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5 de abr. de 2011

Embriologia


Logo após a fecundação de um gameta feminino (óvulo) por um gameta masculino (espermatozóide), forma-se o ovo ou zigoto. Tipos de ovos Os ovos dos animais possuem um material nutritivo denominado vitelo, cuja concentração e distribuição diferem conforme a espécie. Podemos classificar os ovos em isolécitos, mesolécitos, megalécitos e centrolécitos. Isolécitos ou oligolécitos são ovos que contêm pequena quantidade de vitelo uniformemente distribuído pelo citoplasma. São característicos de poríferos, equinodermos, protocordados e mamíferos (nestes são chamados de alécitos). Mesolécitos ou heterolécitos são ovos que apresentam cerca da metade do volume citoplasmático (pólo vegetativo) ocupado pelo vitelo; o núcleo situa-se no pólo oposto (pólo animal). São característicos dos platelmintos, anelídeos, moluscos, anfíbios e algumas espécies de peixes. Megalécitos ou telolécitos são ovos nos quais a quantidade de vitelo é tão grande que ocupa quase todo o citoplasma (pólo vegetativo), enquanto que o núcleo ocupa um espaço mínimo na periferia (pólo animal ou disco germinativo). São característicos de aves, répteis e algumas espécies de peixes. Centrolécitos são ovos nos quais o núcleo é central, envolvido pelo citoplasma. São característicos dos artrópodes. Clivagem ou Segmentação Após a fecundação, a célula-ovo, ovo ou zigoto recém formado inicia um processo de sucessivas divisões mitóticas, a que chamamos de clivagem ou segmentação, para formar o embrião, que passa por uma série de modificações até que se forma um organismo completamente constituído. As primeiras células que se originam das divisões mitóticas do ovo, denominam-se blastômeros. A quantidade e a distribuição do vitelo nos diferentes tipos de ovos condiciona a existência de diferentes tipos de segmentação. Total ou holoblástica: Igual – ovos isolécitos Desigual – ovos mesolécitos Parcial ou meroblástica: Discoidal – ovos megalécitos Superficial – ovos centrolécitos A clivagem é holoblástica quando o ovo se segmenta completamente. Quando os blastômeros formados são todos do mesmo tamanho é chamada de igual. Quando se originam blastômeros menores (micrômeros) e blastômeros maiores (macrômeros) é chamada de desigual . A clivagem é meroblástica quando o ovo se segmenta parcialmente. É discoidal quando ocorre somente no pólo animal ou disco germinativo. É superficial quando ocorre na região periférica do ovo. As Etapas da Segmentação Após a fecundação, o ovo começa a se dividir. As divisões prosseguem até formar-se um aglomerado maciço de células denominado mórula (64 células). Apesar do maior número de células, a mórula tem um volume quase igual ao do zigoto que a originou. Em seguida, as células da mórula vão-se posicionando na porção periférica enquanto secretam um líquido que se instala no centro, ocupando uma cavidade. O estágio embrionário nessa fase denomina-se blástula. É nesse estágio de desenvolvimento que, nos seres humanos, o ovo chega à cavidade uterina. Geralmente por volta do sexto dia após a fecundação. A seguir ocorre a gastrulação ou formação da gástrula. Um dos pólos se dobra para dentro formando duas camadas de células: o ectoderma e o endoderma. Nos espongiários e celenterados esse é o final do estágio embrionário. Nos seres mais evoluídos, a gástrula evolui para um novo estágio. Surge um terceiro folheto embrionário, o mesoderma. Nos animais vertebrados, ocorre a neurulação ou formação da nêurula, onde se formará o tubo neural e a notocorda que darão origem ao sistema nervoso central e à coluna vertebral, respectivamente. Histogênese A histogênese é o processo de formação dos tecidos. Inicialmente, no embrião, as células são todas iguais. A partir da gástrula tridérmica, com o aparecimento dos três folhetos embrionários básicos, começa a haver a diferenciação celular. Cada um dos três folhetos deve originar novas células já com certa especialização de formas e funções. Alguns grupos celulares estimulam a diferenciação de outras células, surgindo assim os tecidos que depois se agrupam para constituir os órgãos e sistemas (organogênese). Em síntese, são os seguintes os destinos dos três folhetos embrionários: Ectoderma: epiderme e seus anexos: pêlos, cabelos, unhas, cascos, cornos, etc. mucosas da boca, nariz e ânus, bem como o esmalte dos dentes. tubo neural: que vai originar o encéfalo (cérebro, cerebelo, protuberância e bulbo), a glândula epífise, a hipófise e a medula espinhal. Mesoderma: celoma ou cavidade geral. serosas como o peritônio, pleura e pericárdio. derme: um dos constituintes da pele. mesênquima: espécie de tecido conjuntivo embrionário que vai originar, por sucessivas diferenciações, os tecidos cartilaginosos, ósseos, musculares e conjuntivos definitivos; os vasos sangüíneos e linfáticos e o sangue. Endoderma: todo o tubo digestivo, exceto as mucosas oral e anal. as glândulas anexas ao sistema digestivo: fígado e pâncreas. todas as demais mucosas do organismo. notocorda, que poderá ou não ser substituída pela coluna vertebral. Os Anexos Embrionários dos Vertebrados





O embrião dos animais vertebrados possui certos anexos necessários ao seu desenvolvimento e para a sua proteção. São eles: saco vitelino, âmnio, córion, alantóide, placenta e cordão umbilical. O saco vitelino ou vesícula vitelínica é bem desenvolvido nos animais ovíparos (aves e répteis), reduzindo-se muito nos mamíferos. Contém grande quantidade de material nutritivo (vitelo). Sua função é de nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento. O âmnio forma uma cavidade (bolsa d’água) preenchida por um líquido (líquido amniótico). Tanto o âmnio como o córion envolvem o embrião e têm como função protegê-lo contra choques mecânicos e contra a desidratação. Não são encontrados em peixes nem anfíbios. O alantóide forma-se a partir do intestino. É encontrado em répteis, aves e mamíferos, sendo extremamente desenvolvido nas aves. Tem a função de realizar as trocas gasosas e armazenar as excreções do embrião. A placenta é exclusiva dos mamíferos. Origina-se a partir do córion e do endométrio (parede interna do útero). É através dela que o embrião se nutre, respira e elimina suas excreções. Também produz hormônios e transmite ao feto anticorpos maternos. Nos mamíferos, o córion e o alantóide originam um maciço celular bem vascularizado que vai constituir o cordão umbilical, que estabelece a troca de substâncias entre a mãe e o feto. Em seu interior há duas artérias e uma veia. Não existe comunicação entre a circulação fetal e a materna. Os primeiros vertebrados a ocupar o ambiente terrestre foram os anfíbios que ainda necessitam retornar à água para a reprodução. A independência da água foi conseguida posteriormente pelos répteis através de novidades evolutivas, como as relacionadas ao ovo. Córion, Âmnio e Alantóide são as estruturas que permitiram aos primeiros vertebrados a conquista do ambiente terrestre

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