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2 de fev. de 2012

Testes mostram que ultrassom nos testículos 'pode ser novo contraceptivo masculino'

A aplicação de ultrassom nos testículos pode suspender a produção de esperma, segundo pesquisadores que estudam uma nova forma de contracepção masculina.
Um estudo com ratos, publicado na revista científica Reproductive Biology and Endocrinology, mostrou que as ondas de ultrassom podem ser usadas para reduzir a contagem de esperma a níveis considerados inférteis em humanos.
O conceito de usar as ondas sonoras para reduzir a fertilidade masculina surgiu nos anos 70, mas agora está sendo explorado a fundo por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que receberam financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates.

'Água salgada'

O mais recente estudo descobriu que duas aplicações de 15 minutos "reduzem significativamente" o número de células produtoras de esperma e a contagem de esperma.
As sessões se mostraram mais eficazes quando realizadas com um intervalo de dois dias e através de água morna salgada.
Em humanos, segundo os pesquisadores, homens são considerados subférteis quando sua contagem de esperma fica abaixo dos 15 milhões/ml. A contagem de esperma nos ratos ficou abaixo de 10 milhões/ml.
"Ainda precisamos de mais estudos para determinar por quanto tempo dura o efeito contraceptivo e se é seguro utilizá-lo múltiplas vezes", disse o líder da pesquisa James Tsuruta.
A equipe também precisa garantir que o efeito do ultrassom será totalmente reversível, podendo ser usado com contraceptivo e não como esterilização, além de analisar se pode haver danos cumulativos com a repetição das aplicações.
"A ideia é boa, mas ainda é necessário muito trabalho", disse o professor de andrologia da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, Allan Pacey.
Segundo ele, é provável que a produção de esperma volte ao normal após as aplicações, mas "os espermatozóides podem ficar danificados e qualquer bebê que venha deles pode ter problemas".
"A última coisa que queremos é um dano prolongado ao esperma

Epidemia de tiques nervosos em estudantes intriga médicos

Estudantes na pequena comunidade de Leroy, no Estado americano de Nova York, estão adoecendo com um misterioso mal, que provoca tiques, desmaios e descontroles verbais.
Aluna
Estudantes da escola em Leroy estão sofrendo com tiques e desmaios
Cerca de 15 alunos foram afetados. Os médicos acreditam que se trata de um mal raro chamado de distúrbio psicogênico em massa, também conhecido como histeria em massa, mas o diagnóstico não foi confirmado.
O caso atraiu a atenção da famosa ativista ambiental Erin Brockovich, cuja vida foi vivida na tela pela atriz Julia Roberts. A equipe de Brockovich investiga se os distúrbios têm relação com um vazamento tóxico ocorrido a mais de cinco quilômetros do local, em 1970.

24 de jan. de 2012

Ateus são vistos como menos confiáveis

As pessoas tendem a achar que quem é religioso se comporta melhor, por acreditar que está sendo observado por Deus
por Daisy Grewal


Nos Estados Unidos, os ateus são um dos grupos menos queridos: apenas 45% dos americanos dizem que votariam em um candidato à presidência que se declarasse ateu. Além disso, a falta de crenças religiosas faz com que essas pessoas não sejam consideradas, geralmente, um genro ou uma nora em potencial.

Will Gervais, da University of British Columbia , publicou recentemente estudos que analisam por que os ateus são tão mal-vistos. De acordo com essas pesquisas, o motivo, essencialmente, é confiança. Durante os experimentos, Gervais e seus colegas apresentaram a voluntários uma história sobre um motorista que, acidentalmente, bate em um carro estacionado e não deixa informações para que o outro motorista possa acionar o seguro. Em seguida, os participantes foram convidados a escolher a probabilidade de que o personagem em questão fosse cristão, muçulmano, estuprador ou ateu. Os voluntários julgaram igualmente provável que o culpado fosse ateu ou estuprador e improvável que fosse muçulmano ou cristão.

Em um estudo distinto, Gervais examinou como o ateísmo influencia na contratação de funcionários. Durante a pesquisa, alguns voluntários precisavam “empregar” dois funcionários, um ateu e um religioso, em duas vagas distintas: uma para um cargo que exigia alto grau de confiança e outra baixo. Para o posto de alta confiança, em uma creche, os participantes se revelaram mais propensas a preferir o candidato religioso. Para a vaga de garçonete, no entanto, os ateus se saíram muito melhor.

Não foram apenas os voluntários extremamente religiosos que expressaram desconfiança em relação aos ateus. Pessoas que declararam não ter afiliação religiosa manifestaram opiniões semelhantes. Gervais e seus colegas descobriram que ateus não costumam confiar em quem também não tem crenças religiosas por julgar que as pessoas se comportam melhor quando acreditam que Deus as está observando. Essa convicção pode conter alguma verdade: Gervais e seu colega Ara perceberam que lembrar as pessoas sobre a presença de Deus tem o mesmo efeito que dizer que elas estão sendo observadas por alguém. Isso intensifica sentimentos de autoconsciência e as leva a se comportarem de maneiras socialmente mais aceitáveis.

O que se passa na mente de um campeão

Cientistas cognitivos observam jogadores de StarCraft 2 para saber como os seres humanos desempenham tarefas múltiplas
por Sandra Upson
Alamy
Se há uma regra geral sobre as limitações da mente humana, é que somos terríveis em tarefas múltiplas. Quando nos dedicamos a uma única função, o cérebro se destaca; quando vários objetivos dividem o foco, os erros tornam-se inevitáveis.


Ainda assim, exceções óbvias desafiam a regra geral. Durante décadas o xadrez tem mantido a posição elevada de “Drosophila da ciência cognitiva”, o organismo modelo que os cientistas poderiam investigar para saber o que faz os especialistas serem melhores que o resto de nós. StarCraft 2, um dos jogos de computador mais populares do mundo, porém, pode estar desbancando o xadrez: sua incrível complexidade talvez confunda os pesquisadores inicialmente, mas as respostas podem acabar sendo mais reveladoras. Nesse jogo de estratégia em tempo real, os jogadores exercem um papel de controle sobre um grupo de criaturas, levando-as a desenvolver sua economia e preparando-as para um pequeno conflito com uma sociedade vizinha. O vencedor, em geral, é a pessoa que faz mais movimentos, até seis ações por segundo.


Para os cientistas, o apelo encontra-se nos dados que cada jogo gera. Quando dois jogadores se enfrentam, cada computador produz um registro das ações empreendidas. Esses registros refletem o que um jogador estava pensando a cada fase. “Não consigo pensar em um processo cognitivo que não esteja envolvido em StarCraft”, explica Mark Blair, cientista cognitivo na Simon Fraser University. “É a memória em operação. É a tomada de decisão. Trata-se de habilidades motoras precisas. Tudo é importante e tudo precisa funcionar em conjunto”. Milhares desses jogadores agora contribuem para um projeto aos cuidados de Blair, chamado SkillCraft, para saber o que separa os novatos dos especialistas quando se trata de atenção, de multitarefa e de aprendizagem. Ao comparar as técnicas e os atributos de jogadores principiantes com os de outros “profissionais”, os pesquisadores podem começar a discernir como as aptidões se desenvolvem e, talvez, em longo prazo, identificar o regime de treinamento mais eficiente. Blair vê paralelos entre o jogo e sistemas de gestão de emergência. Numa situação de crise de muito estresse, os encarregados por coordenar uma resposta podem se encontrar diante de demandas concorrentes: alarmes de incêndio, um motim, contaminação da água potável. A tarefa mental de se manter calmos e distribuir a atenção entre as atividades igualmente urgentes pode se assemelhar ao principal desafio de StarCraft 2.

Restabelecimento do Bem-Estar Social

Para melhorar a saúde é preciso melhorar a educação, ter mais acesso a alimentos nutritivos e mais oportunidades econômicas

por Deborah Franklin


Como prefeito da cidade de Kansas, Joe Reardon orgulha-se, e com razão, do Centro Médico da University of Kansas, que formou várias gerações de médicos e enfermeiros por mais de 100 anos. De acordo com uma avaliação popular de instituições de saúde, finalmente o centro médico vem sendo considerado o melhor centro hospitalar e de tratamento do estado do Kansas. Por isso, quando o prefeito Reardon – que dirige a administração da cidade e do município de Wyandotte, onde está sediado – se inteirou de que Wyandotte ocupava o último lugar entre os municípios do estado de acordo com uma análise rigorosa de medidas de saúde realizada em 2009, ficou chocado. “Temos acesso a uma assistência médica excelente, num estado onde alguns municípios praticamente não dispõem de nenhuma dessas unidades”, destaca o prefeito. “E ficamos em último lugar numa lista de 105 municípios?” Sua primeira reação foi: “como isso é possível?”.

Ele descobriu a resposta quando analisou as estatísticas que deram origem à reclamação. A proximidade de bons hospitais e médicos de primeira linha é somente um dos fatores – nem sempre o mais importante – que determinam a expectativa de vida da população e sua vulnerabilidade a doenças graves. Evidências coleta coletadas por especialistas em saúde pública ao longo das últimas décadas mostraram que razões menos óbvias, incluindo alimentação e exercícios adequados, níveis mais altos de escolaridade, bons empregos, maior segurança nos subúrbios e apoio constante das famílias e amigos, produziam uma melhoria considerável, mas nem sempre valorizada, na saúde e bem-estar da população. Estudos demonstram que um caso adverso que apareça em qualquer dessas áreas pode comprometer a saúde das pessoas, como indivíduos ou como comunidades – mesmo com acesso a assistência médica de qualidade.

A meta do projeto de Avaliação da Saúde do Município – que resultou na baixa avaliação da saúde em Wyandotte, mas em grandes elogios pelo seu comprometimento em promover mudanças – foi trazer à tona esses fatores subliminares da saúde e assim ajudar políticos, líderes civis e grupos comunitários a realizar ações concretas que possam melhorar a saúde da população local. A iniciativa partiu da University of Wisconsin, em Madison, que avaliou apenas esse estado em 2003. Um projeto similar foi implantado no Kansas em 2009, e em 2010 a Fundação Robert Wood Johnson, em Princeton, Nova Jersey, forneceu a verba necessária para que a University of Wisconsin pudesse ampliar as investigações e comparar municípios entre estados de toda a federação.

Entre os maiores problemas identificados na Prefeitura de Wyandotte, por exemplo, estavam o número muito acima da média de fumantes e obesos, número abaixo da média de alunos matriculados em universidades, porcentagem assustadora de bebês nascidos com desnutrição e uma relativa escassez de frutas e verduras frescas em mercados em comparação com o resto do estado. O prefeito Reardon acredita que essas medidas já transformaram sua abordagem das prioridades orçamentárias. As mudanças incluem destinar verbas para incluir programas de acompanhamento escolar de alunos do ensino médio, novos parques e calçadões e abertura de mais e melhores supermercados e jardins comunitários em bairros mais pobres. E esse é só o começo, garante o prefeito. “A medida do sucesso da nossa cidade não se baseia apenas no número de empregos criados, mas também na saúde dos cidadãos.”

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