O que é ânus?
O ânus é a parte final do intestino grosso. É uma espécie de anel formado por músculos que controla a saída de fezes.
O que é o câncer de ânus?
É um tipo raro de câncer, que apesar de estar próximo ao cólon e reto, comporta-se de maneira diferente, e portanto, tem também tratamento diferente.
Quais as causas do câncer de ânus?
As causas do câncer de ânus não são estabelecidas, porém, há alguns fatores de risco que aumentam à chance de desenvolver câncer anal:
HPV (Papilomavírus humano): parece ser um fator de risco importante. Existem estudos em andamento neste hospital sobre o HPV e o câncer anal, de colo de útero e de pênis.
Idade: a maioria dos pacientes com câncer anal tem mais de 50 anos.
Sexo anal: a prática de sexo anal, particularmente se iniciada antes dos 30 anos, oferece maior risco de câncer anal. Isto pode estar relacionado ao trauma no local ou a doenças transmissíveis
Inflamação crônica: pessoas com inflamação crônica no ânus (fístula, fissuras, abcessos) podem ter maior risco de desenvolver câncer do canal anal. voltar
Como o câncer de ânus pode ser diagnosticado de forma precoce?
O câncer de canal anal pode ser diagnosticado em estágios iniciais. Recomenda-se o toque retal uma vez por ano, mesmo quando não há sintomas, a partir dos 50 anos.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de canal anal?
Os principais sinais e sintomas do câncer de canal anal são:
coceira, ardor ou dor no ânus;
ferida na região anal;
dor ou sangramento nas evacuações;
secreção anal;
nódulo ou caroço anal, mesmo sem dor;
mudança no hábito intestinal, ou no tamanho e forma das fezes.
Os sintomas do câncer do ânus são comuns a outras doenças, por isso, ao apresentar um dos sintomas acima relacionados consulte um médico.
Como é realizado o diagnóstico do câncer de ânus?
Na consulta o médico irá perguntar sobre a saúde do paciente e realizará um toque retal. Pode ser solicitado um dos exames abaixo:
proctoscopia: exame que visualiza o reto e o ânus;
ultrassom transretal: exame de imagem, que verifica a presença de alterações no reto e canal anal.
Se durante a proctoscopia for encontrada uma lesão será realizada uma biópsia, que é um exame realizado com uma amostra de tecido, para verificar a presença de células malignas.
O que é estadiamento? Como é realizado?
Após o diagnóstico de câncer de ânus deve ser planejado o tratamento.
O tratamento depende principalmente do estadiamento e das condições gerais do paciente.
O estadiamento significa a avaliação da extensão da doença. O estadiamento leva em conta três fatores: o tamanho do tumor, a invasão dos linfonodos (gânglios) e a presença de metástases (implantes em órgãos, como o pulmão ou fígado).
A partir dessa avaliação a doença é classificada em um estádio que vai de 0 a 4. Quando mais baixo o estádio, menor a extensão da doença.
Como é o tratamento do câncer de ânus?
Até a década de setenta todos os pacientes com câncer do canal anal eram submetidos à amputação do reto e do ânus, com colostomia definitiva. Com o desenvolvimento de técnicas conjuntas de Radioterapia e Quimioterapia, hoje cerca de 80% dos casos são controlados sem cirurgia, apenas com tratamento conservador.
A escolha do tratamento depende do tipo de tumor, do estádio e das condições do paciente. Os três tipos principais do tratamento do câncer anal são: radioterapia, quimioterapia e cirurgia.
Tratamento cirúrgico
Há dois tipos de tratamento cirúrgico utilizados no câncer anal:
ressecção local: se o câncer é pequeno e superficial, é realizada uma ressecção local. Nesta cirurgia o tumor é retirado junto com um tecido normal que envolve o tumor. Geralmente, neste tipo de cirurgia, o esfíncter (músculo que abre e fecha o ânus) não é lesado. Isto significa que as fezes serão eliminadas da forma normal.
ressecção abdômino-perineal: este tipo de cirurgia remove o ânus e o reto. Como eles são retirados é necessário fazer uma saída para as fezes. Esta abertura é realizada no abdome e é chamada de colostomia (ver cuidados com estomas).
Efeitos colorretais da cirurgia
A cirurgia causa dor temporária que é controlada com analgésicos. É importante que o paciente relate ao enfermeiro sobre a presença da dor para que possa ser medicado.
Quimioterapia
Quimioterapia é o uso de drogas para matar as células do câncer. É um tratamento sistêmico, pois a droga passa por todo o corpo através do sangue. A quimioterapia no câncer de ânus é utilizada para aumentar o efeito da radioterapia.
A quimioterapia é dada em ciclos, ou seja, o indivíduo recebe a quimioterapia e depois permanece algumas semanas em descanso, pois é necessário que o organismo se recupere.
A maioria dos pacientes realiza a quimioterapia em regime ambulatorial, ou seja, o paciente comparece ao ambulatório, recebe a quimioterapia e vai para casa no mesmo dia.
As drogas mais utilizadas são o flurouracil, a mitomicina e a cisplatina.
Efeitos colaterais da quimioterapia
A quimioterapia não é específica para as células cancerosas, ou seja, atinge todas as células do organismo. É realizada por via venosa e circula através do sangue por todo organismo. Os efeitos colaterais variam de acordo com a dose e as condições de cada paciente. É importante lembrar que os efeitos da quimioterapia são temporários e desaparecem ao final do tratamento.
Radioterapia
É o uso de um tipo de radiação (semelhante aos Raios-X) que causa a destruição das células. É um tratamento local, pois afeta somente a área tratada.
A radioterapia no canal anal é dada através de uma máquina. O paciente recebe a radiação por cinco dias seguidos e descansa nos finais de semana.
Efeitos da radioterapia
Assim como a quimioterapia, a radioterapia não diferencia as células normais das células cancerosas. Os efeitos da radioterapia dependem do local do corpo que é tratado. No caso do câncer de canal anal, os efeitos mais comuns são: cansaço, irritação da pele, diarréia e irritação na bexiga. A pele volta ao normal em 6 a 12 meses.
O que acontece após o tratamento do câncer de canal anal?
Após o tratamento, o paciente deve ser acompanhado pelo médico regularmente, que irá informar quando devem ser marcados os retornos. Antes das consultas o paciente deverá fazer exames de sangue, radiografias e tomografias para verificar se o tumor voltou.
Fonte: www.hcanc.org.br
O ânus é a parte final do intestino grosso. É uma espécie de anel formado por músculos que controla a saída de fezes.
O que é o câncer de ânus?
É um tipo raro de câncer, que apesar de estar próximo ao cólon e reto, comporta-se de maneira diferente, e portanto, tem também tratamento diferente.
Quais as causas do câncer de ânus?
As causas do câncer de ânus não são estabelecidas, porém, há alguns fatores de risco que aumentam à chance de desenvolver câncer anal:
HPV (Papilomavírus humano): parece ser um fator de risco importante. Existem estudos em andamento neste hospital sobre o HPV e o câncer anal, de colo de útero e de pênis.
Idade: a maioria dos pacientes com câncer anal tem mais de 50 anos.
Sexo anal: a prática de sexo anal, particularmente se iniciada antes dos 30 anos, oferece maior risco de câncer anal. Isto pode estar relacionado ao trauma no local ou a doenças transmissíveis
Inflamação crônica: pessoas com inflamação crônica no ânus (fístula, fissuras, abcessos) podem ter maior risco de desenvolver câncer do canal anal. voltar
Como o câncer de ânus pode ser diagnosticado de forma precoce?
O câncer de canal anal pode ser diagnosticado em estágios iniciais. Recomenda-se o toque retal uma vez por ano, mesmo quando não há sintomas, a partir dos 50 anos.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de canal anal?
Os principais sinais e sintomas do câncer de canal anal são:
coceira, ardor ou dor no ânus;
ferida na região anal;
dor ou sangramento nas evacuações;
secreção anal;
nódulo ou caroço anal, mesmo sem dor;
mudança no hábito intestinal, ou no tamanho e forma das fezes.
Os sintomas do câncer do ânus são comuns a outras doenças, por isso, ao apresentar um dos sintomas acima relacionados consulte um médico.
Como é realizado o diagnóstico do câncer de ânus?
Na consulta o médico irá perguntar sobre a saúde do paciente e realizará um toque retal. Pode ser solicitado um dos exames abaixo:
proctoscopia: exame que visualiza o reto e o ânus;
ultrassom transretal: exame de imagem, que verifica a presença de alterações no reto e canal anal.
Se durante a proctoscopia for encontrada uma lesão será realizada uma biópsia, que é um exame realizado com uma amostra de tecido, para verificar a presença de células malignas.
O que é estadiamento? Como é realizado?
Após o diagnóstico de câncer de ânus deve ser planejado o tratamento.
O tratamento depende principalmente do estadiamento e das condições gerais do paciente.
O estadiamento significa a avaliação da extensão da doença. O estadiamento leva em conta três fatores: o tamanho do tumor, a invasão dos linfonodos (gânglios) e a presença de metástases (implantes em órgãos, como o pulmão ou fígado).
A partir dessa avaliação a doença é classificada em um estádio que vai de 0 a 4. Quando mais baixo o estádio, menor a extensão da doença.
Como é o tratamento do câncer de ânus?
Até a década de setenta todos os pacientes com câncer do canal anal eram submetidos à amputação do reto e do ânus, com colostomia definitiva. Com o desenvolvimento de técnicas conjuntas de Radioterapia e Quimioterapia, hoje cerca de 80% dos casos são controlados sem cirurgia, apenas com tratamento conservador.
A escolha do tratamento depende do tipo de tumor, do estádio e das condições do paciente. Os três tipos principais do tratamento do câncer anal são: radioterapia, quimioterapia e cirurgia.
Tratamento cirúrgico
Há dois tipos de tratamento cirúrgico utilizados no câncer anal:
ressecção local: se o câncer é pequeno e superficial, é realizada uma ressecção local. Nesta cirurgia o tumor é retirado junto com um tecido normal que envolve o tumor. Geralmente, neste tipo de cirurgia, o esfíncter (músculo que abre e fecha o ânus) não é lesado. Isto significa que as fezes serão eliminadas da forma normal.
ressecção abdômino-perineal: este tipo de cirurgia remove o ânus e o reto. Como eles são retirados é necessário fazer uma saída para as fezes. Esta abertura é realizada no abdome e é chamada de colostomia (ver cuidados com estomas).
Efeitos colorretais da cirurgia
A cirurgia causa dor temporária que é controlada com analgésicos. É importante que o paciente relate ao enfermeiro sobre a presença da dor para que possa ser medicado.
Quimioterapia
Quimioterapia é o uso de drogas para matar as células do câncer. É um tratamento sistêmico, pois a droga passa por todo o corpo através do sangue. A quimioterapia no câncer de ânus é utilizada para aumentar o efeito da radioterapia.
A quimioterapia é dada em ciclos, ou seja, o indivíduo recebe a quimioterapia e depois permanece algumas semanas em descanso, pois é necessário que o organismo se recupere.
A maioria dos pacientes realiza a quimioterapia em regime ambulatorial, ou seja, o paciente comparece ao ambulatório, recebe a quimioterapia e vai para casa no mesmo dia.
As drogas mais utilizadas são o flurouracil, a mitomicina e a cisplatina.
Efeitos colaterais da quimioterapia
A quimioterapia não é específica para as células cancerosas, ou seja, atinge todas as células do organismo. É realizada por via venosa e circula através do sangue por todo organismo. Os efeitos colaterais variam de acordo com a dose e as condições de cada paciente. É importante lembrar que os efeitos da quimioterapia são temporários e desaparecem ao final do tratamento.
Radioterapia
É o uso de um tipo de radiação (semelhante aos Raios-X) que causa a destruição das células. É um tratamento local, pois afeta somente a área tratada.
A radioterapia no canal anal é dada através de uma máquina. O paciente recebe a radiação por cinco dias seguidos e descansa nos finais de semana.
Efeitos da radioterapia
Assim como a quimioterapia, a radioterapia não diferencia as células normais das células cancerosas. Os efeitos da radioterapia dependem do local do corpo que é tratado. No caso do câncer de canal anal, os efeitos mais comuns são: cansaço, irritação da pele, diarréia e irritação na bexiga. A pele volta ao normal em 6 a 12 meses.
O que acontece após o tratamento do câncer de canal anal?
Após o tratamento, o paciente deve ser acompanhado pelo médico regularmente, que irá informar quando devem ser marcados os retornos. Antes das consultas o paciente deverá fazer exames de sangue, radiografias e tomografias para verificar se o tumor voltou.
Fonte: www.hcanc.org.br
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