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21 de fev. de 2012

Taxonomia


A sistemática tem por objetivo classificar, identificar e dar nomes aos seres vivos. A classificação é feita levando-se em consideração a embriologia, anatomia, fisiologia, estudos dos fósseis e outros critérios, sendo por isto um sistema natural . A classificação usada atualmente é baseado no sistema de classificação de Linné ( Lineu) descrito em 1735.

CATEGORIAS HIERÁRQUICAS

REINO - FILO - CLASSE - ORDEM - FAMÍLIA - GÊNERO - ESPÉCIE

HOMEM
CÃO
MOSCA
REINOAnimaliaAnimaliaAnimalia
FILOChordataChordataArthropoda
CLASSEMammaliaMammaliaInsecta
ORDEMPrimataCarnívoraDíptera
FAMÍLIAHominidaeCanidaeMuscidae
GÊNEROHomoCanisMusca
ESPÉCIEHomo sapiensCanis familiarisMusca domestica
Monera - unicelulares procariontes - Bactérias e Cianobactérias Protista - unicelulares eucariontes heterótrofos - Protozoários Fungi - organismos eucariontes heterótrofos unicelulares ou não - Fungos Plantae - organismos eucariontes multicelulares fotossintetizantes . Algas , briófitas, pteridófitas, gimnosperma e angiospermas. Animalia - organismos eucariontes, multicelulares e heterótrofos. ESPÉCIE - organismos com uma certa semelhança morfológica e genômica, com capacidade de reprodução e formação de descendentes viáveis e férteis.

REGRAS BÁSICAS DE NOMENCLATURA

O nome da espécie deve ser binominal: gênero e espécie ou trinominal : Gênero +( Subgênero) + espécie ou Gênero + espécie + subespécie . Ex. Musca domestica ; Leishmania (Viana) brasiliensis ; Micrurus frontalis frontalis. Nomes científicos devem estar em Latim . O gênero (genérico) deve estar com a letra inicial em maiúsculo, a espécie ( nominal específico) em letra inicial minúscula. O gênero e a espécie devem estar grifados ou em Itálico. O nome da família é formado pela adição do sufixo idae ( ideos) e da subfamília pela adição do sufixo Inae (ineos) ao nome genérico (gênero). Ex . Trypanosoma + idae = Trypanosomidae
A vida, que existe há mais de três bilhões de anos na Terra, é o maior objeto de estudo da Biologia. Esse estudo fascinante e desafiador volta-se para a compreensão das características e evolução dos seres vivos, suas estruturas e funções, suas relações com os mais diferentes ambientes e sua reprodução. É, portanto, a ciência que estuda os seres vivos em todos os aspectos de abrangência, quer sejam anatômicos, funcionais, genéticos, comportamentais, evolutivos, geográficos ou taxionômicos, bem como as leis, os princípios e fenômenos que regem a existência desses seres.
Fonte: www.escolavesper.com.br





Taxonomia refere-se à classificação das coisas, e aos princípios subjacentes da classificação. Quase tudo - objetos animados, inanimados, lugares e eventos - pode ser classificado de acordo com algum esquema taxonômico.
Alguns afirmam que a mente humana organiza naturalmente seu conhecimento do mundo em tais sistemas. Esta visão é baseada frequentemente na epistemologia de Immanuel Kant.
Antropologistas têm observado que as taxonomias são inerentes à cultura local e aos sistemas sociais, servindo a várias funções sociais. Talvez o estudo mais bem conhecido e mais influente de taxonomias populares seja o The Elementary Forms of Religious Life de Emile Durkheim . As teorias de Kant e Durkheim influenciaram também Claude Lévi-Strauss, o fundador do estruturalismo antropológico. Levi-Strauss escreveu dois livros importantes em taxonomias: Totemism e The Savage Mind.
Taxonomias como as analisadas por Durkheim e por Levi-Strauss são chamadas às vezes de taxonomias populares para distinguí-las das taxonomias científicas, que sustentam a dissociação das relações sociais e assim chegar ao objetivo e ao universal. A mais famosa e mais extensamente utilizada taxonomia científica é a taxonomia de Lineu, que classifica as coisas vivas e foi criada por Carl von Lineu. Este sistema taxonómico pode ser encontrado no artigo árvore evolucionária.
Nos anos recentes, a classificação taxonómica ganhou apoio da biologia computacional / bioinformática, empregando o método das árvores filogenéticas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
A Taxonomia de Lineu é extensamente usada nas ciências biológicas. Ela foi desenvolvida por Carolus Linnaeus no Século 18 durante a grande expansão da história natural. A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os domínios ou Reinos. Reinos são divididos em Filos (singular: phylum). Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias, generos (singular: genus) e espécies. Grupos de organismos em qualquer uma destas classificações são chamados taxa, ou phyla, ou grupos taxonomicos. Um sumário deste esquema, do mais geral para o mais específico:
• Reino • Filo • Subfilo • Superclasse • Classe • Subclasse • Superordem • Ordem • Subordem • Superfamília • Família • Subfamília • Gênero • Subgênero • Espécie • Subespécie
Como exemplo, considere a classificação da erva daninhha de borboleta, uma espécie de planta nativa das beiras de estradas e campos do oriente da America do Norte. A classificação de Lineu para esta planta é: • Reino: Plantae (Todas as plantas) • Classe: Angiospermae (Todas as plantas com flores) • Ordem: Gentianales (Todas as plantas que tem pétalas unidas e estigmas elaborados) • Família: Asclepiadaceae (todas as plantas que tem uma estrutura elaborada ou estames e estigmas fundidos nas flores) • Gênero: Asclepia (Ervas daninhas leitosas) • Espécie: Asclepias tuberosa (distinguidas por suas raízes tuberosas e flores vermelho-alaranjadas)
Uma qualidade da Taxonomia de Lineu é que ela pode ser usada para desenvolver um sistema simples e prático para organizar dos diferentes tipos de organismos vivos. O aspecto mais importante disto é o uso geral da nomenclatuura binominal, a combinação de um nome genérico e de um nome específico (tuberosa, neste exemplo),para identificar excepcionalmente a espécie dos organismos. No exemplo acima, a butterfly weeds é unicamente identificada pelo binome Asclepias tuberosa. Nenhuma outra espécie de planta pode ter este binome. Deste modo, a todas as espécies pode se dar um único e estável nome.
Regras para o nomeamento a classificação apropriados para todos os tipos de organismos vivos sob o sistema taxonômico de Lineu tem sido adotadas por biólogos profissionais. As regras que governam a nomemclatura e classificação das plantas e dos fungos estão contidas no 'Código Internacional de Nomenclatura Botânica,' mantido pela Associação Internacional para a Taxonomia das Plantas. Códigos similares existem para animais e bactérias. Cientistas seguem estes códigos de modo que os nomes dos organismos possam ser os mais claros e estáveis possíveis.
Durante o tempo, nosso entendimento das relações entre as coisas vivas mudou. A grande mudança foi a aceitação difundida da evolução como o mecanismo da diversidade biológica e a formação das espécies. Agora, em alguns sistemas, incentiva-se geralmente que os grupos taxonômicos sejam monofiléticos.
Originalmente Lineu tinha 3 Reinos em seu esquema, chamados Plantae, Animalia e um grupo adicional para minerais, o qual foi abandonado. Desde então, várias formas tem sido movidas para três novos reinos - Monera, para procariontes, Protista, para protozoários e algas, e Fungi. Este esquema está ainda longe da filogenia ideal e a vista de cinco reinos foi suplantada pela maior parte no trabalho taxonômico moderno por uma divisão em três domínios - Bacteria e Archaea, que contém os procariontes, e Eukaryota, compreendendo as formas restantes. Isto foi precipitado pela descoberta dos Archaea.
Fonte: encyclopaedic.net
TAXONOMIA DE LINEU
Taxonomia refere-se à classificação das coisas, e aos princípios subjacentes da classificação. Quase tudo - objetos animados, inanimados, lugares e eventos - pode ser classificado de acordo com algum esquema taxonômico.
Alguns afirmam que a mente humana organiza naturalmente seu conhecimento do mundo em tais sistemas. Esta visão é baseada frequentemente na epistemologia de Immanuel Kant.
Antropologistas têm observado que as taxonomias são inerentes à cultura local e aos sistemas sociais, servindo a várias funções sociais. Talvez o estudo mais bem conhecido e mais influente de taxonomias populares seja o The Elementary Forms of Religious Life de Emile Durkheim . As teorias de Kant e Durkheim foram influenciadas também por Claude Lévi-Strauss, o fundador do estruturalismo antropológico. Levi-Strauss escreveu dois livros importantes em taxonomias: Totemism e The Savage Mind.
Taxonomias como as analisadas por Durkheim e por Levi-Strauss são chamadas às vezes de taxonomias populares para distinguí-las das taxonomias científicas, que sustentam a dissociação das relações sociais e assim chegar ao objetivo e ao universal. A mais famosa e mais extensamente utilizada taxonomia científica é a taxonomia de Lineu, que classifica as coisas vivas e foi criada por Carl von Lineu. Este sistema taxonómico pode ser encontrado no artigo árvore evolucionária.
Nos anos recentes, a classificação taxonómica ganhou apoio da biologia computacional / bioinformática, empregando o método das árvores filogenéticas.
Taxonomia é a ciência da identificação. Talvez, a mais velha de todas as ciências, pois nasceu com o homem, mas, com toda certeza, a mais necessária. Entretanto, paradoxalmente, é a menos valorizada de todas as ciências. Diz-se, inclusive, que já está um tanto fora de moda. Fazer taxonomia é pouco no entender da maioria das agências de fomento à pesquisa em nível mundial e, pasmem, até dos próprios cientistas. Estimular estudantes a enveredar pela taxonomia vem se tornando, a cada dia, uma tarefa mais e mais árdua e pouco compensadora.
De fato, exceto pelos seus primórdios, a taxonomia sempre foi uma ciência pouco entendida. Muitos não a vêem como uma ciência de primeira classe, pois entendem ser muito fácil nomear os seres vivos. Ledo engano. Identificar não é simples. Ao contrário, é somar conhecimento, é realizar primeiro uma profunda análise para, só depois, efetuar a síntese desse conhecimento e chegar a um "simples" nome: o nome da espécie, do gênero, ou do que for. Não se deve confundir a tarefa do taxonomista com a de um sacerdote, que aplica um nome já definido. O taxonomista jamais aplica, ele conclui o nome.
Fala-se muito hoje em taxonomia moderna, mas isto não existe. A taxonomia é uma ciência una, porém, que progride com o uso continuado e cuidadoso de ferramentas. Surgiu no passado utilizando a expressão mais eloqüente do genótipo: o fenótipo. E assim continua desde então. A diferença entre a taxonomia de ontem e a de hoje está apenas nas ferramentas empregadas, que evoluíram bastante e permitiram conhecer melhor a atuação dos genes nos espécimes através do uso da microscopia eletrônica de varredura e da informação gerada por outros campos da ciência como, por exemplo, da ecologia, citologia, genética, bioquímica, biologia molecular, matemática, etc. Pode-se, então, falar em taxonomia moderna em oposição à taxonomia antiga? Melhor não o fazer, pois, neste caso, seria necessário também falar em genética moderna, citologia moderna, ecologia moderna, etc. E nada disso existe. Há a ciência que evolui ao se atualizar no uso das ferramentas e dos subsídios de outras, mas que não deve, por isso, ser chamada de moderna.
É importante também mencionar que a taxonomia visa a identificar espécies e não espécimes. A espécie é um grupo de indivíduos (espécimes) que mostram, em maior ou menor grau, a variabilidade intrapopulacional sempre presente. Conhecimento do polimorfismo é fundamental para a circunscrição da espécie, porém, é preciso atentar para o fato de jamais identificarmos indivíduos. Aliás, esta é a missão precípua do taxonomista: conhecer a variabilidade e separá-la em intra e interpopulacional.
Contudo, mesmo a trancos e barrancos, a taxonomia vai continuar por que é absolutamente necessária e imprescindível. Cambaleia por conta dos modismos e da má visão ou do mau preparo de alguns de nossos pares. Afinal, o que importa é que sem a taxonomia não se pode saber quais espécies viveram ontem, vivem hoje e terão possibilidade de continuar vivendo amanhã numa determinada área; qual tipo de equilíbrio existe no interior da comunidade que habita uma área e por que reina esse equilíbrio; qual o custo da biodiversidade de uma dada área; o que acontecerá com o equilíbrio biológico de uma área se as condições ambientais que a governam forem alteradas, etc. Enfim, nada disso será possível se não existirem taxonomia e taxonomistas.
A sistemática é a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os taxonomistas são os cientistas que classificam as espécies em outros taxa a fim de definir o modo como eles se relacionam evolucionariamente.
O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia ou sistemática, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos, em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada em características externas. Nos últimos anos têm sido tentadas classificaçòes baseadas na semelhança entre códigos genéticos, mas ainda não se chegou a um consenso.
A classificação dos seres vivos é parte da taxonomia, ciência que estuda as relações entre organismos, e que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica. Nomenclatura é a atribuição de nomes a organismos e às categorias nas quais são classificados.
O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie.
Há duas organizações internacionais que determinam as regras de nomenclatura, uma para zoologia e outra para botânica. Segundo as regras, o primeiro nome publicado (a partir do trabalho de Lineu) é o correcto, a menos que a espécie seja reclassificada, por exemplo em outro género. A reclassificação tem ocorrido com certa freqüência desde o século XX. e neste caso mantém-se a referência a quem primeiro descreveu a espécie, seguida do nome de quem reclassificou. Esta norma internacional decorre, entre outras coisas, do fato de ser ainda nova a abordagem genética da taxonomia, sujeita a revisão devido a novas pesquisas científicas.

História

O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo.
Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o actual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a evolução pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação actual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia actual.
A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada, e com isso evidências da paleontologia sobre ancestrais comuns, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na taxonomia, como o uso recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Computadores têm sido usados na análise matemática dos dados.
Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da Universidade Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e participou da fundação da sociobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade da Terra, propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas a espécies vivas e a finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma sistemática baseada na biologia celular e molecular, Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para preservar a biodiversidade.
Do ponto de vista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a sistemática pode trazer conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de doenças emergentes. Mais da metade das espécies do planeta é parasita, e a maioria delas ainda é desconhecida.

Reinos

Tradicionalmente os seres vivos eram divididos em dois reinos: Plantas e Animais. Como muitos seres simples não cabem nesta divisão, em 1866 Ernest Heinrich Haeckel propôs a categoria Protista, incluindo algas, fungos, protozoários e bactérias, No século XX a classificação mais aceita passou a ter cinco reinos: Protista (protozoários e algumas algas), Monera (bactérias procariontes, e cianobactérias ou algas azuis), Fungos, Plantas e Animais.
Recentemente a análise genética levou a propor o grupo Archaea para as Archaebactérias, e mais dois grupos: as outras bactérias e os eucariontes (organismos que têm núcleo celular: fungos, plantas e animais).

Super Reinos

Prokariota Eukariota

Categorias

Os reinos são divididos num sistema hierárquico de categorias chamadas taxa (do grego, singular taxon). Cada taxon inclui os que o sucedem. Tradicionalmente são eles:

Reino

Filo (ou divisão, em botânica) Classe Ordem Família Gênero Espécie Há categorias intermediárias, incluídas quando é necessário fazer distinções.
Assim, por exemplo, em botânica, além de divisão, que equivale ao filo no reino animal, existem também série e secção.
Uma sequência hierárquica mais completa seria:
Reino Filo Subfilo Superclasse Classe Infraclasse Coorte Superordem Ordem Subordem Infra-ordem Superfamília Família Subfamília Tribo Subtribo Gênero Subgênero Espécie

Subespécie

O único taxon claramente definido é a espécie: populações de indivíduos geneticamente semelhantes que potencialmente se cruzam entre si. Mecanismos de especilização, como isolamento geográfico, podem levar uma espécie a originar outra. Nos casos excepcionais de cruzamento interespecífico, os descendentes são estéreis. Quando as populações de uma espécie são muito diferentes morfologicamente, são chamadas subespécies, raças ou variedades.
O gênero inclui espécies relacionadas, reconhecidas popularmente como aparentadas, como o cão e o lobo.

Nomenclatura binomial

O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o género, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os nomes científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de uma característica que apresente, do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do género e da espécie é impresso em itálico, o dos outros taxa não. Subespécies têm um nome composto por três palavras.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
axonomia é a ciência da identificação, que visa a identificar espécies e não espécimes. A espécie é um grupo de indivíduos (espécimes) que mostram, em maior ou menor grau, a variabilidade intrapopulacional sempre presente. Esta é a missão do taxonomista: conhecer a variabilidade e separá-la.
O criador do método de classificação foi Carolus Linnaeus (século XVIII) e até hoje é extensamente usada nas ciências biológicas. A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os Reinos. Reinos são divididos em Filos. Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias, gêneros e espécies e, dentro de cada um em sub-divisões. Grupos de organismos em qualquer uma destas classificações são chamados taxa (singular, taxon), ou phyla, ou grupos taxonômicos.
Categorias obrigatórias Reino - é a categoria superior da classificação científica dos organismos introduzida por Lineu no século XVIII. Originalmente, Lineu considerou as coisas naturais no mundo divididas em três reinos: Mineral, Animalia - os "animais" (com movimento próprio) e Plantae - as "plantas" (sem movimentos).
Filo (animais) / Divisão (plantas)
Subfilo / Subdivisão Superclasse Categorias facultativas Classe - é a categoria taxonômica que agrupa ordens relacionadas filogeneticamente , distinguíveis das outras por diferenças marcantes, e que é a principal subdivisão dos filos. (Dicionário Houaiss, 2001, pg. 736).
Infra-classe Subclasse Superordem
Ordem - é a categoria taxonômica que agrupa famílias relacionadas filogeneticamente , distinguíveis das outras por diferenças marcantes, e que é a principal subdivisão das classes. (Dicionário Houaiss, 2001, pg. 2076).
Subordem Superfamília Família - Reúne gêneros semelhantes e estas estão reunidas em classes e as classes em Divisão.
Subfamília Gênero - É o agrupamento de espécies semelhantes ou parecidas entre si, que signifiquem relações genéticas.
Subgênero Espécie - indivíduos que, além dos caracteres genéricos, têm em comum outros caracteres pelos quais se assemelham entre si e se distinguem dos das demais espécies.
Subespécie
Assim, tem-se como exemplo:
Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Infra-classe: Placentalia Ordem: Primata Família: Hominidae Subfamília: Homininae Gênero: Homo Espécie: sapiens
» Regras de nomenclatura (Código Internacional de Nomeclatura Zoológica, versão 2000)
Há certas regras que devem ser obedecidas ao se tratar com categorias taxonômicas. Estas respeitam um código internacional, cujas bases foram lançadas na 10ª edição do Systema Naturae, de Lineu (1758) e atualizadas com o decorrer do tempo.
Como a nomenclatura para os fósseis é a mesma, deve-se utilizar as mesmas regras de nomenclatura, presentes no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.
As regras mais importantes são:
O nome dos animais deve ser escrito em latim ou idioma latinizado.
Todo animal deve ter, pelo menos, dois nomes, o primeiro referente ao gênero e o segundo à espécie. É o sistema binominal criado por Lineu. Schlumbergerina alveoliniformis.
O nome do gênero deve ser escrito com inicial maiúscula e o nome da espécie deve ser escrito com inicial minúscula. Amphisorus hemprichii.
Quando a espécie tem nome de pessoa, é indiferente utilizar inicial maiúscula ou minúscula.
O nome dos animais deve ser em destaque (itálico ou negrito). Lagena laevis ou Lagena laevis.
Deve-se usar sempre o primeiro nome com o qual o animal foi descrito; quaisquer designações posteriores equivalem a sinonímia, ou seja, devem ser revistas e voltar ao gênero original.
Em trabalhos científicos, depois do nome da espécie, coloca-se o nome do autor que o descreveu seguido de vírgula e data; se houve modificação na descrição original de uma espécie, autor e ano aparecem entre parênteses. Massilina pernambucensis Tinoco, 1958.
As abreviaturas sp (espécie) ou spp (espécies) são utilizadas quando o material só foi determinado até o nível genérico. Pyrgo sp.
Quando a identificação da espécie é impossível, usa-se a abreviatura aff (affinis = afim com) entre o nome do gênero e da espécie. A abreviatura de cf (confers = comparar com) é utilizada em casos de dúvida maior do que o do caso anterior. Quinqueloculina cf. Q. implexa.
Quando a posição taxonômica de um organismo não pode ser determinada, ele é chamado de Incertae sedis, ou seja, que tem posição incerta na classificação.
Fonte: http://br.geocities.com




Origem da vida


EXISTE VIDA NO PLANETA TERRA!

Das duas, uma: Ou a vida se formou aqui, a partir dos elementos quimicos que deram origem ao nosso planeta ("Geração Espontânea"); ou a vida veio de fora, em estágio de desenvolvimento que pode ter sido mais ou menos complexo ("Panspermia").
"A Origem da Vida" é uma das grandes questões científicas da Humanidade e tem sido abordada pelos mais ilustres pensadores há milênios.
Anaxágoras, precessor de Sócrates, advogava a favor da "Panspermia".
Aristóteles defendia a "Geração Espontânea". Foi ele o formulador da primeira teoria científica de origem da vida, que conhecemos. De acordo com sua teoria, existiriam dois princípios: um passivo, que é a matéria e outro ativo, que é a forma. Dentro de certas condições esses dois princípios se combinariam, originando a "vida". Assim se explicava como carne podre gerava larvas de moscas, por exemplo.
A teoria da Geração Espontânea tem tido a preferência da ciência há mais de 2.000 anos. Durante a idade média, contou com inúmeros ilustres defensores, tais como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, René Descartes e Isaac Newton. 
Um dos primeiros opositores de destaque à "teoria oficial" da Geração Espontânea foi o médico e naturalista florentino Francesco Redi (1626-1698). Em resposta a Aristóteles, Redi demonstrou experimentalmente que só aparecem larvas de moscas na carne podre, quando deixamos moscas pousar nessa carne.
A teoria da Geração Espontânea, tal como formulada por Aristóteles, só foi refutada definitivamente no século XIX, graças ao trabalho de Louis Pasteur. 
Com o reconhecimento que a vida provém sempre de outras formas de vida, Lord Kelvin, um dos mais importantes cientistas do final do século XIX, retomou a teoria da Panspermia, segundo a qual a vida teria sido "semeada" em nosso planeta, vinda do espaço.


Nas últimas décadas cresceram mais as dúvidas, que o nosso entendimento relativos à teoria da Geração Espontânea. Essa teoria continua sendo a mais aceita, menos por "evidências" a seu favor e mais pela nossa dificuldade no entendimento de certas questões básicas relativas à Panspermia (Como a vida poderia sobreviver à radiação emitida pelas estrelas e presente por toda Galáxia?; Como a vida poderia ter "viajado" até nosso planeta?; etc.)
No século passado a idéia "panspermica" resurgiu com força. Algumas teorias espetaculosas, tal como a "Panspermia Dirigida" de Francas Circo e Lesei Orle, foram muito discutidas, principalmente por seu forte apelo entre os amantes da ficção científica. Segundo esses autores, seres inteligentes pertencentes a outros sistemas planetários, teriam colonizado a Terra e provávelmente outros planetas. O grande argumento a favor dessa teoria estaria no fato do molibdênio, elemento raro no nosso planeta, ser essencial para o funcionamento de muitos enzimas chave do metabolismo dos seres vivos.

A Nova Panspermia

Fred Hoyle foi um dos maiores defensores da Panspermia. Juntamente com Chandra Wickramasinghe, formulou a "Nova Panspermia", teoria segundo a qual vida se encontra espalhada por todo o universo. "Esporos de vida" fazem parte das nuvens interestelares e chegam a planetas próximos às estrelas, abrigados no núcleo de cometas. Esses "esporos" já conteriam códigos que regeriam seus desenvolvimentos futuros.
Uma teoria para ser científica, deve, pelo menos em princípio, poder ser verificada na prática. 
Hoyle e Wickramasinghe, e agora apenas Wickramasinghe, têm procurado identificar os componentes presentes na poeira interestelar, através de "traços" que esses componentes possam ter deixado na radiação infravermelha emitida por essa poeira ou na absorção da luz visível que atravessa essas nuvens.
Através dessas análises, na década de 70, constataram a presença de "polímeros" complexos, especialmente moléculas de "poliformaldeídos" no espaço. (Essas moléculas estão fortemente relacionadas à celulose.) Hoyle e Wickramasinghe se convenceram que polímeros orgânicos representam uma fração significativa da poeira interestelar.
E seriam os cometas os semeadores desses esporos de vida através do universo?
A análise de meteoritos procurando a identificação de "vida fossilizada", tal como foi amplamente divulgada na década passada através dos estudos realizados sobre o meteorito de nome EETA79001 (de origem provável de Marte), está ainda longe de nos dar resultados conclusivos.
Mas essa questão pode estar próxima de ser definitavamente respondida. A "Agência Espacial Norte Americana" (NASA), através do programa "Stardust", pretende, ainda na década atual, colher e analisar amostras de núcleos cometários. Será a constatação "in loco" da existência ou não de vida nos cometas.
A primeira possível identificação de vida microscópica extraterrestre, entretanto, foi divulgada em julho passado. Falando em um congresso de especialistas em San Diego (EUA), Wickramasinghe apresentou resultados da análise de amostras de ar da estratosfera, colhidas por balões da "Organização de Pesquisas Espaciais Indiana" (ISRO).
Segundo Wickramasinghe, foram encontradas evidências muito fortes da presença de vida microscópica à altura de 41 km do solo; bem acima do limite máximo (16 km) onde é admitido o alcance natural de ar e outros materiais das camadas mais baixas da atmosfera.
Esses resultados atendem à Nova Panspermia. Vida na Terra não apenas teria chegado "a bordo" de cometas e material cometário, há bilhões de anos atrás, mas continua ainda hoje nos alcançando em grande quantidade.
Fonte: members.tripod.com
ORIGEM DA VIDA
Esta é uma pergunta que tem gerado diferentes respostas em diferentes épocas. A teoria da Abiogênese ou Geração Espontânea dizia que um ser vivo vinha de uma matéria bruta após ser influenciado por uma ação chamada princípio ativo. Qualquer coisa poderia ser o princípio ativo, como a água, a lama, a palha a madeira.
Van Helmont divulgou uma receita para criar camundongos aonde deveria ser colocada uma camisa suada em contato com gérmen de trigo, abandonada em um lugar escuro, após 21 dias, produziria ratos. Neste caso o princípio ativo seria o suor humano.

Francesco Redi

Foi o primeiro a contestar a abiogênese a partir de resultados de experiências

1° Experiência

Ele colocou enguias mortas em uma caixa aberta e após certo tempo vermes surgiram e devoraram a carcaça do animal. Quando estava apenas o esqueleto, os animais abandonaram a a caixa sem que Redi pudesse conhecer seu destino.

2° Experiência

Redi repetiu a experiência anterior, colocando as três enguias na caixa e dias depois estavam ceias de vermes, e para descobrir o destino dos vermes ele tampou a caixa e observou que alguns dias depois se ficaram imóveis e ovais e depois esses "ovos" eclodiram em moscas

3° Experiência

Ele repetiu a experiência só que desta vez com vários pedços de carnes e as colocou em 8 frascos de vidros. Quatro deles ficaram abertos e quatro ficaram fechados. Depois de alguns dias os frascos abertos estavam cheios de vermes e os que estavam fechados não possuiam vermes.

4° Experiência

Para evitar uma contestação de que os frascos fechados haviam quebrado o "pricípio ativo" quando obstruíram a entrada do ar, Redi repetiu a experiência cobrindo os frascos com uma gaze fina que que permitia a circulação do ar e impedia a penetração de moscas. Não surgiram vermes e ele confirmou a origem dos insetos e criou a concepção da Biogênese
Após alguns anos a teoria da Geração espontânea não havia sido esquecida. O naturalista Anton van Leeuwenhoek ao observar em um microscópio rudimentar a existência de microorganismos e como não havia explicação para o fato ficou reaberta a polêmica entre Biogênese e Abiogênese.
No século seguinte, em 1745, John Needhan revigorou a teoria da Abiogênese. Ele aqueceu um caldo nutritivo de frango, fechou-o e aqueceu eles novamente. Após alguns dias ele observou no microscópio que o clado estava repleto de microorganismos. Repetiu a experiência com outros meios de cultura e obteve o mesmo resultado. Isso foi o suficiente para defender a teoria da Geração Espontânea.
Vinte e cinco anos depois o padre Lazzaro Spallanzani repetiu as experiências de John Needhan só que desta fez fechou com mais cuidados os frascos e aqueceu aamostra por 1 hora. Nenhum microorganismo surgiu em mesês. Ele argumentou que John Needhan não havia aquecido o suficiente para matar os microorganismos. Needhan contra-argumentou dizendo que os frascos hermeticamente fechados e o aquecimento excessivo haviam quebrado o pricípio ativo. A teoria da Abiogênese se manteve até a segunda metade do século XIX
Entre os anos de 1860 e 1864, o cientista francês Louis Pasteur adaptou a experiência de Spallanzani. Colocou caldo de carbe em um balão de vidro com um longo gargalko, submetendo-o a um aquecimento prolongado seguido de um lento resfriamento (pasteurização). O caldo ficou completamente esterelizado. A seguir retorceu os gargalo do blão de vidro e deixou com forma de "s" criando o balão "pescoço de cisne". Pasteur não tampou o frasco permitindo o contato com o ar (derrubando o argumento de Needhan) .No entanto o líquido permaneceu estéril por meses. As curvas do pescoço do frasco funcionaram como um tipo de "filtro", impedindo a penetração de microorganismos que pudessem contaminar o caldo. Ele apresentou a experiência a Academia de Ciência e derrubou a Abiogênese e a Biogênese triunfou.
Com a consolidação da Teoria da Biogênese surgiram muitas perguntas sem respostas aparentes. Se todo ser vivo nasce de um pré-existente, quando e como surgiu a primeira forma de vida?
Para responder a esta e outras perguntas foram criadas outras teorias:
Panspermia Cósmica ou Panspermismo - Esta teoria explica que a vida sempre existiu no Universo. Teria se originado em outros planetas e chagado a Terra atraves de uma possível pressão de radiação emitida por partículas luminosas. Arrhenius denominou esta forma de vida de cosmozoários e Schultz de biógenos. Estas criaturas poderiam contaminar a superfície de qualquer planeta com condições básicas para a vida. Esta toria tem pouca aceitação.
A Hipótese Autotrófica - Os primeiros seres vivos seriam autotróficos (capazes de produzir seu próprio alimento). Os vegetais clorofilados e algumas bactérias podem produzir seu próprio alimento, mas para isso acontecer precisa ser um ser vivo complexo. E como dos mais simples originaram os mais complexos, os primeiros não poderiam ser autotróficos. Esta é uma teoria que não é aceita.
A Hipótese Heterotrófica - Esta é a teoria mais aceita e de acordo com esta teoria o primeiro ser vivo surgiu a partir da matéria bruta. E esta foi exposta a diversos fatores e condições, organizou-se de modo a fomar um ser bastante simples, incapaz de produzir seu próprio alimento, mas poderia retira-lo do meio ambiente.
A Quimiossíntese como origem da vida - Segundo o cientista Aleksandr I. Oparin em sua obra A Origem da Vida, os compostos, como aminoácidos, ácidos nucleicos, lipídios e carboidratos, teriam originado a partir de elementos da atmosfera, como o vapor d´água, hidrogênio, metano e amônia. A energia necessária para a síntese de tais substâncias seria fornecida pela raidação ultravioleta, por constantes descargas elétricas na atmosfera e pela elevada temperatura do Planeta. Para Oparin algumas substâncias de aspecto protéico presentes no oceano primitivo teriam formados agregados que tenderiam a desenvolver uma membrana. Denominados Coaservados futuramente iriam se aperfeiçoar e formar seres mais complexos e as primeiras formas de vida.
Stanley Miller interessou-se profundamente e desenvolveu um experimento onde construiu um aparelho que reproduziria as condições existentes na Terra Primitiva. O aparelho consistia em um balão de vidro em que Miller colocou os gases de Amônia, metano, vapor d´água e hidrogênio (como na atmosfera da terra primitiva). Submeteu os gases ao aquecimento elevado e a constantes descargas elétricas. O vapor d´água e o calor eram fornecidos através de um outro balão ligado ao aparelho contendo água em ebulição. Quando o vapor d´água circulava no aparelho, acabava condensando-se e precipitava-se novamente, simulando as chuvas. Uma semana após a circulação contínua dos gases no sistema, Miller coletou o produto que se acumulou em um reservatório e analisou-o resultando na presença de 1 carboidrato e 11 aminoácidos, sendo 4 deles abundantes nas proteínas encontradas nos seres vivos.
Quatro anos após a experiência Sidney W. Fox baseiu-se nos resultados de Miller e fez uma nova experiência, onde ele submeteu a um aquecimento proongado uma mistura seca de aminiácidos e, após um lento resfriamento, constatou que haviam se formado moléculas mais complexas, resultantes da união de vários aminoácidos. Os compostos formados tinham muitas características das proteínas encontradas nos seres vivos, podendo até serem decompostas por enzimas proteolíticas.
Os resultados de Miller e Fox serviram para refoçar o raciocínio de Oparin. A primeira forma de vida deveria ser unicelular, heterptrófica e sem ancestral vivo. Essas são algumas explições que procuram esclarecer a origem da vida, mas são teorias que podem ser reformuladas ou substituídas. No entanto, apesar de serem apenas teorias, é o que temos de mais significativo para tentar elucidar o mistério da origem da vida.

Características Gerais dos Seres Vivos

Composição Química Básica

Os seres vivos possuem os mesmos elementos que são encontrados na matéria bruta. Noe netanto apresentam os chamados compostos orgânicos (que são formados pela combinação do carbono com outros elementos). Podemos concluir que uma jarra de vidro que é muito maior que uma bactéria porem é formada por apenas 2 elementos (oxigênio e silício) já a bactéria é muito mais complexa mesmo sendo menor.

Níveis de Organização Estrutural

Os níveis de organização dos seres vivos é bem definido. Onde os atómos formam as moléculas, que formam as organelas, que formam a células, que formam os tecidos (epitelial, muscular), que formam os órgãos (fígado, estômago), que formm os sistemas orgânicos (boca, faringe), que formam o organismo.

Metabolismo

Quando estamos em repouso gastamos energia portanto quando estamos em alguma atividade gastamos mui mais energia. Precisamos de uma renovação contínua de substâncias que nos forneçam muita energia. Essa reposição é feita através da nutrição (anabolismo). A queima destes compostos ricos em energia, denominada respiração celular (catabolismo), resulta em liberação de energia. O conjunto de transformações físico-químicas entre matéria e energia que ocorre nos seres vivos é denominado matabolismo. Os processos de nutrição e respiração fazem parte do conjunto de eventos do metabolismo dos seres vivos. Observam-se dois tipos básicos de nutrição (autotrófica e heterotrófica) e da respiração (aeróbica e anaeróbica)

Nutrição Autotrófica

É realizada durante o dia pelas plantas verdes (clorofiladas), pelas algas e por certas bactérias. Estes seres usam substâncias minerais, como o gás carbônico, água e sais minerais minerais que estão disponíveis no ambiente para construírem todas as moléculas orgânicas do seu corpo (não dependem de outro ser vivo para sua sobrevivência). O ser utiliza a luz solar, as suas células clorofiladas, juntamente como o gás carbônico absorvido no ar e a água do solo para produzir a glicose (que é muito rica em energia).

CO2 + H2O --> (CH2O)N + O2 + H2O

Algumas batérias realizam a quimiossíntese (processo autotrófico) que não depende da clorofila ou da luz solar. Mas produzem a glicose para o próprio sustento. Para tanto utilizam energia de oxidação de um composto inorgânico.

Nutrição Heterotrófica

Os seres vivos que não podem sintetizar seu próprio alimento são chamados de heterotróficos. Eles retiram o seu próprio alimento de outros seres como o bife que você come (você incorpora as moléculas e não as produz como os vegetais clorofilados). Parte das moléculas orgânicas, obtidas pelos seres vivos através da nutrição, é utilizada na reparação de perdas orgânicas (renovação celular), mas, em especial, a glicose é "degradada" para a obtenção de energia. Para a utilização da energia contida nas moléculas de glicose, os seres vivos necessitam "queima-la". Essa "combistão" é denominada respiração celular, podendo ou não depender do oxigênio. Portanto, é possível diferenciar o processo dependente do oxigênio do não dependente.

Respiração Aeróbica

Quando você corre e seu ritmo respiratório aumenta, você vai precisar de mais energia e para ocorrer. As células musculares em atividade precisam de mais sangue rico em oxigênio para "quiemar" a glicose, que libera a energia do movimento. Esse processo também produz água e gás carbônico que normalmente são eliminados pelo organismo.

Respiração Anaeróbica

A respiração anaeróbica consiste em um processo de "queima" da glicose com um rendimento energético inferior ao da respiração aeróbica. Alguns fungos e bactérias realizam a respiração anaeróbica. Em vez de oxigênio eles usam enzimas que degradam a glicose, liberando energia e formando outras substâncias.
Fonte: www.unificado.com.br
De acordo com os cientistas, nosso planeta deveria ter sido uma enorme massa pastosa incandescente que ao longo do tempo se resfriou, desprendendo gases e vapores. Uma parte desses vapores, que deveria ser o vapor-d'água, à medida que se afastava da massa incandescente, resfriava-se e se transformava em água líquida, caindo em forma de chuva. Assim, repetindo-se por muitas vezes, a superfície da Terra foi se esfriando lentamente e grandes quantidades de água foram nela se acumulando.
Ao longo do tempo, ela sofreu muitas outras transformações. Os continentes, os oceanos e até a composição do ar mudaram para a Terra ser o que é hoje.

A Biosfera

A visão que se tem da Terra é mesmo fantástica!
A biosfera (bio = vida), a nossa "esfera de vida", é o ambiente onde vivemos, onde a vida surge e se mantém, brotando dos solos, penetrando nas águas e flutuando no mar. Ela é formada por três grandes porções: a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera.
A atmosfera (atmo = gás, vapor) é uma grossa camada de ar que abriga as nuvens e dá calor ao céu. Fornece o ar que respiramos e atua como um "cobertor", protegendo e cobrindo a Terra.
A hidrosfera (hidro = água) é formada por grandes quantidades de água na forma líquida: os rios, lençóis de água subterrâneos, lagos e oceanos. Esta porção fornece a água de que tanto precisamos. A hidrosfera apresenta também água no estado sólido (gelo) localizada nas regiões onde a temperatura é abaixo de zero graus Celsius, como nos pólos.
As montanhas, os desertos, as planícies, outras áreas de terra firme e até alguns quilômetros abaixo da superfície do solo fazem parte da litosfera (lito = pedra) ou crosta terrestre. Nossas riquezas naturais (ex: ouro, ferro, alumínio, petróleo, etc.) e outras matérias-primas para diversos fins nas indústrias são retiradas desta porção.
No entando, o ar, a água e o solo não são suficientes para nos manter vivos. Há outros fatores importantes para a vida, como a temperatura, a luz, a salinidade, a pressão, etc. É importante saber que, a quantidade de cada um desses fatores e o tempo de exposição aos mesmos variam em cada ambiente da Terra, proporcionando as mais variadas formas de vida. É só você imaginar os animais ou plantas que vivem em um deserto e compará-los com os que vivem nas florestas, que notará grandes diferenças de hábitos e características.

A forma e estrutura da Terra

Forma

Durante muito tempo, o homem teve dúvidas quanto ao formato da Terra. Somente depois de observar fenômenos naturais, como os navios que sumiam lentamente no horizonte, as posições das estrelas no céu e eclipses, o homem constatou que a Terra é "arredondada". Atualmente, fotos da Terra registradas por satélites, ônibus espaciais, ou pelos próprios astronautas da Apollo 11, que chegaram pela primeira vez à Lua em 20 de julho de 1969, não deixarm dúvidas quanto à sua forma.
O que há dentro da Terra? E lá bem no centro dela? Como descobrir isto se perfurações feitas pelo homem, com sondas, só chegaram a treze quilômetros de profundidade, quando a distância até o seu centro é de aproximadamente seis mil quilômetros?

Estrutura

Foi observando os vulcões e os terremotos, que o homem ficou sabendo o que havia no interior da Terra. Por enquanto, não se conseguiu efetivamente chegar ao seu centro. A dureza de certas rochas sob pressão e as altas temperaturas são as maiores dificuldades encontradas.
Então, para se saber o que há no interior da Terra, foram analisadas as amostras retiradas de perfurações e a própria lava dos vulcões. Mas, isso não foi suficiente. Os cientistas tiveram, então, que fazer estudos mais complexos. Passaram a estudar as vibrações produzidas pelos terremotos ou provocadas por explosivos ou, ainda, simulações feitas em laboratórios.
A viagem ao centro da Terra nos revela primeiramente uma casca que a envolve, a crosta terrestre ou litosfera. Esta primeira camada tem em média quarenta quilômetros de espessura, e é formada por várias placas, de onde surgem os continentes.
A segunda camada chamada manto ou pirosfera (piro = fogo), que está mais para dentro, é formada por rochas derretidas que formam o magma. Esta massa pastosa e em altíssima temperatura, quando expelida pelos vulcões, chama-se lava.
O núcleo ou barisfera (bari = pressão) é a camada mais interna. É formada por ferro em três formas. A primeira de ferro derretido (núcleo externo), a segunda por ferro em forma de vários cristais pequenos (zona de transição) e, bem no centro, em forma de um enorme cristal de ferro, (o núcleo interno).
Fonte: http://observatorio.ufmg.br
ORIGEM DA VIDA
Até hoje não existe uma resposta científica definitiva sobre a origem da vida no planeta. A primeira idéia foi a de que a vida teria vindo do espaço, fruto de uma "semente" de outro planeta. Hoje a hipótese mais difundida é a da origem terrestre. A vida surge há cerca de 3,5 bilhões de anos quando o planeta tem uma composição e atmosfera bem diferentes das atuais. As primeiras formas surgem em uma espécie de caldo de cultura resultante de complexas reações químicas e de radiação cósmica.

Quimiossíntese

É a hipótese de que as primeiras formas de vida na Terra estão condicionadas à existência prévia de compostos orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucléicos). A energia necessária para a síntese destes complexos seria fornecida pelas radiações ultravioleta e cósmica. Em 1936 Alexander Oparin propõe que a partir de gases da atmosfera primitiva formam-se os primeiros compostos orgânicos que evoluem naturalmente até originarem os primeiros seres vivos.

Teoria dos coacervados

Anos depois, Oparin diz que as moléculas protéicas existentes na água se agregam na forma de coacervados (complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.
Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br
Como todos os outros organismos, as plantas têm uma longa história evolutiva. O próprio planeta Terra – um aglomerado de pó e gases girando em torno da órbita de uma estrela que é o nosso Sol – tem 4,5 bilhões de anos. Os fósseis mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e consistem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. Estes fósseis foram encontrados em algumas das mais velhas rochas da Terra.
À medida que os acontecimentos vão sendo reconstituídos, conclui-se que estas primeiras células eram formadas por uma série de eventos aleatórios. Imagine a Terra envolta por gases que eram expelidos por um número incontável de vulcões. Esta atmosfera primitiva parece Ter sido composta basicamente por gases de nitrogênio, misturados com grande quantidade de dióxido de carbono e vapor de água. Estas três moléculas contêm os elementos químicos carbono, oxigênio, nitrogênio e hidrogênio, os quais compõem aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos vivos de hoje.
Através da fina atmosfera, os raios de sol iluminavam a áspera e nua superfície da jovem Terra, bombardeando-a com luz, calor e radiação ultravioleta. Moléculas de gases como o sulfeto de hidrogênio, amônia e metano também parecem Ter estado presentes na atmosfera primitiva. Ao contrario, o gás oxigênio, que agora perfaz aproximadamente 21% da nossa atmosfera, não foi formado até que os organismos vivos aparecessem e iniciassem a fotossíntese. Então as primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia ( sem oxigênio ).
À medida que a crosta da Terra foi resfriando e estabilizando-se, tempestades violentas ocorreram, acompanhadas de raios e descargas de energia elétrica. Substancias radioativas na Terra emitiam grandes quantidades de energia, e pedras derretidas e água fervente saíam do interior da superfície da Terra. A energia nes
ta vasta fornalha quebrava os gases da atmosfera e reorganizava-os em moléculas maiores e mais complexas. A luz ultravioleta banhava a superfície da Terra, quebrando ainda estas moléculas e gases e causando a formação de outras moléculas novas.
As teorias atuais propõem que os compostos formados na atmosfera primitiva tenderiam a ser precipitados desta pelas fortes chuvas, sendo coletados nos oceanos, que cresciam à medida que a Terra se resfriava. Usando os mesmos gases que teoricamente existiam naquela época, os pesquisadores fizeram experimentos nos quais eles simulavam as condições imaginadas naquele momento primitivo da Terra. Sob estas condições experimentais, formaram-se complexas moléculas orgânicas, semelhantes àquelas que são essenciais para a formação de toda a vida. Na Terra primitiva, os oceanos, e provavelmente pequenas piscinas próximas aos vulcões, se tornaram cada vez mais ricos na mistura de tais moléculas orgânicas.
Verifica-se que algumas moléculas orgânicas têm a tendência de se agregarem em grupos. Nos oceanos primitivos estes grupos provavelmente tinham a forma de gotículas, semelhantes às gotas formadas pelo óleo na água. Tais gotículas formadas por moléculas orgânicas aparentemente foram os primórdios das células primitivas, as primeiras formas de vida.
Segundo teorias recentes, estas moléculas orgânicas também serviram como fonte de energia para estas formas primitivas de vida. A célula primitiva ou estruturas semelhantes à célula eram capazes de utilizar estes compostos abundantes para satisfazer suas necessidades energéticas. À medida que elas evoluíram e se tornaram mais complexas, estas células eram cada vez mais capazes de controlar seu próprio destino. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subsequentes.
Células que satisfazem suas necessidades energéticas ao consumirem compostos orgânicos produzidos por fontes externas são denominadas heterotróficas ( do grego heteros, outros, e trophos, que come ). Um organismo heterotrófico é aquele que depende de uma fonte externa de moléculas orgânicas para obtenção de sua energia. Atualmente, esta categoria de organismos inclui todos os organismos vivos classificados como fungos ou animais e diversos organismos unicelulares – a maioria das bactérias e alguns protistas.
Fonte: www.bio2000.hpg.ig.com.br
ORIGEM DA VIDA

GERAÇÃO ESPONTÂNEA
FIXISMO, CRIACIONISMO E EVOLUCIONISMO

Quando o Homem se começou a dar conta dos seres vivos que o rodeavam, tornou-se necessário explicar o aparecimento destes, bem como o seu próprio aparecimento. Foi então que surgiram algumas teorias cujo objectivo era explicar o surgimento e desenvolvimento das espécies vivas.
Como se sabe, segundo algumas crenças, existe uma ou várias entidades todo-poderosas responsáveis pela criação de tudo o que conhecemos. Estas crenças, bem como a aparente ideia de que os animais, geração após geração, permanecem imutáveis, levaram ao aparecimento do princípio, que durante muitas centenas de anos foi tido como certo, de que a entidade toda poderosa era perfeita, pelo que tudo o que criava teria de ser perfeito também. Assim, surgiu a teoria fixista:
Fixismo: Esta teoria pretende explicar o surgimento das espécies, afirmando que estas surgiram sobre a Terra, cada qual já adaptada ao ambiente onde foi criada, pelo que, uma vez que não havia necessidade de mudanças, as espécies permaneciam imutáveis desde o momento em que surgiram. Deste modo, e de acordo com esta teoria, não haveria um antepassado comum. No entanto, para a explicação do surgimento das espécies primordiais há várias opiniões:
- Anaximandro (611-546 a.C.): Este autor considerava que os primeiros animais surgiram de uma "vasa marinha" a partir da qual surgiram todos os outros animais; o Homem teria surgido do ventre dos peixes.
Deste modo, desenvolveram-se dentro do fixismo outras teorias que pretendiam explicar o surgimento das espécies:

Geração espontânea

Segundo Aristóteles, autor desta teoria, e influenciado pela teoria platónica da existência de um mundo das imagens, afirmava que as espécies surgem por geração espontânea, ou seja, existiam diversas fórmulas que dariam origem às diferentes espécies. Isto é, segundo ele, os organismos podem surgir a partir de uma massa inerte segundo um princípio activo. (Por exemplo, nascer um rato da combinação de uma camisa suja e de um pouco de milho).
A geração espontânea permaneceu como ideia principal do surgimento das espécies devido à influência que as crenças religiosas incutiam na civilização ocidental, principalmente. Assim, a geração espontânea tornou-se uma ideia chave para a teoria que surgiria a seguir

Criacionismo

O criacionismo era visto por teólogos e filósofos de modos diferentes: os teólogos afirmavam que Deus, o ser supremo e perfeito, tinha criado todos os seres e, uma vez que era perfeito, tudo o que criava era perfeito também, pelo que as espécies foram colocadas no mundo já adaptadas ao ambiente onde foram criadas, e permaneceram imutáveis ao longo dos tempos; os filósofos, embora também apoiassem a criação das espécies por Deus, acrescentavam que, quando se verificava uma imperfeição no mundo vivo, esta devia-se ao ambiente, que era corrupto e mutável, portanto imperfeito.
Assim, e segundo esta teoria, o aparecimento de novas espécies eram impensável, bem como a extinção de outras.

Evolucionismo

O fixismo, embora fosse a ideia mais facilmente aceite, não prevaleceu para sempre, e foi ao longo dos tempos sendo substituído pelo evolucionismo. Esta ideia, como o nome indica, apoia o princípio que afirma que as espécies não permaneceram imutáveis ao longo dos milénios e que, portanto, evoluiram.
No entanto, o aparecimento das teorias evolucionistas apenas foi possível devido a algumas descobertas decisivas:
- A sistemática: Estudo e nomenclatura das espécies actuais
- A paleontologia: O estudo dos fósseis, que são registos valiosos das espécies que existiram em tempos antigos.

Século XIX - mecanismos de evolução

Este século foi um século de mudança, o século em que a visão de um mundo estático foi abolida. Isto deveu-se em parte devido a novos desenvolvimentos, que permitiram concluir que era a Terra que girava em torno do Sol e não vice-versa, foi a época dos descobrimentos, chegando ao mundo ocidental novas plantas e animais exóticos, surge a prova de que a Terra, ao contrário do que se pensava, tem milhões de anos. Foram também estabelecidos uma série de princípios, entre os que os quais: a uniformidade das leis naturais, pois estas mantêm-se em todo o espaço e em todo o tempo; o princípio das causas actuais, que diz que aquilo que ocorreu no passado continua a ocorrer actualmente; e o facto de a que maior parte das mudanças geológicas são lentas e graduais.
Foi então que pôde ser explicada a existência das lacunas estratigráficas: uma vez que a deposição de sedimentos que viesse dar origem a fósseis foi exposta a um agente erosivo, a camada formada não sobreviveu, pelo que não haverão determindos fósseis de espécies de transição.
Fonte: www.trabalhoescolar.hpg.ig.com.br
Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais de 2 000 anos por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material inanimado em seres vivos. 
O grande poeta romano Virgílio (70 a.C.-19 a.C.), autor das Écoglas e da Eneida, garantia que moscas e abelhas nasciam de cadáveres em putrefação. Já na Idade Média, Aldovandro afirmava que, o lodo do fundo das lagoas, poderiam, poderiam nascer patos e morcegos. O padre Anastásio Kircher (1627-1680), professor de Ciência do Colégio Romano, explicava a seus alunos que do pó de cobra, espalhado pelo chão, nasceriam muitas cobras.
No século XVII, o naturalista Jan Baptiste van Helmont (1577-1644), de origem belga, ensinava como produzir ratos e escorpiões a partir de uma camisa suada, germe de trigo e queijo.
Nesse mesmo século, começaram a surgir sábios com novas ideias, que não aceitavam a abiogênese e procuravam desmascará-la, com suas experiências baseadas no método científico.

Abiogênose X biogênese

Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam . Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.
A experiência de Redi favoreceu a biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina somente de outra vida preexistente.
Quando Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), na Holanda, construindo microscópios, observou pela primeira vez os micróbios, reavivou a polêmica sobre a geração espontânea, abalando seriamente as afirmações de Radi.
Foi na Segunda metade do século passado que a abiogênese sofreu seu golpe final. Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, preparou um caldo de carne, que é excelente meio de cultura para micróbios, e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização, com aquecimento e resfriamento. Hoje, essa técnica é conhecida como "pasteurização".
Uma vez esterilizado, o caldo de carne era conservado no interior de um balão "pescoço de cisne".
Devido ao longo gargalo do balão de vidro, o ar penetrava no balão, mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo. Nenhum microrganismo poderia chegar ao caldo de carne. Assim, a despeito de estar em contato com o ar, o caldo se mantinha estéril, provando a inexistência da geração espontânea. Muitos meses depois, Pasteur exibiu seu material na Academia de Ciências de Paris. O caldo de carne estava perfeitamente estéril. Era o ano de 1864. A geração espontânea estava completamente desacreditada.

Como surgiu o primeiro ser vivo?

Desmoralizada a teoria da abiogênese, confirmou-se a idéia de Prayer: Omne vivium ex vivo, que se traduz por "todo ser vivo é proveniente de outro ser vivo". Isso criou a seguinte pergunta: se é preciso um ser vivo para originar outro ser vivo, de onde e como apareceu o primeiro ser vivo?
Tentou-se, então, explicar o aparecimento dos primeiros seres vivos na Terra a partir dos cosmozoários, que seriam microrganismos flutuantes no espaço cósmico. Mas existem provas concretas de que isso jamais poderia ter acontecido. Tais seres seriam destruidor pelos raios cósmicos e ultravioleta que varrem continuamente o espaço sideral.
Em 1936, Alexander Oparin propõe uma nova explicação para o origem da vida. Sua hipótese se resume nos seguintes fatos:
Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. 
Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioleta, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera. 
Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo. 
Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas. 
As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos mares primitivos. 
As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os coacervados. 
Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células. 
Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia. 
Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água. 
Oparin não teve condições de provar sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chigago, realizou em laboratório uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.
Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas.
As experiências de Miller e Fox comprovaram a veracidade da hipótese de Oparin.
Fonte: members.tripod.com



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