Tecnologia do Blogger.

6 de ago. de 2010

Nematelmintos



Principais Características
Este filo é formado de vermes cilíndricos afilados nas extremidades sem segmentação e de dimensões muito variadas.

São vermes pois tem o corpo cilíndrico e sem membros.

Ambientes
Existem espécies parasitas, mas a maioria é de vida livre. Os nematelmintos de vida livre habitam o solo úmido, a areia dos desertos e das praias, a água estagnada, o mar. Os parasitas infestam os animais e as raízes, frutos, outras partes das plantas e o homem.

Forma e tipo de alimentação
É o primeiro filo na escala evolutiva a apresentar sistema digestivo completo (com boca e ânus). O alimento é ingerido pela boca (na parte anterior do corpo) e é empurrado por uma faringe curta e musculosa até o intestino, onde os alimentos são semidigeridos e englobados pelas células da parede intestinal, onde terminam de ser digeridos (digestão extra e intracelular). O material não digerido é eliminado pelo ânus.Os que parasitam plantas se alimentam da seiva e do conteúdo das células; e os que parasitam animais destroem células, para nutrirem-se de seu conteúdo, ou retiram alimento do muco do tubo digestivo.

Respiração
Sistema respiratorio ausente. Nas espécies de vida livre a respiração é aeróbia; as trocas são feitas por difusão através da pele. Nos parasitas a respiração é anaeróbia(ocorre na ausência de oxigênio).

Tipo e forma de reprodução
Animais de sexos separados com dimorfismo sexual. Fêmeas com grande fertilidade e existência de estágios larvários.

A reprodução é sexuada
Os espermatozóides, que não têm flagelos, deslocam-se por movimentos amebóides, e a fecundação é interna.

Esqueleto
Há uma ampla cavidade cheia de fluido, que serve como “esqueleto hidrostático”, pois mantém a forma do animal e proporciona sustentação, facilitando ainda a distribuição de substâncias (como nutrientes, resíduos e gases).

Representantes
Os asquelmintos (que já foram classificados como Aschelminthes, Nemathelminthes, Nematelmintos ou Pseudocoelomata)Entre os asquelmintos, o grupo mais numeroso e de maior importância para o homem é a classe Nematoda, à qual muitos autores atribuem a categoria de filo (filo Nematelminthes). Dentre os parasitas podem ser citados a lombriga, o ancislóstomo, o oxiúro, o bicho geográfico e a filária.

Fonte: vestcev.com.br

Filo Platelmintos



CARACTERÍSTICAS GERAIS

Dugesia tigrina

Os vermes apresentam considerável progresso em relação aos poríferos e celenterados. Podemos constatar isso caracterizando os platelmintos: trata-se de animais de simetria bilateral, triblásticos, acelomados, com sistema nervoso centralizado, sistema digestivo incompleto e dispondo de sistema excretor e gônadas permanentes.

A maioria das espécies pertence a classe Trematoda. Possuem o corpo achatado dorso-ventralmente. A maioria das espécies é parasita, vivendo no trato digestivo de muitos animais, especialmente vertebrados. Os de vida livre encontram-se nos mais variados ambientes: em todos os mares, na água doce e mesmo na terra, onde preferem a umidade encontrada sob pedras, troncos podres e cascas de árvores. Os platelmintos marinhos de vida livre, que freqüentemente exibem cores vistosas, são carnívoros e saprófagos; vivem também em locais protegidos, geralmente embaixo de pedras e seixos, em fendas e entre algas. Os que parasitam organismos marinhos, como peixes, podem ter um impacto econômico negativo.

Os Turbelária são de vida livre, apresentam o corpo achatado dorso-ventralmente, ovalado ou alongado, comumente com projeções cefálicas; usualmente têm boca em posição ventral e não possuem ventosas. A epiderme é ciliada e rica em glândulas mucosas. Os Trematoda, todos parasitas, são também achatados dorso-ventralmente, o corpo é ovalado ou arredondado, revestido por uma cutícula (sem epiderme ou cílios) e com uma ou mais ventosas para fixação.

Filo dividido em 3 classes: Turbelários, trematódeos, e cestóides:
Turbelárias
Reúne platelmintos de vida livre, podendo ser aquáticas ou terrestres. Ex.: Planária.

Tremotoda
Espécies ectoparasitas e endoparasitas. Corpo revestido por uma cutícula resistente. Na região anterior exitem, eventualmente, ventosas para a melhor fixação do animal ao hospedeiro.

Cestoda
Reúne as tênias ou solitárias, chamadas desse forma, pois, ao se fixarem ao hospedeiro, liberam substâncias impedindo outras se fixarem.

SISTEMA NERVOSO DOS PLATELMINTOS

Sistema Nervoso dos Platelmintos
(Clique para Ampliar )

Rede Nervosa Platelmintos. Comparações de diferentes Turbelários em cortes transversais.
COMM, Comissuras entre as cordas nervosas ventral e dorsal;
D.N.CORD, Corda nervosa dorsal;
EPID, Epiderme;
LAT.N.CORD, Corda nervosa lateral;
MUSC, Musculatura;
SUBM. PLEX, Nervo submuscular do plexo;
SUBEP. PLEX, Nervo subepidermal do plexo;
VLAT. CORD, Corda nervosa ventrolateral;
V. CORD, Corda ventral nervosa;
V. N. PLATE, Placa ventral nervosa.

Nos platelmintos, as células nervosas se agrupam, formando dois cordões nervosos, localizados ventralmente. Essa posição do sistema nervoso é uma característica comum a todos os invertebrados. Os cordões nervosos se comunicam por meio de fibras transversais, e o sistema nervoso assume o aspecto de uma escada. Na região anterior, estão dois grandes gânglios cerebróides, regiões de maior condensação de células nervosas. Outros gânglios são encontrados ao longo dos cordões nervosos. Esse tipo de sistema nervoso é chamado ganglionar.

A tendência evolutiva de se agrupar células nervosas na região anterior do corpo é conhecida como cefalização, e se inicia com os platelmintos.

As planárias possuem órgãos capazes de captar estímulos luminosos, mecânicos e químicos.

CÉLULAS NERVOSAS DOS PLATELMINTOS

Células Nervosas dos Platelmintos
( Clique para Ampliar )

Células nervosas de platelmintos:
A) Grandes células bipolares
B) Invervação de fibras musculares dorsoventrais de um nervo
C) Conexões entre neurônios pelas estruturas laterais
D) Parte de uma célula nervosa da corda nervosa próxima ao cérebro
E) Redes finais de quatro fibras nervosas
F) Células sensoriais e seus processos na pele
A escala em "C" é aplicada de "C" a "F". Não há escala para "A"

As inclusões nervosas são similares as comuns: condriomas, vacúolos, golgi e centrossomos próximos ao núcleo celular, como nos moluscos e artópodos. As fibras nervosas possuem tamanho aproximado de 20 u de diâmetro. Secções transversais do nervo mostram que a estrutura é semelhante a dos anelídeos e artrópodos.

Os tipos de células nervosas mostraram um avanço se comparadas aos celenterados pela presença de muitas células unipolares ao invés de bipolares e multipolares. As células unipolares são, em sua maioria, muito semelhantes aquelas encontradas nos invertebrados mais evoluídos, tendo diferentes tipos de ramificações no sistema nervoso central, e algumas vezes no sistema nervoso periférico. Alguns autores defendem que as células nervosas unipolares somente são encontradas no cérebro. Na realidade há uma predominância delas naquela região. De qualquer modo isto é marca uma grande evolução histológica.

Hanström e Monti demonstraram, através de sucessivas impregnações de Golgi, que existem diferentes tipos de células na escala de complexidade dos sistemas nervosos. Podem ser neurônios unipolares com o corpo celular nas cordas ventrais, neurônios unipolares com ascendentes ou descendentes processos de comissuras e, o mais alto grau relatado, neurônios unipolares descendentes com espaços colaterais.

Foram ainda definidos sete tipos de corpo celular nas células nervosas: (a) a maior célula (12 a 16 U), sendo praticamente todas unipolares, com um núcleo redondo, central e com pouca cromatina e com um citoplasma e suas organelas pouco denso; (b) também constituído por células grandes, envolvidas em dois ou mais processos com o cérebro e apresentam uma quantidade um pouco maior de cromatina em seu núcleo simples; (c) são as menores e aparentemente todas unipolares. Seu núcleo possui grânulos de cromatina nenhum nucléolo definido; (d) são levemente maiores que as células do tipo C. Seu núcleo é mais denso e possui definição de nucléolo; (e) os núcleos são irregulares em tamanho e estão localizados entre as fibras e as cápsulas cerebrais. O citoplasma nunca foi descrito; (f) são as células que são encontradas no interior e no exterior das massas granulares. Possuem um fino citoplasma que circunda a densa região do núcleo com muita cromatina concentrada; (g) são as células da glia, ocorrendo nas fibras.

Fonte: www.pucrs.br

CNIDÁRIOS


Celenterados ou cnidiários:
Aquáticos em sua maioria marinhos

Dotados de células urticantes

Durante o ciclo vital, a maioria passa por uma fase de medusa com vida livre e outra de pólipo com vida séssil (fixa)





Celenterados ou cnidários
Pluricelulares, enterozóarios (com cavidade gástrica), diblásticos - exclusivamente aquáticos; dotados de células urticantes (cnidoblastos); duas formas básicas; pólipo (fixo) e medusa (livre-natante); isolados ou coloniais; sistema nervoso difuso; pode apresentar reprodução por metagênese.

Animais aquáticos, principalmente marinhos. Poucas espécies vivem em água doce.

As medusas ou águas-vivas constituem uma ameaça para banhistas e pescadores, podendo ocasionar "queimaduras sérias".

As colônias de corais enfeitam os fundos dos oceanos e servem de abrigo para muitas outras espécies de seres vivos. Os recifes de corais podem proteger algumas ilhas !

Numerosas pessoas usam os exoesqueletos dos corais para confeccionarem bijouterias.

Características gerais
Os celenterados, ou cnidários, são os primeiros metazoários a exibir uma cavidade digestiva ou cavidade gastrovascular (1a ocorrência nos animais), com uma abertura única que funciona como boca e ânus, portanto o tubo digestivo é incompleto. Todos os membros do filo possuem, ao redor da boca, tentáculos dotados de células urticantes (cnidoblastos) que auxiliam na captura de alimentos. A digestão enzimática do alimento começa nessa cavidade extracelularmente e termina no interior (intracelularmente) das células muscular-digestivas, que fazem parte da gastroderme.

São animais de corpo mole e aquáticos
Os cnidoblastos, exclusivos dos celenterados, são células especiais, dotadas de uma cápsula - nematocisto - contendo toxinas e um filamento inoculador enovelado. Na superfície externa do cnidoblasto há um cnidocílio que, quando estimulado, provoca a abertura do nematocisto; o filamento inoculador é evertido, descarregando suas toxinas sobre a presa.



Os cnidoblastos se distribuem pela epiderme e degeneram após serem disparados. A sua regeneração, assim como dos outros tipos celulares, será feita por células intersticiais indiferenciadas.

O sistema nervoso é difuso (1a ocorrência nos animais) e formado por neurônios que se interligam da mesogléia para a gastroderme e epiderme. Não apresentam cérebro ou centro coordenador dos impulsos nervosos.

Os celenterados apresentam respiração e excreção por difusão simples e em qualquer parte da superfície corporal.

Há dois tipos morfológicos básicos de celenterados:
pólipo: séssil, forma cilíndrica, base presa a substrato; boca superior, rodeada por tentáculos; vivem isolados ou formando grandes colônias (brotamento), unidos uns aos outros por seu exoesqueleto (corais). Existem ainda, as colônias flutuantes ou superorganismos, como as caravelas (Physalia sp), que possuem várias formas de pólipos (= polimórficas): gastrozóides (nutrição), gonozóides (reprodução), dactilozóides (defesa = muitos cnidoblastos).


Pólipo

Medusa: livre-natante, forma semelhante a "guarda-chuva" É livre natante. A boca fica voltada para baixo e pode estar circulada por longos tentáculos onde se concentram numerosos cnidoblastos: células típicas desse filo, que "disparam e injetam" um líquido urticante e de efeito paralisante nos animais (funções de captura e defesa !).


Medusa

A Cyanea capilata é medusa de mares frios ( 3 m; 40 m de extensão dos tentáculos !)
Em diversas espécies, as formas de pólipo e medusa se alternam dentro do mesmo ciclo vital. Há outras espécies em que só ocorre um dos dois tipos morfológicos.

O corpo dos celenterados apresenta duas camadas celulares, separadas por uma mesogléia gelatinosa: a epiderme (externa) e a gastroderme (interna), que possuem células contráteis e sensoriais.



A locomoção ocorre graças a fibrilas contrácteis das células epiteliais gastrodérmicas que permitem aos celenterados movimentos de contração e distensão do corpo e tentáculos. Nas formas medusóides, a contração do corpo provoca a expulsão de jatos de água através da boca; a medusa se desloca no sentido oposto ao jato de água, alternando contrações e distensões. Algumas formas polipóides (Hydra) deslocam-se por meio de verdadeiras cambalhotas: fixando a região oral soltam a região basal do substrato para novamente fixá-la em outro ponto.

Nas formas medusóides existem os ropálios, estrutura sensoriais formados por células fotorreceptoras, e os estatólitos, relacionados ao equilíbrio do corpo.


Hidra - brotamento

Diversidade
O filo dos celenterados compreende formas de vida isoladas e coloniais, representadas pelas águas-vivas (medusas), hidras, corais e anêmonas.

É possível agrupar as diferentes espécies de celenterados em três classes: Hidrozoa, Cifozoa e Antozoa.

Classe Hidrozoa
Marinhos e dulcícolas; há espécies coloniais e isoladas, com polimorfismo.

Medusas de pequeno tamanho (com véu).

Apresentam alternância de gerações (metagênese): Obelia.

Reprodução: assexuada nos pólipos (brotamento) e sexuada nas medusas.

Hidra (pólipo isolado), Obelia (colonial), caravela (Physalia).


Classe Cifozoa
Exclusivamente marinhos, geralmente polimórficos. As medusas (águas-vivas)sem véu, são predominantes no ciclo (metagênese), chegando a atingir até 2 metros de diâmetro; os pólipos são diminutos, reproduzindo- se por estrobilização. Durante a metagênese o desenvolvimento é indireto (larva plânula). Exemplo: Aurelia.



Classe Antozoa
Representada exclusivamente por formas polipóides isoladas como as anêmonas-do-mar (Actínia sp ou rosa-do-mar) , ou coloniais como os corais. Estes últimos secretam esqueleto calcário e formam os recifes de corais.

Reprodução assexuada por bipartição ou brotamento.

Reprodução sexuada com formação de larva plânula.



Reprodução
A maioria dos celenterados apresenta reprodução sexuada e assexuada, sendo grande o número de espécies que apresenta alternância de gerações (metagênese). Nesse caso, a forma polipóide produz assexuadamente pequenas medusas que, após um período de desenvolvimento, produzem gametas de cuja fusão resulta o zigoto.

A fecundação é externa na maioria dos celenterados, havendo espécies em que o encontro dos gametas ocorre dentro da cavidade gástrica. Nos casos em que o desenvolvimento é indireto (todas as espécies marinhas) o zigoto formado dá origem a uma larva ciliada (plânula). Após algum tempo a larva se fixa ao substrato dando origem a um novo organismo (pólipo).

Nas espécies que apresentam apenas a forma de pólipo, esse se reproduz sexuadamente originando novos pólipos. Os espermatozóides são liberados na água, nadando ao encontro do óvulo. A fecundação e as primeiras divisões ocorrem com o zigoto ainda preso ao organismo materno. Como sequência do processo, o embrião se destaca e transforma-se em um pólipo jovem que na maturidade repete o ciclo.



Fonte: www.escolavesper.com.br



gr. PORUS = PASSAGEM / FER = PORTADOR
1. Origem
Os animais pertencentes ao filo dos celenterados e ao filo dos poríferos foram provavelmente os primeiros animais a povoar o planeta. Isso ocorreu há aproximadamente 1 bilhão de anos.

De todos os animais os poríferos é o que apresentam estrutura mais simples.Os poríferos sugiram ainda antes dos celenterados . Uma prova disso é um aspecto bem primitivo que podemos observar nas esponjas: elas não apresentam digestão extracelular (fora da célula). Cada célula alimenta por si. Não há uma cavidade digestória onde o alimento é parcialmente digerido primeiro para depois ser distribuído por todas as células. Em todos os outros animais isso ocorre, até mesmo nos celenterados.

Há várias teorias para explicar a origem desses animais. Uma delas afirmam que surgiram de seres constituídos apenas por uma célula e dotados de flagelos.Flagelo é um filamento móvel que os seres unicelulares usam para se locomover.

De acordo com essa teoria, os organismos unicelulares teriam se reunido formando colônias.Com o passar do tempo, as divisões das tarefas e a dependência entre as células foram transformando essa colônia num só individuo. Um reforço dessa teoria, segundo seus defensores, seria o fato da maioria dos animais de estruturas mais complexas apresentarem algumas células dotadas de flagelo, como é o caso do espermatozóide.



2. Habitat
O filo Porífera é constituído por cerca de 5 mil espécies de animais, todos aquáticos. Eles são predominantemente marinhos (minoria em água doce), sendo encontrados desde o nível das praias até uma profundidade de 6 mil metros. Os poríferos são animais sésseis, fixando-se sobre rochas, conchas, etc.

Os Poríferos são aquáticos e a maioria vive no mar. A maneira mais fácil de se achar um é procurando em rochas e madeiras submersas no litoral de regiões tropicais e subtropicais, porém também podem ser encontrados em mares árticos. As espécies mais comuns de esponjas formam crostas amarela, laranja ou cinza. Exemplo de esponja: Spongia, porífero marinho muito usado antigamente para lavar e esfregar.

Exceto quanto a cerca de 150 espécies de água doce, as aproximadamente 5000 espécies descritas de esponjas são animais marinhos. Elas abundam em todos os mares, onde quer que as rochas, conchas, madeiras submersas ou corais providenciem um substrato adequado. Algumas espécies até vivem em areia macia ou leitos de lama. A maioria das esponjas prefere águas relativamente rasas, mas alguns grupos (incluindo a maioria das esponjas de vidro) vivem em águas profundas.

Eles são animais necessariamente aquáticos, popularmente chamados de esponjas. Podem viver na água doce, mas a maioria está no mar fixa sobre pedras, conchas, ou pilares de pontes. Possuem tamanhos variando desde alguns milímetros até mais de 20 centímetros.



3. Morfologia
As esponjas menores e simples mostram simetria radial, enquanto a maioria é assimétrica.

As esponjas são animais multicelulares inferiores, incapazes de movimento, de aspecto semelhante ao de várias plantas. Espécies diferentes apresentam-se como crostas finas e chatas, em forma de vaso, ramificadas, globulares ou de forma variada. Muitas são coloridas de cinzento ou pardo e outras são de cores brilhantemente vermelhas, alaranjadas ou azuis.

O tamanho varia entre alguns milímetros a vinte centímetros ou mais.


Poríferos
( Clique para Ampliar )

O revestimento se faz pela epiderme constituída por fina camada de células achatadas, os pinacócitos.

A sustentação é garantida por mesênquima gelatinoso, interno à camada de pinacócitos: no mesênquima estão mergulhadas espículas de calcário ou silício, células indiferenciadas ou amebócitos.O endoesqueleto é formado por espículas minerais (calcárias ou silicosas, secretadas pelas células escleroblastos) e por filamentos da proteína espongina.

Os amebócitos são células indiferenciadas que poderão repor (regenerar) todos os demais tipos celulares.

A parede do corpo é formada por duas camadas celulares. A camada mais externa é dermal, de origem ectodérmica, e a mais interna, denominada gastral, tem origem endodérmica. Entre as duas camadas celulares, há um mesênquima gelatinoso. A cavidade central do corpo é chamada átrio ou espongiocela. Nas duas camadas celulares e no mesênquima, encontramos os seguintes tipos celulares: Pinacócitos: são células achatadas que, justapostas, formam a camada dermal.

Coanócitos
São células flageladas e providas de um colarinho, uma formação membranosa que envolve o flagelo. Revestem a cavidade atrial e constituem a camada gastral.

Porócitos
São células, percorridas por uma perfuração cônica. São estas perfurações dos porócitos que constituem os numerosos poros que ligam o átrio ao meio externo.

Miócitos
São células alongadas e contrácteis, que formam esfíncter em torno dos poros e do ósculo.

Amebócitos
Células, situadas no mesênquima, que possuem movimento emebóide, realizando várias funções.

Tipos de Esponjas
ÁSCON

Ascon

O tipo Áscon é a forma mais primitiva dos espongiários, tem forma tubular ou de um vaso fixo a um substrato. No ápice deste tipo de esponja aparece uma abertura denominada de ósculo, por onde sai a água que penetra pela superfície porosa da esponja. O corpo da esponja apresenta uma camada dermal de origem ectodérmica (externa) e outra camada gastral de origem endodérmica (interna). Entre as duas existe uma mesênquima gelatinoso. No centro existe uma cavidade chamada de átrio ou espongiocela.

SÍCON

Sícon

Apresenta como uma urna alongada, fixada pela extremidade superior, circundado por uma coroa de espículas longas e afiliadas. A superfície do corpo possui numerosas elevações ou papilas, das quais saem pequenas espículas. Entre as papilas aparecem os poros.

Cortada longitudinalmente, apresenta a parede do corpo espessa e com uma série de dobras, formando curtos canais horizontais. Distinguimos dois tipos de canais: inalantes e exalantes. Os primeiros abrem-se na superfície externa e terminam em fundo cego. Os canais exalantes, são internos e desembocam no átrio.

A superfície externa e os canais inalantes são revestidos pela camada dermal, formada por pinacócitos, ficando os coanócitos limitados aos canais exalantes. O mesênquima gelatinoso é bem mais desenvolvido do que no áscon, contém amebócitos e espículas.

LÊUCON

Leucon

É o tipo mais evoluído, o átrio é reduzido, enquanto a parede do corpo é bastante desenvolvida e percorrida por um complicado sistema de canais e câmaras. Os coanócitos encontram-se revestindo câmaras esféricas, também denominada câmaras vibráteis, interpostas num sistema de canais. Os canais partem dos poros e atingem as câmaras transportando água são denominadas inalantes ou aferentes. Das câmaras saem os canais exalantes ou eferentes que atingem o átrio.

Os coanócitos só aparecem nas câmaras vibráteis. Os pinacócitos revestem a superfície externa, o átrio e os diversos canais. No desenvolvimento do mesênquima encontramos amebócitos e espículas.

CLASSE CALCÁRIA
As Calcárias possuem espículas de carbonato de cálcio. Nessa classe encontram-se esponjas dos tipos áscon, sícon e lêucon. São esponjas pequenas e vivem em águas rasas.

CLASSE HEXACTINÁRIA
As Hexactinálidas possuem espículas silicosas. Na maioria das vezes essas espículas formam uma rede que se assemelha a vidro quando seca, por isso são conhecidas como esponjas-de-vidro.

CLASSE DESMOSPÔNGIA
As Desmospôngias possuem espículas silicosas, fibras de espongina ou ambas. A esta classe pertence a maioria das esponjas. São todas do tipo leucon e apresentam formatos irregulares. Vivem em águas rasas e profundas, e entre elas estão as esponjas de banho.

4. Sistema Respiratório
A respiração é feitas por difusão, principalmente pela epiderme, do mesmo modo como são absorvidos os alimentos.


Sistema Respiratório das Poríferas
( Clique para Ampliar )

5. Sistema Digestório
Quanto a alimentação, as esponjas são animais filtradores, alimentam-se de algas microscópicas, protozoários, larva, etc. O alimento é digerido pelos coanócitos e distribuídos através de células denominadas de amebocitos.

Os pinacócitos fixam-se num substrato, a água entra por numerosos poros (porócitos) na superfície do seu corpo e após circular na cavidade do átrio ou espongiocele (paragáster) sairá pelo ósculo, que é a abertura no pólo superior. Esse sentido de movimentação da água é determinado pelo batimento unidirecional (direção oposta ao corpo celular) de flagelos dos coanócitos. Outra função destas “células em colarinho” é fagocitar os alimentos que estão em suspensão na água e realizarem a única forma de digestão desses animais: intracelular.

6. Reprodução
Assexuada por brotamento (gemiparidade)
No caso, ocorre a formação de uma gema (ou broto), no corpo da esponja-mãe, formando novos indivíduos. Estes por sua vez, podem separar-se do organismo original ou manter-se unidos formando colônias.

Espécie de água doce
Forma-se pequenas gêmulas, contendo um grupo de amebócitos, que são envolvidos por uma camada de espículas. As gêmulas são formas de resistência que suportam algum tempo de seca em riachos e lagos. Com a volta das águas, elas se hidratam, e rompem camadas externas, fazendo com que suas células se organizam, formando uma nova esponja.

Reprodução sexuada
Alguns amebócitos presentes no mesênquima sofrem diferenciação, originando óvulos e espermatozóides. Nas células os indivíduos apresentam sexos separados, assim os machos liberam espermatozóides na água. Assim eles são levados, e quando atingem o atrito de uma esponja fêmea, penetram na parede do corpo e fecundam os óvulos que ali encontram. O zigoto formado divide-se, formando uma pequena bola de células, que se liberta do corpo da esponja fêmea. Esse montante de células nada, com a ajuda de células flagelada, para fora do ósculo, ganhando o meio externo. Após um tempo nadando, o embrião se fixa sobre um substrato, desenvolvendo uma nova esponja.


Reprodução das Poríferas
( Clique para Ampliar )


Reprodução Sexuada das Esponjas
( Clique para Ampliar )

7. Aproveitamento Econômico
A importância das esponjas é bastante reduzida em relação a outros filos. Algumas são de grande valor comercial, pois o seu esqueleto pode ser usado para o banho como esponja(Demospongeae - subgrupo Keratosa), após decomposição de todas as células vivas, já que são muito macias e absorventes. Antigamente pessoas que sofriam de problemas de tiróide utilizam os poríferos já que são ricos em iodo, que é indispensável para a produção de tiroxina pela tiróide.

No grupo que tem importância comercial, um matéria proteíca, chamado esponjina, constitui uma grande porção do esqueleto.

8. Doenças Transmitidas
ESPONJAS
Essencialmente marinhas, dos mares árticos até os tropicais, vivem desde a linha de maré baixa até profundidades de 6.000 metros. Incapazes de movimento e com o aspecto semelhante ao de várias plantas, apresentam o corpo poroso com formato e coloração variados e tamanhos que vão de 1 mm a 2 m de diâmetro. Fixam-se a rochas, conchas e outros objetos sólidos. Apresentam um esqueleto de sustentação formado de fibras irregulares de espongina __ escleroproteína contendo enxôfre, daí o odor desagradável após algum tempo fora da água __, combinadas com espículas calcárias (esponjas calcárias) ou silicosas (esponjas de vidro). A título de curiosidade, a esponja comercial, usada no banho, é o esqueleto flexível (espongina) de uma esponja marinha com todas as partes vivas retiradas. Em algumas espécies, mais evoluídas, as espículas estendem-se para fora da superfície do corpo produzindo uma aparência cerdosa. Seu epitélio externo, formado por células finas e chatas, pode secretar substâncias químicas irritantes (peçonha) para a pele humana.

Aspectos Médicos
O resultado de um contato com as espécies mais perigosas, onde suas espículas penetram na pele com a conseqüente inoculação da peçonha, é uma dermatite desagradável e/ou dolorosa (reações alérgicas e/ou inflamatórias).

Prevenção
Para evitar acidentes com as esponjas-marinhas, na verdade não muito comuns, recomenda-se o uso de luvas para o manuseio destes animais. A roupa de neoprene dos mergulhadores protege em caso de contato brusco.

Tratamento
O tratamento da lesão causada pela esponja visa eliminar os efeitos da dermatite e se resume às medidas abaixo descritas. Irrige a região afetada com ácido acético à 5% (vinagre) por 10 a 15 minutos. Após essa aplicação, seque a pele. Depile o local afetado com esparadrapo ou lâmina, para remover a maior parte das espículas que possam estar encravadas na pele. Repita o tratamento com ácido acético à 5% por 5 minutos. Aplique uma camada fina de loção de hidrocortisona 0,5 a 21%, 2 vezes ao dia, até que a irritação desapareça. Não inicie o tratamento com a aplicação de hidrocortisona antes do ácido acético. Nas manifestações alérgicas graves, com formação de grande edema, flictenas e fortes dores locais, administre medicação sistêmica (antihistamínicos e/ou corticosteróides), de acordo com a gravidade do caso. Caso haja sinais de instalação de infecção, suspenda os corticóides e administre antibióticos com ampla cobertura para germes gram-positivos e anaeróbios principalmente (penicilinas).

9. Importância para o homem
Os poríferos possuem grande importância ecológica - fazem simbiose com organismo fotossintéticos (zooxantelas - matriz amarelada ou cianobactérias - matriz verde, violeta, marrom), vivem em águas rasas e claras, aumento na taxa metabólica entre 33% e 80%. Abriga grande comunidade de organismos aquáticos. Servem de alimento para muitas teias alimentares.

Geralmente estão associados com recifes de corais, abrigando grande diversidade de organismos marinhos.

Fonte: br.geocities.com

Filo Porífera


As esponjas
Conceitos Gerais
São os mais primitivos entre os animais pluricelulares. Não estão presentes órgãos ou tecidos verdadeiros, apresentando suas células com considerável grau de independência. Todos os membros do Filo são sésseis (fixos) e demonstram poucos movimentos detectáveis. Essa combinação característica convenceu Aristóteles, Plínio e ainda outros naturalistas antigos de que as esponjas seriam plantas! De fato, não foi antes de 1765, quando se observou pela primeira vez as correntes internas de água, que a natureza animal das esponjas ficou claramente estabelecida. O nome “porífera” advém do fato desses seres possuírem poros por todo o corpo.

Exceto por 150 espécies de água doce, as esponjas são animais marinhos. Elas abundam em todos os mares sempre que houver rochas, conchas, madeira submersa ou coral para fornecer um substrato, necessário à fixação, embora existam espécies que vivem sobre areia ou lodo. A maioria prefere águas relativamente rasas, porém alguns grupos vivem em águas profundas.

Características
Animais diblásticos
simetria radial ou assimétricos
vida solitária ou em colônias
Os poríferos têm tamanho muito variável que é determinado, principalmente, pela estrutura interna destes organismos. Algumas esponjas exibem simetria radial, porém a maioria mostra-se irregular, exibindo padrões de crescimento que podem ser: massivos, eretos, incrustantes ou ramificados. O tipo de padrão de crescimento é influenciado pela velocidade das correntes de água , inclinação e natureza do substrato e disponibilidade de espaço. Assim, uma determinada espécie pode assumir diferentes padrões devido as diferentes situações ambientais, o que tem causado algumas confusões taxonômicas.

A maioria das espécies comumente encontradas exibem cores fortes, o que tem sido sugerido ser uma forma de proteção contra a radiação solar ou advertência.

Tomando-se como exemplo a estrutura mais simples de um porífero, pode-se estabelecer o seguinte padrão básico e tipos celulares presentes no grupo como um todo. A superfície desses organismos é perfurada por pequenas aberturas, os poros inalantes, de onde deriva o nome Porífera (portador de poros). Esses poros abrem-se em uma cavidade interior chamada de átrio.

Esse, por sua vez, abre-se para o exterior através do ósculo , uma grande abertura localizada na parte superior do animal. O fluxo de água é portanto o seguinte:

meio externo >> poro inalante >> átrio >> ósculo >> meio externo
Esse fluxo é possibilitado pelos coanócitos, células que caracterizam o grupo e apresentam um flagelo circundado por um colarinho contrátil (fig. 15.9). Elas se localizam no lado interno do animal, revestindo a cavidade do átrio. Sua função básica é promover uma corrente de água dentro do átrio.


Anatomia de uma esponja tipo Sycon. Detalhes da estrutura da parede e do coanócito
( Clique para Ampliar )

A parede do corpo é relativamente simples, sendo a superfície externa formada por células achatadas, os pinacócitos, os quais em conjunto, constituem a pinacoderme. Diferentemente do epitélio de outros animais, está ausente uma membrana basal e as margens dos pinacócitos podem ser expandidas ou contraídas de forma que o animal pode aumentar ligeiramente de tamanho. Os pinacócitos basais secretam um material que fixa a esponja ao substrato.

Os poros são formados por um tipo celular chamado porócito, o qual tem a forma de um tubo que se estende desde a superfície externa até o átrio. A cavidade do tubo forma os poros inalantes, ou óstios, que podem se abrir ou fechar por contração. O porócito é derivado de um pinacócito através do surgimento de uma perfuração intracelular.

Abaixo da pinacoderme encontra-se uma camada chamada meso-hilo (ou mesênquima) que é constituída por uma matriz protéica gelatinosa contendo material esquelético e células amebóides, ou seja, células que possuem movimentos amebóide e são capazes de se diferenciarem em outros tipos de células.

O esqueleto, que é relativamente complexo, fornece a estrutura de sustentação para as células vivas do animal. Assim, o esqueleto para todo o filo das esponjas, pode ser composto por espículas calcáreas, silicosas, fibras protéicas de espongina ou então por uma combinação das duas últimas.

As espículas podem ser de várias formas, importantes para a identificação e classificação das espécies. Espículas monoáxonas têm o formato de agulhas ou bastonetes podendo ser retas ou curvas, com extremidade afiladas ou ainda em forma de gancho.

Apesar das espículas freqüentemente se projetarem através da pinacoderme, o esqueleto se localiza primariamente no meso-hilo. O arranjo das espículas é organizado com vários tipos que se combinam de maneira a formar grupos distintos. Elas podem estar fundidas ou apenas entrelaçadas, sendo que a organização em uma porção do corpo pode diferir da organização que se observa em outra porção do mesmo indivíduo.

O meso-hilo contém também fibras colágenas dispersas, mas algumas esponjas podem ter fibras grossas de colágeno chamadas esponginas (proteína fibrosa). Algumas esponjas são muito resistentes e têm uma consistência semelhante à borracha devido a quantidade de espongina presente no esqueleto. As esponjas de banho possuem apenas espongina no esqueleto.

Vários tipos de células amebóides estão presentes no meso-hilo. Células grandes com núcleos também grandes: os arqueócitos que são células fagocitárias que desempenham papel no processo da digestão. Os arqueócitos também são capazes de formar outros tipos celulares caso haja necessidade ao animal e são por isso chamadas totipotentes. Há também células fixas, chamadas colêncitos que ficam ancoradas por longas fitas citoplasmáticas e que são as responsáveis pelas secreção das fibras de colágeno dispersas. Pode haver, em algumas esponjas, células móveis que secretam tais fibras.

O esqueleto de espículas ou espongina é secretado pelos esclerócitos amebóides ou espongiócitos. Para secreção de uma única espícula numa esponja calcária podem estar envolvidos de um a vários esclerócitos, num processo relativamente complexo.

Do lado interno do meso-hilo, revestindo o átrio, encontra-se a camada dos coanócitos, os quais tem uma estrutura muito similar à dos protozoários coanoflagelados. De fato, muitos zoólogos crêem que as esponjas tiveram uma origem distinta a partir de coanoflagelados, não tendo desta forma, relação com outros metazoários. O coanócito é uma célula ovóide, com uma extremidade adjacente ao meso-hilo e a extremidade oposta projetada para dentro do átrio, apresentando esta um colarinho contrátil. São células responsáveis pelo movimento de água através da esponja e pela obtenção de alimento.

Tipos Morfológicos
A estrutura morfológica dos poríferos é bem peculiar, bem caracterizada por sistemas de canais para a circulação de água, numa forma que se relaciona com o caráter séssil (fixo) do grupo.

Existem três tipos estruturais segundo este arranjo interno de canais:

Asconóides
Tipo mais primitivo, não há canais. A área revestida por coanócitos é reduzida e ocorre um grande átrio.

O fluxo de água pode ser lento, uma vez, que o átrio é grande e contém água demais para que possa ser levada rapidamente através do ósculo. Quanto maior a esponja, mais intenso é o problema do movimento de água. O aumento do átrio não é acompanhado por um aumento suficiente da camada de coanócitos para superar o problema. Assim, as esponjas tipo Ascon são invariavelmente pequenas.

Esses problemas de fluxo de água e área de superfície das esponjas foram superados durante sua evolução através do dobramento da parede do corpo e redução do átrio. As dobras aumentaram a superfície da camada de coanócitos enquanto a redução do átrio diminuiu o volume de água circulante. O resultado final dessas mudanças é uma circulação de água muito maior e mais eficiente através do corpo. Com isso é possível um grande aumento de tamanho.

As esponjas que apresentam os primeiros sinais de dobramento do corpo são as siconóides ou tipo Sycon . Nessas, a parede do corpo tornou-se dobrada horizontalmente formando protuberâncias digitiformes. Esse tipo de desenvolvimento produz bolsas externas estendendo-se para dentro a partir do exterior e evaginações que se estendem para fora a partir do átrio.

Nesse tipo mais evoluído de esponja, os coanócitos não mais revestem o átrio, mas ficam confinados às evaginações as quais são chamadas canais radias ou flagelados. As invaginações correspondentes da pinacoderme chamam-se canais aferentes. Os dois canais se comunicam através de aberturas, equivalentes aos poros das esponjas asconóides.

Leuconóides
O mais alto grau de dobramento da parede do corpo ocorre neste tipo de esponja. Os canais flagelados sofrem evaginações de maneira a formar pequenas câmaras flageladas arredondadas e o átrio usualmente desaparece, exceto pelos canais hídricos que levam ao ósculo. A água entra na esponja através dos poros dérmicos provavelmente localizados entre células e passa pelos espaços subdérmicos.

Muitas esponjas (a maioria) são constituídas segundo a arquitetura leuconóides, fato que põe em evidência a eficácia desse tipo de estrutura. As esponjas leuconóides são compostas por uma massa de câmaras flageladas e canais hídricos e podem atingir um tamanho considerável.

Fisiologia
Os aspectos fisiológicos dos poríferos são muito dependentes da corrente de água que fluem através do organismo. O volume de água que passa é extremamente alto. O ósculo é regulado de forma a diminuir ou até parar o fluxo.

Digestão
O hábito filtrador envolve necessariamente a formação de uma corrente unidirecional de água, que entra pelos poros trazendo alimentos, circula pelo átrio e sai pelo ósculo. Desta forma as partículas alimentares são capturadas e filtradas nas câmaras flageladas pelos coanócitos. Tanto os coanócitos como os amebócitos fagocitam o alimento e transferem-no para outras células. Portanto a digestão é intracelular. Os detritos são eliminados pelo fluxo de água.


Tipos morfológicos das esponjas
( Clique para Ampliar )

As esponjas se alimentam de material particulado extremamente fino. Estudos efetuados em três espécies de esponjas jamaicanas mostraram que 80% da matéria orgânica filtrável consumida por estas esponjas tem um tamanho inferior àquele que pode ser resolvido pela microscopia comum. Os outros 20% constituem bactérias, dinoflagelados e outros pequenos seres planctônicos.

Aparentemente, as partículas de alimento são selecionadas principalmente com base em seu tamanho, sendo retiradas no curso de sua passagem pelas câmaras flageladas.

Apenas partículas menores que um certo tamanho podem entrar nos poros dérmicos, essas são partículas finalmente filtradas pelos coanócitos. A captação de partículas resulta provavelmente do fluxo de água através das microvilosidades que compõem o colarinho.

Partículas grandes (5 a 50 µm) são fagocitadas por células que revestem os canais inalantes. Partículas com dimensões bacterianas ou ainda menores (menor que 1 µm) são removidas e engolfadas pelos coanócitos.

Respiração, Circulação e Excreção
As trocas gasosas ocorrem por simples difusão entre a água que entra e as células do animal. As excretas nitrogenadas (particularmente amônia) saem do organismo junto com a corrente de água. Não há, portanto, sistema circulatório.

Sistema Nervoso
Não existe sistema nervoso. As reações são localizadas e a coordenação é em função da transmissão de substâncias mensageiras por difusão no meso-hilo ou por células amebóides se locomovendo. Pode também ocorrer entre células fixas que estejam em contato.

Reprodução
A reprodução pode ser assexuada ou sexuada.

Assexuada
Regeneração
Ocorre quando parte do animal fragmenta-se e os pedaços são facilmente regenerados formando novos indivíduos.

Brotamento
Em algumas espécies ocorrem expansões laterais do corpo, denominadas brotos. Estes podem desprender-se e depois se fixar em um substrato.

Gemulação
Ocorre em esponjas de água doce e em algumas espécies marinhas. Nestas esponjas formam-se estruturas reprodutoras chamadas gêmulas. Estas são constituídas por aglomerados de amebócitos e arqueócitos envoltos por uma membrana rígida formada por espículas e por material semelhante a espongina, que deixa uma pequena abertura, denominada micrópila. Isto confere às gêmulas proteção contra condições ambientais adversas (baixas temperaturas, falta d’água, etc.). Em condições favoráveis, as células internas são liberadas e se diferenciam nos outros tipos de células sob um substrato.

Sexuada
Nos poríferos ocorre hermafroditismo ou sexos separados. Os óvulos e espermatozóides são originados dos arqueócitos e amebócitos. Os espermatozóides quando maduros, saem pelo ósculo, juntamente com a corrente exalante de água. Penetram em outras esponjas pelos poros através de correntes inalantes e são captados pelos pelos coanócitos. Esses se modificam em células amebóides, transportando-o até o óvulo presente no meso-hilo onde ocorre a fecundação, que é portanto, interna. Do ovo surge uma larva ciliada, que abandona o corpo da esponja. Após breve período de vida-livre (não mais que dois dias) fixa-se a um substrato e dá origem à esponja adulta.

Depois de se fixar através da extremidade anterior, a larva sofre uma reorganização interna comparável à gastrulação de outros animais.

Aspectos Evolutivos
As esponjas são consideradas metazoários parazoa, ou seja, animais sem tecidos verdadeiramente diferenciados e nenhum órgão. O restante dos seres do reino animal são chamados de eumetazoa, ou seja, animais “verdadeiros” com tecidos diferenciados, órgãos, ou pelo menos boca e cavidade digestiva.

A origem dos porífera é ainda incerta, porém evidências sugerem que derivam de algum tipo de flagelado colonial simples, oco e de vida livre, talvez o mesmo grupo que deu origem aos ancestrais dos outros metazoários. Outra abordagem leva em consideração a semelhança estrutural entre os coanócitos e os protozoários coanoflagelados, o que indica uma origem distinta, sem relação com os outros metazoários.

O caráter primitivo do grupo, como já mencionado, é a ausência de órgãos e o baixo nível de diferenciação e inter-dependência celular. Entretanto, o sistema de canais hídricos e falta de extremidade anterior e posterior é característica singular deste grupo, não sendo encontrado em nenhum outro filo.

As Classes de Esponjas
Aproximadamente 10.000 espécies de esponjas foram descritas até o momento, estando estas distribuídas em 4 classes :

Classe Calcarea
Os membros dessa classe, conhecidos como esponjas calcáreas, distinguem-se por possuírem espículas compostas de CaCO3. Nas outras classes as espículas são invariavelmente silicosas. Os três graus de estruturas (Ascon, Sycon e Leucon) são encontrados. A maioria das espécies tem menos de 10 cm de altura.

Classe Hexactinellida
Os representantes dessa classe são conhecidos como esponjas-de-vidro. O nome Hexactinellida vem do fato que as espículas são do tipo com seis pontas ou hexáctinas. Além disso, freqüentemente algumas espículas estão fundidas formando um esqueleto que pode ser reticulado, constituído por longas fibras silicosas. Por isso elas são então chamadas de esponjas-de-vidro. A forma siconóide é dominante.

Vivem principalmente em águas profundas (450 a 900 m de profundidade em média), sendo totalmente marinhas.

Há um átrio bem desenvolvido e um único ósculo que às vezes pode estar coberto por uma placa crivada formada por espículas fundidas. Os pinacócitos presentes em todas as demais classes estão ausentes, sendo que a epidermeé formada por pseudópodos interconectados de amebócitos.

Algumas espécies do gênero Euplectella apresentam uma interessante relação comensal com uma certa espécie de camarão (Spongicola). Quando um jovem macho e uma fêmea entram no átrio, após crescerem, não podem escapar devido a placa crivada que cresce e recobre o ósculo. Por isso, passam a vida toda presos no interior da esponja alimentando-se do plâncton, que lhes chega através de correntes de água, e reproduzindo-se, sendo por isso considerados símbolos da união eterna por certos orientais.

Classe Demonspogiae
Contém 90% das espécies de esponjas, distribuídas desde águas rasas até profundas.

A coloração freqüentemente brilhante é devido a grânulos de pigmento localizados nos amebócitos. Espécies diferentes são caracterizadas por diferentes cores.

O esqueleto nessa classe é variável, podendo consistir de espículas silicosas ou de fibras de espongina ou uma combinação de ambas.

Todas as Demospongiae são leuconóides. As maiores esponjas conhecidas pertencem a essa classe. Exemplo : Spheciospongia com mais de 1 m de diâmetro e altura. Há representantes de água doce.

A família Spongidae contém as famosas esponjas de banho cujo esqueleto é composto apenas por espongina. Spongia e Hippospongia, dois gêneros de valor comercial, são coletadas em importantes fundos de pesca de esponjas no Golfo do México, Caribe e Mediterrâneo.

As esponjas são coletadas por mergulhadores deixando que o tecido vivo se decomponha na água. O esqueleto restante, composto por fibras entrelaçadas de espongina, é então lavado.

Classe Sclerospongiae
Classe pequena no número de espécies marinhas, sendo encontradas em grutas e túneis associadas a recifes de coral em várias partes do mundo. Todas leuconóides.

Possuem, além do esqueleto interno de espículas silicosas mais espongina, um invólucro externo de CaCO3.

Fonte: ifsc.usp.br

Total de visualizações de página

 
Desenvolvido por Othon Fagundes