa sobre a origem da vida, baseada na criação divina dos seres, Adão e Eva.Fermentador: ser que realiza fermentação para obtenção de energia.Heterótrofo: ser incapaz de sintetizar seu próprio alimento.Panspermia cósmica: teoria de Arrhenius sobre a origem da vida, baseada no surgimento da vida em outro planeta, sendo que os cosmozoários teriam alcançado a Terra através de meteoritos.Unicelular: ser constituído de uma única célula
Quem foi ...
Francisco Redi?Cientista que demonstrou que os vermes da carne em putrefação eram originados de ovos deixados por moscas e não da transformação da carne.
Lázaro Spallanzani?Cientista que demonstrou que o aquecimento de frascos até a fervura (esterilização), se mantidos hermeticamente fechados, evitava o aparecimento de micróbios.
Louis Pasteur?Cientista que demonstrou que germes microscópicos estão no ar e com experências com frascos tipo "pescoço de cisne demonstrou que uma solução nutritiva, previamente esterilizada, nmantém-se estéril indefinidamente, memso na presença do ar (pausterização).
Alexander Oparin?Cientista que desenvolveu a teoria de que a vida teria surgido de forma lenta e ocasional nos oceanos primitivos. Os gases existentes na atmosfera primitiva eram provenientes da ação vulcânica e entre eles não havia oxigênio.
Stanley Miller?Cientista que comprovou a teoria de Oparin em laboratório, demonstrando a possibilidade da formação de moléculas orgânicas na atmosfera primitiva e sem a




Evolução é o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
2. Evidências da evolução
A evolução tem suas bases fortemente corroboradas pelo estudo comparativo dos organismos, sejam fósseis ou atuais. Os tópicos mais importantes desse estudo serão apresentados de forma resumida.

2.1 Homologia e analogia
Por homologia entende-se semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente a uma mesma origem embriológica. As estruturas homólogicas podem exercer ou não a mesma função.O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas homólogicas entre si, pois todas têm a mesma origem embriológica. Nesses casos, não há similaridade funcional.Ao analisar, entretanto, a asa do morcego e a asa da ave, verifica-se que ambas têm a mesma origem embriológica e estão, ainda associadas á mesma função.A homologia entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral comum, embora não indique um grau de proximidade comum, partem várias linhas evolutivas que originaram várias espécies diferentes, fala-se em irradiação adaptativa.

Homologia: mesma origem embriológica de estruturas de diferentes organismos, sendo que essas estruturas podem ter ou não a mesma função. As estruturas homólogas sugerem ancestralidade comum.
A analogia refere-se à semelhança morfológica entre estruturas, em função de adaptação à execução da mesma função.As asas dos insetos e das aves são estruturas diferentes quanto à origem embriológica, mas ambas estão adaptadas à execução de uma mesma função: o vôo. São , portanto, estruturas análogas.

As estruturas análogas não refletem por si sós qualquer grau de parentesco. Elas fornecem indícios da adaptação de estruturas de diferentes organismos a uma mesma variável ecológica. Quando organismos não intimamente aparentados apresentam estruturas semelhantes exercendo a mesma função, dizemos que eles sofreram evolução convergente.
Ao contrário da irradiação adaptativa ( caracterizada pela diferenciação de organismos a partir de um ancestral comum. dando origem a vários grupos diferentes adaptados a explorar ambientes diferentes.) a evolução convergente ou convergência evolutiva é caracterizada pela adaptação de diferentes organismos a uma condição ecológica igual. assim, as formas do corpo do golfinho, dos peixes, especialmente tubarões, e de um réptil fóssil chamado ictiossauro são bastante semelhantes, adaptadas à natação. Neste caso, a semelhança não é sinal de parentesco, mas resultado da adaptação desses organismos ao ambiente aquático.

Analogia: semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente à adaptação a uma mesma função. São consideradas resultado da evolução convergente.
2.2 Órgãos vestigiais
Órgãos vestigiais são aqueles que, em alguns organismos, encontram-se com tamanho reduzido e geralmente sem função, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A importância evolutiva desses órgãos vestiginais é a indicação de uma ancestralidade comum.Um exemplo bem conhecido de órgão vestigial no homem é o apêndice vermiforme , estrutura pequena e sem função que parte do ceco ( estrutura localizada no ponto onde o intestino delgado liga-se ao grosso).Nos mamíferos roedores, o ceco é uma estrutura bem desenvolvida, na qual o alimento parcialmente digerido á armazenado e a celulose, abundante nos vegetais ingeridos, é degradada pela ação de bactérias especializadas. Em alguns desses animais o ceco é uma bolsa contínua e em outros, como o coelho, apresenta extremidade final mais estreita, denominada apêndice. que corresponde ao apêndice vermiforme humano.

Órgãos vestigiais : órgãos reduzidos em tamanho e geralmente sem função, que correspondem a órgãos maiores e funcionais em outros organismos. Indicam ancestralidade comum.
2.3 Embriologia comparada.
O estudo comparado da embriologia de diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem. Essa semelhança também foi verificada no desenvolvimento embrionário de todos animais metazoários. Nesse caso, entretanto, quando mais diferentes são os organismos, menor é o período embrionário comum entre eles.

2.4 Estudo dos fósseis

É considerado fóssil qualquer indício da presença de organismos que viveram em tempos remotos da Terra. As partes duras do corpo dos organismos são aquelas mais freqüentemente conservadas nos processos de fossilização, mas existem casos em que a parte mole do corpo também é preservada. Dentre estes podemos citar os fosseis congelados, como, por exemplo, o mamute encontrado na Sibéria do norte e os fosseis de insetos encontrados em âmbar. Neste último caso, os insetos que penetravam na resina pegajosa, eliminada pelos pinheiros, morriam, A resina endurecia, transformando-se em âmbar. , e o inseto aí contido era preservado nos detalhes de sua estrutura.Também são consideradas fósseis impressões deixadas por organismos que viveram em eras passadas , como , por exemplo, pegadas de animais extintos e impressões de folhas, de penas de aves extintas e da superfície da pele dos dinossauros.
A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são considerados importantes testemunhos da evolução.
3. As Teorias evolutivas
Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se , entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin. Atualmente, foi formulada a Teoria sintética da evolução, também denominada Neodarwinismo, que incorpora os conceitos modernos da genética ás idéias essenciais de Darwin sobre seleção natural.
3.1 A teoria de Lamarck
Jean-Baptiste Lamarck ( 1744-1829 ), naturalista francês, foi o primeiro cientista a propor uma teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia zoológica.Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais:
Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos : alterações provocadas em determinadas características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes.
Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas.A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro básico: as características adquiridas não são hereditárias.Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.
3.2 A teoria de Darwin
Charles Darwin ( 1809-1882 ), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:
· Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, indenticos entre si.
· Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.
· O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações.
· Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie.
· Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis.
· Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas.
· Assim , ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.
A abordagem de Darwin sobre a evolução era bastante distinta daquela de Lamarck, como pode ser visto no esquema a seguir:

3.3 A teoria sintética da evolução
A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes.A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.Para melhor compreender esta definição , é importante conhecer o conceito biológico de espécie: agrupamento de populações naturais, real ou potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de outros grupos de organismos.Quando, nesta definição, se diz potencialmente intercruzantes, significa que uma espécie pode ter populações que não cruzem naturalmente por estarem geograficamente separadas. Entretanto, colocadas artificialmente em contato, haverá cruzamento entre os indivíduos, com descendentes férteis. Por isso, são potencialmente intercruzantes.A definição biológica de espécie só é valida para organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução sexuada, já que, no caso dos organismos com reprodução assexuada, as semelhanças entre características morfológicas é que definem os agrupamentos em espécies.Observando as diferentes populações de indivíduos com reprodução sexuada, pode-se notar que não existe um indivíduo igual ao outro. Execeções a essa regra poderiam ser os gêmeos univitelínicos, mas mesmo eles não são absolutamente idênticos, apesar de o patrimônio genético inicial ser o mesmo. Isso porque podem ocorrer alterações somáticas devidas á ação do meio.A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa população, podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla.A compeensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística de populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na freqüência dos genes dessa população. Os fatores que determinam alterações na freqüência dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos , pode ser alterado. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim , quanto maior é a variabilidade genética.Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos duas categorias
Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica, mutação cromossônica , recombinação;
Fatores que atuam sobre a variabilidade genética jás estabelecida : seleção natural, migração e oscilação genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies. Nos capítulos seguintes , esses tópicos serão abordados com maiores detalhes.
SURGIMENTO DAS ESPÉCIES
Nos capítulos anteriores, foram estudados os fatores evolutivos que promovem a variabilidade genética e os que atuam sobre a variabilidade já estabelecida .Foi visto. Também que se pode considerar natural atuando sobre a variabilidade genética. Assim populações de uma mesma espécie podem desenvolver características novas em função de alterações na relação organismo – ambiente . Neste capítulo , discutiremos como a interação de todos esses fatores pode originar espécies novas.
2. A origem das espécies.
Mecanismos de especiação são aqueles que determinam a formação de espécies novas. O mecanismo de especiação mais conhecido é o da especiação geográfica.Este mecanismo pode de ser simplificadamente explicado, tomando-se como exemplo uma população com conjunto gênico grande, que vive em determinada área geográfica em um dado momento .Suponhamos que o ambiente onde essa população ocorre sofra alterações bruscas, tais como modificações climáticas ou eventos geológicos (terremotos , formações de montanhas etc.). Essas alterações podem determinar o surgimento de faixas de território em que a existência dos indivíduos da população torna-se impossível. Quando essas faixas desfavoráveis separam áreas que ainda reúnem condições favoráveis à sobrevivência dos indivíduos que formavam a população inicial elas são denominadas barreiras ecológicas ou barreiras geográficas .As barreiras ecológicas impedem a troca de genes entre os indivíduos das populações por elas separadas, fazendo com que variabilidades genéticas novas surgidas em uma população , não sejam transmitidas para outra. Além disso , as condições do ambiente , nas áreas separadas pela barreira, dificilmente são exatamente as mesmas , o que determina diferente pressões seletivas. Então as populações assim separadas vão acumulando ao longo do tempo, podendo chegar a desenvolver mecanismos de isolamento reprodutivo. Quando isto ocorre , considera-se que essas populações pertencem a espécies distintas.As espécies são portanto, como já vimos, populações de indivíduos potencialmente intercruzantes e reprodutivamente isolados de outras populações.

3. Os mecanismos de isolamento reprodutivo.
O desenvolvimento de mecanismos que determinam o isolamento reprodutivo é fundamental para a origem das espécies. Populações reprodutivamente isoladas de outras passarão a Ter história evolutiva própria e independente de outras populações . Não havendo troca de genes com populações de outras espécies , todos os fatores evolutivos que atuam sobre populações de uma espécie terão uma resposta própria . Dessa forma, o isolamento reprodutivo explica não a penas a origem das espécies , nas também a enorme diversidade do mundo biológico.É importante esclarecer que os mecanismos de isolamento reprodutivo não se referem apenas á esterilidade , pois isolamento reprodutivo não é sinônimo de esterilidade. Duas espécies podem estar reprodutivamente isoladas devido a fatores etológicos ou ecológicos que impendem o fluxo gênico, e não devido á esterilidade.Um exemplo pode ser dado por duas espécies de patos de água doce, Anas platyrhinchos e Anas acuta, as quais , apesar de nidificarem lado a lado , não trocam genes , pois respondem a estímulos sensoriais diferentes . A cópulas entre machos e fêmeas de uma espécie é desencadeada por certos estímulos sensoriais que não têm efeito sobre machos e fêmeas da outra espécie . Com isso , é muito raro haver cópula entre indivíduos das duas espécies.No entanto , se essas duas espécies forem criadas em cativeiro, elas poderão se reproduzir, originando descendentes férteis .Neste caso, não é a esterilidade o fator de isolamento reprodutivo e sim o fator etológico (compartamental).
Os mecanismos de isoloamento reprodutivo podem ser classificados do seguinte modo:
Os mecanismos pré-copulatórios : impedem a cópula.– Isolamento estacional : diferenças nas épocas reprodutivas.– Isolamento de hábitat ou ecológico: ocupação diferencial de hábitats.– Isolamento etológico: o termo etológico refere-se a padrões de comportamento. Para os animais, este é o principal mecanismo pré-copulatório. Neste grupo estão incluídos os mecanismos de isolamento devidos à incompatibilidade de comportamento baseado na produção e recepção de estímulos que levam machos e fêmeas à cópula. Esses estímulos são específicos para cada espécie. Dois exemplos desse tipo de incompatibilidade comportamental levando ao isolamento reprodutivo são os sinais luminosos, emitidos por vaga-lumes machos, que apresentam variação dependendo da espécie. Eses sinais variam na freqüência, na duração da emisão e na cor (desde braco, azulado, esverdeado, amarelo, laranja até vermelho). A fêmea só responde ao sinal emitido pelo macho de sua própria espécie. O outro exemplo é o canto das aves: as fêmeas são atraídas para o território dos machos de sua espécie em função do canto, que é específico.– Isolamento mecânico: diferenças nos órgãos reprodutores, impedindo a cópula.
Mecanismos pós-copulatórios: Mesmo que a cópula ocorra, estes mecanismos impedem ou reduzem seu sucesso.– Mortalidade gamética: fenômenos fisiológicos que impedem a sobrevivência de gametas masculinos de uma espécie no sistema reprodutor feminino de outra espécie.– Mortalidade do zigoto: se ocorrer a fecundação entre gametas de espécies diferentes, o zogoto poderá ser pouco viável, morrendo devido ao desenvolvimento embrionário irregular.– Inviabilidade do híbrido : indivíduos resultantes do cruzamento entre indivíduos de duas espécies são chamados híbridos interespecíficos. Embora possam ser férteis, são inviáveis devido à menor eficiência para a reprodução.– Esterilidade do híbrido : a esterilidade do híbrido pode ocorrer devido à presença de gônadas anormais ou a problemas de meiose anômala.
O isolamento reprodutivo total entre duas espécies deve-se, em geral, a vários fatores, dentre os quais um pode ser mais efetivo do que os outros.

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