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16 de abr. de 2018

'Síndrome do torniquete quase fez minha filha perder os dedos dos pés'

Gemma Fraser e a filha Orla
Como muitos pais, a escocesa Gemma Fraser nunca imaginou que um fio de cabelo pudesse se enroscar e impedir a circulação de sangue nos dedos do pé de sua filha. Depois do susto de ver o bebê quase perder dois dedinhos por conta disso, a mãe agora está buscando alertar outros pais sobre os riscos da chamada síndrome do torniquete - quando algo obstrui a circulação nos membros, principalmente em extremidades como os dedos.
Em junho do ano passado, Fraser percebeu que um fio de cabelo seu estava enrolado em dois dedos da filha, então com três meses - deixando-os roxos e inchados.
Segundo Bruno Naves, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, a síndrome tem ocorrências eventuais, mas não muito frequentes. Ainda assim, é recomendado que os pais monitorem a presença de fios de cabelo ou de outra natureza (como de tecidos) nas extremidades do corpo dos bebês - principalmente aqueles com poucos meses de idade

"A melhor forma de prevenção é dar uma examinada cuidadosa nos dedos das mãos, dos pés e até nos calçados dos bebês", explicou Naves em entrevista à BBC Brasil. "Crianças com até 3 meses são mais vulneráveis, pois não se movimentam muito e não têm os dedos suficientemente grossos. A manifestação da síndrome costuma começar com uma irritabilidade, um choro que ninguém dá conta. O local danificado fica vermelho, quente e inchado.
Dois dedos inchados de OrlaDireito de imagemARQUIVO PESSOAL/GEMMA FRASER
Image captionOrla tinha três meses quando foi vítima da síndrome do torniquete
Sintomas como estes foram percebidos por Gemma Fraser ao trocar a fralda da filha, Orla. A mãe lembrou-se do susto em uma entrevista ao programa de Kaye Adams na rádio da BBC na Escócia.
O fio de cabelo estava preso de tal maneira que Fraser não conseguiu removê-lo sozinha, precisando chamar uma ambulância. Um paramédico precisou de 45 minutos para conseguir realizar a tarefa.
A bebê foi encaminhada então para um hospital em Edimburgo, capital da Escócia.
Depois de ser atendida, a menina foi enviada para casa com a recomendação de usar um creme antibiótico. Um dos dedos sarou depois de algumas semanas, mas outro, não.

Síndrome do torniquete

"A ferida ainda estava aberta e muito inchada. E então começou a sair pus", contou Fraser.
Depois de várias outras consultas com médicos, Orla foi encaminhada para um cirurgião plástico.
"A pele estava saindo, dava para ver as partes internas do dedo dela. Uma das enfermeiras disse que possivelmente havia ainda um fio de cabelo dentro da ferida".
Orla após recuperaçãoDireito de imagemARQUIVO PESSOAL/GEMMA FRASER
Image captionDepois de várias consultas e uma cirurgia, Orla está feliz e saudável
Por ser muito nova, Orla precisou ser operada sem anestesia geral. Segurada pela mãe às lágrimas, a bebê finalmente teve a ferida higienizada pelo cirurgião.
Segundo a mãe, o tempo entre a percepção do problema e a cirurgia foi de cinco meses.

'Fiquei chocada'

"Uma das enfermeiras me falou da síndrome do torniquete e fiquei chocada quando vi imagens de crianças que não tiveram a sorte de Orla, tendo que ter os dedos amputados", lembra a mãe.
"Quando olho para trás, Orla definitivamente estava diferente naquela semana. Eu só queria que eu soubesse disso (da síndrome do torniquete) como uma possível causa".
Gemma Fraser e as duas filhasDireito de imagemREPRODUÇÃO/FACEBOOK
Image captionGemma Fraser com a bebê Orla e sua filha mais velha, Poppy
Falando no mesmo programa, a parteira Cass McNamara explicou: "As pessoas devem ficar cientes disso, devem monitorar o bebê todo dia. O cabelo é incrivelmente forte e pode atuar como um fio de pesca. Isso leva bebês a terem seus dedos amputados. O pênis também pode ser afetado".
"Se o seu bebê está mais irritado do que o normal, dê uma boa checada se está tudo certo. Se você notar algum fio de cabelo, deveria ser fácil de tirá-lo, mas se não for, procure assistência médica imediatamente".
Segundo o angiologista Bruno Naves, a síndrome do torniquete pode afetar adultos também. Ele destaca que, por ser chamada de "síndrome", trata-se de um conjunto de sintomas, e não uma doença; já o "torniquete" remete a qualquer objeto que circunde e aperte alguma parte do corpo, como anéis em adultos. Assim, a circulação do sangue fica obstruída.

http://www.bbc.com/portuguese/geral-43664840

AULÃO PANTERA NEGRA - #VOUPASSAR





14 de mar. de 2018

Conheça mais sobre ELA a doença de Stephen Walking



O físico britânico Stephen Hawking, em evento na Universidade de Cambridge, em 2016; cientista morreu nesta quarta-feira (14) aos 76 anos
https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2018/03/morre-o-fisico-stephen-hawking-aos-76-anos.shtml
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que faz a pessoa refém do próprio corpo, paralisando os músculos de forma progressiva e avassaladora, até a morte. No Brasil, estima-se que haja cerca de 14 mil portadores desta doença. Entretanto, há pouco investimento em pesquisa científica, dificuldade para tratamentos experimentais e desinteresse dos parlamentares. Como forma de encarar essas barreiras, o Dr. Hemerson Casado Gama (cardiologista alagoano diagnosticado com ELA em 2012) resolveu, entre outras iniciativas, criar a campanha “Dê um milhão para ELA”. O objetivo desta campanha é arrecadar R$ 1.000.000,00 para financiar estudos sobre a doença em convênio entre o Laboratório Israelense BrainStorm e o Centro de Tecnologia Celular da PUC-PR.
ELA ou Esclerose lateral amiotrófica
Sinônimos: Doença de Lou Gehrig e Doença de Charcot
A esclerose lateral amiotrófica, ou ELA, é uma doença das células nervosas do cérebro e da medula espinhal que controlam o movimento voluntário dos músculos.
A ELA também é conhecida como doença de Lou Gehrig.

Causas

Em cerca de 10% dos casos, a ELA é causada por um defeito genético. Nos demais casos, a causa é desconhecida.
Na ELA, as células nervosas (neurônios) se desgastam ou morrem e já não conseguem mais mandar mensagens aos músculos. Isso finalmente gera enfraquecimento dos músculos, contrações involuntárias e incapacidade de mover os braços, as pernas e o corpo. A doença piora lentamente. Quando os músculos do peito param de trabalhar, fica muito difícil ou impossível respirar por conta própria.
A ELA afeta aproximadamente 5 de cada 100.000 pessoas em todo o mundo.
Não existem fatores de risco conhecidos, exceto ter um membro da família que tenha a forma hereditária da doença.

Exames

O médico fará um histórico do paciente, incluindo tópicos como força e resistência.
O exame físico de força mostra fraqueza, muitas vezes começando em uma área. Pode haver tremores, espasmos e contrações musculares, ou perda de tecido muscular (atrofia). Atrofia e contrações involuntárias da língua são comuns.
A pessoa pode ter um jeito de andar rígido ou desajeitado. Os reflexos são anormais. Há mais reflexos nas articulações, mas pode haver perda do reflexo faríngeo. Alguns pacientes têm problemas para controlar o choro ou o riso. Isso às vezes é chamado de “incontinência emocional”.
Possíveis testes incluem:
  • Exames de sangue para descartar outras doenças
  • Teste respiratório para verificar se os músculos do pulmão foram afetados
  • Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da coluna cervical para garantir que não exista uma doença ou lesão no pescoço, que pode ser semelhante à ELA
  • Eletromiografia para ver quais nervos não funcionam corretamente
  • Teste genético, se houver um histórico familiar de ELA
  • Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da cabeça para excluir outras doenças
  • Estudos de condução nervosa
  • Testes de deglutição
  • Punção lombar

Fontes e referências originais:
Feldman EL. Amyotrophic lateral sclerosis and other motor neuron diseases. In: Goldman L, Ausiello D, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier; 2007:chap. 435.


Saiba mais:

Doença de Lou Gehrig é um nome comumente aceito para a doença chamada esclerose lateral amiotrófica (ELA). ALS é uma doença cerebral progressiva incurável. 

Um doente que sofre de ALS vai começar a sentir a morte lenta das células nervosas no cérebro e na medula espinhal. Estas células nervosas, chamadas neurônios motores, ajuda o cérebro para controlar os movimentos e músculos. 

Quando as células nervosas morrem, o cérebro, eventualmente, perde a capacidade de controlar o movimento muscular. Assim, à medida que a doença progride, os pacientes eventualmente tornar-se completamente paralisado. Eventualmente, o cérebro é incapaz de controlar os movimentos musculares involuntários que o corpo precisa para viver, e o paciente morre. 

Não há atualmente nenhuma cura conhecida para a ALS, e as causas da doença ainda imperceptíveis.

Morre Stephen Hawking, o físico britânico que revolucionou a Ciência e nossa maneira de entender o Universo

Morre Stephen Hawking, o físico britânico que revolucionou a Ciência e nossa maneira de entender o Universo

Stephen Hawking
Image captionHawking sofria desde jovem com a esclerose lateral amiotrófica. Foto: BBC/Richard Ansett
O físico britânico Stephen Hawking morreu nesta quarta-feira, aos 76 anos, segundo informou sua família.
Com sua morte, desaparece um dos cientistas mais conhecidos do mundo e também um dos divulgadores da ciência mais populares das últimas décadas.
"Estamos profundamente tristes pela morte do nosso pai hoje", disseram seus filhos Lucy, Robert e Tim.
"Era um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado viverão por muitos anos", afirmaram em um comunicado.
Nascido em 8 de janeiro de 1942 em Oxford, no Reino Unido, Hawking era considerado um dos cientistas mais influentes do mundo desde Albert Einstein, não só por suas decisivas contribuições para o progresso da ciência, como também por sua constante preocupação em aproximar a ciência do público e por sua coragem de enfrentar a doença degenerativa de que sofria e que o deixou em uma cadeira de rodas e sem capacidade para falar de maneira natural.
Hawking usava um sintetizador eletrônico para poder falar, mas a voz robótica produzida pelo aparelho para expressar suas ideias acabou se tornando não só uma de suas marcas registradas como foi constantemente ouvida e respeitada no mundo todo.
Para produzir sua "fala", o físico usava formava as palavras em uma tela com o movimentos dos olhos, também usado para movimentar sua cadeira de rodas.
'Meu pai tinha resposta para tudo': as lembranças de infância da filha de Stephen Hawking

Casamento e diagnóstico

Filho de um biólogo que decidiu tirar sua família de Londres para deixá-los a salvo dos bombardeios alemães durante a Segunda Guerra Mundial, Hawking cresceu na cidade de St. Albans.
Como estudante, não tardou em demonstrar seu valor. Formou-se com honras em Física em Oxford, e mais tarde se pós-graduou em Astronomia pela Universidade de Cambridge.
Stephen Hawking.Direito de imagemPA
Image captionHawking defendia que o universo era regido por leis estabelecidas.
O jovem Hawking gostava de montar a cavalo e de remar.
Mas aos 21 anos tudo mudou. Ele começou a notar que seus movimentos eram cada vez mais desajeitados e foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença neuromotora.
Os médicos disseram que ele não viveria mais do que dois anos.
Quando foi diagnosticado, planejava seu casamento com Jane Wilde, sua primeira mulher.
"O compromisso me salvou a vida, me deu uma razão para viver", contou o físico anos mais tarde
O casal teve dois filhos.
Hawking desafiou todos os prognósticos e a doença avançou mais lentamente do que o previsto, mas com os anos acabou o deixando somente com movimento em dois dedos e em alguns músculos faciais.
Isso não impediu que seguisse trabalhando em suas teorias, divulgadas em livros e eventos públicos.
Em 1988 ele havia completado sua obra "Breve História do Tempo", que se converteu em um sucesso absoluto no mundo todo, com mais de 10 milhões de cópias vendidas.

Suas teorias

Stephen HawkingDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEm 2004, Hawking revisou sua própria teoria e concluiu que os buracos negros não absorvem tudo.
Hawking havia demonstrado que a paixão à qual dedicou toda sua vida, estudar as leis que governam o universo, também poderia ser atraente para o grande público.
Ele conseguiu que sua deficiência se convertesse em uma das chaves de sua obra científica. Quando perdeu a mobilidade dos braços, se empenhou em ser capaz de resolver os cálculos científicos mais complexos somente com a mente, sem anotar equações.
Logo começou a propor teses revolucionárias que questionavam os cânones estabelecidos.
Uma de suas afirmações mais ousadas foi a de considerar que a Teoria Geral da Relatividade formulada por Einstein implicava que o espaço e o tempo tivessem um princípio no Big Bang e um fim nos buracos negros.
Em 1976, seguindo os enunciados da física quântica, Hawking concluiu em sua "Teoria da Radiação" que os buracos negros - as regiões no espaço com tamanha força de gravidade que nem a luz pode escapar delas - eram capazes de emitir energia e perder matéria.
Em 2004 revisou sua própria teoria e chegou à conclusão de que os buracos negros não absorvem tudo.
"O buraco negro só aparce em uma silhueta e depois se abre e revela informações sobre tudo o que havia caído dentro dele. Isso nos permite verificarmos o passado e prever o futuro", disse o cientista.

Ainda mais breve...

Hawking teve um papel fundamental na difusão da Astronomia em termos fáceis de comprender para o público geral.
Hawking cmn sua famíliaDireito de imagemAFP
Image captionO cinetista usava um sintetizador de voz para se comunicar e uma cadeira de rodas controlada pelo movimento da cabeça e dos olhos.
Consciente de que seu livro havia vendido muito, mas lido inteiro por poucos, devido à sua complexidade, Hawking publicou uma versão mais curta e de leitura mais fácil da já "Breve História do Tempo".
O físico tentou por todos os meios que as pessoas comuns se aproximassem dos mistérios do universo, e em busca desse objetivo não duvidou em recorrer ao humor.
Em uma aparição que ficou famosa no desenho de televisão "Os Simpsons", o cientista advertia Homer de que roubaria sua ideia de que o universo tem forma de rosca.
Outra mostra de sua relação com a ironia está presente em sua própria página na internet, com piadas contadas por ele mesmo.
"Quando tive que dar uma conferência no Japão, me pediram que não fizesse menção ao possível colapso do universo, porque isso poderia afetar as bolsas de valores", escreveu.
"Porém , posso assegurar a qualquer um que esteja preocupado com seus investimentos de que é um pouco cedo para vender. Ainda que o Universo acabe, isso não deve ocorrer dentro de ao menos 20 bilhões de anos", concluiu.
Mudanças climáticas podem deixar Terra igual a Vênus, alerta Stephen Hawking
Fonte; BBC BRASIL

10 de mar. de 2018

O que é o macrófago, célula que mantém as tatuagens na pele e pode um dia ajudar a apagá-las


Ilustração mostra os macrófagos em ação


É o que indica uma descoberta feita por cientistas franceses quase acidentalmente, já que este não era o objetivo principal de sua pesquisa.
Hoje, aqueles que desejam apagar os desenhos na pele têm poucas opções - basicamente tratamentos com raios laser que não são totalmente eficazes e, em geral, são bastante dolorosos.
Mas os macrófagos, um tipo de célula de defesa do organismo, podem se revelar uma melhor alternativa.

Image caption

As células que comem

Os macrófagos fazem parte do sistema imunológico e estão nos nossos tecidos.
Essas células são capazes de ingerir e destruir bactérias e células danificadas a partir de um processo chamado fagocitose. E, segundo pesquisas recentes, os macrófagos são atraídos pela ferida que dá lugar à tatuagem e "comem" os pigmentos de tinta como fariam com um agente a ser eliminado.

Image captionPigmento verde de uma tatuagem é visto dentro de um macrófago; no centro, o pigmento a liberado após a morte de uma célula; à direita, 90 dias depois, a tinta é recuperada por uma nova célula | Imagem: Baranska et al., 2018

Mas, apesar das tatuagens a princípio durarem para sempre, o mesmo não acontece com estas células que contêm seus pigmentos. Ao morrer, os macrófagos deixam como "herança" tais pigmentos, que são então incorporados pela nova célula.
Assim, a tinta das tatuagens é mantida por uma sequência infindável: quando um dos macrófagos morre e libera os pigmentos de cor, outro aparece semanas depois e ingere o material.
"O fato de um macrófago suceder o outro explica por que as tatuagens ficam na pele", explica Sandrine Henri, uma das pesquisadoras do Centre d'Immunologie de Marseille-Luminy que participou do estudo, publicado neste mês no periódico Journal of Experimental Medicine.

Novo método à vista?

Mas se esse processo é interrompido a tempo, as células que substituem aquelas mortas não conseguem capturar os pigmentos da tatuagem.
"Isso aumenta a possibilidade de que o sistema linfático se desfaça das partículas da tinta da tatuagem", explica Henri.
Assim, a manipulação deste processo poderia ser associado ao uso de raios laser - que são capazes de matar células na pele.
Henri e sua equipe estão trabalhando agora no desenvolvimento de um método que iniba o trabalho de algumas células do sistema imunológico e dos macrófagos.

Como foi a pior pandemia de gripe da história - e será que ela pode se repetir?


Resultado de imagem para virus da gripe espanhola
Fonte- Wikpedia
Há exatamente um século, era confirmado o primeiro caso de gripe no que tornaria a pior pandemia da doença já registrada no mundo até hoje.
A pandemia de Gripe Espanhola de 1918-1919 teve o maior número de vítimas causada por uma doença infecciosa desde a Peste Negra, no século 14.
Um terço da população do planeta foi infectada pelo vírus – e 50 milhões não resistiram a ele, quase três vezes mais do que o número de mortos na 1ª Guerra Mundial.
Alguns cientistas acreditam que outra pandemia de mesma escala pode vir a ocorrer, mas, com os avanços em saúde e comunicação, um evento como esse poderia ser tão mortal quando o ocorrido há cem anos?
Já foram registradas outras pandemias de gripe desde então, como, por exemplo, em 1957, 1968 e 2009, mas nenhuma teve um número de vítimas tão devastador quanto o da Gripe Espanhola.
Parte disso se deve ao fato que programas e campanhas de vacinação em massa imunizaram populações ao redor do mundo, reduzindo o número de mortes por gripe.
Enquanto isso, progressos em tecnologias de comunicação permitem ao mundo reagir mais rapidamente à ameaça de uma pandemia global.
Hoje em dia, por exemplo, o conjunto de medições feitas com termômetros inteligentes, conectados à internet, permitem detectar o início de uma epidemia em um ponto do planeta.
E simulações de computador podem ajudar a prever o avanço do contágio por um vírus.
No entanto, os vírus podem passar por uma mutação dentro de uma espécie, criando novas variantes, que contagiam outras espécies, entre elas os humanos.
E, em um mundo mais conectado, um vírus pode se espalhar mais facilmente.
Por fim, se um vírus adquire uma resistência aos medicamentos disponíveis atualmente, é necessário correr contra o tempo para desenvolver novas drogas capazes de combatê-lo.
Então, ainda que estejamos mais bem preparados para evitar uma pandemia de gripe em relação a cem anos atrás, ainda podemos ser surpreendidos.
Portanto, lembre-se dos conselhos simples dados à população em 1918 para evitar o contágio:
* Lave suas mãos regularmente;
* E cubra sua boca e nariz ao espirrar.
Fonte:bbc

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