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25 de out. de 2016

Transmissão de sinal de um neurônio para outro, através das sinapses previamente considerados eletricamente. Synapse é um pequeno espaço ou junção entre dois neurónios ou neurónio e um músculo. Em 1921, foi confirmado que os neurônios se comunicam efetivamente liberando determinados produtos químicos. A comunicação é realizada através de uma mudança de concentração química e estes produtos químicos são chamados de neurotransmissores. Crédito para a confirmação deste fato e também para descobrir o neurotransmissor, a acetilcolina é a farmacologista alemão Otto Loewi. Portanto, incluir produtos químicos que permitem que os impulsos nervosos ou sinais transmitidos através da sinapse. Vários tipos de neurotransmissores e cada um é responsável por determinadas funções. Tipos de neurotransmissores Geralmente se dividem em três categorias: aminoácidos, peptídeos e monoaminas. Neurotransmissores, tais como o glutamato, aspartato, glicina, serina e ácido gama-aminobutírico (GABA) caem na categoria de ácidos aminados. Por outro lado, o neurotransmissor dopamina, serotonina, melatonina, epinefrina e norepinefrina são neurotransmissores monoaminas. A calcitonina, o glucagon, vasopressina, oxitocina e beta-endorfina são alguns dos neuropeptídeos. Há cerca de 50 neuropeptídeos até agora, com novos sendo descobertos regularmente. Além destes, a acetilcolina, a adenosina e óxido nítrico

Neurotransmissor no corpo humano
A acetilcolina 
É o primeiro neurotransmissor a ser descoberto em 1921. Este neurotransmissor é responsável por estimular os músculos. Neurônios motores ativos que controlam os músculos esqueléticos. Ele também está preocupado que as actividades em algumas áreas do cérebro que são associadas com atenção, despertar, aprendizagem e memória. As pessoas com doença de Alzheimer geralmente são encontrados para ter um nível significativamente mais baixo de acetilcolina.
Dopamina 
A dopamina é um neurotransmissor que controla os movimentos voluntários do corpo e está associado com o mecanismo de recompensa do cérebro. Em outras palavras, a dopamina regula emoções agradáveis, e drogas tais como álcool, cocaína, heroína, nicotina, ópio e também aumentar o nível deste neurotransmissor, de modo que o utilizador destes fármacos eles se sentem bem. A diminuição do nível de dopamina está associada com a doença de Parkinson, enquanto os pacientes de esquizofrenia são geralmente encontrados para ter um excesso de dopamina nos lobos frontais do cérebro.
Serotonina 
A serotonina é um importante neurotransmissor inibitório que foi encontrado para ter um efeito significativo sobre a emoção, humor e ansiedade. Está também envolvido na regulação do sono, vigília e de alimentação. A nível significativamente mais baixo de serotonina está associada a doenças como a depressão, ideação suicida e transtorno obsessivo-compulsivo. Muitos medicamentos antidepressivos funcionam afetando o nível deste neurotransmissor.
Ácido gama-aminobutírico (GABA) 
GABA é um neurotransmissor inibidor que reduz a actividade neuronal, a fim de manter o seu entusiasmo pelo, o que pode levar à ansiedade. GABA é um aminoácido não essencial, que é produzida pelo corpo a partir do ácido glutâmico. Baixos níveis de GABA pode ter uma associação com transtornos de ansiedade. O álcool e drogas tais como barbitúricos podem afectar os receptores GABA.
Glutamato 
O glutamato é um neurotransmissor excitatório. Neurotransmissor é mais comumente encontrado no sistema nervoso central. O glutamato é funções, tais como a aprendizagem ea memória, principalmente relacionados. O excesso de glutamato ainda é tóxico para os neurônios. Produção excessiva de glutamato pode ser relacionado com a doença conhecida como esclerose lateral amiotrófica (ALS), ou doença de Lou Gehrig.
Epinefrina e norepinefrina 
A adrenalina é um neurotransmissor excitatório, que é derivado de norepinefrina. Epinefrina controla o foco mental e atenção. A noradrenalina é um neurotransmissor excitatório e regula o humor e da emoção física e mental. Aumento da secreção de noradrenalina aumenta a freqüência cardíaca e pressão arterial.
As endorfinas As endorfinas são neurotransmissores /> 

AÇÃO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

NEUROTRANSMISSORES

COMO ATUAM OS ANTIDEPRESSIVOS

“distúrbios de neurotransmissores”

O termo “distúrbios de neurotransmissores” compreende um amplo e crescente complexo grupo de enfermidades geneticamente determinadas associadas  a defeitos no processo de produção, transporte, liberação e captação de uma variedade de compostos químicos envolvidos na habilidade das células do sistema nervoso central se comunicarem umas com as outras; esses compostos são chamados de neurotransmissores.
Os distúrbios de neurotransmissores são frequentemente doenças que acometem a faixa etária pediátrica, embora , em alguns tipos, como na distonia dopa-responsiva (também conhecida como doença de Segawa), os sintomas só aparecerem , muitas vezes, apenas na vida adulta. De forma geral, os distúrbios de neurotransmissores são erros inatos do metabolismo que afetam o sistema nervoso central em crianças e que, caso não tratados,  podem levar a vários sintomas, comprometendo o desenvolvimento neurológico adequado da criança.
Alguns desses distúrbios apresentam resposta excelente ao tratamento medicamentoso com reversão dos sintomas; outros, porém,  não apresentam uma resposta tão boa, mas, ainda assim, o tratamento ajuda sobremaneira na qualidade de vida do paciente, melhorando muitas das manifestações clínicas da doença.
Os sintomas associados a essas doenças são amplos e decorrem da deficiência da dopamina e serotonina cerebrais na maioria dos casos. Muitos desses sintomas podem ser flutuantes ao longo do dia (como a hipotonia ou mesmo a incoordenação motora, chamada de ataxia), outros podem ser crônicos como o atraso de desenvolvimento, atraso de fala,  movimentos oculares anormais e , em alguns pacientes, as crises convulsivas.
Entre os sintomas que podem estar associados a um distúrbio de neurotransmissores (tanto isoladamente quanto em conjunto com outros), podemos citar:
  • Distonia de marcha ou de membros (tanto uni quanto bilateral)
  • Tremor postural
  • Flutuação de sintomas durante o dia (por exemplo, piorando no final da tarde da noite e melhorando após sono ou no início do dia)
  • Hipotonia (diminuição de tônus muscular) geralmente de forma global; alguns pacientes podem também ter hipertonia (aumento de tônus) em membros inferiores, por exemplo, lembrando um quadro de “paralisia cerebral”
  • Movimentos involuntários oculares (“crises oculogíricas”)
  • Movimentos involuntários com a língua ( “tongue thrusting”)
  • Ptose palpebral (“queda das pálpebras”, lembrando um rosto de quem está com sono)
  • Sintomas disautonômicos como hipotermia (inabilidade de manter temperatura do corpo) ou hipertermia, alteração da motilidade intestinal (refluxo, constipação, dificuldade de se alimentar), hipoglicemia (baixo açúcar no sangue), sudorese excessiva
  • Bradicinesia (lentidão de movimento) ou discinesias/hipercinesia (aumento de movimentos, muitas vezes de forma irregular)
  • Distúrbio do ciclo do sono (insônia, sono agitado com várias interrupções, sonolência durante o dia)
  • Sintomas parkinsonianos (rigidez, tremor, bradicinesia) em bebês e crianças
  • Irritabilidade

Quanto aos grupos de distúrbios de neurotransmissores, poderíamos dividir, grosso modo, em 4 grupos:
I ) Distúrbios no metabolismo do GABA (ácido gama-amino butírico)
  • Deficiência de GABA transaminase
  • Deficiência da succínico semialdeído desidrogenase (SSADH)
II)  Doenças afetando o metabolismo da dopamina e da serotonina:
  • deficiência de tirosina hidroxilase
  • deficiência da descarboxilase dos aminoácidos aromáticos (AADC)
  • deficiência da guanosina trifosfato ciclohidrolase I (GTPCH – também chamada, na sua forma dominante clássica de doença de Segawa)
  • deficiência de sepiapterina redutase
III) Distúrbios envolvendo o metabolismo da tetrahidrobioterina e pterinas:
  • deficiência da 6-piruvoiltetrahidropterina sintase (PTPS)
  • deficiência de pterina carbinolamina desidratase (PCD)
  • Deficiência da diidropteridina reductase  (DHPR)
  • deficiência da guanosina trifosfato ciclohidrolase I (GTPCH – forma recessiva)
IV) Distúrbios envolvendo outros grupos de neurotransmissores:
  • Deficiência de folato cerebral
  • Deficiência de antiquitina
  • Deficiência de monoamina oxidase A
  • Deficiência de monoamina oxidase B
  • Deficiência de triptofano hidroxilase
  • Deficiência de  dopamina beta-hidroxilase
Charles Marques Lourenço
Médico Geneticista HC-FMRP-USP

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