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1 de jan. de 2012

Britânicos fazem transplante de córnea pioneiro em bebê de 2 semanas

Uma bebê cega, agora com quatro meses de idade, se tornou na paciente mais jovem da Grã-Bretanha a receber um transplante de córneas, de acordo com médicos britânicos.
Eva Joyce nasceu com um problema que tornava sua córnea opaca.
As córneas de doadores foram colocadas nos olhos de Eva em duas operações realizadas no Birmingham Children's Hospital.
Na primeira operação, realizada quando Eva tinha apenas duas semanas e meia de vida, ela teve a córnea do olho direito retirada e trocada pela córnea de um doador.
Aos quatro meses, ela fez a mesma operação no outro olho.
O bebê deverá receber remédios para evitar a rejeição das córneas todos os dias nos próximos anos e a equipe do hospital vai monitorar a visão de Eva até que ela complete 16 anos.
"Estamos muito satisfeitos, Eva está muito bem e todos esperamos que a visão se desenvolva normalmente", disse o oftalmologista Manoj Parulekar.
"Queremos ver ela crescendo e fazendo todas as coisas que a irmã mais velha faz", acrescentou.

'Sortudos'

A mãe de Eva, Harriet Joyce, de 33 anos, disse que a família percebeu algo diferente nos olhos do bebê, mas não deu tanta importância.
"Quando Eva nasceu e abriu os olhos, nós percebemos que as córneas eram opacas."
"Não ficamos muito preocupados e, apenas quando fomos encaminhados para um hospital em Sheffield na semana seguinte para fazer os exames nos olhos de Eva, percebemos que ela não tinha nenhuma visão. Ela era cega", disse Harriet.
"Nas 24 horas seguintes, pensamos que ela nunca iria ver. Fomos encaminhados para o Hospital Infantil de Birmingham e eles nos disseram que poderiam fazer alguma coisa."
"Nos sentimos incrivelmente sortudos que alguém tenha tomado, provavelmente em circunstâncias difíceis, a decisão de doar órgãos para ajudar pessoas como Eva", acrescentou a mãe do bebê.

28 de dez. de 2011

Grávida passa três meses em cama inclinada para salvar bebê

Uma britânica foi forçada a passar três meses de cama, com seus pés a um nível acima da cabeça, para evitar um aborto espontâneo.
O procedimento foi adotado por Donna Kelly, de 29 anos, depois que exames mostraram que ela corria o risco de sofrer um terceiro aborto.
Uma especialista do Hospital Universitário de Coventry (região central da Grã-Bretanha) a aconselhou a usar a força da gravidade para reduzir esse risco, sugerindo que ela ficasse deitada em uma cama inclinada.
"No início, me sentia enjoada e com constantes dores de cabeça", diz Kelly.
Mas o sacrifício valeu a pena: após cerca de oito meses e meio de gravidez, nasceu a pequena Amelia, que já recebeu alta do hospital.

Condição rara

Kelly despertou a preocupação dos médicos quando um exame, na 20ª semana de gravidez, apontou que ela corria o risco de sofrer um aborto tardio - a jovem já havia tido o mesmo problema duas vezes desde 2007, quando nasceu seu primogênito, Joshua.
Donna Kelly (Foto: University Hospitals Coventry and Warwickshire)
Donna (centro), com a família e sua médica (Foto: University Hospitals Coventry and Warwickshire)
A professora Siobhan Quenby, especialista em abortos recorrentes do Hospital Universitário de Coventry, aconselhou Kelly a deitar-se na cama, com seus pés inclinados para cima durante três meses, durante as 24 horas de cada dia. Ela só se levantava para ir ao banheiro.
"Donna tinha uma condição rara. O tratamento, ainda que pareça estranho, é muito eficiente", disse a médica.
Para Kelly, o mais difícil foi "passar tanto tempo longe de Joshua".
"Mas três meses longe dele valeram a pena para dar-lhe uma irmã", afirmou.

BBC

O Natal, O Papai Noel e a Coca-Cola

Com o passar do tempo o verdadeiro espírito do natal, apesar de ninguém saber explicar o que realmente significa (e quem pode culpar-nos?), foi ofuscado pela figura do Papai Noel que, por sua vez, foi ofuscada por um refrigerante e, mais tarde, por ursos polares. A mídia tem tanto poder que é capaz de mudar conceitos e driblar propósitos. É o que evidentemente acontece, há anos, com o natal.

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Na minha família, o natal sempre foi celebrado à velha moda cristã. Um tanto previsível, porquanto íamos à igreja orar, celebrar o nascimento de Jesus Cristo, assistir à cantata de natal, abraçar os amigos. Depois voltávamos para casa, que nos esperava com um reconfortante clima acolhedor e festivo. Era o natal em seu lugar-comum, mas exatamente como aprendemos que deveria ser.

Havia um sentimento de cumplicidade em partilhar do “espírito natalino”, como dizem, seja lá o que isso for. Talvez uma sensação mútua de contentamento, religiosamente acalentada. E ainda apetece-me ter a família reunida com essa porção de pormenores típicos do natal: sorrisos estampados nos rostos, abraços apertados, gentilezas trocadas, toalha de mesa endireitada, comida e estórias partilhadas.

Mas o tempo passa e a cada dia o natal é cada vez mais uma fúria consumista absolutamente impiedosa. Antes se ouvia a música metálica dos sinos, hoje se ouve o som frenético das máquinas de cartão de crédito. Sai de cena o Cristo, entra o senhor bonachão de calças vermelhas. Se o filho de Deus não mais é lembrado, de Papai Noel muito se fala.

Mas não de maneira a fazer justiça ao personagem - inspirado originalmente em um homem simples, com uma vida e uma estória simples, nada tendo a ver com o sistema capitalista que o transformou em símbolo e que, por sua vez, transformou o natal em um evento elitista.


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A lenda do Papai Noel (Pai Natal em Portugal) é inspirada no arcebispo São Nicolau Taumaturgo, que viveu na Turquia no século IV. Ele tinha o costume de ajudar os necessitados depositando um pequeno saco com moedas de ouro, entrando nas casas pela lareira. Durante o inverno, resgatava crianças pobres de rua dando-lhes roupa e alimento. Famoso pela generosidade, a ele foram atribuídos diversos atos considerados milagrosos.

Seus fiéis, então, passaram a imitá-lo, principalmente em época de frio. Daí o surgimento da figura do Papai Noel e a explicação para muitas pessoas serem tomadas por um ímpeto de solidariedade em véspera do natal.

Entrementes, o sentimento que inspirou a estória, que mostra o melhor do ser humano, desapareceu quase por completo e o que prevaleceu foi uma sede de consumo e um sentimento de obrigatoriedade para saciar essa sede. E esse bom velhinho, inspirado em generosidade e doação, virou a insígnia do capitalismo.


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Antigamente não havia uma imagem unânime do Papai Noel. Ele era ilustrado de muitas maneiras, com traços e estilos variados. Algumas figuras eram de um homem magro, muito mais reservado do que este sorridente Noel que conhecemos. Em alguns países era retratado com vestes episcopais, geralmente na cor verde, combinando com tons sóbrios.

Por volta de 1886, um famoso cartunista alemão, Thomas Nast, desenhou o Papai Noel com uma roupagem de inverno na cor vermelha, tal como o conhecemos hoje. A ilustração foi feita para a revista norte-americana Harper’s Weeklys. Ao contrário do que muitos pensam, as cores da roupa do papai Noel nada têm a ver com a marca Coca-Cola. Aliás, a Coca-Cola nunca foi detentora do Papai Noel, muito menos o criou. Mas tem um poderoso mérito no processo de concretização da figura natalina, tal como a conhecemos hoje.

Aconteceu que durante muito tempo a Coca-Cola viu as vendas da bebida diminuírem consideravelmente durante o inverno, causando grande prejuízo para a marca. Já em 1931, a empresa decidiu reverter esse quadro, executando uma das mais famosas e impactantes campanhas publicitárias até hoje conhecidas. Com esse objetivo, o ilustrador Haddon Sundblom foi contratado pela empresa para uma releitura do personagem natalino. “Uma pausa refrescante” seria o slogan. E deu certo. A campanha, que propôs o Papai Noel bebendo o refrigerante, alavancou as vendas da Coca-Cola durante o inverno e perpetuou a imagem do bom velhinho.


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Esse novo visual mais encorpado do Papai Noel, um senhor rechonchudo e bonachão, do jeito que conhecemos, foi curiosamente inspirado no vizinho aposentado de Sundblom. A nova imagem espalhou-se rapidamente mundo afora, fazendo imenso sucesso.

Sundblom foi responsável pela propaganda natalina da Coca-Cola até o ano de 1964. Ele morreu em 1976 – e confessou à revista Rolling Stone que nunca gostou do sabor do famoso refrigerante.

Antes da Coca-Cola, no entanto, a figura do Papai Noel já era usada para algumas propagandas, mas foi a referida campanha da marca, em 1931 – com Sundblom – que deu a largada para que o Papai Noel fosse, de fato, transformado do generoso bom velhinho para um senhor efusivo que promove não o espírito de natal, mas sim o de consumo. Mas quem pode culpar o velhinho? E Papai Noel continua rindo de tudo isso. E ri com tanto entusiasmo que parece saber que não haveria mesmo jeito nenhum de acertar as coisas por aqui.


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Fontes das imagens: 1, 2, 3, 4, 5.





21 de dez. de 2011

Estudo vincula consumo de chocolate a redução de 30% em doenças cardíacas

O consumo de chocolate em grandes quantidades pode estar associado a uma redução de um terço nos riscos de desenvolvimento de certas doenças cardíacas, segundo um estudo britânico.
O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal, confirma resultados de investigações anteriores sobre o assunto que, de maneira geral, encontraram evidências de um possível vínculo entre o consumo de chocolate e a saúde do coração.
Os autores enfatizam, no entanto, que é preciso fazer mais testes para saber se o chocolate realmente causa essa redução ou se ela poderia ser explicada por algum outro fator.
A equipe da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, apresentou seu trabalho no congresso da European Society of Cardiology, nesta segunda-feira, em Paris.
Investigação
Vários estudos recentes indicam que comer chocolate teria uma influência positiva sobre a saúde humana devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do alimento. Segundo esses estudos, o chocolate teria o poder de reduzir a pressão sanguínea e melhorar a sensibilidade do organismo à insulina (o que ajudaria a evitar a diabetes).
Entretanto, ainda não está claro de que forma o chocolate afetaria o coração.
Em uma tentativa de esclarecer a questão, o pesquisador Oscar Franco e seus colegas da Universidade de Cambridge fizeram uma revisão em grande escala de sete estudos sobre o assunto envolvendo cem mil pessoas, com e sem problemas no coração.
Os especialistas estavam particularmente interessados em avaliar os efeitos do consumo de chocolate sobre ataques cardíacos e acidentes vasculares (ou derrames).
Em cada estudo, a equipe comparou o grupo de participantes que comia a maior quantidade de chocolate ao resultado do grupo que comia a menor quantidade do alimento. Para evitar distorções, a equipe levou em conta diferenças de metodologia e qualidade dos estudos.
Chocolate
Estudos não especificaram se o chocolate ingerido era meio-amargo ou ao leite
Cinco estudos encontraram uma associação positiva entre índices mais altos de consumo de chocolate e um menor risco de problemas cardiovasculares.
"Os índices mais altos de consumo de chocolate foram associados a uma redução de 37% em doenças cardiovasculares e uma redução de 29% na incidência de derrames em comparação aos índices mais baixos (de consumo)", os autores escreveram.
Não foram encontradas evidências significativas de redução em casos de falência cardíaca.
Os estudos não especificaram se o chocolate ingerido era meio-amargo ou ao leite. Entre os alimentos consumidos pelos participantes estavam barras de chocolate, bebidas, biscoitos e sobremesas contendo chocolate.
Segundo a equipe britânica, as conclusões do estudo precisam ser interpretadas com cautela, porque o chocolate vendido comercialmente é altamente calórico (contendo cerca de 500 calorias por cada cem gramas) e sua ingestão em grandes quantidades poderia resultar em ganho de peso, o que aumentaria os riscos de diabetes e doenças cardíacas.
Entretanto, os especialistas recomendam que, dados os benefícios do chocolate para a saúde, iniciativas para reduzir a quantidade de gordura e açúcar nos produtos deveriam ser exploradas.

Exercícios em excesso podem danificar o coração, dizem especialistas

A prática excessiva de exercícios pode danificar o coração, indica um pequeno estudo feito por especialistas australianos.
Exames de ressonância magnética de 40 atletas que se preparavam para participar de eventos esportivos extremos, como triatlos ou competições de ciclismo em montanha, revelaram que a maioria apresentava distensões no músculo cardíaco.
A maior parte se recuperou completamente depois de uma semana, mas cinco dos atletas, que vinham treinando há mais tempo, apresentaram cicatrizes - possivelmente um indício de danos permanentes.
A equipe da Universidade de Melbourne disse à revista científica European Heart Journal que as alterações encontradas poderiam, no futuro, provocar problemas cardíacos como a arritmia.
Mas eles enfatizaram que não se deve concluir, com base nesse estudo, que esportes extremos sejam ruins para a saúde.
Para a maioria dos atletas, uma combinação de treinamento sensato e recuperação adequada deve trazer melhorias na função do músculo cardíaco, os pesquisadores disseram.
A equipe disse que são necessários mais estudos.

Treinamento extremo

O diretor médico da Maratona de Londres, Sanjay Sharma, disse que os resultados convidam à reflexão, mas concordou que é preciso fazer mais pesquisas.
"Minha opinião é de que exercícios extremos provavelmente causam danos ao coração em alguns atletas. Não acredito que o corpo humano seja desenhado para (suportar) exercícios durante até 11 horas por dia, então danos ao coração não são implausíveis."
Shama disse, no entanto, que era cedo para dizer se a prática de esportes radicais causa danos a longo prazo.
Doireann Maddock, representante da British Heart Foundation, disse que as pessoas não devem deixar de fazer exercícios com base no novo estudo.
"É importante lembrar que os benefícios da atividade física para a saúde estão bem estabelecidos. Os atletas altamente treinados envolvidos nesse estudo estavam competindo em eventos de longa distância e treinavam mais de dez horas por semana", afirmou.
"Mais pesquisas de longo prazo serão necessárias para determinar se os exercícios extremos podem causar danos ao ventrículo direito em alguns dos atletas."

Formato alterado

"É importante lembrar que os benefícios da atividade física para a saúde são bem estabelecidos. Os atletas altamente treinados envolvidos nesse estudo estavam competindo em eventos de longa distância e treinavam mais de dez horas por semana. Mais pesquisas de longo prazo serão necessárias para determinar se os exercícios extremos podem causar danos ao ventrículo direito em alguns dos atletas"
Doireann Maddock, da British Heart Foundation
Como parte do estudo, os cientistas avaliaram os atletas duas semanas antes das competições, imediatamente após os eventos e cerca de uma semana depois.
Logo após a competição, os corações dos atletas tinham o formato alterado. O ventrículo direito do órgão - uma das quatro câmaras do coração envolvidas em bombear o sangue pelo corpo - parecia dilatado e não funcionava tão bem como nas semanas que antecederam a competição.
Níveis de uma substância química chamada BNP (Peptídeo Natriurético tipo B), que é fabricada pelo coração em resposta a distensões extremas, haviam aumentado.
Uma semana mais tarde, os corações dos atletas haviam voltado à condição em que estavam antes da competição.
Nos cinco atletas que vinham treinando e competindo há mais tempo, os exames revelaram indícios de cicatrizes no tecido cardíaco. Além disso, a função do ventrículo direito nesses atletas continuava diminuída em comparação com os resultados anteriores ao evento.

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