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27 de fev. de 2015

Dormir demais é mais prejudicial à saúde do que dormir a menos, dizem estudos

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Cientista americano sugere que oito horas de sono pode ser demais
Pesquisas sobre o sono sugerem que dormir oito horas por noite pode fazer mal à saúde.
Gregg Jacobs, especialista do Centro de Transtornos do Sono da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, afirma que estudos dos últimos dez anos indicam que este não é o tempo ideal de sono para se manter saudável.
"Houve cerca de 34 pesquisas - estudos epidemiológicos que acompanham as pessoas durante um tempo, envolvendo mais de dois milhões de pessoas, e que mostram de forma consistente que há uma relação entre duração do sono e mortalidade", afirma.
Segundo Jacobs, o nível mais baixo de mortalidade corresponde a sete horas de sono.
"Então, quando você dorme menos do que sete horas ou mais do que sete, há um aumento gradual no risco de mortalidade, com pessoas que dormem mais mostrando um aumento maior no risco do que as pessoas que dormem menos", conclui o cientista.
Para Jacobs, sete horas de sono é a quantidade perfeita. Menos do que isso significa que a pessoa tem mais chances de morrer mais cedo e mais do que isso significa que as chances de morrer mais cedo são ainda maiores.

De seis a oito?

No entanto, outro especialista em sono, Frank Cappuccio, professor de medicina cardiovascular e epidemiologia na Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, afirma que, quando se fala em sono, deveríamos pensar em um tempo que varia entre seis e oito horas como o ideal. E que medir o sono com precisão pode ser problemático.
"Nossa tendência é contar com métodos muito simples, como perguntar às pessoas quantas horas elas dormem por noite, em média", explica.
Mas, segundo Cappuccio, as pessoas não relatam com exatidão quanto tempo elas dormem.
Contar com o depoimento das pessoas transforma os estudos do sono em uma ciência inexata pois, aparentemente, temos uma tendência a superestimar nosso tempo de sono.
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Para especialista de universidade britânica, se uma pessoa acredita que dorme entre seis e oito horas, não há problema
Mesmo com tanta falta de precisão, Cappuccio diz que, se uma pessoa acredita que dorme entre seis e oito horas por noite, não há com o que se preocupar.

Falta e excesso

Uma pessoa que dorme mais ou menos do que um período entre seis e oito horas por noite aparentemente apresenta mais risco de desenvolver problemas como pressão alta, diabetes e complicações cardiovasculares.
"Se você dorme mais do que oito horas ou menos do que seis, você tem um grande aumento do que estimamos ser o risco de desenvolver estes problemas ou morrer mais cedo", ressalta Cappuccio.
Uma análise de voluntários que participaram de um estudo sobre o sono descobriu um aumento de 12% de mortes entre os que dormiram menos, comparado com os que dormiam entre seis e oito horas.
E, quando os pesquisadores analisaram os que dormiam mais do que isto, descobriram um aumento de 30% das mortes em comparação com as pessoas que dormiam entre seis e oito horas.

Sete horas

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Cientistas afirmam que as pessoas superestimam o tempo de sono
Apesar das provas de que as pessoas não são testemunhas confiáveis do próprio sono, Gregg Jacobs afirma que é possível ter uma ideia de qual o tempo de sono ideal.
"Toda primavera nos Estados Unidos a Fundação Nacional do Sono pesquisa entre milhares de adultos em uma amostragem científica aleatória e eles descobrem coisas interessantes: que o adulto típico de hoje relata sete horas de sono e que, na verdade, parece ser esta a duração média do sono na população adulta mundial", afirma.
Para Jacobs, talvez as sete horas de sono sejam algo mais natural para o cérebro.
O cientista afirma que as pesquisas indicam que a maioria dos adultos ainda diz que se sente descansado e com energia depois deste tempo de sono e apenas 5% afirmam que se sentem sonolentos diariamente.
"Há algo a respeito das sete horas de sono que parece ser o número ideal em termos do que as pessoas conseguem (dormir) naturalmente e o que observamos em termos de saúde ideal, em termos dos níveis de mortalidade mais baixos. Então, a resposta de sete horas de sono aparece muitas vezes", diz.

Ciência desvenda mistério do vestido que 'muda de cor'

Credito: swikedtumblr
A imagem original do vestido: que cores você vê?
Como nossos olhos podem estar errados? Quando vemos algo claramente, falamos sobre o que vimos com certeza absoluta. Mas às vezes cometemos erros.
Azul e preto ou branco e dourado? É o frisson que vem causando a foto do vestido acima. A discussão virou um dos temas mais compartilhados nas redes sociais, em especial no Twitter, onde alcançou status de trending topic, ou assunto entre os mais comentados, no Brasil e no mundo.
"Qual é a cor desse vestido? Vejo branco e dourado. Kanye vê preto e azul, quem é o daltônico?", escreveu Kim Kardashian na rede.
Também no microblog, a ganhadora do Oscar Julianne Moore disse que via branco e dourado, mas Taylor Swift e Justin Bieber viram azul e preto.

O que diz a tecnologia

Se você enxerga o vestido branco e dourado, está simplesmente equivocado.
Pedimos à editora de fotografia do Serviço Mundial da BBC, Emma Lynch, que nos ajudasse a determinar objetivamente a cor do vestido usando um software de edição de fotos.
Ela disse que, após análise, todos os tons da cor do vestido são azuis, e não brancos. Ao aumentar a saturação - tornando as cores existentes mais fortes, mas sem acrescentar novas cores - o vestido aparece azul para todos.

Como tudo começouEstes resultados são confirmados pelo uso da ferramenta de conta-gotas do software, que captura amostras de áreas específicas do tecido. Este software identifica o código de cor do computador de qualquer pixel na tela. E nesse caso também gera resultados em tons de azul.

As conclusões são confirmadas pela responsável por distribuir a imagem do vestido nas redes sociais.
Caitlin McNeill, uma escocesa de 21 anos, faz parte de uma banda de folk. Na semana passada, o grupo tocou em um casamento onde a mãe da noiva estava usando o vestido.
Caitlin contou ao site BuzzFeed News que as discordâncias sobre a cor do vestido começaram pouco antes da festa, quando a mãe da noiva compartilhou com o casal uma foto da roupa que planejava usar.
A noiva e o noivo não conseguiram chegar a um acordo sobre se o vestido na foto era azul e preto ou branco e dourado. Então postaram a imagem no Facebook. McNeill, depois, compartilhou a foto em seu Tumblr.
A história cresceu nas redes sociais e não parou mais.
McNeill disse que o vestido azul e preto é da marca Roman Originals e, embora houvesse outras opções de cores disponíveis, nenhum deles era branco e dourado.
Adobe
Manipulação em computador intensifica cores e deixa claro que o vestido é azul

Por que vemos cores diferentes

De acordo com o site de tecnologia Wired.com, a chave para decifrar o enigma do vestido está na forma como os olhos e o cérebro evoluíram para ver cores na luz solar.
Como os seres humanos evoluíram para ver a luz do dia, seus cérebros começaram a levar em conta o fato de que a luz muda de cor. Os objetos têm um certo tom vermelho rosado de madrugada, mais azul-branco ao meio-dia, e voltam a ser mais avermelhadas no pôr do sol.
O cérebro tenta descontar o efeito da luz do sol (ou outra fonte de luz) para chegar a uma cor "verdadeira".
Por isso, algumas pessoas veem azul no vestido mas seus cérebros ignoram isso, atribuindo a cor azulada à fonte de luz, em vez de ao próprio vestido. Elas veem branco e dourado.
Os cérebros dos outros atribuem o azul que eles veem ao próprio vestido.
Este fenômeno existe há milhares de anos, mas há algo especial nesta foto do vestido que tornou as diferenças na forma como vemos a cor mais clara do que nunca.

28 de jan. de 2015

Por que temos lábios?

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Observando a natureza, é fácil surgir a pergunta: para que servem os lábios? Os pássaros vivem muito bem sem eles, os lábios das tartarugas são rígidos como bicos e, mesmo com os lábios existindo na maioria dos mamíferos, o homem é o único a tê-los permanentemente voltados para fora.
Os cientistas dizem que os lábios são tão importantes que até compensam o fato de, às vezes, serem mordidos enquanto mastigamos.
Usar os lábios para sugar é uma das primeiras habilidades que temos ao nascer. Essa aptidão fundamental para nossa sobrevivência é conhecida como "reflexo primitivo". Todos nós nascemos sabendo sugar e não precisamos aprender. E isso vale para quase todos os mamíferos.
E é esse reflexo que, combinado com outra resposta primitiva, o reflexo de busca, permite aos recém-nascidos mamar.

Comer, falar, amar

Bebês têm naturalmente o reflexo de sugar algo que toque seus lábios
O reflexo de busca funciona ao se girar a cabeça do bebê para estar de frente para qualquer coisa que toque sua boca ou sua bochecha. Assim que ele agarra algo com seus lábios, seu reflexo de sucção é ativado. Apesar de a língua fazer boa parte do trabalho na mamada, os lábios são essenciais para manter um lacre que permite ao bebê engolir o leite.
Isso significa que mamar, seja no peito ou na mamadeira, não é um comportamento passivo do bebê. É quase como uma conversa, com cada lado fazendo sua parte em uma dança cuidadosamente coreografada pela evolução. E os lábios estão no centro dessa dança.
Os lábios também são importantes no ato de comer e na fala. Em linguística, os lábios representam um dos muitos pontos de articulação – partes da boca e da garganta que ajudam a bloquear o ar que vem dos pulmões e formar os fonemas.
O beijo aparece em 90% das culturas mundiais
A fala é um aspecto crucial da vida humana, mas talvez não tão divertida quanto o beijo. O beijo não é universal, mas aparece em 90% das culturas.
Suas raízes estão na biologia, talvez uma combinação de impulsos natos com um comportamento adquirido. Sabemos que outras espécies também se beijam. Os chimpanzés fazem isso para se reconciliar após uma briga e os bonobos usam a língua.
Em uma edição da publicação Scientific American Mind de 2008, o escritor Chip Walter argumentou, citando o zoólogo britânico Desmond Morris, que o beijo pode ter se originado do costume primata de mastigar alimentos e passá-los para a boca dos filhotes. O encontro dos lábios pode então ter se tornado uma maneira de aliviar a ansiedade.
Alguns estudos de condicionamento sugerem que, após estimular os lábios com comidas, o simples ato de tocá-los já provoca sentimentos de prazer. Acrescente aí a grande presença de terminações nervosas dos lábios, e você terá a receita do êxtase.

A ciência do beijo

Chimpanzés se beijam para se reconciliar após uma briga
Os lábios são tecidos especialmente sensíveis. A parte do cérebro responsável por detectar o toque é chamada de córtex somatossensorial e fica no topo do cérebro, em uma área chamada de giro pós-central.
Todas as sensações de tato são enviadas para serem processadas aqui, e cada parte do corpo tem sua própria subdivisão dentro do giro pós-central. Seu tamanho reflete a densidade de receptores.
A parte que recebe sensações do peito e da barriga é relativamente pequena, enquanto as que processam as sensações das mãos e dos lábios são enormes.
Segundo o pesquisador Gordon Gallup, nas culturas em que não existe o beijo, "parceiros sexuais podem assoprar os rostos um do outro, ou ainda lamber, sugar ou esfregar o rosto do outro antes do ato sexual".
Já o chamado "beijo de esquimó" não se limita a esfregar os narizes, mas sim trocar odores. É possível que o ato de beijar tenha surgido como uma maneira prazerosa de sentir e filtrar possíveis parceiros.
Gallup estudou o comportamento de um grupo que deveria saber bastante sobre o beijo: estudantes universitários americanos. Ele e seus colegas descobriram que uma das principais maneiras de as mulheres determinarem se um parceiro era ou não um bom beijador usava pistas químicas, como o gosto e o cheiro. Elas também disseram que provavelmente não fariam sexo com um homem sem antes beijá-lo.
Outra pesquisa de Gallup perguntou a voluntários se já tinham perdido o interesse em alguém que consideravam atraente após o primeiro beijo. Entre os homens, 59% disseram que sim e 66% das mulheres concordaram.
Mesmo tendo se concentrado em estudantes americanos, os estudos de Gallup, quando comparados com dados multiculturais e com evidências de pesquisas com animais, mostram que o contato íntimo propiciado pelo beijo pode nos ajudar a julgar a possível adequação de um parceiro.
É por isso que vale a pena ter lábios - mesmo que de vez em quando eles rachem com o vento ou acabem mordidos sem querer.
Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Future.

Coração impresso em 3D 'salva' menina de 2 anos com problema cardíaco

Foto: BBC
Mina tem dois anos e teve de passar por cirurgia para corrigir problema no coração
Quando Mina nasceu, os médicos disseram que ela tinha apenas 50% de chance de sobreviver. A garota britânica, hoje com dois anos, foi diagnosticada com uma doença grave no coração ainda antes de vir ao mundo e, após seu nascimento, sofria com o cansaço excessivo – resultado de um coração que não funcionava 100%.
Mina tinha um buraco entre duas cavidades de seu coração e precisava passar por uma operação para corrigir o problema. A cirurgia, no entanto, era bastante delicada e o uso de um coração impresso em 3D foi fundamental para o seu sucesso.
Com fotos reais do órgão de Mina, o médico Tariq Hussain conseguiu reproduzir um coração artificial muito parecido usando softwares modernos no computador.
"Médicos de Manchester fizeram um trabalho excelente e conseguiram tirar fotos do coração de Mina. Eu segmentei o material e o deixei nesse formato especial usando um software especial que nos permitia imprimir o novo 'coração'. E aí eu poderia mostrá-lo para o cirurgião", explicou Hussain à BBC.
Coração artificial / Crédito: BBC
Coração impresso em 3D ajudou médicos na hora da cirurgia de Mina
Tariq Hussain conseguiu "desenhar" o problema do coração de Mina com detalhes minuciosos do que precisava ser corrigido.
Com uma impressora 3D, os médicos imprimiram o coração "fabricado" no computador e puderam ter uma reprodução fiel do órgão de Mina para auxiliar os médicos na hora da cirurgia.
"Dá para ver o buraco que ele tinha que consertar. E quando o cirurgião está com isso na mão, ele consegue analisar e ver exatamente o que tem que fazer e tem mais confiança para a cirurgia. Ele pensa: 'eu sei o que é, sei o que estou procurando e realmente, eu consigo fazer isso'", prosseguiu o médico.
Hoje, Mina está bem melhor e já não sente os mesmos sintomas que a atrapalhavam antes.
Mina 'Ela está ótima!', disse a mãe sobre Mina depois da cirurgia


BBC BRASIL

8 de out. de 2014

Pesquisa mostra que 40% têm lembranças da 'vida após a morte

Pacientes relataram 'luz brilhante' durante morte clínica
O maior estudo já feito sobre experiências de quase morte mostrou que cerca de 40% dos pacientes têm algum tipo de lembrança sobre o período em que estiveram clinicamente mortos e sugeriu que uma pessoa pode continuar com atividade cerebral por até três minutos após seu coração parar completamente.
Durante quatro anos, cientistas da Universidade de Southampton, na Inglaterra, analisaram os casos de 2.060 pessoas que sofreram paradas cardíacas em 15 hospitais da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Áustria.
Entre os 330 que sobreviveram, 140 puderam ser entrevistados e, desses, 55 (39%) disseram ter alguma percepção ou lembrança do período em que estavam tecnicamente mortos.
Entrentanto, apenas duas pessoas relataram lembranças precisas sobre suas experiências de quase morte.

Luz

Uma delas, um homem de 57 anos, relatou que, de um canto da sala, observou enquanto os médicos faziam o procedimento de reanimação em seu corpo.
"Ele descreveu de forma precisa as pessoas, som e atividades de sua reanimação. Os registros médicos corroboram seu relato", diz o estudo.
Baseado nos sons que ele diz ter ouvido, é possível estimar que o homem tenha ficado consciente por 3 minutos entre a parada cardíaca e a reanimação - o normal, segundo o estudo, é a ocorrência de atividade cerebral residual entre 20 a 30 segundos após a parada cardíaca.
A maior parte dos entrevistados não lembrava detalhes, mas descreveu sensações e imagens que se repetiram nos relatos. Cerca de 20% dos entrevistados disseram que se sentiram em paz, e 27% disseram que o tempo desacelerou ou acelerou.
Alguns lembraram de ver um luz brilhante, outros relataram medo, sensação de afogamento ou de ser sugado para águas profundas. Do grupo, 13% disseram que se sentiram separados de seus corpos e o mesmo número disse que seus sentidos ficaram mais aguçados que o normal.
Além disso, 8% disseram ter encontrado algum tipo de presença mística ou voz identificável, e 3% viram espíritos religiosos ou de pessoas mortas.
Ninguém relatou ter vivido experiências do futuro.
O estudo destaca que, apesar de os pacientes terem aparentemente mais tempo de consciência durante a morte clínica, as memórias deles podem ser afetadas pelo impacto do processo de reanimação no cérebro ou pelos sedativos usados.
Os autores do estudo apontaram ainda algumas limitações na pesquisa, como a dificuldade para identificar se as memórias que os pacientes que diziam ter tido durante a parada cardíaca refletiam sua percepção real.
Eles também apontaram o baixo número de paciente com memórias explícitas sobre o momento da morte clínica, o que impediu que houvesse análises mais profundas.

BBC BRASIL
 

29 de set. de 2014

Estudo diz que curry pode ajudar cérebro a se regenerar

Curry / Crédito: BBC
O açafrão-da-terra, usado no curry, pode ajudar a reparar lesões no cérebro
Um estudo alemão sugere que o famoso molho indiano curry pode ajudar a combater doenças degenerativas graves, como o Alzheimer.
Segundo a pesquisa, feita com ratos, um dos componentes que torna o curry picante pode acelerar a capacidade de regeneração do cérebro.
O estudo foi feito no Instituto de Neurociência e Medicina, na Alemanha, e publicado no jornal científico "Pesquisas e terapias com células-tronco".
Ele concluiu que um composto encontrado no açafrão-da-terra (ou curcuma) – um dos ingredientes do curry - pode estimular o crescimento de células nervosas que seriam parte do ‘kit’ de reparação do cérebro.
Cientistas avaliam que, baseado nesse estudo, é possível achar um caminho para remédios mais eficientes para tratar o mal de Alzheimer.
Mas para a pesquisadora britânica Laura Philipps ainda é cedo para tirar conclusões sobre o efeito do curry em doenças degenerativas.
"Não está claro se os resultados dessa pesquisa funcionarão também para pessoas ou se essas novas células cerebrais poderiam beneficiar quem tem Alzheimer", diz Philipps.
"Precisamos de estudos mais avançados para entender os efeitos desse componente em uma doença tão complexa como o Alzheimer - e até lá as pessoas não devem começar a estocar açafrão-da-terra."

Pesquisa

Os pesquisadores do Instituto de Neurociência e Medicina estudaram os efeitos do turmerone aromático, um composto natural encontrado no açafrão-da-terra.
Açafrão / Crédito: Thinkstock
O tumerone aromático, um componente do açafrão, pode estimular o desenvolvimento de células-tronco
Eles injetaram o componente nos ratos e, em seguida, passaram a monitorar o cérebro dos animais.
Com o tempo, notaram uma atividade maior de uma parte específica do cérebro onde há o crescimento e desenvolvimento de novas células nervosas.
Por causa desse resultado, os cientistas acreditam que o componente do açafrão-da-terra pode estimular a proliferação de células cerebrais.
Em uma parte separada do estudo, os pesquisadores mergulharam células-tronco neurais em diferentes concentrações do tumerone aromático.
Essas células têm a capacidade de se transformar em qualquer célula cerebral e os cientistas sugerem que elas poderiam ter um papel importante na reparação do cérebro após uma lesão ou doença.

Descobertas

"Em seres humanos e animais mais desenvolvidos, essas células-tronco neurais parecem não ser suficientes para reparar o cérebro, mas em peixes e pequenos animais menores funcionam bem", explicou a pesquisadora Maria Adele Rueger, que fez parte da equipe que fez o estudo.
Segundo a pesquisa, quanto maior a concentração de turmerone aromático, maior o crescimento das células-tronco neurais.
As células banhadas no componente parecem ter se desenvolvidos em células cerebrais de forma mais rápida.
"É interessante que seja possível aumentar a eficácia das células-tronco com o turmerone aromático", diz Rueger.
"E é possível que isso também possa ajudar no reparo do cérebro."
Rueger está avaliando se seria viável fazer testes em seres humanos para avançar na pesquisa
BBC BRASIL

17 de set. de 2014

PARÓDIA DIGNA DE UMA CAMPANHA CONTRA DENGUE



Meus alunos do Cei zona sul arrasaram!!!Parabéns!!!

Adolescente tem três pais biológicos


Alana Saarinen (BBC)
Alana Saarinen tem material genético de três pais biológicos, em técnica que foi banida dos EUA
Alana Saarinen gosta de jogar golfe, tocar piano, ouvir música e sair com seus amigos. Nestes aspectos, ela é bastante parecida com outros adolescentes ao redor do mundo. Mas há um detalhe importante no corpo de Alana que faz com que ela seja bastante diferente de mim ou você: ela é uma das poucas pessoas do planeta que herdou o DNA de três 'pais' diferentes.
"Muitas pessoas me dizem que tenho traços parecidos com os da minha mãe e olhos parecidos com os do meu pai. Herdei algumas características deles, e nossa personalidade também é parecida", explica Alana.
"Também tenho o DNA de uma terceira mulher, mas não a consideraria uma terceira progenitora. Só tenho algumas de suas mitocôndrias", diz a americana.
Concebida por meio de um tratamento de fertilização pioneiro, Alana é uma das entre 30 e 50 pessoas em todo o mundo que tem parte de seu material genético herdado de uma terceira pessoa que não seu pai ou sua mãe.
Mas, embora o tratamento de fertilidade que viabilizou o nascimento de Alana tenha sido proibido nos Estados Unidos em 2002, é possível que, no futuro, outras pessoas venham a ter características parecidas com ela.
Isto porque as autoridades da Grã-Bretanha estão pensando em legalizar uma nova técnica similar, que utilizaria mitocôndrias de doadores para tentar evitar que bebês herdem doenças genéticas.
O novo método é chamado de substituição mitocondrial e, caso seja aprovado pelo Parlamento britânico, tornaria o país o único do mundo a permitir a concepção de bebês com "três pais biológicos".
Transferência citoplasmática
A técnica que permitiu o nascimento de Alana é um tratamento para infertilidade chamado de transferência citoplasmática.
Sua mãe, Sharon Saarinen, tentou engravidar por cerca de dez anos por meio de inúmeros procedimentos de fertilização in vitro."Eu me sentia inútil. Me sentia culpada por não poder dar um filho a meu marido", lembra Sharon.
A transferência citoplasmática começou a ser aplicada no final dos anos 1990 pelo médico Jacques Cohen e sua equipe no St. Barnabus Institute em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
Como parte da técnica, Cohen transferiu para os óvulos de Sharon Saarinen o citoplasma de uma doadora contendo mitocôndrias. Os óvulos foram posteriormente fertilizados pelo esperma do marido de Sharon.
Como pequenas porções de mitocôndrias foram transferidas com o citoplasma, traços do DNA da doadora permaneceram no embrião.
Consideradas as "fábricas das células", as mitocôndrias são pequenas estruturas que produzem a energia que nossas células precisam para funcionar e, por isso, também contêm DNA.
A técnica de transferência citoplasmática aplicada na clínica de Cohen permitiu o nascimento de outras 16 crianças, além de Alana. Mas alguns problemas levantaram dúvidas a respeito da saúde de algumas delas.
"Tivemos um aborto. Mas, considerando que houve 12 gestações, estava dentro do esperado", afirma Cohen, que explica que ele e sua equipe atribuiram a causa mais provável do aborto ocorreu ao fato do feto não ter um cromossomo X.
"Houve outra gravidez, de gêmeos, na qual um (dos bebês) era inteiramente normal e o outro tinha um cromossomo X faltando".
Segundo Cohen, os dois casos preocuparam os médicos, que reportaram os problemas em estudos e em um painel que avaliou os procedimentos.
Entre os outros bebês, embora aparentemente saudáveis no nascimento, pelo menos um apresentou problemas cognitivos cerca de dois anos depois. O médico, no entanto, diz que é dificil saber se a doença tem relação com o procedimento.
De acordo com Sharon Saarinen, Alana é uma adolescente normal e saudável. " Ela sempre foi. Nunca teve mais do que um resfriado de vem em quando", diz.
Embora outras clínicas tenham copiado a técnica de Cohen – o que pode ter resultado no nascimento de até 50 crianças em todo o mundo –, a agência americana que regula questões relacionadas a alimentos e remédios, a FDA, baniu o procedimento em 2002, alegando preocupações éticas e de segurança.
Entre as maiores objeções ao tratamento levantadas na época, estava a preocupação de que crianças como Alana passassem seu código genético pouco comum para os filhos, e que estes passasem as modificações para as gerações posteriores, um processo com consequências são difíceis de prever.
Polêmica
Apesar da preocupação, diz Cohen, a falta de recursos impossibilitou por anos o acompanhamento da saúde de crianças que, como Alana, foram geradas com a utilização da técnica.
Agora, o St. Barnubus Institute iniciou um outro estudo para avaliar seu progresso, em um momento em que a segurança do procedimento está sob escrutínio devido à decisão britânica, que pode liberar o uso do tratamento similar conhecido como substituição mitocondrial e pelo qual as mitocôndrias de uma doadora são utilizadas para gerar bebês.
A terapia em discussão no Parlamento britânico não estaria disponível, no entanto, para pessoas que sofrem com problemas de fertilidade, mas só para pacientes que têm doenças mitocondriais e que podem passar a enfermidade para seus filhos.
A maneira como o procedimento será utilizado – caso aprovado - também ainda precisa ser determinada, já que a substituição mitocondrial pode ser feita por meio de duas técnicas distintas, dependendo do momento em que os óvulos são fertilizados (veja quadros).
De acordo com o professor Doug Turnbull, da Universidade de Newcastle, doenças mitocondriais costumam atacar órgãos e tecidos que dependem de muita energia.
"Esta condição pode envolver o coração, o cérebro ou os músculos. Essas pessoas podem ter problemas sérios de coração ou precisar de respiradores ou cadeiras de rodas. Podem ainda desenvolver epilepsia ou demência", diz Turnbull, que está entre os cientistas que desenvolveram as novas terapias para tratar o problema.
Segundo o médico, a deficiência ainda não tem cura e afeta uma em cada 3 mil ou 5 mil pessoas na Grã-Bretanha, o que justificaria um tratamento que evitasse que o problema continuasse afetando novos bebês.
"Não estamos tentando criar características que tornam as pessoas mais fortes ou fazem com que elas tenham cabelos loiros. Estamos tentando prevenir doenças, e acho que esta é a única justificativa para se fazer isso", diz.
Para outros especialistas, a técnica pode criar um precedente perigoso para permitir a criação de seres humanos genéticamente modificados.
"Esta legislação autorizaria a alteração dos genes de um indivíduo, algo que é definido pela Carta de Direitos Humanos da União Europeia como eugenia", diz a parlamentar britânica Fiona Bruce, que lidera a frente parlamente Pró-Vida.
"Não sabemos para que essa técnica será usada no futuro. Estamos abrindo uma Caixa de Pandora".
A agência reguladora britânica HFEA (Autoridade para Fertilização Humana e Embriológica, na sigla em inglês), após três revisões independentes, concluiu que a técnica "não é insegura".
Segundo Peter Braude, professor do King's College London que participou das revisões, isso significa que "após alguns experimentos adicionais, seria razoável colocar a técnica em prática clínica, desde que algumas condições sejam cumpridas".
Já Ted Morrow, um biólogo evolutivo da Universidade de Sussex, que fez experimentos de substituição mitocondrial em animais, levanta dúvidas em relação à sua segurança.
"Em camundongos, houve mudanças em sua habilidade cognitiva. Em drosófilas e besouros, houve mudanças na fertilidade masculina e no envelhecimento", diz.
A HFEA diz que as conclusões de Morrow não são relevantes para humanos, enquanto o biólogo afirma que seus resultados não deveriam ter sido descartados tão rapidamente.

BBC

Slides


Queridos alunos, conforme combinamos aqui estão os slides das aulas.Bons estudos!!!



Slides sobre doenças

http://pt.slideshare.net/profkatiaqueiroz/doenas-biokatiaqueiroz




Slides sobre Botânica

http://pt.slideshare.net/profkatiaqueiroz/reinodasplantas-130731180649phpapp01

4 de set. de 2014

Recordar é viver!!


Algumas prostitutas africanas são naturalmente resistentes ao HIV

Queridos aprendentes, tivemos uma aula sobre vírus e comentei sobre esse caso das prostitutas que não desenvolvem os sintomas da Aids, no entanto vale salientar que mesmo não apresentando sintomas, elas são portadoras do vírus e caso tenham relação sexual sem camisinha, ou amamentem, compartilhem seringas etc, transmitem o vírus.
Forte abraço!!
Katia Queiroz

Estudo com estas mulheres tem potencial para levar à criação de vacinas e géis antimicrobianos para impedir transmissão HIV.

Equipe de pesquisa liderada por Michel Roger, da University of Montreal Hospital Centre, no Canadá, constatou que as prostitutas resistentes ao HIV na África têm uma resposta inflamatória fraca em suas vaginas - uma surpresa para os pesquisadores, que estavam esperando o contrário, considerando a alta exposição das mulheres ao vírus.
"Nesta parte do mundo, as mulheres representam mais de 60% dos casos de HIV, e esta percentagem continua a aumentar. Estudar as mulheres que são naturalmente resistentes ao vírus permite aos pesquisadores identificar informações interessantes em termos de se desenvolver vacinas ou géis antimicrobianos com potencial para impedir a transmissão do HIV", disse Roger.
Roger vem trabalhando com mulheres de Benin e do Zimbábue ao longo dos últimos quinze anos, a fim de obter uma ideia melhor dos mecanismos imunológicos e moleculares envolvidos na transmissão do HIV. Estes países foram escolhidos, devido ao número elevado de mulheres infectadas e à existência de resistência natural em algumas delas. Os pesquisadores descobriram que, quando estas mulheres entram em contato com o vírus, as células do sistema imunitário na vagina produziu menos moléculas inflamatórias (citocinas e quimiocinas) do que as mesmas células em mulheres infectadas pelo HIV.
Estas moléculas influenciam na ativação e no recrutamento de "células de linfócitos-T", que normalmente atacam e destroem os vírus. No entanto, o HIV é esperto e usa, na verdade, a célula-T para invadir o corpo. "Menos células T significa menos células alvo disponíveis para o vírus usar", explicou Roger.
Curiosamente, os pesquisadores descobriram que a resposta imunitária foi muito diferente no sangue das mulheres em relação à resposta da membrana mucosa vaginal. Os resultados mostram que seria sem dúvida mais eficaz desenvolver vacinas que bloqueiam o vírus no ponto de entrada do corpo em vez de tentar combatê-lo quando já estiver estabelecido dentro do sistema do corpo. "A pesquisa sobre a vacinação contra a AIDS focou-se inteiramente na corrente sanguínea e esta abordagem foi uma falha. A nossa pesquisa mostra que a resposta imunitária é diferente no local da infecção, e que devemos observar os pontos de entrada para encontrar um meio de bloquear o vírus", disse Roger. Uma vacinação deste tipo poderia ser administrada por via nasal e imunizaria todas as membranas mucosas do corpo.
A pesquisa vai continuar, a fim de compreender melhor os mecanismos moleculares envolvidos na resposta imune vaginal. Os cientistas suspeitam que fatores genéticos possam estar em jogo, pois tem sido descoberto que irmãs que vivem em circunstâncias análogas têm o mesmo perfil de resistência ao HIV.

 http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/25279/ciencia-e-tecnologia/algumas-prostitutas-africanas-sao-naturalmente-resistentes-ao-hiv

1 de set. de 2014

Droga experimental contra ebola tem 100% de eficácia em testes em animais

Atualizado em  29 de agosto, 2014 - 18:15 (Brasília) 21:15 GMT

Médicos em treinamento para tratar o ebola, na Bélgica, em 26 de agosto (AP)
Médicos em treinamento contra o ebola; medicamento ZMapp é o principal coquetel disponível para tratá-lo
Os únicos resultados de testes clínicos feitos até agora com a droga experimental ZMapp, cuja finalidade é combater a infecção pelo vírus ebola, mostram que ela teve 100% de eficácia em macacos, mesmo em casos avançados de infecção.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo, cujos detalhes foram divulgados na revista +++Nature, disseram que se trata de "um importante passo adiante". Eles agora querem iniciar testes clínicos em pessoas para entender melhor os efeitos da droga.
O ZMapp ainda está em estágio inicial de desenvolvimento. Até agora, não havia dados sobre sua eficácia.
Médicos vêm recorrendo a ele - mesmo sem que ele tenha recebido aprovação para uso em pessoas - pelo fato de o ebola não ter cura. A doença matou mais de 1,5 mil pessoas na atual epidemia, iniciada na Guiné, no oeste da África.
No entanto, mesmo que a eficácia do remédio em humanos seja comprovada, os limitados suprimentos da droga não serão capazes de ajudar as 20 mil pessoas que, segundo estimativas, ainda devem ser infectadas na atual epidemia no oeste da África.
Além disso, sabe-se que duas em cada sete pessoas que já receberam o medicamento acabaram morrendo em decorrência do vírus.

Anticorpos

Pesquisadores têm investigado diferentes combinações de anticorpos como terapia contra a doença.
Combinações prévias obtiveram algum sucesso em estudos com animais. E o ZMapp é o coquetel mais recente, contendo três anticorpos.
Os testes desse coquetel, feitos em 18 macacos infectados com o ebola, mostraram que 100% deles sobreviveram - inclusive animais que receberam a droga até cinco dias após a infecção, ou seja, já em estado avançado da doença e três dias antes de ela se tornar fatal nos animais.
Os cientistas dizem que trata-se de um feito significativo, já que medicamentos prévios só serviam se fossem ingeridos antes mesmo que os sintomas surgissem.
Um dos pesquisadores, Gary Kobinger, da Agência de Saúde Pública do Canadá, disse que esse é um grande avanço em relação a combinações prévias de anticorpos.
"O nível de avanço superou minhas próprias expectativas e me surpreendi com o fato de (o coquetel) resgatar animais até o quinto dia (de infecção); é uma notícia fantástica", diz ele.
No entanto, cientistas costumam ser cautelosos quanto a interpretar implicações para humanos de testes animais.
Um médico liberiano e um padre espanhol morreram de ebola, mesmo sendo tratados com o ZMapp. Em contrapartida, dois médicos americanos que se conseguiram se recuperar também receberam o ZMapp.
O curso da infecção é mais lento em humanos do que nos macacos. Por isso, estima-se que o ZMapp só seja eficaz em humanos se ingerido até o nono ou 11º dia da infecção.
Mas, segundo Kobinger, "sabemos que há um ponto sem volta, em que os órgãos principais do corpo sofrem muitos danos, então há um limite (ao medicamento)".

Testes em humanos

O virólogo britânico Jonathan Ball, da Universidade de Nottingham, comentou o resultado da pesquisa dizendo que, antes dela, "o ZMapp era um mistério total".
"Trata-se de uma melhora incrível quanto aos coquetéis prévios - 100% de sucesso e, sobretudo, após os primeiros sintomas da infecção", agrega ele.
O professor Peter Piot, diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, afirmou nunca ter imaginado, "40 anos após eu ter me deparado com minha primeira epidemia de ebola, que a doença continuaria a provocar mortes em uma escala tão devastadora".
"Esse bom teste em não-humanos oferece a evidência mais convincente até agora de que o ZMapp pode ser um tratamento efetivo às infecções de ebola em humanos", afirma. "É crucial que testes em humanos comecem o mais rápido possível."

 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/08/140829_ebola_droga_experimental_pai.shtml

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