Queridos aprendentes, tivemos uma aula sobre vírus e comentei sobre esse caso das prostitutas que não desenvolvem os sintomas da Aids, no entanto vale salientar que mesmo não apresentando sintomas, elas são portadoras do vírus e caso tenham relação sexual sem camisinha, ou amamentem, compartilhem seringas etc, transmitem o vírus.
Forte abraço!!
Katia Queiroz
Forte abraço!!
Katia Queiroz
Estudo com estas mulheres tem potencial para levar à criação de vacinas e géis antimicrobianos para impedir transmissão HIV.
Equipe de pesquisa liderada
por Michel Roger, da University of Montreal Hospital Centre, no Canadá,
constatou que as prostitutas resistentes ao HIV na África têm uma
resposta inflamatória fraca em suas vaginas - uma surpresa para os
pesquisadores, que estavam esperando o contrário, considerando a alta
exposição das mulheres ao vírus.
"Nesta
parte do mundo, as mulheres representam mais de 60% dos casos de HIV, e
esta percentagem continua a aumentar. Estudar as mulheres que são
naturalmente resistentes ao vírus permite aos pesquisadores identificar
informações interessantes em termos de se desenvolver vacinas ou géis
antimicrobianos com potencial para impedir a transmissão do HIV", disse
Roger.
Roger vem
trabalhando com mulheres de Benin e do Zimbábue ao longo dos últimos
quinze anos, a fim de obter uma ideia melhor dos mecanismos imunológicos
e moleculares envolvidos na transmissão do HIV. Estes países foram
escolhidos, devido ao número elevado de mulheres infectadas e à
existência de resistência natural em algumas delas. Os pesquisadores
descobriram que, quando estas mulheres entram em contato com o vírus, as
células do sistema imunitário na vagina produziu menos moléculas
inflamatórias (citocinas e quimiocinas) do que as mesmas células em
mulheres infectadas pelo HIV.
Estas
moléculas influenciam na ativação e no recrutamento de "células de
linfócitos-T", que normalmente atacam e destroem os vírus. No entanto, o
HIV é esperto e usa, na verdade, a célula-T para invadir o corpo.
"Menos células T significa menos células alvo disponíveis para o vírus
usar", explicou Roger.
Curiosamente,
os pesquisadores descobriram que a resposta imunitária foi muito
diferente no sangue das mulheres em relação à resposta da membrana
mucosa vaginal. Os resultados mostram que seria sem dúvida mais eficaz
desenvolver vacinas que bloqueiam o vírus no ponto de entrada do corpo
em vez de tentar combatê-lo quando já estiver estabelecido dentro do
sistema do corpo. "A pesquisa sobre a vacinação contra a AIDS focou-se
inteiramente na corrente sanguínea e esta abordagem foi uma falha. A
nossa pesquisa mostra que a resposta imunitária é diferente no local da
infecção, e que devemos observar os pontos de entrada para encontrar um
meio de bloquear o vírus", disse Roger. Uma vacinação deste tipo poderia
ser administrada por via nasal e imunizaria todas as membranas mucosas
do corpo.
A pesquisa vai
continuar, a fim de compreender melhor os mecanismos moleculares
envolvidos na resposta imune vaginal. Os cientistas suspeitam que
fatores genéticos possam estar em jogo, pois tem sido descoberto que
irmãs que vivem em circunstâncias análogas têm o mesmo perfil de
resistência ao HIV.
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