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26 de mar. de 2010

Sementes turbinam a saúde e a dieta

Se há alguma cartilha dos principais mandamentos da dieta, um deles certamente é não ficar longos intervalos do dia sem comer. O ideal é fazer pequenos lanchinhos de três em três horas, além das refeições principais, para ajudar o metabolismo acelerar e queimar mais calorias. Uma ótima alternativa para esses intervalos é investir no consumo de sementes oleoginosas, como as de girassol, abóbora, linhaça e gergelim.

A razão para apostar nessas turma, que tem cara de comida de passarinho, é simples. Além de tapear a fome, elas trazem um bem enorme ao organismo. "Elas são ricas em ácidos graxos monoinsaturados que auxiliam o controle dos triglicérides, do colesterol total, do colesterol ruim (LDL), diminuindo o risco de desenvolvimento de doenças do coração", explica a nutricionista Patrícia Bertolucci, de São Paulo.

A presença de poderosos antioxidantes, como vitamina E, selênio e manganês, que varrem os radicais livres produzidos pelos organismos relaciona a atividade das sementes oleoginosas ao menor risco de desenvolver doenças crônico-degenerativas, como o Mal de Alzheimer.

As sementes também são ricas em magnésio, que participa de inúmeros processos em nosso organismo, como a absorção adequada de cálcio nos ossos, contração muscular, ação anti-inflamatória e regulação da pressão arterial. Confira a seguir como fazer o melhor uso delas:

Gergelim combate o intestino preso
A semente é boa fonte de manganês, cálcio, cobre, magnésio, ferro, fósforo, vitamina B1, zinco, proteínas, vitaminas A e E e fibras ricas em lignanas, que previnem o aumento de colesterol.
Cerca de 50% de sua composição é de gordura, do tipo insaturada, entre elas, a lecitina, que alguns estudos já mostram ter efeitos benéficos na regulação dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue. Além dessa gordura também auxiliar na lubrificação do intestino, que junto com as fibras vão deixar a prisão de ventre bem longe.

"Todo esse conjunto auxilia na saúde cardiovascular e intestinal e na prevenção do câncer e envelhecimento precoce, dentre outras doenças", explica a nutricionista Patrícia Davidson, do Rio de Janeiro.

Suas fibras insolúveis também são ótimas para controlar as taxas de glicemia, o açúcar do sangue, afastando males como a diabetes. E ainda proporciona maior duração da saciedade, o que vai fazer com que a pessoa sinta menos fome. O ideal é consumir de 1 a 2 colheres de sobremesa por dia que vão girar em torno de 80 calorias cada uma e sem prejudicar a dieta.

"As sementes podem ser utilizadas diretamente de alimentos que contenham gergelim como pães integrais, bolacha e bolos. Também podem ser torradas ou polvilhadas sobre os alimentos como arroz, iogurte, suco e salada. O óleo de gergelim, que como a semente é ótima fonte de gordura insaturada e vitaminas, pode regar os alimentos", acrescenta Patrícia.

Girassol contra a pressão alta
Tem uma quantidade boa de proteínas, gordura monoinsaturada - que é de ótima qualidade para o organismo, vitamina E, fibras e de arginina, um aminoácido importante porque é substrato para o óxido nítrico, substância que relaxa os vasos sanguíneos, evitando a elevação da pressão sanguinea.

"O consumo de girassol auxilia no controle da tensão pré-mentrual, favorece a recuperação de processos inflamatórios, auxilia na mobilização do ferro para a síntese da hemoglobina, adrenalina e a formação dos tecidos conjuntivos", aponta a nutricionista Fernanda Pisciolaro, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

É uma semente que pode ser consumida assada, onde seu sabor será acentuado. Ou pode ser consumida em forma de farinha. "Mas não asse por muito tempo, nem em temperatura elevada para que suas propriedades sejam perdidas", recomenda Patrícia Davidson. A ingestão pode ficar em 2 colheres de sopa, mas não existe uma recomendação específica de consumo. Cada 100 gramas leva 584 calorias.

Linhaça protege o coração
Contém lignana, que é um composto fitoquímico que pode atuar na prevenção do câncer de mama e, por apresentar uma estrutura química similar ao estrógeno, pode ajudar a prevenir os sintomas da menopausa.

Traz os ácidos graxos ômega 3 e ômega 6, gorduras que se destaca como um protetor do coração, já que é um antioxidante com potente ação contra a formação de placas nas artérias, além de reforçar o sistema imunológico, reduzir inflamações, atuar na redução do colesterol total e triglicérides e ainda retardar a coagulação sanguínea.

"A linhaça está carregada de fibras solúveis e insolúveis que além de regular o trânsito intestinal prevenindo o câncer de cólon, se destacam por controlar a absorção de glicose e colesterol no intestino", diz Patrícia Bertolucci. A semente também apresenta diversas vitaminas e minerais: B1, B2, C, E; caroteno e os minerais ferro, zinco, potássio, magnésio, fósforo e cálcio.

Todos os benefícios da linhaça se potencializam quando a semente é moída ou triturada, pois como a casca da semente é muito dura, sua digestão é comprometida podendo passar direto pelo trato gastrointestinal, reduzindo a absorção de seus nutrientes. Após moída, a semente deve ser mantida sob refrigeração e longe da luz, para evitar a oxidação das gorduras. Pode ser utilizada no complemento de inúmeras preparações: pães, bolos, biscoitos, cereais e bebidas, e até adicionadas a sucos, saladas, sobremesas, iogurtes e sopas.

Semente de abóbora afasta o colesterol
É uma semente cheia de potássio - mineral capaz de auxiliar no controle da pressão arterial. É rica em fibra, que funciona bem contra a prisão de ventre, e vitamina A, boa para os olhos por prevenir doenças como degeneração macular.

Além disso, apresenta alto teor de ácidos graxos essenciais, zinco e fitoesterol, que é uma importante substância no combate ao colesterol. "O que acontece é que ele substitui o colesterol no local de absorção e esse colesterol vai ser excretado e seus níveis circulantes diminuirão no organismo", diz a nutricionista Patrícia Davidson.

Além de ser opção de petisco de fim de tarde, uma outra maneira de aproveitar as qualidades da semente é triturá-la, adicionando-a na forma de farinha em diversas preparações. Experimente salpicá-la na salada de frutas, batê-la com sucos naturais e incorporá-la em saladas de folhas ou em massas de tortas.


A história da prevenção das doenças transmissíveis

INTRODUÇÃO
As doenças constituem uma terrível ameaça para todo ser humano. Algumas são brandas, mas outras podem chegar mesmo a matar milhões de pessoas - como já ocorreu - espalhando-se por grandes regiões do mundo. Durante muitos séculos, não se sabia o que produzia as pestes e as grandes epidemias: um castigo divino? uma conjunção astrológica? uma mudança de clima? Foi preciso um longo caminho para que se pudesse compreender a causa das enfermidades transmissíveis e como se prevenir contra elas.

Hoje em dia, todos sabemos que certas doenças podem passar de uma pessoa para outra. Desde uma gripe banal, até diversas doenças muito graves, como cólera e aids, podem ser transmitidas de uma pessoa doente para outra sadia. Isso ocorre quando a doença é causada por microorganismos, como as bactérias ou vírus. Esses seres invisíveis, que são responsáveis por muitas doenças, multiplicam-se nos indivíduos doentes e podem passar deles para outras pessoas através de muitos caminhos: pela respiração, por excreções, pela picada de um inseto, etc. Há outros tipos de doenças que não são causadas por microorganismos; mas não iremos tratar delas, neste livro.

Quando se conhece o tipo de microorganismo causador de uma doença e o seu modo de transmissão, pode-se evitar que ele passe às pessoas sadias - através de várias medidas sanitárias e de higiene. Em certos casos, pode-se também produzir vacinas, que protegem as pessoas, mesmo se ficarem em contato com doentes. Por fim, em muitos outros casos, podem ser desenvolvidos remédios (como os antibióticos) que combatem esses microorganismos quando eles já se estabeleceram em um organismo, de tal forma a destrui-los.

O conhecimento de que muitas doenças são produzidas por microorganismos é, hoje, uma coisa banal. No entanto, esse é um conhecimento médico relativamente recente - com pouco mais de um século de idade. Foi apenas durante a segunda metade do século XIX que se estabeleceu a teoria microbiana das doenças. Durante centenas de anos, os médicos ignoraram a causa das enfermidades transmissíveis, que eram explicadas de modos que atualmente nos parecem absurdos. Os modos de prevenção e cura dessas doenças eram também, obviamente, muito diferentes dos de hoje.

Como se chegou a esse conhecimento atual? Por que fases passou a Medicina, em sua tentativa de compreender as epidemias e o contágio? Como surgiram as vacinas? Esses são alguns dos pontos que serão tratados nas páginas seguintes.

Este livro não irá abranger todos os aspectos da história da Medicina. Isso exigiria uma obra muitas vezes maior do que esta. Mesmo o assunto aqui tratado - as doenças transmissíveis e sua prevenção - é excessivamente amplo para ser estudado em detalhe em um trabalho como este. Será necessário deixar de lado vários aspectos, focalizando apenas alguns episódios mais importantes.

Iremos percorrer uma longa história, de mais de dois mil anos, para descobrir como diversos povos, em diferentes épocas, concebiam o processo de contágio. Ao longo dessa história, veremos uma grande mistura de superstições, de experimentos, de teorias diversas, e a luta contínua da humanidade contra doenças terríveis.

Por meio do estudo dessa história, será possível compreender como se desenvolve a evolução do pensamento humano, através de uma série de palpites, tentativas, erros e acertos. Veremos como algumas "certezas" causaram a morte e o sofrimento de milhões de pessoas. Por fim, estudando o surgimento da moderna teoria microbiana, veremos como foi gradualmente introduzido um maior rigor na pesquisa médica, resultado em importantes avanços. Pelo conhecimento desse caminho histórico, será possível perceber a enorme importância das medidas sanitárias e de higiene, capazes de evitar horríveis doenças - medidas simples mas que, infelizmente, continuam a ser ignoradas ou deixadas de lado, até hoje, no Brasil e em outros lugares.

CAPÍTULO 1 - AS GRANDES PESTES
A MORTE RONDA
O que é uma grande epidemia? Que efeitos podem produzir as enfermidades transmissíveis, quando atingem muitas pessoas? Quem nunca viveu pessoalmente a experiência dessas doenças, nem pode avaliar o que elas significam. Por isso, é conveniente começar com a descrição de um caso histórico importante.

Daniel Defoe foi um importante escritor que viveu nos séculos XVII e XVIII. É o autor de um livro de aventuras bem conhecido: Robinson Crusoe. Ele escreveu em 1722 um outro livro menos famoso, o "Diário do ano da peste", em que descreve uma grave epidemia ocorrida em Londres, em 1665.

De tempos em tempos - como depois veremos - a Europa era varrida por grandes pestes, que matavam milhões de pessoas. Em 1663, uma dessas epidemias, originada na Itália ou vinda do oriente, atingiu a Holanda. Não existiam televisores, nem rádios, nem mesmo jornais para transmitir notícias. No entanto, através de cartas e pelos comentários de pessoa para pessoa, ficavase sabendo rapidamente o que acontecia. Nos outros países próximos, temia-se que a doença também surgisse.

Em 1664, o aparecimento de um cometa nos céus levou a muitas predições pessimistas. Segundo Defoe, os astrólogos de Londres anunciaram que a peste logo iria atingir a cidade. O pavor tomou muitas pessoas. Os mais impressionáveis começaram a ter sonhos em que viam um grande número de mortos. Pessoas alucinadas corriam pelas ruas, gritando e profetizando desgraças. Londres se encheu de magos, adivinhos, astrólogos, curandeiros e diversos tipos de charlatães, que davam conselhos, previam os acontecimentos futuros, indicavam antídotos infalíveis contra qualquer tipo de doença, vendiam talismãs mágicos para proteger da peste e, de muitas formas, lucravam com o temor do povo.

Nada aconteceu, no entanto, até o final de 1664. No fim de novembro ou início de dezembro, dois estrangeiros morreram, nos arredores de Londres, com os sintomas da peste bubônica. Como eram dois casos isolados, isso não produziu muita preocupação. Mas poucas semanas depois, uma outra pessoa morreu, na mesma casa onde esses dois primeiros haviam falecido, também com sinais da peste. Evitava-se falar sobre o assunto.

Nas duas regiões próximas, Saint Giles e Saint Andrews, a mortalidade normal era de 12 a 19 pessoas por semana. Logo, os números se elevaram um pouco, ultrapassando 20 por semana, no início de 1665. O número total de enterros em Londres, que era de 240 a 300 por semana, subiu a mais de 400, em janeiro. Mas as mortes não eram ainda atribuídas à peste. Um ou outro caso tinha sinais semelhantes ao dessa enfermidade; mas a maioria das mortes era atribuída a causas comuns.

Durante algumas semanas, há um frio rigoroso (é época de inverno, no hemisfério norte) e as mortes diminuem. Mas no fim de abril e início de maio surgem mais casos indubitáveis de peste, em Saint Giles e outros locais. No final de maio, as autoridades reconhecem que já morreram algumas dezenas de pessoas dessa doença.

que era essa enfermidade? Era algo que já se conhecia muito bem, na Europa, embora não tivesse atingido Londres antes. Produzia grandes inchações, onde se formava pus, em certas partes do corpo - principalmente nas axilas e virilhas - que eram chamadas de "bubões", vindo daí o nome da doença (peste bubônica). Quem adoecia, em geral, morria, depois de poucos dias, com grandes dores.

Mas como se adquiria a enfermidade? Era evidente que alguma coisa passava dos doentes para as pessoas sadias, pois a doença ia se espalhando aos poucos de uma região para outra próxima, atacando principalmente quem morava com os doentes, próximo deles ou tinha contato com eles. Defoe assim explicava a transmissão:

"Parece-me fora de dúvida que esta calamidade se espalha pelo contágio; quer dizer, por certos vapores ou fumaças, que os médicos chamam de eflúvios; pela respiração ou transpiração; pelas exalações das feridas dos doentes; ou por outras vias, talvez fora do alcance dos próprios médicos. Esses eflúvios afetam os homens sãos que se aproximam a uma certa distância dos doentes, e penetram imediatamente em suas partes vitais, colocando seu sangue subitamente em fermentação e agitando os seus espíritos (...)."

UMA CIDADE EM FUGA

Cena da peste de 1665, em Londres: Multidões fugindo da cidade e carretas cheias de mortos para serem enterrados.

Como se vê, havia muitas hipóteses sobre o modo de transmissão da enfermidade, mas não se sabia nada com certeza. Os bubões dos doentes exalavam um cheiro fétido, e muitos pensavam que era através desses odores que a doença passava de uma pessoa para outra.

No início de junho, a doença aumenta assustadoramente em Londres. Apenas em Saint Giles, morrem 100 pessoas em uma única semana. Nos bairros próximos, a mortalidade também é elevada, mas muitas pessoas escondem a causa real.

As pessoas ricas começam a fugir da cidade, para não serem atingidas pela doença. Vão para outras cidades ou para o campo, levando objetos de valor, roupas, móveis, acompanhados de seus criados. As ruas da cidade se enchem de carroças e cavalos que transportam pessoas e seus bens para longe da peste. Muitas pessoas que não dispunham de cavalos fugiam a pé, levando tendas para acampar fora da cidade. Da população total, que era de 400.000 habitantes, cerca de 100.000 deixam Londres.

No fim de junho, morrem 700 pessoas por semana, da peste. Na primeira semana de julho, o número chega a mais de 1.200. Na semana seguinte, 1.700 mortos.

O pânico se espalha, diante da catástrofe que se acelera. Ouvem-se gritos, choros e lamentações vindos de muitas casas. Com medo do contágio, as pessoas que permanecem em Londres evitam sair à rua. Quando precisam sair de suas residências, caminham pelo meio das ruas, longe das casas, por medo de encontrar algum doente ou para evitar receber os odores e emanações das moradias infectadas.

Não era possível saber quem estava livre da enfermidade. Algumas vezes, pessoas que aparentemente estavam normais caíam na rua e morriam. Lá ficavam, caidas no chão, até que seus corpos fossem recolhidos, à noite.

As autoridades começam a tomar algumas medidas. O rei ordena que os professores de medicina se reúnam e divulguem ao público quais os melhores remédios contra a doença, distribuindo-os gratuitamente à população. Recomendavam-se perfumes e substâncias aromáticas para impedir que a peste penetrasse nas casas. Mas nenhum remédio era realmente capaz de impedir ou de curar a enfermidade e os médicos morriam tanto quanto seus pacientes.

Os magistrados tomam medidas graves: toda casa em que surgir algum caso de peste, deve ser trancada, com todos os seus moradores, e dois guardas devem se revezar à porta, para que ninguém entre ou saia - exceto os cadáveres dos mortos - para que a doença não se espalhe. Apenas depois de 28 dias da morte de um morador os demais são liberados, se não mostrarem sinais da doença. Durante todo o tempo, essas casas ficam marcadas na porta, com uma grande cruz vermelha e a inscrição: "Senhor, tende piedade de nós".

Qual a causa da peste? Ninguém sabia. Teria sido o cometa? Teria sido a cólera de Deus, que estava castigando os pecadores? Muitos achavam que eram as duas coisas: Deus havia resolvido castigar as pessoas e havia enviado, como mensageiro, o cometa fatídico. Em meio à peste, o pavor fazia com que muitas pessoas confessassem publicamente seus pecados, no meio da rua, a altos brados, com a esperança de serem perdoados por Deus e escaparem da doença. Assim se tornaram conhecidos muitos crimes, roubos, adultérios... Mas muitas vezes o pecador confesso e aqueles que ouviram sua confissão morreram, pois a enfermidade não tinha critérios morais para fazer as suas escolhas.


Desde a idade média, quando havia epidemias, as casas das pessoas doentes eram marcadas com uma cruz, para que todos soubessem que deviam evitá-las. A ilustração retrata esse costume durante uma epidemia de cólera, no século XIX.

O número de mortos tornou necessário simplificar os enterros. As autoridades proibiram que fossem feitas cerimônias públicas, cortejos e acompanhamentos. Os enterros deviam ser rápidos, imediatos, para que não se espalhasse a doença.

Todas as reuniões e diversões públicas - até mesmo os combates de ursos, que eram populares na época - são proibidas, para evitar o contato entre as pessoas. As autoridades mandam varrer as ruas e retirar todo tipo de detrito. São tomados cuidados especiais de vigilância dos alimentos, para que não se vendam carnes e outros produtos podres. Enfim, várias medidas de bom senso, embora não se soubesse exatamente o que causava a doença ou como ela se espalhava.

Evitava-se encostar em objetos que tivessem sido tocados pelos doentes. Como qualquer pessoa podia estar com a peste, os comerciantes já não pegavam no dinheiro: os compradores deviam pagar suas compras com moedas no valor exato da venda, e colocar seu dinheiro dentro de vasilhas com vinagre, para purificá-lo. Só depois de algum tempo os comerciantes recolhiam esse dinheiro.

Imaginando que os animais também poderiam carregar a doença de um lado para o outro, são proibidos os porcos, cães, gatos, coelhos, pombos e outros animais domésticos em Londres. Calcula-se que foram mortos 40.000 cães e cerca de 200.000 gatos na cidade, nessa época. Também se tentou exterminar os ratos, com veneno, matando-se uma grande quantidade deles.

Atualmente, sabemos que a peste bubônica é transmitida pelas pulgas dos ratos da cidade. Ela não passa diretamente de uma pessoa para outra pela respiração, nem pelo contato físico. Assim, os cuidados que eram tomados não ajudavam a impedir que a peste se espalhasse.

O número de mortos aumentava cada vez mais. Em agosto, passam de mil mortos por dia. Já não é possível mais fazer caixões, nem mesmo covas individuais para os mortos. À noite e durante toda a madrugada, passam pelas ruas de Londres, constantemente, as carroças de coleta de cadáveres, com seus condutores gritando: "Tragam os seus mortos! Tragam os seus mortos!" Os corpos são empilhados nas carroças, vestidos ou despidos, carregados até o cemitério, onde são despejados em grandes valas.

O clima de horror era indescritível. Acostumando-se à morte, as pessoas já não lamentavam e choravam mais seus parentes. Os doentes eram abandonados. A morte parecia inevitável para todos.

No final de agosto e início de setembro, as estatísticas oficiais indicaram 7.000 a 8.000 mortos por semana. Os números verdadeiros podem ter sido duas ou três vezes maiores, pois os dados oficiais talvez fossem forjados - para não assustar demais a população.

A partir de outubro, as mortes diminuem. Em novembro, o número cai a apenas 900 falecimentos por semana e embora a peste não tivesse desaparecidos, todos sentem que a enfermidade está sumindo. Os habitantes que haviam fugido começam a retornar.

Durante o ano de 1665, a peste matou cerca de 100.000 habitantes de Londres, de uma população total de 400.000. Famílias inteiras pereceram. A doença desapareceu como havia aparecido: sem que ninguém a entendesse, sem que ninguém soubesse como se prevenir ou curar a peste. Uma enorme tragédia, diante da qual todos estavam impotentes.

Nenhum de nós conheceu pessoalmente uma situação semelhante a essa - e esperamos nunca presenciá-la. Muitos devem pensar que tudo isso é coisa de um passado distante, que jamais se repetirá. Será verdade?

No início do século XX, apesar de todo o conhecimento que já se tinha, uma epidemia mundial de gripe matou milhões de pessoas. Em pleno final do século XX, doenças que já pareciam coisa do passado - como cólera e dengue - reaparecem e causam a morte de muitas pessoas no Brasil.

A medicina evoluiu muito e sabemos como controlar um grande número de doenças. Mas o controle exige dinheiro e decisões políticas que nem sempre são tomadas. Por outro lado, existem enfermidades que ainda estão fora do controle da medicina, como a aids. Para que não se repitam episódios como o da peste de Londres de 1665, é necessário que todos saibam o significado das grandes epidemias e conheçam os meios de evitá-las. É para proporcionar essa base científica que este livro foi escrito.

INFLUENZA AVIÁRIA

INFLUENZA AVIÁRIA
Introdução
A gripe aviária é uma doença viral, causada pelo vírus Influenza do tipo A, que acomete os tratos respiratórios, digestivo e sistema nervoso de várias espécies de aves. A doença pode ocorrer em muitas espécies de aves domésticas e silvestres.

Até recentemente não se considerava possível a transmissão direta do vírus totalmente aviário ao homem. Sua primeira associação ocorreu em Hong Kong em 1997, durante uma epidemia em aves domésticas causada pelo subtipo viral H5N1. Nesta epidemia 18 trabalhadores de mercado de aves adoeceram e 6 deles evoluíram para óbito. Após este ocorrido verificou-se que o H5N1 havia ultrapassado a barreira entre as espécies sem que fosse necessária a recombinação genética com o vírus humano.

Em 2003 foi notificado uma epidemia pelo Influenza A (H5N1), que atingiu a Coréia do Sul, ocorrendo o óbito de 19.000 galinhas, tendo rápida disseminação para os demais países asiáticos. Em 2004 no Vietnã, foram descritos os primeiros casos de doença humana, e estudos confirmaram tratar-se de uma cepa de H5N1 diferente da identificada em 1997 e 2003. Confirmou-se assim a emergência de uma nova cepa e consequentemente o risco potencial para o surgimento de uma pandemia.

Taxonomia
Família: Orthomyxoviridae.
Ordem: Orthomyxiovirus.
Gênero: Influenzavirus.
Tipo A: acomete humanos, eqüinos, suínos e aves.
Tipo B: somente humanos.
Tipo C: somente humanos.

O nome de estirpes do vírus da Influenza Aviária (IA) deve incluir: tipo do vírus (A, B ou C), o hospedeiro, origem geográfica, número de registro, ano de isolamento e descrição antigênica entre parênteses.

Exemplo: A/turkey/1/68 (H8N4).

Etiologia
Os vírus influenza são RNA vírus de cadeia simples. O RNA está contido em oito segmentos individuais que codificam dez proteínas diferentes. Os vírus são geralmente esféricos podendo atingir 200nm. As partículas virais possuem envelopes de onde saem glicoproteínas, hemaglutinina (HÁ) e neuroaminidase (NA) que determinam os subtipos e são responsáveis pela antigenicidade e virulência do vírus. Os tipos A, B e C são determinados pela proteína de membrana M e pela proteína do núcleo PN.

Até o momento foram registrados 16 diferentes proteínas HÁ e 9 diferentes proteínas NA. A HÁ é a responsável pela ligação do vírus ao receptor da célula do hospedeiro pela penetração do vírus na membrana citoplasmática e também pela capacidade hemaglutinante do vírus. A NA é a responsável pela liberação de novos vírus das células do hospedeiro por meio de sua ação sobre o ácido neuramínico na célula.

A HÁ do vírus aviário liga-se aos receptores a-2,3 ácido siálico. Já o vírus humano liga-se a receptores a-2,6 ácido siálico das células epiteliais do trato respiratório.

O vírus Influenza pode acumular mutações pontuais, chamadas de antigenic drift. Profundas alterações genéticas ocorrem quando há recombinação genética entre cepas virais diferentes chamadas de antigenic shif. Para que ocorra esta recombinação genética é necessária a existência de um hospedeiro intermediário que permita a infecção de cepas virais diferentes numa mesma célula. Até agora, acredita-se que o porco deva ser o principal hospedeiro para o surgimento dessas recombinações, já que, apresentam ambos receptores.

Resistência
As cepas virais supracitadas apresentam as seguintes resistências:

• Temperatura: Inativado a 56ºC por 3 horas, ou 60ºC por 30 minutos

• pH: Inativado em pH ácido

• Químicos: Inativado por agentes oxidantes, dodecil sulfato sódico, solventes lipídicos e ß-propiolactona

• Desinfetantes: Inativado por compostos à base de formol e iodo.

• Sobrevivência: Permanece viável por longos períodos em tecidos, fezes e na água; também viável por longos períodos a temperatura de refrigeração, e o congelamento conserva o vírion por período inderteminado.

Hospedeiros
Os vírus da IA estão presentes em muitas áreas de criação avícola, infectando diversas espécies de aves, entre elas: galinhas domésticas, perus, patos, codornas, avestruzes e emas. Aves silvestres e, sobretudo, aves aquáticas migratórias são consideradas importantes reservatórios dos vírus da IA, sendo na maior parte dos casos responsáveis pelo início dos surtos da doença em todo o mundo.

Transmissão
A transmissão, de ave para ave, ocorre pelo contato com as secreções das aves infectadas (fezes e oronasais) ou fômites contaminados. Os ovos quebrados que estiverem contaminados podem infectar os pintos no incubatório. As aves aquáticas e marinhas contaminadas podem infectar outras aves suscetíveis mesmo sem apresentar sinais clínicos.

Os mecanismos de transmissão direta do vírus aviário ao homem são pouco conhecidos. O contato com aves e superfícies contaminadas com suas secreções parece ser a principal via de infecção. Porém poderá ocorrer também por via respiratória através da inalação de aerossóis.

Patogenia
A patogenia da IA ainda não está completamente elucidada, mas a doença humana com infecções fatais pelo H5 é provavelmente resultante do desequilíbrio das citocinas, com produção excessiva de citocinas pró-inflamatórias (principalmente IL-6, G-CSF, MIP-1 e MIP-2). O TGF-ß é um potente imunomodulador que está relacionado a apoptose das células infectadas pelo vírus Influenza.

Ao penetrar no hospedeiro, geralmente por via respiratória, o vírus é adsorvido pela superfície das células que contém os receptores de sialoglicoproteínas (a-2,3 ácido siálico, a-2,6 ácido siálico) e sofre endocitose. O capsídeo migra para o núcleo da célula infectada, onde haverá replicação do RNA viral.

Apresentação Clínica
O período de incubação é curto, em média de 2 a 4 dias, com alta concentração de vírus nas secreções respiraórias durante a fase inicial da doença.

Na maior parte dos casos a clínica da IA é semelhante aos outros subtipos de Influenza. Pode apresentar-se como: forma subclínica, resfriado comum, faringites, traqueobronquites, bronquiolites (em crianças).

As formas graves caracterizam-se por quadro de vias aéreas superiores e pneumonite hemorrágica com infiltração mononuclear.

Na epidemia de 2004 os primeiros relatos dos casos humanos evidenciavam febre, dispnéia e tosse, associados à diarréia em 70% dos casos. Todos foram hospitalizados nos primeiros seis dias após o aparecimento dos sintomas, com evolução para óbito em 80% após nove dias do início dos sintomas.

Diagnóstico
O diagnóstico é baseado na apresentação clínica e epidemiológica, sobretudo em casos de epidemias. Outras doenças respiratórias como por RSV, adenovírus, parainfluenza e hantavírus constituem importantes diagnósticos diferenciais. Indivíduos com sintomas respiratórios, febre e história de viagens recentes às regiões de transmissão devem ser investigados.

O isolamento viral ou detecção do antígeno viral por meio de microscopia eletrônica ou cultura celular são importantes não só para o diagnóstico como também para a caracterização genética do vírus, determinação de seu perfil de sensibilidade e produção de vacinas específicas.

O vírus Influenza é detectado mais facilmente através de aspirado nasofaríngeo obtido nos três primeiros dias do início dos sintomas (swab nosofaríngeo também pode ser utilizado).

Os métodos de detecção rápida incluem:

Detecção direta por meio de técnica de imunofluorecência
Detecção direta através de PCR
Exames sorológicos de fixação de complemento ou hemoglutinação apresentam limitações na sua aplicabilidade clínica, contudo podem ser valiosos nas investigações epidemiológicas.
Tratamento
O tratamento não específico compõe-se da utilização de AINES, paracetamol como antipirético, antitussígenos e ventilação assistida nos casos graves.

O tratamento específico incluem antivirais inibidores de HA (Rimantadina e Amantadina) e inibidores de NA (Zanamivir e Oseltamavir).

O vírus Influenza H5N1 da epidemia de 2004 apresenta resistência natural aos inibidores da HA, sendo por isso utilizado somente os inibidores da NA.

Os inibidores da NA são também indicados como profilaxia se instituídos nas primeiras 48 horas após o contato. Estudos recomendam a quimioprofilaxia para profissionais de saúde, em contato com os doentes, pessoas vivendo em instituições e profissionais de granjas e avícolas.

É importante ressaltar que os antivirais são úteis na redução da severidade dos casos e na disseminação da infecção, mas não há dados clínicos que determine sua real eficácia no tratamento.

Prevenção
No âmbito hospitalar as medidas de controle são semelhantes às indicadas para patógenos de transmissão respiratórias: máscara N95, luvas, gorro, avental, óculos e proteção de sapatos. A lavagem das mãos também constitui uma importante e eficaz medida de controle da doença.

Na infecção entre os animais deve ser realizada rápida eliminação de aves infectadas ou expostas, descarte apropriado das carcaças, quarentena, desinfecção das fazendas bem como restrição do mercado avicultor.

Vacinação
Não existe ainda vacinação eficaz para a IA em seres humanos, contudo recomenda-se a utilização da vacinação de Influenza disponível para indivíduos expostos ao vírus aviário durante epidemias. O objetivo é reduzir o risco de co-infecção do vírus humano e aviário e favorecer o aparecimento de novas cepas virais.

Vacinas preparadas com a amostra H5N1 para aves domésticas são de alto custo pelo número de animais que se deve imunizar e a dificuldade logística de se realizar a operação. As vacinas contra influenza são preparadas em ovos embrionados (inativadas), os quais devem ser livres de agentes patogênicos; a par disso, o processo de preparação da vacina apresenta relativo baixo rendimento, o que encarece o produto final e limita muito as quantidades disponíveis, bem abaixo das demandas necessárias a uma vacinação em larga escala, em caso de epidemias e epizootias.

As vacinas disponíveis para as aves são:

Vacinas inativadas
Vacina viva recombinante
Vacina de DNA.
Estudos estão sendo feitos para suprir a necessidade da vacinação humana, porém teme-se que na vigência de uma pandemia não haja tempo hábil para a produção da mesma.

Karina Koppe
Bárbara Pontini
Beatriz Ávila
Graziela Pelegrino
Juliana Almeida
Kenio Magalhães

BIBLIOGRAFIA
Saúde Aviária e Doenças/ Andreatti Filho, Raphael Lúcio/ 1ª Edição – 2007/ Editora Roca
Doenças das Aves/ Berchieri Júnior, Ângelo/ 2000/ Editora Facta
Tratado de Infectologia/ Veronesi, Ricardo; Focaccia, Roberto/ 3ª Edição – 2005/ Editora Atheneu
www.fiocruz.br

Fonte: MEDICINA – UNIGRANRIO

LABIRINTITE

A labirintite é o comprometimento da estrutura interna do ouvido, chamada de labirinto, responsável pelo equilíbrio.

São várias as causas das doenças labirínticas e algumas vezes, as vertigens podem ser o primeiro sinal.

A tontura é sentida porque o cérebro recebe informações erradas a respeito da posição no espaço.

Essa sensação de tontura pode dar a falsa idéia de que a pessoa está "rodando" (vertigem), caindo (desequilíbrio), sendo empurrada ou flutuando (falta de firmeza nos passos).

Principais fatores desencadeantes da labirintite:
Alterações bruscas da pressão atmosférica (mergulho, avião, subidas de serras e montanhas);
Doenças pré-existentes: diabetes, hipertensão e reumatismo, hábitos como excesso de cafeína, álcool e tabagismo;
Traumatismos na cabeça;
Traumas sonoros por excesso contínuo de ruído.


O zumbido é freqüentemente descrito como "um barulho nos ouvidos" e esse barulho varia sensivelmente de pessoa para pessoa. Em alguns parecem "apitos", para os outros, chiados.

Até o momento não se tem certeza absoluta de nenhuma causa específica para este distúrbio. No entanto, a má circulação, infecções e acúmulo de cera nos ouvidos, alguns tipos de alergias, a ansiedade, depressão e estresse podem desencadear e até piorar o zumbido no ouvido.

Fonte: www.herbarium.net

LABIRINTITE




É preciso ficar atento antes de dizer "eu tenho labirintite". Para fazer esta afirmação é necessário ter recebido um diagnóstico preciso de um médico confiável. Ao contrário do que muita gente pensa, não basta apresentar tonturas para se auto declarar uma pessoa com labirintite. Segundo a otorrinolaringologista Karina Lunz, " mais de 40 % dos adultos relatam ter apresentado tonteira em alguma época da vida, nem por isso podem dizer que tiveram labirintite".

A tonteira não pode servir como referência para a labirintite principalmente porque muitas outras enfermidades apresentam o mesmo sintoma, como hipertensão arterial e doenças neurológicas.

Um outro mito que gira em torno da labirintite é a questão de ter ou não cura. Muitas pessoas dizem que a doença é incurável, afirmação que também é inverídica. Se o paciente procurar um especialista e tomar medicamento com orientação, um bom tratamento vai ser indicado e ele poderá levar uma vida normal.

Não existem medicamentos específicos para a labirintite, então além dos remédios que devem ser tomados para alívio das tonteiras, "é preciso tomar alguns cuidados com alimentação e praticar exercícios fisioterápicos específicos para o labirinto" afirma a médica. O labirinto faz parte do sistema de equilíbrio das pessoas.

O principal sintoma da labirintite é a tonteira que pode vir repentinamente e durar alguns segundos, minutos, horas ou dias. Geralmente vem acompanhada de sintomas como as náuseas, vômitos, sudorese e palidez. Pode se apresentar em crises periódicas com intervalos variáveis ou se tornar crônica. Por haver relação íntima entre o labirinto e o sistema auditivo, o paciente com labirintite pode apresentar diminuição da audição em um dos ouvidos ou em ambos, dificuldade de entender o que as pessoas dizem, zumbidos ou sensação de pressão.

E se você tem ou conhece alguém que apresenta esses sintomas, procure um médico, porque os pacientes com labirintite precisam de muitos cuidados. "O paciente que tem labirintite necessita de grande atenção, pois existe uma insegurança muito grande, ansiedade e depressão que costuma associar-se a medo de cair ou medo de sair sozinha, gerando um grande impacto na qualidade de vida do paciente".

Alguns cuidados que melhoram a qualidade de vida do paciente com labirintite :
Evite ficar mais do que três horas, durante o dia, sem ingerir algum alimento.
Evite o uso de açúcar refinado, mascavo, cristal ou mel. Use adoçantes e dietéticos, se necessários.
Aumente a ingestão de água. Beba de quatro a seis copos de água por dia.
Evite chá-mate e café.
Evite sucos de frutas industrializados.
Evite o excesso de corantes e conservantes.
Legumes e verduras devem constituir a maior parte da alimentação.
Evite bebida alcoólica.
Evite o repouso excessivo. Caminhe pelo menos trinta minutos por dia .
Evite travesseiros altos.
Fonte: msn.minhavida.com.br

LABIRINTITE




Labirintite é um termo com significado popular que, geralmente, se refere aos distúrbios relacionados ao equilíbrio e à audição. Sendo assim, popularmente e em sentido amplo, Labirintite pode significar tontura, vertigem, zumbido, desequilíbrio e varias outras formas de mal estar.

Na verdade, o termo correto a ser usado seria Labirintopatia, que significa "doença do labirinto".
Milhões de pessoas sofrem de Zumbido e grande parte da população experimenta Zumbido alguma vez na vida.

O Zumbido é a percepção de um som mesmo não havendo nenhum ruído presente. Apesar da sua ocorrência ser comum, a maioria das pessoas não o conhece pelo nome e o efeito que causa é muito variável, para alguns é apenas um incômodo, para outros é um estado estressante.

Fonte: gballone.sites.uol.com.br

Clamídia


Causador

Clamidia trachomatis

O que é Clamídia?
Clamídia é uma infecção bacteriana transmitida através de contato físico durante uma relação sexual. Pode ser transmitida também através de sexo vaginal, anal ou oral.

Quais são os sintomas da Clamídia?
Os sintomas aparecem de 1 a 3 semanas após a infecção. Muitos homens e mulheres, no entanto, não os desenvolvem. Os sintomas são:

Homens
ardor e dor ao urinar.
secreção branca, "aguada" do pênis.
Mulheres
secreção vaginal.
ardor e dor ao urinar.
urinar com muita freqüência.
dor nas costas e cólicas abdominais.
sangramento após relação sexual
Quais são os exames para se diagnosticar Clamídia?
O exame é feito em laboratório com o material coletado da uretra (homens) ou da cérvice uterina (mulheres).

A Clamídia é curável?
O tratamento é feito com antibióticos e o paciente fica curado. É importante tratar o parceiro também, para que não ocorra nova transmissão.

O que ocorre se a Clamídia não for tratada?
Se não for tratada, a Clamídia pode se espalhar para a cavidade e órgãos pélvicos, causando doença inflamatória pélvica. Esta doença pode causar danos irreparáveis aos órgãos pélvicos e infertilidade tanto em homens quanto em mulheres.

Como se previne a transmissão da Clamídia?
Pessoas com apenas um parceiro sexual têm menos chances de adquirir Clamídia. É muito importante o uso de camisinha e espermicidas. A camisinha é uma barreira entre o organismo e a bactéria. Os espermicidas ajudam a eliminar qualquer micro-organismo que entre em contato com eles.

Fonte: med.fm.usp.br

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