Tecnologia do Blogger.

6 de ago. de 2010

anfetaminas


Sob a designação geral de anfetaminas, existem três categorias de drogas sintéticas que diferem entre si do ponto de vista químico. As anfetaminas, propriamente ditas, são a destroanfetamina e a metanfetamina.

Existem no mercado vários produtos que podem ser enquadrados numa dessas três categorias. São eles: Benzidina e Bifetamina, anfetaminas puras; Dexedrine, um sulfato de destroanfetamina, com estrutura molecular semelhante ao hormonio epinefrine (adrenalina), que é uma substância secretada no corpo humano pela glândula supra-renal nos momentos de susto; Dexamil, uma combinação de dextroanfetamina e amobarbital, um sedativo; Methedrine e Desoxyn, metanfetaminas puras; Desbutal e Obedrin, combinações de metanfetamina e pentobarbital, um barbitúrico; e Amphaplex, um coquetel de metanfetamina, anfetamina e dextroanfetamina. Preludin, uma droga que difere quimicamente das anfetaminas, é enquadrada nesse grupo por causar os mesmos efeitos.

Em estado puro, as anfetaminas têm a forma de cristais amarelados, com sabor intragavelmente amargo. Geralmente ingeridas por via oral em cápsulas ou comprimidos de cinco miligramas, as anfetaminas também podem ser consumidas por via intravenosa (diluídas em água destilada) ou ainda aspiradas na forma de pó.

A anfetamina surgiu no século 19, tendo sido sintetizada pela primeira vez na Alemanha, em 1887. Cerca de 40 anos depois, a droga começou a ser usada pelos médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e bronquiais e estimular o sistema nervoso central. Em 1932, era lançada na França a primeira versão comercial da droga, com o nome de Benzedrine, na forma de pó para inalação. Cinco anos mais tarde, a Benzedrine surgiu na forma de pílulas, chegando a vender mais de 50 milhões de unidades nos três primeiros anos após sua introdução no mercado.

Durante a Segunda Guerra Mundial, tanto os aliados como as potências do Eixo empregaram sistematicamente as anfetaminas para elevar o moral, reforçar a resistência e eliminar a fadiga de combate de suas forças militares. Tropas alemãs, como as divisões Panzer, empregavam a Methedrine. Já a Benzedrine foi usada pelo pessoal da Força Aérea norte-americana estacionado em bases na Grã-Bretanha. Em território dos Estados Unidos, entretanto, o uso das anfetaminas por pessoal militar só foi oficialmente autorizado a partir da Guerra da Coreia. A febril produção de anfetaminas para atender aos pilotos da Luftwaffe, a força aérea de Hitler, gerou excedentes que provocaram uma verdadeira epidemia anfetamínica no Japão. Perto do final, da guerra, os operários das fábricas japonesas de munição receberam generosos suprimentos da droga, que era anunciada como solução para eliminar a sonolência e embalar o espírito. Como resultado, no período imediato do pós-guerra, o Japão possuía 500 mil novos viciados.

Pouco mais tarde, no início da década de 50, militares americanos servindo no Japão e na Coreia se transformaram nos primeiros a utilizar o speedball, uma mistura injectável de anfetamina e heroína. Outra epidemia anfetamínica aconteceu na Suécia em 1965, depois que a droga passou a ser fornecida pelo serviço nacional de saúde. Milhares de pessoas se aproveitaram do fato de a anfetamina ser distribuída gratuitamente para consumir quantidades abusivas da sua substância, até que ela foi tornada ilegal algum tempo depois.

Nas últimas décadas, a anfetamina tem sido usada em massa em tratamentos para emagrecer, já que a droga é temporariamente eficaz na supressão do apetite. Entretanto, à medida que o tempo passa, o organismo desenvolve tolerância à anfetamina e torna-se necessário aumentar cada vez mais as doses para se conseguir os mesmos efeitos. A perda de apetite gerada pelo seu uso constante pode transformar-se em anorexia, um estado no qual a pessoa passa a sentir dificuldade para comer e até mesmo para engolir alimentos pastosos, resultando em sérias perda de peso, desnutrição e até morte. Durante muito tempo, a anfetamina foi também utilizada para tratar depressão, epilepsia, mal de Parkinson e narcolepsia. Actualmente, apenas a narcolepsia permanece utilizando essa droga em seu tratamento.

As anfetaminas agem estimulando o sistema nervoso central através de uma intensificação da norepinefrina, um neuro-hormônio que activa partes do sistema nervoso simpático. Efeitos semelhantes aos produzidos pela adrenalina no cérebro são causados pelas anfetaminas, levando o coração e os sistemas orgânicos a funcionarem em alta velocidade. Resultado: o batimento cardíaco é acelerado e a pressão sanguínea sobe bastante. Ao agir sobre os centros de controle do hipo tálamo, ao mesmo tempo em que reduz a actividade gastrointestinal, a droga inibe o apetite e seu efeito pode durar de quatro a 14 horas, dependendo da dosagem.

A anfetamina é rapidamente assimilada pela corrente sanguínea e, logo depois de ser ingerida, provoca arrepios seguidos de sentimentos de confiança e presunção. As pupilas dilatam, a respiração torna-se ofegante, o coração bate freneticamente e a fala fica atropelada. Em seguida, o usuário da droga pode entrar em estado de euforia e elevação, enquanto seu corpo se agita com uma intensa liberação de energia. Quando essa energia se extingue, o efeito começa a declinar, sendo substituído por inquietação, nervosismo e agitação, passando à fadiga, paranóia e depressão. Esgotadas as sensações da droga, o abuso leva geralmente a dores de cabeça, palpitações, dispersividade e confusão. Como o efeito é pouco duradouro e termina em depressão, o usuário é levado a tomar doses sucessivas, que vão aumentando na quantidade de anfetamina ingerida à medida que o organismo vai se habituando à droga. O ciclo de abuso e dependência pode criar uma reacção tóxica no organismo, conhecida como psicose anfetamínica, que pode durar até algumas semanas, com irritabilidade, insónia, alucinações e até a morte em casos extremos. Os sonhos de quem abusa de anfetaminas são perturbados e interrompidos, e seu sono é pouco reparador.

Overdoses fatais, todavia, são raras, e a dosagem letal ainda é desconhecida, sendo que os usuários mais habituais podem consumir até 1000 miligramas por dia. Ao contrário do que os médicos pensavam quando se começou a utilizar a anfetamina, a droga não causa dependência física, mas psicológica, podendo chegar a tal ponto em que o abandono de seu uso torna-se praticamente impossível.

As anfetaminas são as drogas geralmente associadas com os casos de doping em corridas de cavalos, jogos de futebol e outras competições desportistas.

Heroína

A heroína é uma droga derivada da papoula, sintetizada a partir da morfina: substância bastante utilizada no século XIX pelas suas propriedades analgésicas e antidiarreicas. Como outras drogas originárias desta planta, a heroína atua sobre receptores cerebrais específicos, provocando um funcionamento mais brando do sistema nervoso e respiratório.

Descoberta sua potencialidade em causar dependência química e psíquica de forma bastante rápida, sua comercialização foi proibida na década de vinte. Entretanto, principalmente no sudeste asiático e Europa, essa substância é produzida e distribuída para todo o mundo clandestinamente.

Apresentando-se em sua forma pura como um pó branco de coloração esbranquiçada, é utilizada mais frequentemente de forma injetável, após aquecimento. Além disso, alguns usuários a inalam ou aspiram.

Seus efeitos duram aproximadamente cinco horas, proporcionando sensações de bem-estar, euforia e prazer; elevação da autoestima e diminuição do desânimo, dor e ansiedade.

Como esta droga desenvolve dependência e tolerância de forma bastante rápida, o usuário passa a consumi-la com mais frequência com o intuito de buscar o mesmo bem-estar provocado anteriormente, e também de fugir das sensações provocadas pela abstinência. Essa, que surge aproximadamente vinte e quatro horas após seu uso, pode provocar diarreia, náuseas, vômitos, dores musculares, pânico, insônia, inquietação e taquicardia.

Assim, formas de obtê-la passam a ser o foco de suas vidas, gerando consequências sérias. Constantes vômitos, diarreias e fortes dores abdominais, perda de peso, depressão, abortos espontâneos, surdez, delírio, descompassos cardíacos, incapacidade de concentração, depressão do ciclo respiratório, colapso dos vasos sanguíneos; além de problemas relacionados às interações sociais e familiares são algumas consequências que o usuário está sujeito, em médio prazo. Além disso, no caso de pessoas que a utilizam na forma injetável, há chances de ocorrer necrose de tecidos e de se adquirir diversas doenças, como AIDS, hepatites e pneumonias, em decorrência da utilização de seringas compartilhadas.

A maioria dos casos de morte por overdose é consequência de paradas respiratórias decorrentes de seu uso prolongado, ou de uso concomitante com outras drogas.

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

cocaína

cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóico é um alcalóide usado como droga, derivada do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, com efeitos anestésicos [1] e cujo uso continuado, pode causar outros efeitos indejados como dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos.[1] A produção da droga é realizada através de extração, utilizando como solventes álcalis, ácido sulfúrico, querosene e outros.

Andes e arbusto da coca
A folha de coca (cujo consumo mesmo se em grandes quantidades, leva apenas à absorção de uma dose minúscula de cocaína) é usada comprovadamente há mais de 1200 anos pelos povos nativos da América do Sul. Eles a mastigavam para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns países (Peru, Bolívia) sob a forma de chá (a absorção do princípio activo, por esta via, é muito baixa). Os Incas e outros povos dos Andes usaram-na certamente, permitindo-lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo especialmente difícil. A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia transportar apenas um mínimo de comida durante alguns dias.

Inicialmente os espanhóis, constatando o uso quase religioso da planta, nas suas tentativas de converter os índios ao cristianismo, declararam a planta produto do demónio.

O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para tratar feridas e ossos partidos ou curar a constipação/resfriado. A coca foi levada para a Europa em 1580.

[editar] Primeiras experiencias
Alcalóide cocaína foi isolado das folhas de coca por Niemann em 1859[3] ou 1860, que lhe deu o nome. No entanto há boas razões para supor que foi antes Friedrich Gaedcke que a isolou pela primeira vez em 1855[3] ou 1856.[4]


Vinho MarianiO seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à America do Sul de cientistas italianos que levaram amostras da planta para o seu país, o químico Angelo Mariani desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais poderosa devido ao poder extrativo do etanol que as infusões de água ou chás usadas antes). O vinho Mariani era muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusivamente premiou Mariani com uma medalha honorífica.

A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado da Itália. A Coca-Cola continuaria desde a sua invenção até 1903 a incluír cocaína nos seus ingredientes[1], e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atractivo inicial da bebida.

A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim do século XIX. Entre consumidores famosos do vinho Mariani contavam-se Ulysses Grant, o Papa Leão XIII, que até apareceu na publicidade do produto e Frédéric Bartholdi (francês, criador da Estátua da liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo teria feito a estátua mais alta (um sintoma de excesso de autoconfiança típico).

[editar] Popularização

Anúncio à Coca-Cola com cocaína, c1900.A cocaína foi nessa altura popularizada como tratamento para a toxicodepêndencia de morfina. Em Viena, Sigmund Freud, o médico criador da psicanálise experimentou-a em pacientes, fascinado pelos seus efeitos psicotrópicos. Publicou inclusivamente um livro Über Coca sobre as suas experiências.[5] Contudo acabou por se desiludir com a dependência a que foram reduzidos vários dos seus amigos. Foi ele que a forneceu ao oftalmologista Carl Köller, que em 1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados.

A popularidade da cocaína ganha terreno: Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injectável sob o lema de "substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor". O fictional Sherlock Holmes (personagem de Arthur Conan Doyle) chega mesmo a injectar "cocaine" nas veias numa das histórias! Em 1909 Ernest Shackleton leva cocaína para a sua viagem à Antartica, assim como o Capitão Robert Scott.

Proibição
Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos. Com o uso da cocaína pelas classes baixas, e nos EUA pelos afro-americanos, acabou por assustar as classes altas a um extremo que o seu óbvio potencial de dependência e graves problemas para a saúde nunca levaram. Os alertas racistas no sul dos EUA sobre os "ataques a mulheres brancas do Sul que são o resultado directo do cérebro do negro enlouquecido por cocaína" como exprimiu um farmacêutico proeminente, acabaram por resultar na regulação e posterior proibição da substância.

Uso moderno
Apesar dos motivos iniciais é consensual entre a comunidade médica que os elevados efeitos auto destruidores do consumo de cocaína são plenamente justificativos da proibição atual.


Crack.O crack foi um desenvolvimento moderno do consumo da cocaína. É muito mais barato e fácil de consumir, e as comunidades pobres arruinam-se ainda mais por todo o mundo devido ao seu consumo.

Muitos usuários de cocaína, conhecendo o crack, começaram a utilizar somente ele, pois o efeito de euforia é mais forte do que da cocaína e por muitos não terem dinheiro para comprar ambas, compram somente o crack. Porém isso não é uma regra, muitos usuários de cocaína e crack, podem ter uso abusivo de ambas ou mais ainda da cocaína, depende da assimilação do usuário.

Muitos preferem a cocaína ao crack, pois já estão viciados psicologicamente no ritual da inalação. O crack é dito por muitas pesquisas que é mais barato do que a cocaína, porém não é o que foi constatado, pois comparando a utilização de ambas as drogas, o crack acaba mais rápido e o efeito, apesar de mais forte, é mais curto que o da cocaína, durando cerca de 20 minutos no máximo.

A cocaína não produz o mesmo efeito depois de anos de utilização, então no usuário que consome 1 grama, ela não causa mais efeito e o crack com a sua utilização, o usuário sente um efeito potente, mas bem menos durador do que a cocaína, isso é, o usuário constata um efeito rápido com a cocaína, mas com o crack, a duração do efeito é menor, pois na hora que o usuário solta a fumaça, o efeito já está no fim.

Muitos usuários de cocaína ou crack abusam e muito, da droga, pois o seu efeito é rápido e a vontade de ter as sensações causadas psicologicamente pela droga novamente fazem com que muitos utilizem doses maiores, o que, às vezes, pode acabar numa overdose.

Erythroxylum coca
A cocaína é extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylon coca), mas só tem valor comercial quando refinada. A Erythroxylum coca possui gineceu constituído de três carpelos, cálice de cinco sépalas e corola de cinco pétalas. Suas folhas são alternadas, elípticas e pecioladas.

Produção
Deve-se diferenciar a produção da cocaína em dois processos claramente distintos. Na produção industrial de refrigerantes a base de extrato de coca é um subproduto sob alto controle governamental, oriundo da "decocainização" do extrato, que finalmente apresenta dois fins: ou a destruição ou a comercialização altamente controlada para fins de pesquisas biológicas, médicas e de síntese orgânica.

A produção por este processo é uma extração com soluções e solventes adequados, visando retirar o máximo possível da cocaína naturalmente presente nas folhas de coca, visando se chegar a uma concentração que seja permitível pela legislação dos diversos países onde os xaropes básicos dos refrigerantes a base de coca são consumidos.

A produção do alcalóide, historicamente, é a mesma que hoje, em ambiente rústico, é a usada pelos grandes produtores/traficantes de cocaína.

Em recipientes (ou até mesmo buracos no chão, impermeabilizados) é colocada uma grande quantidade de folhas secas de coca, que a seguir, são maceradas com querosene. Após a maceração, as folhas são removidas e transferidas para outro recipiente e mergulhadas em solução de ácido sulfúrico visando acidificar o alcalóide e formar sulfato de cocaína, higrina e outros compostos, solúveis em água. O líquido é então decantado e tratado com alguma substância alcalina, como o carbonato de amônio, o que resulta na pasta base, que é solúvel em solventes orgânicos e insolúvel em água.

A seguir, a pasta base é dissolvida em acetona ou éter etílico, normalmente, que dissolvem a cocaína básica, e com acréscimo de água, precipitam a cocaína, que por filtração encontra-se em elevado grau de pureza. Pela volatilidade, os solventes são completamente eliminados do pó obtido, não chegando a deixar aroma, critério fundamental para sua vendabilidade como cocaína pura.

A cocaína, agora pura e economicamente transportável, será diluída com diversas substâncias, entre elas , destacadamente, os dificilmente detectáveis como diluição pelos consumidores (com fins ditos recreativos) anestésicos locais, como a lidocaína. Acrescenta-se também ácido acetilsalicílico, cimento branco, talco e até pó de vidro.

Estima-se que produção de 1 kg de pasta-base requer entre 600 a 750 kg de folha de coca, gasolina, ácido sulfúrico, cimento, dentre outros produtos..[6]

Padrões de uso

Pó de cocaínaA cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidrocloreto de cocaína). Pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob forma de pó. Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sangüínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível, causada por uma overdose.

O crack é a cocaína alcalina, não salina - e é obtido da mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. O crack é conhecido nos Estados Unidos da América como "cocaína dos pobres e mendigos".

A via intravenosa é mais perigosa devido às infecções. Ela produz maior prazer e efeitos mais pronunciados, também provocando alucinações. A via inalatória é de início mais insidioso, pode levar à necrose (morte por degeneração da células epiteliais ou outros tipos de degeneração de tecido) da mucosa e septo nasais. O crack é uma forma básica livre, que é fumada. Os seus efeitos são similares aos da via intravenosa.

O consumo da cocaína vem diminuindo desde 1990. Desde essa data o seu crescimento tem sido substituído pelo da heroína. O consumo de cocaína e heroína ("speedballs" ou "moonrocks"), uma prática extremamente perigosa, tem aumentando recentemente.

A cocaína, como grande parte das drogas, é metabolizada no fígado. Conjuga-se com etanol, presente nas bebidas alcoólicas, formando cocaetileno, ainda mais tóxico.[1]

Ver artigo principal: [[Crack]]
Mecanismo de ação
A cocaína é um inibidor da enzima MAO, da recaptação e estimulante da liberação de noradrenalina e dopamina, existentes nos neurônios. A dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores cerebrais que são secretados para a sinapse, de onde são recolhidos outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína. Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os efeitos são similares aos das anfetaminas, mas mais intensos e menos prolongados. Causa constrição local.

A noradrenalina e a adrenalina são neurotransmissores e hormona do sistema simpático (sistema nervoso autônomo). Elas são normalmente activadas em situações de stress agudo ("lutar ou fugir") em que o indivíduo necessita de todas as forças e agem junto aos órgãos de modo a obtê-las: aumentam a contração e freqüência cardíacas, aumentam a velocidade e clareza do pensamento, destreza dos músculos, inibem a dor, aumentam a tensão arterial. O indivíduo sente-se invulgarmente consciente e desperto, eufórico, excitado, com mente clara e sensação de paragem do tempo. A cocaína é um forte potenciador do sistema nervoso simpático, tanto no cérebro, como na periferia.

A dopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-limbicas e meso-estriadas. Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades (aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos. O aumento artificial da dopamina nas sinapses pela cocaína vai ativar anormalmente essas vias. O consumidor sente-se extremamente auto-confiante, poderoso,irresistível e capaz de vencer qualquer desafio, de uma forma que não corresponde à sua real situação ou habilidade. Com a regularização do consumo, as vias dopaminérgicas são modificadas e prevertidas ("highjacked") e a cocaína passa de facilitadora do sentimento de sucesso e confiança face a situações externas, para simples recompensa derivada diretamente de um distúrbio bioquímico cerebral criado pela própria droga, que é dela dependente. O bem-estar desliga-se de condicionantes externas, passando a ser apenas uma medida do tempo passado desde a última dose. A motivação do indivíduo torna-se "irreal", desligando-se dos interesses sociais, familiares, emocionais, ambição profissional ou aprendizagem de formas de lidar com novos desafios, para se concentrar apenas na droga, que dá um sentimento de auto-realização artificial de intensidade impossível de atingir de outra forma.

Enquanto anestésico local
A cocaína também é um eficaz anestésico local simpatomimético, tendo sido o primeiro do grupo a ser usado, e ainda em uso hoje em algumas cirurgias respiratórias. O mecanismo desta ação é totalmente diferente da ação psicotrópica. Ela é um bloqueador dos canais de sódio nos neurônios dos nervos periféricos. O influxo de sódio desencadeia o potencial de acção e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos. Os nervos sensitivos são geralmente os primeiros a ser bloqueados. A cocaína tem vindo a ser substituída por outros fármacos não psicotrópicos e sem outros efeitos adversos mas com a mesma função. Ela apresenta efeitos secundários devido à quantidade que extravasa para o sangue, provocando estimulação simpática (hipertensão, taquicardia) e mesmo convulsões.

Toxicologia
Os sintomas de envenenamento pela cocaína referem-se sobretudo ao sistema nervoso central. Ela estimula os centros respiratórios, elevando a velocidade e profundidade da respiração.

Efeitos
Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após cada dose; efeitos no consumidor crônico, a longo prazo.

A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros na criança se usada durante a gravidez. Ela pode ser detectada nos cabelos durante muito tempo após consumo, e o seu uso pela mãe é comprovado desta forma em bebês.

Efeitos imediatos
Muitos efeitos devem-se à estimulação dos sistemas simpático e dopaminérgicos diretamente. A cocaína causa danos cerebrais microscópicos significativos com cada dose. Com o início do consumo regular os danos tornam-se irreversíveis.

Os seus efeitos imediatos duram de 30 a 40 minutos. Entre os efeitos descritos da droga no sistema nervoso central estão:

(i) efeitos psicológicos: euforia, sensação de poder, ausência de medo, ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite), insônias, delírios.

(ii) efeitos no organismos: taquicardia, aumento na frequência dos batimentos cardíacos (sensação do coração bater mais rápido e mais forte contra o peito), hipertensão arterial, vasoconstrição, urgência de urinação, tremores, midríase (dilatação da pupila), hiperglicemia, suor e salivação intensa e com textura grossa, dentes anestesiados.

Efeitos em altas doses
É muito difícil definir a dose considerada alta, visto que varia de pessoa a pessoa e varia de acordo com a percentagem de pureza da cocaína consumida. Para alguns organismos, com apenas 1g, ou um papelote, os efeitos abaixo descritos já começam a aparecer.

Os efeitos, em altas doses, são: convulsões, depressão neuronal, alucinações, paranóia (geralmente reversível), taquicardia, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora e até mesmo coma e morte em uma overdose.

As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. Caracterizam-se por arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia.

Efeitos a longo prazo
A cocaína apresenta fenômeno de tolerância bem definido e de estabelecimento rápido. Para obter os mesmos efeitos, o consumidor tem de usar doses cada vez maiores. Os efeitos da cocaína, com o tempo, começam a durar menos e começam a ter intensidade menor com o tempo de uso, então o consumidor consome cada vez mais a droga para se satisfazer na mesma intensidade que antes. Provoca danos cerebrais extensos em um curtíssimo período de tempo de consumo.

É realmente muito difícil definir o período de tempo em que pode-se começar a notar os efeitos aqui descritos. Pode variar de acordo com a frequência de uso e a pureza da cocaína consumida. Pode-se dizer que não se trata de um tempo muito longo para começarem a aparecer estes efeitos. Há pessoas que após consumo de uma pequena quantidade desta droga durante alguns meses começam a apresentar alguns dos sintomas aqui descritos.

A cocaína não tem síndrome física bem definida (como por exemplo o da heroína), no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos. Após consumo durante apenas alguns dias, há universalmente: depressão (muitas vezes profunda), disforia (ansiedade e mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de aprendizagem, perda de comportamentos aprendidos. A síndrome psicológica da cocaína é extremamente poderosa. Ha comprovações obtidas através de estudos epidemiológicos de que a cocaína é muito mais viciante que a maconha (cannabis), o álcool ou o tabaco.

A longo prazo (alguns meses) ocorrem invariavelmente múltiplas hemorragias cerebrais com morte extensa de neurônios e perda progressiva das funções intelectuais superiores. São comuns síndromes psiquiátricas como esquizofrenia e depressão profunda unipolar.

Efeitos a longo prazo:

Perda de memória
Perda da capacidade de concentração mental
Perda da capacidade analítica.
Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas
Destruição total do septo nasal (se inalada).
Perda de peso até níveis de desnutrição
Cefaleias (dores de cabeça)
Síncopes (desmaios)
Distúrbios dos nervos periféricos ("sensação do corpo ser percorrido por insetos")
Silicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial para aumentar seus lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.
[editar] Efeitos tóxicos agudos
Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis com o uso continuado e em doses altas:

Arritmias cardíacas: complicação possivelmente fatal.
Trombose coronária com enfarte do miocárdio (provoca 25% dos enfartes totais em jovens de 18-45 anos)
Trombose cerebral com AVC.
Outras hemorragias cerebrais devidas à vasoconstrição simpática.
Necrose (morte celular) cerebral
Insuficiência renal
Insuficiência cardíaca
Hipertermia com coagulação disseminada potencialmente fatal.
[editar] Tratamento da toxicodependência
A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuida. Se ocorrerem distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados com antipsicóticos e antidepressivos. É possível que os agonistas do receptor da dopamina amantadina, sejam úteis no futuro, para minimizar as síndromes de privação.

A imunização ativa é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar" o sistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.

Epidemiologia da toxicodependência
A cocaína é a segunda droga ilegal mais consumida, depois da maconha.

Tráfico e custos sociais da cocaína
A cocaína é ilegal em todos os países do Mundo. A planta da coca é cultivada legalmente em volumes controlados em vários países da América do Sul, mais especificamente na cordilheira dos Andes (Bolívia, Colômbia e Peru). As folhas da coca são legais nesses países, mas a sua refinação é proibida. Normalmente a refinação é feita nos Estados Unidos, maior consumidor não só de cocaína, mas de drogas do mundo.

A cocaína é a droga com maiores vendas em dinheiro na maior parte do mundo. Nos EUA em 2003 terão sido vendidos 35 milhões de dólares do produto.

Efeitos da maconha à saúde

Dentre a relação da maconha e a saúde humana, há vários efeitos positivos e negativos que podem variar de acordo com a condição psicológica de cada usuário e o uso ou abuso da droga. No entanto, os pesquisadores, divergem de opinião sobre sua nocividade e utilização medicinal[1]

Existe uma quantidade substancial de desinformação tanto de proponentes da legalização como de seus oponentes devido as restrições legais da maconha, inclusive devido a restrições legais e política em pesquisas relacionadas.[carece de fontes?]

O tetrahidrocanabinol (THC) é o principal responsável pelos efeitos psíquicos da droga no organismo, sendo bastante lipossolúvel. Metabolizado no fígado, é biotransformada em um metabólito mais potente que o THC.[

Efeitos fisiológicos típicos
[editar] Positivos
Alguns efeitos podem incluir percepção alterada da realidade, euforia leve, sensação de bem-estar, relaxamento e redução de estresse, letargia, aumento na percepção do humor, música ou arte, jovialidade, metacognição e introspecção, aumento da lembrança de memória episódica, aumento da sensualidade, aumento da percepção sensorial tátil, aumento da libido.

Como uso medicinal, incluem-se a redução da pressão intraocular, aumento de apetite e efeito antiemético, tratamento da esclerose amiotrófica e trauma raquimedular, bem como qualquer enfermidade onde haja uma dor crônica.

[editar] Negativos
Falhas na memória recente, taquicardia, xerostomia, paranóia, agitação, falta de coordenação motora, dependência psicológica, bronquite e tosse. Existem divergências quanto ao câncer, que (acredita-se,) é causado pelo invólucro, chamado genericamente de seda.[carece de fontes?]

Um estudo publicado em 2010 no periódico Archives of General Psychiatry associa o consumo de maconha à psicose. Constatou-se que, entre jovens que fumam maconha há seis anos ou mais, o risco de alucinação ou delírios pode chegar a ser o dobro do verificado entre as pessoas que nunca consumiram a droga.[3]

[editar] Variantes
A maconha contém além do THC, vários outros canabinóides,[4][5] entre eles CBD - Cannabidiol e CBN - Cannabinol, com efeitos particulares a cada um; porém, há diferenças de concentrações de acordo com a variedade e manejo, de forma que não se pode generalizar os efeitos da maconha, que pode ser um "coquetel de drogas" totalmente diferente em cada amostra. De acordo com a variedade, pode-se sentir os efeitos predominantemente no corpo (relaxamento muscular, lassidão, sonolência, sem afetações maiores dos pensamentos - na gíria em inglês "stoned" - de pedra, algo como um efeito de estar pesado), típico das variedades Cannabis indica, ou a nível mental (melhora do humor, otimismo, estímulo da criatividade, melhora da sociabilidade, euforia - chamado na gíria em inglês de "high" - alto), típicos de variedades Cannabis sativa. Existem híbridos (cruzamentos) entre as duas variedades, que combinam propriedades das duas, em proporções variáveis, resultando em efeitos sentidos no corpo e mente.

[editar] Ação da Cannabis sativa e Cannabis indica no sistema nervoso central
Esta página ou secção não cita nenhuma fonte ou referência (desde Dezembro de 2008).
Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus
Esta página ou secção foi marcada para revisão, devido a inconsistências e/ou dados de confiabilidade duvidosa. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor, verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo. Considere utilizar {{revisão-sobre}} para associar este artigo com um WikiProjeto.

Um baseado aceso.O delta-9 THC, após chegar ao encéfalo é absorvido por receptores específicos, as anandamidas.São encontradas altas densidades de receptores de THC no 1-córtex cerebral,2-hipocampo,3-cerebelo e 4-gânglios basais, o que explica os respectivos efeitos físicos e mentais associados ao consumo da droga:1-alterações na capacidade de pensamento e raciocínio,2-deficiências em mecanismos da memória, 3- alterações de coordenação,aprendizagem motora. e 4- efeitos sobre a capacidade de realização de movimentos suaves.

Os receptores de THC localizam-se especificamente nos neurônios do sistema de opióides endógenos(Sistema relacionado a secreção de susbstâncias opióides pelo próprio organismo),a partir da ligação do THC com seus receptores localizados nesse sistema há uma excitação dos neurônios componentes do mesmo, que enviam sinais aos neurônios dopaminérgicos do sistema límbico* (responsável principalmente pela regulação dos processos emocionais), suscitando a liberação de mais dopamina (neurotransmissor relacionado a sensação de prazer) dando sensação de prazer e euforia.A ação no sistema límbico, que além da regulação dos processos emocionais está relacionado a memória de curto prazo, também explica portanto, a "falha" de retenção desse tipo de memória. É importante ressaltar,contudo, que apesar da memória de curto prazo não estar intimamente relacionada com a aprendizagem, a memória de longo prazo, relacionada com esse fato, pode se formar a partir da memória de curto prazo , que tem a possibilidade de ser armazenada temporariamente e depois transferida para áreas relacionadas com a memória de longo prazo.

O sistema límbico e o circuito de recompensa cerebral: Dentro do sistema límbico é possível identificar uma área relacionada com a sensação de prazer, inclusive o prazer sexual e o causado pelo uso de drogas, essa área é denominada circuito de recompensa cerebral O circuito começa na Área Tegmentar Ventral, segue para o Núcleo Accubens e termina no Córtex Pré-Frontal. Os neurônios que participam desse "caminho" são dopaminérgicos, todo tipo de utilização de drogas e a subsequente sensação de prazer gerada pelo uso estão,direta ou indiretamente, associadas ao circuito de recompensa cerebral, e consequentemente a quantidade de dopamina disponível na fenda sináptica (numa análise qualitativa final há sempre um aumento da quantidade de dopamina [aumento agudo], seja por inibição geral ou parcial das bombas de recaptação do neurotransmissor, ou seja pela estimulação de maior quantidade do mesmo.)
[editar] Gravidez
Alguns estudos encontraram uma maior correlação entre crianças que sofriam de déficits cognitivos permanentes, problemas de concentração, hiperatividade e interação social reduzida com mães usuárias habituais de maconha do que entre crianças não expostas de mesma idade e ambiente social.[6][7] Um estudo recente com a participação de cientistas europeus e americanos identificou que canabinóides endógenos, moléculas naturalmente produzidas no cérebro e funcionalmente similares ao THC da maconha participam de maneira significante no estabelecimento de conexões entre células nervosas. A formação de conexões entre células nervosas ocorre dentro de um período relativamente curto no cérebro do feto.[8][9][10]

Outros estudos na Jamaica sugerem que o uso de maconha durante a gravidez não parece causar defeitos de nascença ou atrasos no desenvolvimento de recém nascidos.[11][12] Em um estudo em 1994 de 24 recém-nascidos jamaicanos expostos a maconha antes do nascimento e 20 não expostos, comparações foram feitas aos três dias e com um mês de idade, usando a escala de avalização neonatal de Brazelton, incluindo itens suplementares para capturar possíveis efeitos sutis. Os resultados demonstraram que não havia diferenças significantes entre bebês de três dias expostos e não expostos. Com um mês de idade, os bebês expostos demonstraram melhor estabilidade fisiológica, dentre outros efeitos positivos.[13]

[editar] Tolerância
Segundo um estudo[carece de fontes?] realizado pelo pesquisador João Villares, do departamento de Psicobiologia da Unifesp, a Cannabis sativa pode causar tolerância, que é a necessidade de doses cada vez maiores para atingir o mesmo efeito. A tolerância é reversível, segundo o pesquisador, que conclui que "em alguns poucos meses sem a droga, o cérebro se recupera da tolerância".

[editar] Overdose
THC tem uma toxicidade extremamente baixa, e não apresenta risco de morte por overdose. Em teste com animais, cientistas tiveram muita dificuldade em administrar uma dosagem de THC que fosse alta o suficiente para ser letal. Aparentemente humanos não podem morrer devido apenas à ingestão de THC, a não ser através da administração de doses extremamente altas de forma intravenosa. Em 1998, o Departamento de Justiça Norte-americano concluiu que, em termos práticos, maconha não pode induzir uma resposta letal tóxica.[14]

De acordo com o Índice Merck[15] a LD50 (dosagem letal para 50% dos ratos testados) deΔ9-THC por inalação é de 42 mg/kg de peso vivo. Isto seria equivalente a um homem de 75 kg inalando o equivalente a 21 gramas de maconha de alta-potência (15% de THC) de uma única vez, assumindo nenhuma perda de THC através da fumaça ou má absorção pelos pulmões, ou aproximadamente 30-100 cigarros em uma única inalação.[16]

No entanto o consumo de maconha associado ao consumo exagerado de álcool aumenta as probabilidades de morte por coma alcóolico já que a maconha inibe o vômito e com isso o corpo não consegue excretar por esta forma o álcool ingerido em excesso.

[editar] Memória

Sob o efeito da droga, é afetada a memória de curto prazo, isto é, a memória de pequena duração da qual precisamos num determinado instante e da qual nos desfazemos em seguida. Este distúrbio acaba quando o efeito da droga passa. Entretanto, efeitos de longo prazo (fumando-se mais de 35 cigarros de maconha por semana ou mais de 15 por dia) podem ser a perda da memória instantânea.

Foram verificados efeitos neuroprotetores contra excitotoxidade dessa forma é benéfico na prevenção de doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer.[17]

Um relatório de 1998 do CNRS, dirigido pelo Dr. Pierre-Bernard Roques, determinou que "antigos resultados sugerindo mudanças anatomicas no cérebro de usuários crônicos, medidos por tomografia não foram confirmados por técnicas modernas de neuroimagem como a Ressonância Magnética Nuclear… em adendo, alterações morfológicas do hipocampo de ratos após a administração de doses altas de THC não foram demonstradas." Ele concluiu que a maconha não tem nenhuma neurotoxicidade como definida no relatório, diferente do álcool e cocaína.[18][19][20]

Contradizendo esse relatório, um artigo de 1998 do Journal of Neuroscience afirma ser o THC tóxico para os neurônios do hipocampo.[21]

[editar] Danos cerebrais
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) afirmaram que fumar maconha altera as funções cerebrais, mas não provoca danos permanentes.

A maconha produz um dano de longo prazo apenas marginal, afetando pouco as capacidades de aprendizado e memória. E nenhum efeito foi registrado em outras funções, entre as quais o tempo de reação, a atenção, a linguagem, a habilidade de argumentação e as capacidades motora e perceptiva.

Contudo, num estudo conduzido pelo especialista em efeitos da maconha na saúde de modo geral, John Henry do St Mary's Hospital de Londres, há uma relação clara entre o uso crônico de Cannabis e o desenvolvimento da esquizofrenia. Ainda segundo Henry, "pessoas que fumam maconha têm efeitos físicos semelhantes ao de consumo de cigarros comuns, e efeitos mentais muito piores."

[editar] Sistema reprodutor
Algumas pesquisas, ainda não definitivas, apontam que o uso continuado da erva pode reduzir a testosterona, o número de espermatozóides nos homens, o que poderia ser revertido ao se abandonar o uso da droga.[22] Entretanto, não é provado que uma menor quantidade de esperma tenha qualquer relação negativa com a fertilidade. Alegações de que a maconha poderia desregular o funcionamento hormonal nas mulheres, assim como alterar seu ciclo menstrual ou causar infertilidade, são improváveis e infundadas.

[editar] Dependência
Está comprovado cientificamente pela OMS que a maconha provoca dependência psicológica.[23] Alguns afirmam que a dependência é menor que o tabaco ou o álcool, no entanto tal comentário é muito genérico, pois outros fatores como frequência de consumo e percentual do princípio ativo nas substâncias consumidas varia muito.

[editar] Aparelho respiratório
Há uma certa polêmica com relação aos efeitos da maconha no aparelho respiratório. Como as pesquisas dos efeitos da maconha são mais recentes do que as produzidas sobre o tabaco, os resultados tendem a ser controversos e preliminares. Contudo, uma suposta pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde) a qual teria sido censurada por motivos políticos informa que a maconha não causa bloqueio das vias respiratórias, enfisema pulmonar ou qualquer outro dano às funções pulmonares.[24][25][26][27]

[editar] Risco de câncer no pulmão
Apesar de haver entre os usuários uma ideia disseminada de que fumar maconha é menos prejudicial aos pulmões do que fumar tabaco, isso pode não corresponder à realidade. Em matéria de material particulado, fumar de 3 a 4 cigarros de maconha por dia equivale a fumar mais que 20 cigarros de tabaco, porque o pulmão do fumante de maconha recebe uma carga líquida de material particulado cerca de quatro vezes maior do que o fumante de tabaco. Isso porque a maconha é fumada com um volume de tragada 2/3 maior, volume de inalação 1/3 maior e com um tempo de retenção da fumaça quatro vezes maior do que os valores considerados para o tabaco. Alguns desses problemas são causados porque o cigarro de maconha não é fumado com filtro, já que este é um processo de industrialização.

Referências
↑ Cientistas britânicos debatem uso medicinal da maconha. Página visitada em 02/03/2009.
↑ Maconha - Observatório Brasileiro de Informações sobre drogas. Página visitada em 02/03/2009.
↑ Uso prolongado de maconha pode dobrar risco de psicose - Folha de S.Paulo, 3 de março de 2010 (visitado em 3-3-2010)
↑ [1]
↑ [2]
↑ Huizink, A.C. and Mulder, E.J. (2006) Maternal smoking, drinking or cannabis use during pregnancy and neurobehavioral and cognitive functioning in human offspring. Neurosci. Biobehav. Rev. 30, 24–41
↑ Fried, P.A. et al. (2003) Differential effects on cognitive functioning in 13- to 16-year-olds prenatally exposed to cigarettes and marihuana.Neurotoxicol. Teratol. 25, 427–436
↑ Hardwiring the Brain: Endocannabinoids Shape Neuronal Connectivity Science, May 25, 2007
↑ Paul Berghuis,...:Endocannabinoids regulate interneuron migration and morphogenesis... 2007
↑ Harkany et al: The emerging functions of endocannabinoid signaling during CNS development
↑ J.S. Hayes, R. Lampart, M.C. Dreher, L. Morgan (1991). "Five-year follow-up of rural Jamaican children whose mothers used marijuana during pregnancy". West Indian Medical Journal 40 (3): 120-3.
↑ Dreher, M. C., Nugent, K., Hudgins, R. 1994. Prenatal marijuana exposure and neonatal outcomes in Jamaica: an ethnographic study. Pediatrics 93(2): 254-260. Retrieved on 5 Mar 2007
↑ Prenatal Marijuana Exposure and Neonatal Outcomes in Jamaica: An Ethnographic Study, February, 1994
↑ [3]
↑ 1996. The Merck Index, 12th ed., Merck & Co., Rahway, New Jersey
↑ Erowid. Cannabis Chemistry. Página visitada em 2006-03-20.
↑ [4] Neuroprotection by 9-Tetrahydrocannabinol, the Main Active Compound in Marijuana, against Ouabain-Induced In Vivo Excitotoxicity, M. van der Stelt, W. B. Veldhuis, P. R. Bär, G. A. Veldink1, J. F. G. Vliegenthart, and K. Nicolay, The Journal of Neuroscience, September 1, 2001
↑ INSERM-CNRS. Released June 1998. Excerpts from the Roques report. Hemp Info. Retrieved 5 Mar 2007
↑ Rapport Roques sur la dangerosité des drogues. (in French). Retrieved on 5 Mar 2007
↑ L'alcool aussi dangereux que l'héroïne. (in French) Retrieved on 5 Mar 2007
↑ [5]
↑ Impacto.
↑ UNODC Brasil e Cone Sul. Drogas: você sabe os riscos?. Página visitada em 21/01/2009.
↑ Doutor Busca.
↑ Folha Uol.
↑ BBC.
↑ AFH.

Classe Mamália









Os mamíferos formam o grupo mais importante dos vertebrados e ocupam o lugar mais elevado da escala de evolução zoológica. A classe dos mamíferos é também a mais conhecida pois inclui o homem e possui 4600 espécies diferentes. Os mamíferos descendem dos répteis; surgiram há 195 milhões de anos de um grupo diferente daquele que originou os répteis atuais, o que explica as diferenças. Com o tempo eles passaram a apresentar a mais variada forma de adaptação ao ambiente, como pêlos que ajudam a se protegerem do frio. Suas principais adaptações estão ligadas ao modo de reprodução, ao aleitamento materno e ao cuidado com a prole. Estão distribuídos em praticamente todas as regiões da Terra, porém muitos mamíferos encontram-se ameaçados de extinção em diversas áreas florestais. Os membros se localizam quase sempre na face abdominal do corpo, o que permite ao animal andar ou correr.

Existem representantes tão pequenos quanto os musaranhos e camundongos com menos de 5 cm de comprimento e pesando apenas alguns gramas, e tão grandes quanto o elefante africano (Loxodonta aficana), que pode pesar até 7 toneladas. No mar, a baleia-azul (Balaenoptera musculus), que pode alcançar 31,5 m e 119 toneladas de peso, é o maior animal conhecido. No Brasil, o tamanho varia desde cerca de 5 cm e alguns gramas nos pequenos roedores até aproximadamente 300 kg da anta (Tapirus terrestris).

Todos os mamíferos possuem três características não encontradas em outros animais: · a produção de leite através de glândulas mamárias; · pêlos formados por queratina, e especializados em funções diferentes: proteção contra a insolação, isolamento térmico, sensoriais, camuflagem e defesa; · três ossos no ouvido médio (martelo, bigorna e estribo).

Outras características secundárias encontradas na maior parte dos mamíferos são a presença de dentes diferenciados, uma mandíbula inferior formada por um único osso, a existência do diafragma (músculo que separa a cavidade abdominal da torácica), pulmões revestidos de pleura, epiglote controlando e separando a passagem de alimento e de ar, cérebro altamente desenvolvido, endotermia e homeotermia, sexos diferenciados, sexo do embrião determinado pela presença dos cromossomos X ou Y e fertilização interna.

Além das características gerais é necessário conhecer os seguintes detalhes:

1. Normalmente, os mamíferos utilizam quatro membros para se deslocarem, têm o corpo coberto de pêlos, que mudam periodicamente, uma epiderme queratinizada que protege contra o atrito, impermeabiliza e é uma barreira contra microorganismos, e a temperatura corporal é constante (homeotermos). Os mamíferos são animais de sangue quente; isso requer, então, algum tipo de isolamento térmico que é oferecido pela pele: tecido gorduroso, uma camada de pele externa morta (epiderme) e, principalmente, pêlos. As glândulas sebáceas, embutidas no pele, revestem os pêlos com uma secreção que repele água, e cada pêlo tem um músculo especial (horripilador) que pode deixá-lo eriçado.

2. Por ser o grupo mais complexo, onde o homem está presente, a característica que marca este grupo é a presença de glândulas mamárias para a alimentação de seus filhotes, possuindo outras glândulas tais como: sebáceas (produção de gordura para lubrificar), sudoríparas (produzem suor para manter a temperatura do corpo constante), odoríferas (produzem cheiro para afugentar os inimigos).

3. Todos os mamíferos, sem exceção, possuem pêlos (as baleias, que não tem pêlos quando adultas, nascem com eles; as escamas do pangolim são pêlos modificados, etc.). Os pêlos variam de acordo com o tipo ou animal: porco e javali possuem cerdas; o carneiro, a lã; o porco-espinho possui cerdas longas e rijas chamadas de espinhos.

4. O esqueleto se caracteriza por ter a coluna vertebral dividida em várias partes diferenciadas: região caudal, que pode terminar numa cauda, regiões lombar, dorsal e cervical. O nariz pode ser proeminente. No nariz está alojado o sentido do olfato que se encontra muito desenvolvido em algumas espécies de mamíferos. Possuem quatro extremidades, típicamente terminadas em cinco dedos providos de unhas córneas, garras ou cascos (ainda que ,em alguns casos, as extremidades podem estar mais ou menos atrofiadas como observamos em Cetáceos, baleias e golfinhos, ou em Sirenídeos). Freqüentemente o número de dedos é menor que cinco. Apresentam adaptações para andar, correr, trepar, voar, nadar ou escavar. Os membros, muito modificados nos cetáceos (os braços se tornam nadadeiras), se localizam quase sempre, nos mamíferos terrestres, na face ventral do corpo. Isto permite ao animal andar ou correr. Os membros podem ser terminados em quatro pés (quadrúpedes), dois pés e duas mãos (no homem) ou quatro mãos (nos macacos). Nos ungulados (búfalos), as unhas ficam em contato com o chão e se transformam em cascos. Em geral podemos dizer que temos nos mamíferos terrestres três formas de extremidades para caminhar:

PLANTÍGRADOS: que utilizam toda a palma ou sola do pé para caminhar, como no urso ou no ser humano

DIGITÍGRADOS (digitos:dedo): que caminham apoiados nos dedos, como o cão e o gato.

UNGULADOS: são mamíferos que caminham sobre a unhas, que por este motivo transformaram-se num casco, como ocorre no cavalo e em outros herbívoros.



Seu aparelho respiratório é formado pelos seguintes órgãos: vias aéreas, as narinas, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios e por último os pulmões. Por isso apresentam respiração pulmonar.

Os pulmões apoiam-se no músculo diafragma que auxilia nos movimentos respiratórios (inspiração, que é a entrada de ar, com a cavidade toráxica ampliada, e expiração, com a contração da cavidade toráxica, que é a saída do ar rico em gás carbônico). O diafragma separa o tórax do abdome.

Respiração nos Mamíferos


Cavidade toráxica, que contém os pulmões e o coração. Cavidade abdominal, com os aparelhos digestivo, excretor e reprodutor.No aparelho respiratório possuem laringe para poder emitir sons.


Sistema Respiratório
( Clique para ampliar )

O aparelho circulatório faz o sangue circular pelo corpo com ajuda dos vasos sangüíneos e do coração.O coração é igual ao das aves e crocodilianos, formados por duas aurículas e dois ventrículos, onde do lado direito circula o sangue venenoso e do lado esquerdo o sangue arterial . Os vasos sangüíneos - como artérias e as veias - são tubos por onde o sangue circula. As veias levando o sangue para o coração e as artérias conduzindo o sangue do coração para o corpo.

O coração é composto de dois átrios ou aurículas (direito e esquerdo) e dois ventrículos (direito e esquerdo).Cada átrio comunica-se com o ventrículo do mesmo lado. Os vasos que desembocam nos átrios são chamados VEIAS, bem como os vasos que saem dos ventrículos são as ARTÉRIAS.Portanto, o que identifica um vaso como veia ou artéria não é o tipo de sangue que carrega e sim o sentido em que o sangue circula.


Coração de um Mamífero

Para a transformação e o aproveitamento dos alimentos, os mamíferos apresentam aparelho digestivo formado por: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso e ânus. Na boca têm os dentes , diferentes segundo sua utilização, apresentam dentes incisivos para cortar, caninos para desgarrar e premolares e molares para triturar. Não há cloaca , como nas aves , nos placentários .O tubo digestivo é muito variado segundo se trate de carnívoro e omnívoros que o podem apresentar mais curto e simples que o dos herbívoros .

O aparelho excretor tem por finalidade a eliminação dos resíduos líquidos do organismo. Esse aparelho é formado por dois rins (que produzem a urina), dois bacinetes, dois ureteres, uma bexiga que irá armazenar temporariamente a urina, que em seguida será eliminada pela uretra .O principal resíduo nitrogenado é a uréia . Nos Répteis, Aves e Mamíferos os rins são chamados Metanefros, que são rins com muitos glomérulos situados na parte posterior do corpo.

Os mamíferos dispõem de cinco órgãos dos sentido: tato, olfato, paladar, audição e visão. Eles são utilizados para caçar, perceber a presença do inimigo, procurar alimentos, encontrar a fêmea para o acasalamento, proteção, etc . Alguns órgãos dos sentidos são mais apurados em certos animais do que em outros. Olfato bem desenvolvido - no cão, no leão, no elefante, etc., boa visão tem o lince, ótima audição tem o morcego, olfato o gato, tem através de suas vibrissas.

O sistema nervoso é bem desenvolvido , com cérebro e cerebelo grandes e aperfeiçoados. Eles possuem o maior cérebro entre os vertebrados, sendo particularmente bem desenvolvida a camada superficial, o córtex, responsável pela inteligência e memória. Isto dá aos mamíferos uma capacidade maior de aprendizagem que a dos outros vertebrados. Tal capacidade se reflete em variados e complexos padrões de comportamento, como a corte, a defesa de território, a vida em sociedade e a procura de alimento. Graças a eles, fica garantida a sobrevivência .Os hemisférios cerebrais, que são planos nos mamíferos inferiores, cresceram tanto nos superiores que apresentam pregas para entrar no crânio. (chamam-se circunvoluções).

O aparelho reprodutor dos mamíferos é formado das seguintes partes: o feminino é constituído por dois ovários que produzem óvulos, dois ovidutos, um útero, corpo do útero, vagina e abertura urogenital com a presença do clitóris. O reprodutor masculino é assim formado: dentro do escroto estão os testículos que produzem espermatozóides que serão armazenados nos epidídimos, duto deferente, canal inguinal, as glândulas próstata e Cowper fornecem secreção para que o espermatozóide possa nadar e sair pela uretra no meio do órgão copulador, que é o pênis.

A reprodução sempre é precedida de acasalamento verdadeiro. Os mamíferos são vivíparos (os filhotes se desenvolvem dentro do organismo da mãe), exceção feita aos Monotremados. Os monotremados, como o ornitorrinco e o equidna, são ovíparos. Nos marsupiais (canguru, koala), que possuem uma placenta vestigial e o desenvolvimento embrionário subdividido, inicialmente no útero e depois no marsúpio, dobra da epiderme do abdome onde se alojam as glândulas mamárias, a fêmea dá à luz um filhote embrionário que termina seu desenvolvimento na bolsa ventral materna; nestes mamíferos com placenta rudimentar, a bolsa marsupial substitui a placenta. Nos placentários, o embrião se desenvolve inteiramente no útero materno, ao qual se liga pela placenta. Este terá períodos variáveis de gestação; por exemplo: elefoa 20 meses, égua 12 meses, mulher 9 meses, cadela 2 meses, coelha 1 mês. Após esse período os filhotes são expulsos do corpo da mãe, sendo animais vivíparos.


Canguru

Taxonomia ou Sistemática
Os mamíferos são agrupados de acordo com suas semelhanças e separados conforme suas diferenças. Com base nesses procedimentos, os cientistas procuraram dividir os mamíferos em subclasses e várias ordens, entre as quais se destacam:

Subclasse Prototheria, ordem dos Monotremados. Um único orifício para os sistemas digestivo, reprodutor e excretor, a cloaca. Sobrevivem hoje 2 familias e 3 espécies; são os mamíferos mais primitivos que existem, pois botamovos, apresentam bico e patas semelhantes aos patos e os membros anteriores transformados em nadadeiras. O ornitorrinco e equidna (ambos encontrados na Austrália).

Sub-Classe Prototheria: Os Monotremados
Mamíferos com cloaca, uma homeotermia imperfeita e ovíparos


Echidna


Ornitorrinco

Platypus = Ornitorrinco


Ornitorrinco
Mamífero que também põem ovos, possui um bico de pato, com corpo peludo e cauda achatada que funciona como nadadeira. É uma curiosidade da natureza. Os ornitorrincos se alimentam basicamente de minúsculos invertebrados encontrados nos rios, numa dieta semelhante à dos peixes. Além disso, têm um apetite impressionante: consomem cerca de um quarto de seu peso em comida diariamente.

Como um macho adulto pode chegar a pesar 2 quilos, isso significa cerca de 500g de insetos quase microscópicos por dia. Isso faz dos ornitorrincos predadores vorazes, capazes mergulhar até 1000 vezes numa noite e movimentar pedras do tamanho de um melões no fundo dos rios para saciar sua fome.
Sub-Classe Metarheria: os Marsupiais
A placenta é rudimentar e a gestação imcompleta.

Inicia-se no útero e completa-se numa dobra da epiderme do abdome o o marsúpio.

São exemplos:


Canguru (australiano)


Opossum (neártico)


Gambá (neotropical)

Subclasse Theria, infraclasse Eutheria (Placentalia): mamíferos placentários divididos nas seguintes ordens.

Sub-Classe Eutheria: os Placentários
A placenta é desenvolvida e a gestação ocorrerá totalmente no útero materno:

O filhote ao nascer somente diferirá do adulto em volume e maturidade sexual.


Leão

Carnívoros
São os mamíferos que se alimentam de carne, pois apresentam dentes caninos bem desenvolvidos, capazes de dilacerar a carne. São exemplos leão-marinho, leão, lontra, lobo, quati, hiena, urso, onça, tigre, etc.

Cetáceos
São os maiores mamíferos adaptados à vida aquática, pois seus membros anteriores são transformados em nadadeiras; não têm os posteriores, e a forma de seu corpo lembra a de um peixe. Na enorme cavidade bucal, as baleias têm centenas de largas lâminas (barbatanas) que filtram a água do mar, permitindo a retenção do plâncton. No alto da cabeça, a baleia tem um orifício nasal, por onde é realizada a circulação do ar (respiração pulmonar). Os cachalotes, as orcas, os golfinhos e os botos são cetáceos que no lugar das barbatanas apresentam dentes (carnívoros).

Dermópteros
Mamíferos semelhantes a esquilos. São capazes de planar, vivem no Sudeste da Ásia. O principal exemplo é o lêmur-voador.

Edentados
São os mamíferos que apresentam uma dentição incompleta, contendo dentes sem esmaltes e sem raiz. Existem também aqueles que nem dentes têm. Esta ordem também pode ser chamada de Xenatro devido a um tipo de articulação especial das vértebras. A preguiça, tamanduá, tatu, etc.

Escamados
Mamíferos que possuem corpo coberto com grandes placas córneas e língua delgada, usada para pegar insetos. Vivem na África e no Sudeste da Ásia. · Focídeos: animais mamíferos, carnívoros da família Phocideae, pinípedes, desprovidos de orelhas, com orifício auditivo descoberto. Caminham saltando com o ventre, dada a impossibilidade de se levantarem com os membros posteriores e de usá-los para locomoção, vivem a maior parte da vida na água, tendo hábitos anfíbios (ou seja, vive tanto em terra como na água). A foca, o elefante-marinho e o leão-marinho.

Insetívoros
Mamíferos primitivos com focinho longo e pontiagudo. São pequenos e se alimentam de insetos. A toupeira, ouriço e musaranho.

Lagomorfos
A ordem dos lagomorfos é parecida com a dos roedores; a única diferença é que estes têm quatro dentes incisivos no maxilar superior e dois na mandíbula. Os coelhos e lebres.

Primatas: os mamíferos mais avançados. Cérebro grande, 5 dedos nas 4 extremidades. Distribução mundial. 13 familias e umas 200 espécies; são os mamíferos mais inteligentes, cuja cabeça forma um ângulo reto com o pescoço; ossos das pernas separados, livremente articulados, mãos e pés freqüentemente grandes, cada um com cinco dedos bem distintos, com o dedo polegar da mão em forma de alavanca, olhos dirigidos para a frente. Em sua maioria, estão adaptados à vida selvagem, como os macacos e os antropóides - estes desprovidos de cauda. O representante mais importante desse grupo é o homem. Porém, é preciso observar que, embora pertença a esta ordem, o homem está classificado na família dos homínidas. Os representantes dos primatas são o chimpanzé, o gorila, o orangotango, o macaco e o gibão. · Proboscídeos: estes mamíferos apresentam o lábio superior unido ao nariz, formando a tromba. Esta tem muitas utilidades, dentre elas: pegar o alimento e levá-lo à boca, defesa, etc. Nos machos, os dois grandes dentes incisivos no maxilar superior são as presas de marfim, que podem chegar a 2,5m. A cabeça desses animais é grande, com duas largas orelhas abanadoras para se refrescarem. Os elefantes.

Quirópteros
O nome Chiroptera origina-se de chiro= mão e ptero= asa, isto é, animais com a mão transformada em asa. É a segunda ordem em número de espécies, com cerca de 987 formas já conhecidas, cujo número só é superada pela Ordem Rodentia, dos roedores, onde se incluem os ratos, esquilos, cutias, etc. São os únicos mamíferos com capacidade real de vôo, propiciada pela membrana que une 4 dos 5 dedos do membro anterior, formando a asa. Outras espécies, como o esquilo-voador, apenas planam, após saltar de lugares altos. Os morcegos ocorrem em todos os continentes, só não sendo encontrados nos pólos. São em geral pequenos, na grande maioria não excedendo 100 gramas de peso. Apresentam hábitos crepusculares e noturnos e parte significativa das espécies orienta-se pela ecolocalização, emitindo sons de alta freqüência, inaudíveis ao homem, que ao esbarrar em algum objeto, retornam sob a forma de eco. Apresentam os hábitos mais diversos dentro de um único grupo de mamíferos, variando de insetívoros (alimentam-se de insetos), frugívoros (alimentam-se principalmente de frutos), nectarívoros (alimentam-se de néctar), piscívoros (incluem em sua dieta peixes), carnívoros (alimentam-se de pequenos vertebrados), onívoros (alimentam-se de frutos, flores, pequenos vertebrados e frutos) e hematófagos ou sanguívoros (alimentam-se de sangue). Seus olhos são reduzidos e atrofiados, mas a sua audição é perfeita, com a qual eles se orientam (sonar). Durante o dia eles permanecem no teto de cavernas, forros de casas abandonadas ou árvores. Saem à noite, para caçar pequenas presas (ratos, rãs, lagartos) ou até mesmo frutas e néctar de algumas flores.

Roedores
Estes mamíferos apresentam dentes incisivos que não param de crescer. Para que isso não dificulte sua sobrevivência, estes animais roem com grande freqüência para poderem desgastá-los. Não apresentam dentes caninos. A capivara, castor, rato, esquilo, etc.

Sirênios
Estes mamíferos aquáticos vivem em água doce e têm seus membros transformados em nadadeiras, com a cabeça semelhante à do bezerro, herbívoros dóceis e de poucos pêlos cobrindo o corpo. O nome sirênio significa sereia, a figura da lenda, metade peixe e metade mulher. Por sua carne ser muito apreciada estão sendo dizimados. O peixe-boi.

Ungulados
Seus membros apresentam em sua extremidade o casco. Por isso estão divididos em dois grupos: Artiodáctilos e Perissodáctilos.

Artiodáctilos
Significa que esses animais têm um número par de dedos com casco. São exemplos o porco, camelo, dromedário (uma corcova), lhama dos Andes. o Perissodáctilos: significa que esses animais têm um número ímpar de dedos com casco. O cavalo, burro, anta, zebra e o rinoceronte.

Os ungulados podem ser ruminantes, pois o alimento, depois de engolido, é armazenado temporariamente na pança para ser amolecido e vai para o barrete e quando regurgitado, volta à boca para melhor ser mastigado e engolido, passando para o folhoso e logo em seguida coagulador (partes do estômago complexo). São exemplos de ruminantes, o camelo, boi, cabra, girafa, búfalo, etc.

Fonte: www.marcobueno.net

SUPERFAMÍLIA: Hominoidea. Macacos Antropóides e Homem.

FAMÍLIA: Pongidae

Gorilla gorilla (Gorila)


Gorila


Chipanzé

FAMÍLIA: Hominidae

Homo sapiens (espécie humana)

ORDEM: Edentata. Tamanduás, Preguiças, Tatus
FAMÍLIA: Myrmecophagidae. Tamanduás.

Myrmecophaga tridactyla (Tamanduá bandeira)


Tamanduá bandeira

FAMÍLIA: Bradypodidae. Preguiças.

FAMÍLIA: Dasypodidae. Tatus.

ORDEM: Lagomorpha
FAMÍLIA: Leporidae. Lebres e Coelhos.

ORDEM: Rodentia. Roedores
FAMÍLIA: Sciuridae. Esquilos e Marmotas.

FAMÍLIA: Castoridae. Castores.

FAMÍLIA: Erethizontidae. Porco-espinho.

FAMÍLIA: Cricetidae. Ratos, Camundongos e Hamster.

FAMÍLIA: Muridae

Wiedomys pyrrhorhinos (Rato de Fava)


Rato de Fava

FAMÍLIA: Sciuridae

Glaucomys volans (Esquilo Voador)


Esquilo Voador

ORDEM: Cetacea. Baleias, Golfinhos e Botos
FAMÍLIA: Delphinidae

Orcinus orca (Orca)


Orca

Delphinus delphis (Golfinho comum)



ORDEM: Carnivora. Carnívoros
SUBORDEM: Fissipedia. Cães, Gatos, Ursos, etc.

FAMÍLIA: Procyonidae. Panda.

FAMÍLIA: Mustelidae

Meles meles (Texugo)


Texugo

FAMÍLIA: Hyaenidae.
Crocuta crocuta (Hiena malhada)


Hiena malhada

FAMÍLIA: Canidae.
Canis familiares (Pastor, São Bernardo, etc.)
Canis lupus (Lobo)


Lobo

Canis latrans (Coiote)


Coiote

Vulpes vulpes (Raposa)


Raposa

FAMÍLIA: Ursidae. Ursos
Ursus arctos horribilis (Urso-grizzly)


Urso

SUBORDEM: Pinnipedia. Focas e Leões Marinhos.

FAMÍLIA: Odobenidae

Odobenus rosmarus (Morsa)


Morsa

FAMÍLIA: Otariidae

Zalophus californianus (Leão Marinho)


Leão Marinho

ORDEM: Proboscidea. Elefantes.

FAMKLIA: Elephantidea

Loxodonia africana (Elefante africano)


Elefante africano

ORDEM: Perissodactyla. Ungulados de dedos kmpares.

FAMILIA: Rhinocerotidae. Rinocerontes.

FAMILIA: Equidae. Cavalos, asnos e zebras.

Equus caballus (Égua Puro Sangue)

ORDEM: Artiodactyla. Ungulados de dedos pares.
SUBORDEM: Suiformes. Porcos e semelhantes.

FAMILIA: Suidae.

Sus scrofa (Porco)


Porco

FAMILIA: Hippopotamidae. Hipopótamos.
Choeropsis liberiensis (Hipopótamo pigmeu)


Hipopótamo pigmeu

SUBORDEM: Tylopoda.

FAMILIA: Camelidae.
Camelus bactrianus (Camelo bactriano)


Camelo bactriano

SUBORDEM: Ruminantia. Ruminantes. Pés com cascos. Ruminam.

INFRAORDEM: Pecora. Ruminantes Verdadeiros.

FAMILIA: Cervidae. Veados.
FAMILIA: Giraffidae. Girafas.
FAMILIA: Bovidae. Ruminantes com cornos ocos.
Capra hircus (Cabra doméstica)


Cabra doméstica

Bos taurus (Gado doméstico)


Gado Doméstico

Ovis aries (Carneiro)


Carneiro

Fonte: www.umsonhoparamim.hpg.com.br



Total de visualizações de página

 
Desenvolvido por Othon Fagundes