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5 de nov. de 2019

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5 de set. de 2019

A síndrome de Bardet-Biedl


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síndrome de Bardet-Biedl é definida como uma desordem genética, de caráter autossômico recessivo, caracterizada por distrofia retiniana, polidactiliaobesidade, atraso mental e hipogenitalismo.
No ano de 1866, Laurence e Moon descreveram uma condição genética na qual os indivíduos apresentam atraso mental, baixa estatura, hipogenitalismo, ataxia, paraplegia espástica e nistagmo. Outros também exibiam retinose pigmentar ou atrofia coroidiana. Anos depois, Bardet e Biedl descreveram uma síndrome composta por obesidade, polidactilia, retinose pigmenar, atraso mental e atresia anal. Tempos depois, Solis-Cohen e Weiss uniram as duas desordens, nomeando-a de Síndrome de Laurence-Moon-Biedl. Contudo, mais recentemente, foi estabelecido que as síndrome de Laurence-Moon e Bardet-Biedl tratam-se, na realizada, de patologias distintas.
Estima-se que esta síndrome tem uma prevalência que varia de 1:17.500 a 1:160.000.
Mutação em no mínimo 14 genes distintos pode levar à síndrome de Bardet-Biedl. Acredita-se que estes genes estão desempenham papéis importantes nas estruturas celulares denominadas cílios. Estes últimos são estruturas presente na superfície de diferentes tipos de células, envolvidos no movimento celular e em diferentes vias de sinalização química. Além disso, também são essenciais na percepção de estímulos sensoriais, como a visão, audição e olfato. Desta forma, defeitos nos cílios, resultam em alterações de todas essas funções.
Mutações nos genes BBS levam à síndrome em questão. Aproximadamente 25% dos casos da síndrome são decorrentes de uma mutação no gene BBS1, enquanto que 20% dos casos são ocasionados por mutações no gene BBS10. Mutação em cada um dos outros genes BBS representa uma pequena porcentagem de todos os casos da doença.
Uma das principais manifestações clínicas é a perda de visão, devido a alterações na retina. Esta perda inicia-se ainda na infância, primeiramente como perda da visão noturna, evoluindo para pontos cegos da visão periférica. Irá ocorrer, por conseguinte, a ampliação desses pontos cegos, levando a uma considerável perda da visão, ou até mesmo perda completa da visão.
Obesidade é outra característica desta síndrome. O excessivo ganho de peso inicia-se, geralmente, na infância, passando a ser um problema para o resto da vida do indivíduo. Em associação com a obesidade, pode haver diabetes do tipo II, hipertensão, elevados níveis de colesterol e hipercolesterolemia.
Outras manifestações clínicas desta síndrome incluem:
  • Polidactilia;
  • Atraso mental;
  • Anormalidades da genitália;
  • Anormalidades renais;
  • Problemas de fala;
  • Atraso no desenvolvimento das habilidades motoras;
  • Problemas comportamentais;
  • Características faciais peculiares;
  • Anormalidades dentárias;
  • Dedos anormalmente curtos e/ou fundidos dos pés;
  • Perda parcial ou completa do olfato;
  • Alterações hepáticas, cardíacas e gastrointestinais.
O diagnóstico é clínico, havendo também a opção de teste molecular para 4 dos 14 genes envolvidos na síndrome identificados até o momento.
O tratamento é somente sintomático e multidisciplinar. No entanto, não existe um tratamento para toda a sintomatologia presente nesta síndrome.

SÍDROME DE HERMANSKY PUDLANK



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síndrome de Hermansky-Pudlak trata-se de uma desordem genética, caracterizada pela presença simultânea de albinismo, problemas oculares e aumento do tempo de sangramento.
Prevalece em Porto Rico e nos alpes suíços, tendo sido descrita primeiramente na Tchecoslováquia, no ano de 1959, por Hermansky e Pudlak. Estima-se que afete entre 1 em cada 500.000 a 1 em cada 1.000.000 de indivíduos no mundo todo.
Este transtorno genético possui caráter autossômico recessivo, podendo a mutação encontrar-se em diferentes genes: HPS1, HPS3, HPS4, HPS5, HPS6, HPS7, AP3B1 e yHPS07.
Nesta síndrome, a cor da pele e dos cabelos pode variar. A pele pode ser branca ou apresentar tom bege. Outros indivíduos podem apresentar sardas e cabelos que variam de amarelo a castanho claro. São raros os casos de pacientes com esta síndrome que apresentam cabelos escuros e pele clara.
A cor dos olhos varia de azul a castanho. Podem estar presentes diferentes problemas oculares, incluindo:
  • Nistagmo;
  • Estrabismo;
  • Sensibilidade à luz;
  • Acuidade visual diminuída.
As características desta síndrome são os sangramentos exacerbados, decorrentes de alterações nas plaquetas e acúmulo de pigmento ceroide nos lisossomos, fibrose pulmonar e colite granulomatosa.
O diagnóstico é feito com base no quadro clínico do paciente, caracterizada por hipopigmentação da pele, dos cabelos e dos olhos, juntamente com a demonstração da ausência corpos densos à microscopia eletrônica de plaquetas. Atualmente também já estão disponíveis testes genéticos.
Não existe cura para esta síndrome. O tratamento visa minimizar a sintomatologia presentes neste transtorno, melhorando, desta forma, a qualidade de vida do paciente.
Fontes:

SÍNDROME DE CHEDIAK HIGASHI

Síndrome de Chédiak-Higashi

(Síndrome de Chédiak-Higashi)

Por 
James Fernandez 
, MD, PhD, Cleveland Clinic Lerner College of Medicine at Case Western Reserve University
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A síndrome de Chédiak-Higashi é uma doença hereditária muito rara caracterizada por infecções respiratórias bacterianas recidivantes e outras infecções além da falta de pigmento no cabelo, olhos e pele (albinismo).
  • As pessoas com a síndrome de Chédiak-Higashi geralmente têm pele branca, cabelo branco ou de cor clara e olhos azul acinzentado claro ou rosa.
  • Os médicos examinam uma amostra de sangue para verificar a presença de anormalidades e fazer testes genéticos para confirmar o diagnóstico.
  • O tratamento envolve antibióticos para prevenir infecções, outros medicamentos para ajudar o sistema imune a funcionar melhor e, se possível, transplante de células-tronco.
A síndrome de Chédiak-Higashi é uma imunodeficiência primária. Em geral, é herdada como uma doença autossômica (não ligada ao sexo) recessiva. Isto é, são necessários dois genes para a doença, um do pai e um da mãe.
As pessoas com a síndrome de Chédiak-Higashi são mais susceptíveis a infecções porque seus fagócitos não funcionam normalmente. Fagócitos são células que ingerem e matam micro-organismos.

Sintomas

Na síndrome de Chédiak-Higashi, há formação de pouco ou nenhum do pigmento melanina (denominado albinismo). A melanina dá cor à pele, olhos e cabelo. Normalmente, a pele é branca, o cabelo é claro ou branco, e os olhos podem ser rosa ou azul acinzentado claro.
O distúrbio também pode causar problemas de visão. Por exemplo, a acuidade visual pode estar reduzida e os olhos podem ser sensíveis à luz (fotossensibilidade). Nistagmo, que causa visão turva, é comum. Neste caso, os olhos se movem repetidamente e rápido, em uma direção, depois voltam lentamente a sua posição original.
A síndrome de Chédiak-Higashi também causa, comumente, úlceras na boca, gengivite e doença periodontal.
As pessoas com a síndrome de Chédiak-Higashi também apresentam muitas infecções. Em geral, as infecções envolvem o trato respiratório, a pele e as mucosas orais.
Em cerca de 80% das pessoas, a síndrome de Chédiak-Higashi progride causando febre, icterícia (a coloração amarela da pele e olhos) e hepatoesplenomegalia, edema de linfonodos e tendência a sangrar e formar hematomas facilmente. O distúrbio também pode afetar o sistema nervoso causando fraqueza, falta de jeito, dificuldade para andar e convulsões. Com o desenvolvimento desses sintomas, em geral a síndrome é fatal em 30 meses.

Diagnóstico

  • Exame de uma amostra de sangue
  • Testes genéticos
Uma amostra de sangue é colhida e examinada sob o microscópio. Certas anomalias nos glóbulos brancos do sangue sugerem síndrome de Chédiak-Higashi.
O diagnóstico pode ser confirmado com testes genéticos usando uma amostra de sangue.
Como este transtorno é muito raro, os familiares só são triados se tiverem sintomas sugerindo a síndrome de Chédiak-Higashi.

Tratamento

  • Antibióticos para prevenir infecções
  • Interferon gama e, às vezes, corticosteroides
  • Transplante de células-tronco
O tratamento da síndrome de Chédiak-Higashi envolve antibióticos para ajudar a prevenir infecções e interferon gama (um medicamento que modifica o sistema imunológico) para ajudar o sistema imunológico a funcionar melhor.
Por vezes, o uso de corticosteroides e a remoção do baço (esplenectomia) aliviam os sintomas temporariamente.
Contudo, a menos que seja feito um transplante de células-tronco, a maioria das pessoas morre de infecção até os sete anos de idade. O transplante de células-tronco de um doador com o mesmo tipo de tecido pode curar esses pacientes. Em geral, as crianças recebem quimioterapia antes do transplante (quimioterapia de condicionamento pré-transplante) para reduzir o risco de rejeição. Cerca de 60% das crianças estão vivas cinco anos após o transplante.
Última revisão/alteração completa junho 2018 por James Fernandez, MD, PhD
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