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28 de mai. de 2012

AVALIAÇÃO


Temida pelos alunos e questionada quanto aos resultados, a prova deixou de ser o único instrumento de avaliação usado pelo professor. Hoje, ele dispõe de outras ferramentas para verificar o conhecimento da turma. Contudo, isso não significa que a prova deva ser banida das salas de aula. Quando elaborada com precisão, pode ser uma ótima aliada para produzir um bom diagnóstico do que a turma aprendeu. O resultado de uma prova vai servir de parâmetro para que o professor aprimore seu planejamento e seu trabalho em sala de aula. Para que seja eficiente, porém, ela precisa ser preparada com cuidado e o coordenador pedagógico pode ajudar muito a equipe (veja os pontos que devem ser levados em consideração na elaboração de uma prova nos infográficos do último quadro).

"Apesar da necessidade de tornar a avaliação contínua e diversificada, a simples observação do professor nunca é suficientemente profunda e individualizada em uma classe com dezenas de estudantes. A avaliação por escrito, portanto, sempre terá sua importância", afirma Jussara Hoffmann, autora de livros sobre o tema e uma das críticas dos testes feitos apenas para atribuir um conceito aos alunos. Jussara propõe o uso de questões cujas respostas indiquem o que cada um aprendeu e, com isso, ajudem o professor a melhorar as aulas. Cabe ao gestor responsável pela formação permanente - em geral, o coordenador pedagógico - fazer reuniões para discutir os critérios de elaboração (leia mais no quadro abaixo).
Pauta da reuniãoOficina de prova
- Marque com os professores um encontro de formação para falar sobre os métodos de avaliação e o papel da prova escrita. Para que haja exemplos, peça ao grupo um exame elaborado com base no caderno de um aluno.
- Inicie falando sobre a importância de elaborar questões específicas para cada turma e baseadas nas práticas desenvolvidas em classe.
n Peça que os professores troquem entre si as provas e os materiais usados para elaboração.
- Os educadores devem ler os exames e analisar se entenderam o enunciado e se as questões coincidem em forma e conteúdo com as encontradas nos cadernos.
- Pergunte: as atividades são parecidas com as realizadas pelos alunos? As perguntas se justificam diante do que o professor quer saber? As questões estão claras? Há espaço para as respostas? As orientações estão adequadas?
- Cada educador devolve a prova ao colega que a elaborou com observações e sugestões de pontos a melhorar.
- Proponha a reformulação das provas atendendo às solicitações do colega.
- Por fim, peça que os participantes troquem novamente as produções e debatam se a nova versão resulta em um diagnóstico mais preciso do que os alunos aprenderam.

Consultoria: Priscila Monteiro, coordenadora da formação em Matemática da prefeitura de São Caetano do Sul, SP, e formadora do projeto Matemática É D+, da Fundação Victor Civita.

COMPLEXO DE GOLGI

O é um sistema de cisternas achatadas e ligeiramente curvas, que se situam entre o RE e a Membrana Plasmática (MP). O CG possui uma facecis (convexa), voltada para o núcleo, e uma facetrans (côncava), voltada para a membrana plasmática. Entre elas estão as cisternas medianas. As moléculas protéicas chegam ao CG pela incorporação de vesículas de transporte, advindas do RER, na face cis. Daí migram, também através de vesículas transportadoras, para as cisternas medianas e, finalmente para a cisterna trans, de onde serão endereçadas à MP, aos lisossomas, ao RE ou ao próprio Golgi.
O CG modifica as proteínas produzidas pelo RER, alterando seu padrão de glicosilação, fosforilação, sulfatação e hidroxilação. Além disso, enzimas associadas à membrana do CG concentram e endereçam -- bioquimicamente -- estas proteínas para os diferentes compartimentos membranares. Assim, vesículas contendo as hidrolases ácidas, que formarão os lisossomas, expressarão em suas membranas o receptor de manose-6-fosfato.
As vesículas brotam do Complexo de Golgi recobertas por clatrina ou outras proteínas que se conectam com o domínio citosólico das proteínas transmembranares características de cada vesícula (por ex.: manose-6-fosfato na membrana de lisossomas). Os triesquelions de clatrina (complexo protéico constituído de três cadeias pesadas e três cadeias leves) se autoconstroem, induzindo, na face citosólica da membrana do CG, a força mecânica que provoca a sua invaginação. Inicialmente forma-se uma fosseta, que em seguida se converte em uma vesícula, que destaca e é liberada no citosol.

Fotomicrografia eletrônica de transmissão de célula folicular de ovário de S. spilopleura. Ver Complexo de Golgi e cisternas do Retículo Endoplasmático Rugoso dilatadas.
Sinais relacionados ao Complexo de Golgi
As proteínas depois de endereçadas e encapsuladas em vesículas, podem seguir os seguintes caminhos:
1 Inserir-se à MP, se contiverem proteínas (ou lípides) com domínios de ancoragem na  membrana plasmática.
2 Fundir-se à MP e promover a exocitose do seu conteúdo, se contiverem proteínas destinadas ao meio extracelular.
3 Acomodar-se no citoplasma, como grânulos de secreção, para posteriormente serem exocitados.
4 Formar  lisossomas que poderão se fundir com endossomas.
5 Voltar às Cisternas Cis do CG.
6 Fundir-se ao RE, tranferindo a este proteínas processadas no CG.
Desta forma, os mecanismos de secreção celular podem ser classificados em duas vias distintas:
A Via Secretória Regulada controla o transporte de proteínas destinadas aos lisossomas(4) e para vesículas secretoras(3). A liberação destas proteínas depende da ordenação de uma substância indutora.
A Via Secretória Constitutiva, ou Padrão, não tem um processo regulador próprio, as moléculas são secretadas automaticamente. É seguida pelas proteínas destinadas à MP(1) e ao meio extra-celular(2).
Fonte: www.icb.ufmg.br

Em 1898, Camilo Golgi utilizando um método de coloração pela prata, descogriu uma estrutura reticular no citoplasma de células nervosas. Mais 50 anos depois, o microscópio eletrônico permitiu a obtenção de uma imagem definitiva desta organela e sua estrutura pode ser estudada com detalhe. O aparelho de Golgi é o principal sítio de síntese de carboidratos, bem como uma estação de seleção e despacho dos produtos oriundos do retículo endoplasmático (RE). O aparelho de golgi se localiza na rota de saída do RE e uma grande proporção dos carboidratos que o aparelho sintetiza são ligadas, na forma de cadeias laterais de oligissacarídeos, a proteínas e lipídeos que o RE sintetiza e envia a ele.
O aparelho de Golgi está normalmente localizado próximo ao núcleo da célula e, em células animais, está frequentemente próximo ao centrossomo (centro da célula). Ele consiste de uma coleção de cisternas envoltas por membranas achatadas e lembram uma pilha de pratos. Cada uma dessa pilhas de Golgi geralmente consiste de quatro a seis cisternas.
Grande quantidade de vesículas pequenas estão associadas com as pilhas de Golgi, que se agrupam e costeiam o RE e se colocam ao longo das bordas de cada cisterna (veja figura). Acredita-se que estas vesículas de Golgi transportam proteínas e lipídeos para dentro e para fora do aparelho de Golgi e entre as cisternas de Golgi. Durante sua passagem através do aparelho de Golgi, as moléculas transportadas sofrem uma série de modificações covalentes.
Cada unidade da pilha possui duas faces distintas: uma face cis (ou face de entrada) e uma face trans . As duas faces estão estreitamente conectadas a compartimentos especiais, que são compostos por uma rede de estruturas tubulares e em forma de cisternas interconectadas. Proteínas e lipídeos entram na rede de Golgi cis, em vesículas de transporte, a partir do RE e saem na rede de Golgi trans em vesículas de transporte destinadas a superfície celular ou outro compartimento. Cada um desses inúmeros passos no transporte é mediado por vesículas de transporte, que brotam de uma membrana e se fusionam a outra.
Dependendo da função da célula o aparelho de Golgi é mais ou menos desenvolvido, sendo especialmente proeminente em células que são especializadas para secreção, como as células globlet do epitélio intestinal, que secretam para o intestino grandes quantidades de muco rico em polissacarídeos. Outra função importante do aparelho de Golgi é participar da formação de lisossomos, enquanto que a substância ativa, contida nestas vesículas vêm do RE tal como ocorre na secreção.
As vias de processamento de oligossacarídicos ocorrem em uma seqüência organizada na pilha do aparelho de Golgi, com cada cisterna contendo seu próprio conjunto de enzimas de processamento. As proteínas são modificadas em estágios sucessivos quando se movem de cisterna a cisterna através da pilha, de modo que a pilha forma uma unidade de processamento com estágios múltiplos. As enzimas que catalisam passos iniciais estão localizadas nas cisternas voltadas para a face cis do aparelho de Golgi, enquanto as enzimas que catalisam os passos finais do processamento estão localizados nas cisternas voltadas para a face trans.
Resumindo, podemos dizer que o aparelho de Golgi está principalmente relacionado com o transporte e síntese de secreção, com a produção de lisossomos, com a complementação do glicocálix (é feita através de vesículas cheias de glicoproteínas, proteoglicanos e glicolipídeos que são expulsas via exocitose enquanto que o glicocálix se espalha pela superfície da membrana celular) e com a manutenção do fluxo de membranas na célula.

Micrografia eletrônica do aparelho de Golgi
Micrografia eletrônica do aparelho de Golgi onde podemos observar a face cis e a face trans e as vesículas de transporte de secreção.
Fonte: www.hurnp.uel.br

Em biologia celular, o complexo de Golgi, aparelho de Golgi, dictiossoma ou golgiossomo, é uma organela encontrada em quase todas as células eucarióticas. O nome provém de Camilo Golgi, que foi quem o identificou. A sua função primordial é o processamento de proteínas ribossomais e a sua distribuição por vesículas. Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central de distribuição na célula, atua como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e remessa de substâncias na célula. É responsável também pela formação dos lisossomos, da lamela média dos vegetais e do acrossomo do espermatozóide.
A maior parte das vesículas transportadoras que saem do retículo endoplasmático, e em particular do retículo endoplasmático rugoso (RER), são transportadas até ao complexo de Golgi, onde são modificadas, ordenadas e enviadas em direcção dos seus destinos finais. O complexo de Golgi está presente na maior parte das células eucarióticas, mas tende a ser mais proeminente nas células de órgãos responsáveis pela secreção de certas substâncias, tais como: Pâncreas, Hipófise, Tireóide, etc.
Retículo endoplasmático e Aparelho de Golgi
(1) Núcleo.
(2)Poro Nuclear.
(3)Retículo endoplásmico rugosos( RER ).
(4)Retículo endoplásmico liso(SER).
(5) Ribossoma no RER.
(6) Proteinas que são transportadas.
(7) Vesicula trasportadora.
(8) Aparelho de golgi
(9) Cisterna do AG.
(10) Transmembrana do AG.
(11) Cisterna do AG.
(12)Vesicula secretora.
(13)Membrana plasmática.
(14)Proteina secretada.
(15) Citoplasma
(16) Espaço extracelular.
Fonte: http://pt.wikipedia.org

CÉLULA ANIMAL

Célula Vegetal
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Vários processos ocorrentes na célula vegetal são semelhantes aos que ocorrem na célula animal. Porém, algumas características são peculiares à célula vegetal, principalmente referentes à parede celular, a qual envolve o protoplasto (conteúdo celular).
Estruturas características da célula vegetal: vacúolo, plastos e substâncias esgásticas. Evidentemente, estão presentes nas células vegetais muitas organelas também encontradas nas células animais, como mitocôndrias, dictiossomos (pilhas de membranas lisas, que constituem o Aparelho de Golgi), núcleo, micortúbulos, ribossomos, etc.

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1- Parede celular

Restringe a distensão do protoplasto, configurando à célula adulta, tamanho e formas fixos.

1.1- Componentes

A) CELULOSE (C6 h60 O5)n

Constituída por moléculas lineares de glicose. A celulose é formada por microfibrilas, que se reúnem em feixes maiores (fibrilas). As microfibrilas são sintetizadas por enzimas que se encontram na membrana plasmática. A celulose está associada a outros polissacarídeos, principalmente hemiceluloses (xiloglicanos e xilanos) e compostos pécticos (galacturonanos).

B) SUBSTÂNCIAS DE ORIGEM ORGÂNICA

a- natureza proteíca
b- natureza lipídica (cutina, suberina, lignina - esta última confere maior rigidez à parede e sua presença comprova a existência de parede secundária; sua formação pode ocorrer dentro dos dictiossomos, um sistema de membranas que forma o Complexo de Golgi.

Formação

As primeiras camadas de microfibrilas a se formarem, constituem a parede primária. Essas microfibrilas apresentam uma disposição intercarlar. Em muitas células, camadas adicionais são depositadas internamente à parede primária, formando a parede secundária; essas camadas são denominadas S1, S2 e S3, respectivamente, sendo que a última pode estar ausente. Na parede secundária, o arranjo das microfibrilas se dá de diversas maneiras diferentes. Lamela média: é a linha de união entre as paredes primárias de duas células contíguas e possui natureza péctica.
A formação da parede celular ocorre no final da telófase, com o surgimento da placa celular, que dará origem à lamela média e parte da membrana plasmática das duas células-filhas, por ela separadas; durante a formação da parede primária e da lamela média, elementos do retículo endoplasmático ficam retidos entre as vesículas em formação, originando os plasmodesmas, continuidades protoplasmáticas entre uma célula e outra, que geralmente se localizam em pequenas depressões denominadas pontoações da parede primária originadas por uma menor deposição de microfibrilas de celulose. Posteriormente, durante a formação da parede secundária, não há deposição de material sobre essas áreas, originando diversos tipos de pontoações.

Pontoações

As pontoações mais comuns são:

a-) Pontoação simples

Interrupção na parede primária, com formação de uma cavidade de pontoação (espaço onde a parede primária não é recoberta pela secundária). Quando as pontoações simples de duas células contíguas se encontram, temos uma membrana de pontoação, formada pelas paredes primárias de ambas as células, mais a lamela média entre elas.

b-) pontoação areolada

Saliência de contorno e abertura central circulares (em vista frontal, forma uma aréola). Trata-se de uma interrupção da parede secundária. Quando a parede secundária e a primária estão bem separadas, delimita-se uma câmara de pontoação. Além disso, quando a parede secundária se espessa, percebe-se a formação de um canal de pontoação, entre a abertura interna e a externa da pontoação areolada. Esse tipo de pontoação é encontrado em células do xilema, isto é, nos elementos de vaso e traqueídes. Nas traqueídes das coníferas ocorre, na pontoação areolada, um espessamento especial denominado toro. Uma mesma célula pode apresentar mais de um tipo de pontoação. Por exemplo, um elemento de vaso que esteja contíguo a outro elemento de vaso, apresenta um par de pontoações areoladas; no entanto, se ele estiver contíguo a uma célula de parênquima, apresentará um par de pontoações semi areoladas.

2- Conteúdo celular

Principais organelas
Vacúolo, plastos, substâncias ergásticas.

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Vacúolo

Delimitado por uma membrana denominada tonoplasto. Contém água, açúcares, proteínas; pode-se encontrar ainda compostos fenólicos, pigmentos, como betalaínas antocianinas cristais de oxalato de cálcio (drusas, estilóides, prismáticos, ráfides, etc.). Muitas das substâncias estão dissolvidas, constituindo o suco celular, cujo PH é geralmente ácido, pela atividade de uma bomba de próton no tonoplasto. Em células especializadas pode ocorrer um único vacúolo, originado a partir da união de pequenos vacúolos de uma antiga célula meristemática. (ex.: em células parenquimáticas o vacúolo chega a ocupar 90% do espaço celular).

Funções

Ativo em processos metabólicos, como: - armazenamento de substâncias ( vacúolos pequenos - acúmulo de proteínas, íons e outros metabólitos). Um exemplo são os microvacúolos do endosperma da semente de mamona (Ricinus communis), que contém grãos de aleurona - processo lisossômico (através de enzimas digestivas, existentes principalmente nos vacúolos centrais e bem desenvolvidos, cujo tonoplasto sofre invaginações para englobar material citoplasmático contendo organelas (a autofagia ocorre em células jovens ou durante a senescência).

Origem

Se originam a partir do sistema de membranas do complexo golgiense. Seu tamanho aumenta à medida que o tonoplasto incorpora vesículas derivadas do aparelho de Golgi.

Plastos

Organelas que possuem um envelope, formado por duas membranas unitárias contendo internamente uma matriz ou estroma, onde se situa um sistema de membranas saculiformes achatadas, os tilacóides. O plastídio contém DNA e ribossomos. São divididos em três grandes grupos: cloroplasto, cromoplasto e leucoplasto. Originam-se de estruturas muito pequenas, os proplastídios (que normalmente já ocorrem na oosfera, no saco embrionário e nos sistemas meristemáticos). Quando os proplastídios se desenvolvem na ausência de luz, apresentam um sistema especial, derivado da membrana interna, originando tubos que se fundem e formam o corpo prolamelar. Esses plastos são chamados estioplastos.

Cloroplastos

Possuem seu próprio DNA e seu genoma codifica algumas proteínas específicas dessas organelas; contêm clorofila e estão associados à fase luminosa da fotossíntese, sendo mais diferenciados nas folhas. Seu sistema de tilacóides é formado por pilhas de tilacóides em forma de discos, chamado de granos; é nesse sistema que se encontra a clorofila. Na matriz ocorrem as reações de fixação de gás carbônico para a produção de carbohidratos, além de aminoácidos, ácidos graxos e orgânicos. Pode haver formação de amido e lipídios, estes últimos em forma de glóbulos (plastoglóbulos).

Cromoplastos

Portam pigmentos carotenóides (amarelos, vermelhos,alaranjados, etc); são encontrados em estruturas coloridas, como pétalas, frutos e algumas raízes. Surgem a partir dos cloroplastos.

Leucoplastos

Sem pigmentos
Podem armazenar várias substâncias:

Àmiloplastos

Armazenam amido.
Exemplo.: em tubérculos de batatinha inglesa (Solanum tuberosum).

Proteinoplastos

Armazenam proteínas.

Elaioplastos

Armazenam lipídios.
Exemplo.: abacate (Persea americana).

Substâncias ergásticas

Produtos do metabolismo celular. Podem ser material de reserva ou produtos descartados pelo metabolismo da célula. Encontradas na parede celular e nos vacúolos, além de outros componentes protoplasmáticos.
As mais conhecidas são: amido, celulose, corpos de proteína, lipídios, cristais de oxalato de cálcio (drusas, ráfides, etc.), cristais de carbonato de cálcio (cistólitos) e de sílica (estruturas retangulares, cônicas, etc.). Também são esgásticas as substâncias fenólicas, resinas, gomas, borracha e alcalóides. Muitas vezes as células que contêm essas substâncias são diferentes morfo e fisiologicamente das demais, sendo denominadas idioblastos.
Fonte: www.unisanta.br

CÉLULA E GENÉTICA

A origem da vida na Terra a reprodução dos seres vivos e a teoria da evolução de Darwin foram convertidas à sua base física e química no século 20 – convertidas ao ponto de conseguirmos observar os anteriormente insondáveis fatores da hereditariedade, mola mestra e mecanismo da evolução. Pela primeira vez, pudemos compreender o inter-relacionamento destes três elementos da vida : origem, reprodução e evolução.
A descoberta da célula, de seu núcleo e de seus processos de divisão
Em 1665, o cientista Robert Hooke cunhou o termo “célula” antes que qualquer célula viva houvesse realmente sido vista. Só na década 1670, Van Leeuwenhoek criou lentes potentes. Em 1673, ele abriu um mundo novo podendo observar células(adotando termo de Hooke).
A teoria celular só começou desenvolver-se em 1831. nesse ano, o botânico Robert Brown observou o ponto de controle da célula, denominando-o “núcleo”, e identificou essa estrutura como o elemento comum de todas as células vegetais. Logo os núcleos foram descobertos em células animais, e o fluxo do “protoplasma” foi observado em c´lulas vivas em 1835.

Biólogos descobrem os órgãos da célula

Cientistas começaram a identificar outras partes do mecanismo interno da célula. Na verdade, as células contêm um conjunto de órgãos distintos denominados organelas.
Núcleo : Sede da cromatina. Comando celular.
Ribossomos : Síntese de proteínas.
Reticulo endoplasmático : Armazenamento, transporte e síntese de alguns lipídios.
Aparelho de Golgi : Armazenamento, empacotamento e secreção de substancias destinadas à exportação.
Lisossomos : Digestão intracelular de material endógeno ou exógeno.
Mitocôndrias : Respiração celular
Membrana : Regula as trocas entre a célula e o meio.
Cada célula contem apenas um núcleo, mas varias unidades das demais organelas, alem das organelas mencionadas acima, as células vegetais contem cloroplasto, que são muito semelhantes às mitocôndrias, porem criam energia por meio da fotossíntese

Biólogos determinas as fases da divisão celular

Em 1879, Walther Flemming conseguiu identificar um material filiforme no núcleo das células. Observando esse material durante a divisão celular, ele mostrou que os filamentos encurtavam e se dividam longitudinalmente em metades, cada uma delas movendo-se para lados opostos de duas novas células idênticas. Ele deu a esse processo de divisão celular o nome de “mitose”.
A vida de uma célula consiste nos cinco estágios a seguir :
Interfase : A célula está representada em interfase, antes da duplicação dos cromossomos e dos centríolos. A duplicação dos cromossomos ocorrerá no final da interfase.
Prófase : Condensação dos cromossomos já duplicados. Migração dos centríolos para pólos opostos. Aparecimento das fibras do fuso. Desaparecimento dos núcleos. Desaparecimentos da carioteca.
Metáfase : Centríolos em pólos opostos na célula. Cromossomos condensados, situados na região mediana da célula, presos pelo centrômero a fibras de ambos os pólos.
Anáfase : Afastamento das cromátides irmãs e migração para pólos opostos.
Telófase : Descondensação dos cromossomos. Reaparecimento dos nucléolos. Reconstituição das cariotecas. Desaparecimento das fibras do fuso. Citocinese.

As bactérias tornam-se o primeiro ancestral comum de todas as formas de vida

Nos 3 bilhões de anos seguintes, os únicos seres vivos na Terra foram organismos unicelulare. Assim como o primeiro RNA e os organismos multicelulares que evoluíram depois, esses animais unicelulares passaram por seus próprios processos evolutivos distintos. Essas primeiras células evoluíram para espécies bacterianas das quais evoluíram todos os outros seres vivos, inclusive a vida vegetal e animal. Bactérias são criaturas unicelulares e possuem todas as organelas, exceto um núcleo bem definido. A maioria das espécies bactérias é inofensiva a outras formas de vida, inclusive aos humanos, ou é vital para a existência desses seres. Certos tipos de bactérias são conhecidos por causarem doenças. Essas bactérias patogênicas podem infectar praticamente todas as regiões do corpo humano. Eles estão simplesmente vivendo no meio especifico no qual evoluíram e se adaptaram, reproduzindo-se e se dividindo como qualquer outro organismo.

A ascensão mental e física dos humanos a partir de uma única célula é espantosa

O poder superior de do cérebro humano é um resultado da seleção natural, assim como quaisquer outras características que proporcionam uma vantagem para a sobrevivência. Como vimos antes os nossos ancestrais mais remotos que vagueavam pelas planícies africanas já sobreviviam mais pela astúcia do que pela força bruta ou pela velocidade. Somos igualmente complexos no físico. Entre os 60 trilhões de células que compõem o corpo de cada um de nós, encontramos não apenas as células que estão organizadas em tecidos, mas também milhões de células isoladas quais dependemos para sobreviver:
Macrófagos alveolares consomem partículas inaladas de poeira e as transportam para fora dos pulmões, traquéia acima e, finalmente, para fora do corpo.
Outros tipos de macrófagos migrantes percorrem nossos vasos sangüíneos, recolhem células sangüíneas mortas e engolem organismos potencialmente infecciosos.
Outros macrófagos e células sangüíneas combatem células que se tornaram cancerígenas.
As células sangüíneas brancas mais conhecidas, que enxergamos em forma de pus, ingerem bactérias, células de tecido morto, protozoários e outros corpos estranhos.
Embora apresentem muitas características semelhantes às de bactérias e ácaros e às de amebas e protozoários unicelulares de vida livre, elas são produto dos genes humanos. Em outras palavras, nosso próprio DNA e programado para criar esses “animálculos animados”.
A questão sobre inevitabilidade ou acaso pode nunca vir a ser respondidas conclusivamente. Porém, aproximando-nos do final do século no qual alcançamos a compreensão da célula e de seu funcionamento, vemos que os cientistas conseguiram determinar os processos físicos que foram responsáveis pela auto-replicacão e pelo crescimento e que impeliram os organismos unicelulares originais a evoluir para vegetais, animais e humanos complexos.

Mendel formula os princípios básicos da genética

George Mendel teve um papel central na erradicação das velhas crenças sobre as características hereditárias e na consolidação do estudo da hereditariedade como uma ciência biológica.
Mendel estabeleceu cinco princípios que se aplicam igualmente a todos os seres vivos e se mantêm até hoje:
Cada característica física de um organismo vivo é produto de um “fator hereditário” especifico, que Mendel concebeu como algum tipo de partícula.
Esses fatores hereditários existem aos pares nos seres vivos.
Com respeito a cada uma dessas características, apenas um dos dois fatores existentes na mãe e um dos dois existentes no pai são transmitidos a cada um dos filhos.
Existe uma probabilidade igual de que qualquer um dos fatores da mãe e qualquer um dos fatores do pai seja herdado pelos filhos.
Alguns fatores são dominantes, outros, recessivos.

Nasce a ciência da genética

O geneticista americano Walter S. Sutton apresentou primeiras provas conclusivas de que os cromossomos contêm as unidades da hereditariedade e que eles ocorrem em pares distintos.
Enquanto a mitose relaciona-se à vida cotidiana de vários tipos de células, a meiose lida com os processos fundamentais da genética e da evolução.
A partir de 1903, os seguintes cientistas desenvolveram as descobertas de Darwim, Mendel, Flemming, Weismann e Sutton e refinaram nossa compreensão dos princípios que atuam quando a prole herda dos pais sua constituição genética. :
Herma Nilsson-Ehle: Esse geneticista sueco realizou pesquisas com variedades de trigo e ourtras plantas, refinando e confirmando os cinco princípios medelianos da hereditariedade. No decorrer de sua carreira, ele abriu novos campos de pesquisa sobre os genes e cromossomos e desenvolveu o conhecimento sobre as mutações.
Edward M. Esat: Seu trabalho pioneiro com genética dos vegetais e botânica iniciado em 1900 concluiu que mutações espontâneas nos próprios genes eram responsáveis por certas mudanças ao longo das gerações dessas plantas na ausência de mudanças nas condições ambientais. Essa característica que sofreu mutação é transmitida à prole.
Thomas Hunt Morgan: Esse geneticista e zoólogo fez a monumental descoberta de que os cromossomos não são estruturas permanentes. Em 1909, ele adotou a palavra “gene” para referir-se a um dos “fatores hereditários”de Mendel. Com três de seus alunos, Morgan não só confirmou a teoria de Suttonde que cada cromossomo portava um clecao de genes “enfileirados como contas em um cordão, mas descobriu que a posição de cada uma dessas contas podia ser “mapeado” e identificado em regiões precisas dos cromossomos. Mais importante foi o fato de Morgan e seu grupo terem sido os primeiros a provar que durante o estágio em que os cromossomos emparelham-se e se contraem eles podem trocar material genético entre cromossomos de origem materna e paterna, como observado no estágio da prófase na meiose. Esse processo chama-se cruzamento. O material genético recombinado é transmitido às gerações subseqüentes. Morgan e seus colegas provaram que o processo da variação, que explica circunstancialmente a evolução, não se deve a mutações significativas ocorridas em cada nova geração, mas à recombinação das “contas em uma cordão”-os genes. Morgan estabeleceu uma nítida relação entre Darwin e Mendel, e descobriu que os fatores de Mendel têm uma base física na estrutura cromossômica.
R.F. Fisher, J.B. S.H: Na década de 1920, esse geneticistas, versados em matemática, calcularam, cada um por si mas simultaneamente, que as pequenas variações oriundas de recombinações cromossômicas, juntamente com as mutações espontâneas deduzida por Edward East, podiam explicar matematicamente as grandes mudanças em organismos vivos no decorrer dos intervalos de tempo deduzidos com base nos indícios fosseis e requeridos para a evolução pela seleção natural. Seis décads depois de a Sociedade para o Estudo da Ciência Natural de Brno ter gravemente deixado passar despercebida a importância das estatísticas de Mendel, esses três indivíduos introduziram o tema da genética populacional e forneceram uma base e uma explicação matemática à seleção natural. O Livro de Ronaldo Fisher, The genetical theory of natural selection, publicado em 1930, mostrou particularmente que a lenta mas constante mudança nos genes e cromossomos explica a evolução darwiana. Sewall Wright realizou um trabalho pioneiro em genética populacional matemática e teoria evolucionista.
Bárbara McClintock: Esse geneticista realizou uma serie de experimentos sobre a cor de sementes de milho, os quais forneceram informações novas e conclusivas sobre a recombinação, a realidade e as características de grupos de ligação de genes, e a relação entre genes especifico.
Fonte: www.ime.usp.br


CÉLULA ANIMAL

As células são os menores e mais simples componentes do corpo humano.
A maioria das células são tão pequenas, que é necessário juntar milhares para cobrir a área de um centímetro quadrado.
As unidades de medida são o macrômetro (µm), o nanômetro (nm) e o angstron (Å).
Células - rins, pele e fígado (30 µm em média); hemácias (entre 5 µm e 7µm).
Óvulo - 0,1 mm.
Célula Animal

Citologia

O termo célula (do grego kytos = cela; do latim cella = espaço vazio), foi usado pela primeira vez por Robert Hooke (em 1655) para descrever suas investigações sobre a constituição da cortiça analisada através de lentes de aumento.
A teoria celular, porém, só foi formulada em 1839 por Schleiden e Schwann, onde concluíram que todo ser vivo é constituído por unidades fundamentais: as células.
Assim, desenvolveu-se a citologia (ciência que estuda as células), importante ramo da Biologia. As células provêm de outras preexistentes. As reações metabólicas do organismo ocorrem nas células.

Componentes químicos da célula

Água - É 70% do volume celular; dissolve e transporta materiais na célula; participa de inúmeras reações bioquímicas.
Sais minerais - São reguladores químicos.
Carboidratos - Compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio.
Exemplos: monossacarídeos (glicose e frutose); dissacarídeos (sacarose, lactose e maltose); polissacarídeos (amido, glicogênio e celulose).
Que tem a função de fornecer energia através das oxidações e participação em algumas estruturas celulares.
Lipídios - Compostos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio; insolúveis em água e solúveis em éter, acetona e clorofórmio. Exemplos: lipídios simples (óleos, gorduras e cera) e lipídios complexos (fosfolipídios).
Tem participação celular e fornecimento de energia através de oxidação.
Proteínas - Compostos formados por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que constituem polipeptídios (cadeias de aminoácidos).
Exemplo: Albumina, globulina, hemoglobina etc. Sua função, é na participação da estrutura celular, na defesa (anticorpos), no transporte de íons e moléculas e na catalisação de reações químicas.
Ácidos Nucléicos - Compostos constituídos por cadeias de nucleotídeos; cada nucleotídeo é formado por uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina e uracila), um açúcar (ribose e desoxirribose) e um ácido fosfórico.
Ácido Desoxirribonucléico (DNA) - Molécula em forma de hélice formada por duas cadeias complementares de nucleotídeos. O DNA é responsável pela transmissão hereditária das características.
Ácido Ribonucléico (RNA) - Molécula formada por cadeia simples de nucleotídeos. O RNA controla a síntese de proteínas.
Trifosfato de Adenosina (ATP) - Tipo especial de nucleotídeo, formado por adenina, ribose e três fosfatos. Tem a função de armazenar energia nas ligações fosfato.

Membrana Celular

A membrana celular é semipermeável e seletiva; transporta materiais passiva ou ativamente.
Transporte Passivo - Difusão no sentido dos gradientes de concentração, sem gasto de energia. Como no transporte de glicose.
Transporte Ativo - Movimentação contra gradientes de concentração, com gasto de energia. Exemplo: bomba de sódio, que concentra K+ mais dentro que fora da célula e Na+ mais fora que dentro.
Transporte Facilitado - Proteínas transportadoras ou permeases modificam a permeabilidade da membrana; ocorre tanto passiva quanto ativamente.
Célula Animal
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ORGANIZAÇÃO DO CITOPLASMA CELULAR

Citoplasma Fundamental

Hialoplasma - colóide com 85% de água e proteínas solúveis e insolúveis (microfilamentos e microtúbulos); reversão de gel para sol e vice-versa.

Retículo Endoplasmático (RE)

Sistema de endomembranas que delimitam canais e vesículas.
RE rugoso - retículo endoplasmático associado a ribossomos; local de síntese de proteínas; também denominado RE granular.
RE liso - retículo endoplasmático sem ribossomos; local de síntese de lipídios e de carboidratos complexos; também denominado RE agranular.

Ribossomos

Grânulos de 15 a 25 nm de diâmetro, formados por duas subunidades; associam-se ao RE ou encontram-se livres no hialoplasma; são constituídos por proteínas e RNA ribossômico; ligam-se ao RNA mensageiro formando polirribossomos. Tem a função de síntese de proteínas.

Complexo de Golgi

Sistema de bolsas achatadas e empilhadas, de onde destacam-se as vesículas; pequenos conjuntos que são denominados dictiossomos. Armazenam substâncias produzidas pela célula.

Lisossomos

São pequenas vesículas que contêm enzimas digestivas; destacam-se do complexo de Golgi e juntam-se aos vacúolos digestivos. Fazem a digestão intracelular; em alguns casos, extracelular.

Peroxissomos

São pequenas vesículas que contêm peroxidase. Tem a função de decomposição de peróxido de hidrogênio (H2O2), subproduto de reações bioquímicas, altamente tóxico para a célula.

Vacúolos

São cavidades limitadas por membrana lipoprotéica. Os vacúolos podem ser digestivos, autofágicos ou pulsáteis.
Vacúolo Digestivo - As partículas englobadas são atacadas pelas enzimas lisossômicas, formando um fagossomo.
Vacúolo Autofágico - Digere partes da própria célula.
Vacúolo Pulsátil - Controla o excesso de água da célula; comum nos protozoários de água doce.

Centríolos ou Diplossomos

Organelas constituídas por dois cilindros perpendiculares um ao outro; cada cilindro é formado por nove trincas de microtúbulos; ausentes nas células dos vegetais superiores. Tem a função de orientação do processo de divisão celular.

Cílios e Flagelos

São expansões filiformes da superfície da célula; os cílios são curtos e geralmente numerosos; os flagelos são longos e em pequeno número. São formados por nove pares periféricos de microtúbulos e um par central; o corpúsculo basal, inserido no citoplasma, é idêntico aos centríolos. Tem a função de movimentação da célula ou do meio líquido.

Mitocôndrias

São organelas ovóides ou em bastonete, formadas por uma dupla membrana lipoprotéica e uma matriz. A membrana externa é contínua e a interna forma as cristas mitocondriais. Nestas, prendem-se as partículas mitocondriais, constituídas por enzimas respiratórias: NAD, FAD e citocromos. Possuem DNA, sintetizam proteínas específicas e se auto-reproduzem. Produz energia na célula, sob forma de ATP.

Célula e Energia (Respiração Celular)

O que é a respiração celular?

Obtenção de energia pela oxidação de moléculas orgânicas, principalmente glicose.
Equação geral da respiração:
C6h62O6 + 6O2 -> 6CO2 + 6H2O + energia
glicose + oxigênio -> gás carbônico + água + energia
Fonte: www.escolavesper.com.br
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Há cerca de 3,5 bilhões de anos, a formação de moléculas capazes de servir de molde, com capacidade enzimática para efetuar cópias fiéis de si mesmas, possibilitou a origem dos organismos. O ácido ribonucléico (RNA) é uma delas.
O DNA possui uma estrutura mais estável, em dupla fita, capaz de servir de molde para sua duplicação, mas sem capacidade enzimática. A função enzimática necessária para duplicação, transcrição e reparo é exercida por proteínas.
A vida e a reprodução dependem da manutenção desses processos e da disponibilidade de energia e dos componentes necessários para isso.
Em condições ambientais variáveis, a manutenção de microambientes relativamente constantes para permitir estes processos só foi possível através de membranas biológicas.
As membranas têm composição fosfolipídicas e possuem proteínas associadas, cujas particularidades irão determinar o transporte seletivo de materiais. Algumas bactérias desenvolveram mecanismos de geração de energia associados à membrana celular. Cloroplastos e mitocôndrias são organelas provavelmente derivadas dessas bactérias.
A divergência entre procariontes e eucariontes deve ter ocorrido após estabelecidos os mecanismos de replicação e transcrição do DNA, a tradução, o sistema de códons e o metabolismo energético e biossintético. Para os eucariontes, a compartimentalização de atividades celulares em organelas envolvidas por membranas fosfolipídicas foi importante. Mas do ponto de vista fisiológico, biossintético e reprodutivo, a célula é uma unidade funcional, mantida pela relação entre seus componentes. A célula é a unidade fundamental da vida, mas, mais que isso, seu estudo revela que a vida é um processo de auto-manutenção, onde a estrutura pode ser modificada, componentes podem ser substituídos, desde que sua organização seja mantida. Uma célula só sabe fazer-se a si mesma e, acoplada estruturalmente ao seu meio, pode sobreviver e se dividir e se diferenciar.
Apesar da importância do genoma para a produção de proteínas estruturais e funcionais, vários componentes celulares são herdados a partir do citoplasma do óvulo, por exemplo, as mitocôndrias e a própria maquinaria enzimática para a transcrição e tradução. A organização das membranas também é herdada de forma não genética.
Fonte: www.icb.ufmg.br

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