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7 de jun. de 2013

INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

INTERAÇÕES ECOLÓGICAS


Os seres vivos mantêm entre si vários tipos de interações ecológicas que podem ser consideradas como sendo harmônicas ou positivas ou desarmônicas ou negativas.
As interações harmônicas ou positivas (+) são aquelas onde não há prejuízo para as espécies participantes e vantagem para pelo menos uma delas.
As interações desarmônicas ou negativas (-) são aquelas onde pelo menos uma das espécies participantes é prejudicada, podendo existir benefício para uma delas.
Dentro de cada um dos tipos de interações mencionados acima, ainda podemos classificá-las em interações intra-específicas e interespecíficas, conforme ocorram entre indivíduos da mesma espécie ou entre espécies diferentes respectivamente.
O esquema a seguir mostra os tipos principais de interações ecológicas entre os seres vivos.
  Interações HarmônicasInterações Desarmônicas
Intra EspecíficaColônia (+)
Sociedade (+)
Competição (-)
Inter EspecíficaMutualismo (+ +)
Cooperação (+ +)
Comensalismo (+ 0)
Inquilismo (+ 0)
Epifitismo (+ 0)
Competição (- -)
Parasitismo (+ -)
Predatismo (+ -)
Amensalismo (+ -)
O sinal (+) indica vantagem para a espécie, o sinal (-) indica prejuízo para a espécie, e o sinal (0) indica que a espécie não é beneficiada nem prejudicada.


Interações Harmônicas
As interações intra-específicas harmônicas são aquelas que ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, como a colônia, onde os indivíduos apresentam ligação anatômica, podendo ou não apresentar divisão de trabalho entre os indivíduos.
Na sociedade, os indivíduos não estão ligados anatomicamente, mas apresentam divisão de trabalhos entre eles. As figuras a seguir mostram exemplos destas associações.


A vida da coméia. (a) Operárias trabalhando em células de armazenamento de mel e de pólen. O mel é feito de néctar processado por enzimas especiais presentes nos corpos das operárias e espessado pela evaporação durante o engolimento e a regurgitação repetidos. (b) Rainha especionando uma célula antes de nela pôr um ovo. (c) Larvas reais, nutridas de geléia real durante as fases iniciais do seu desenvolvimento. Essas larvas são as futuras rainhas. (d) Outra tarefa da operária é o condicionamento do ar. Nesta figura vê-se uma operária batendo as asas para resfriar a colméia.
As interações interespecíficas harmônicas ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes.
No mutualismo as espécies participantes são beneficiadas mutuamente, sendo a interação obrigatória para a sobrevivência das espécies. As figuras a seguir mostram alguns exemplos de mutualismo.





Raiz de feijão soja, com numerosos nódulos, formados por uma espécie de gênero Rhizobium.

Liquens são associações de algas e fungos. Estes organismos mantêm uma relação de alta dependência, da qual ambos auferem benefícios. Em A, liquens crescendo sobre ramos de árvores; em B, aspecto microscópico do líquen mostrando células da alga e do fungo (segundo Bold).
Na interação de cooperação ou protocooperação também existem benefícios para as espécies participantes, mas não é obrigatória para a sobrevivência das espécies.
A figura a seguir mostra exemplo de cooperação entre diferentes espécies.

Interação de cooperação entre caranguejo paguro e anêmona.

As interações de comensalismo, inquilinismo e epifitismo serão estudadas dentro de um mesmo grupo onde uma espécie é beneficiada e a outra é neutra, não sendo beneficiada nem prejudicada. Muitas vezes estas interações são caracterizadas como sendo uma relação alimentar no comensalismo, uma relação onde uma espécie usa outra para proteger-se como no caso do inquilinismo ou no caso de uma planta vivendo sobre outra, usando-a como suporte, é chamada de epifitismo.

As figuras a seguir mostram as interações mencionadas acima.

Relação de comensalismo entre o tubarão e rêmora.
Relação de inquilinismo entre pepino-do-mar e peixe-agulha.

Interações Desarmônicas

A interação do tipo competição pode ocorrer entre indivíduos da mesma espécie ou entre indivíduos de espécies diferentes, quando dependem dos mesmos fatores ambientais para sua sobrevivência como mesma fonte de alimento, mesmo espaço.
Quando a competição é interespecífica, verificamos que as espécies possuem o mesmo nicho ecológico.
Os gráficos a seguir mostram o resultado da experiência de Gause - "Princípio da exclusão competitiva de Gause", com a competição entre duas espécies de paramécios.
Competição entre duas espécies de Paramecium.


No parasitismo, normalmente o parasita é menor que o hospedeiro, podendo viver dentro ou fora deste último, sendo chamado respectivamente de endoparasita e ectoparasita. A interação entre o parasita e o hospedeiro é bem específica como no caso de vermes que parasitam a espécie humana e bovinos, bactérias e vírus que parasitam animais e vegetais.
No predatismo, o predador normalmente é maior que sua presa, matando-a para alimentar-se, mas a relação nem sempre é específica como no parasitismo.
O predatismo quando ocorre entre animais herbívoros e vegetais pode ser chamado de herbivorismo. As figuras a seguir mostram exemplos de predatismo.


cutia
onça
cachorro-do-mato
A cutia e seus predadores.


No caso do amensalismo ou antibiose, uma espécie inibe o crescimento ou a permanência de outra espécie no ambiente, como ocorre no fenômeno da maré vermelha ou quando fungos liberam antibióticos no ambiente eliminando bactérias sensíveis à ação destas substâncias que podem inibir a síntese protéica ou a reprodução das bactérias.

ECOLOGIA

Ecologia (1): O que é ecologia e o que ela estuda

Maria Sílvia Abrão, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Ecologia é uma palavra de origem grega. Nela, juntam-se as palavras "eco" ("oikos"), que pode significar casa e "logos" que quer dizer "saber", "estudar". Trata-se, portanto, do estudo do local onde vivemos, ou seja, ecologia é a ciência que estuda os seres vivos em "suas casas", no meio em que vivem.

Para muitos pesquisadores a palavra ecologia foi introduzida em nosso vocabulário por Ernest Haeckel, no ano de 1866. Para Haeckel, ecologia é o estudo da economia da natureza, o estudo da relação dos seres vivos (animais, plantas...) com seu ambiente.

Um pouco de história sobre ecologia
Na pré-história o homem vivia em pequenas tribos, nômades, coletoras e caçadoras. Para garantir sua sobrevivência, desde as mais antigas civilizações, o homem tem se preocupado em compreender o ambiente onde vive. Procurou entender as forças da natureza, as relações dos animais, o ciclo das plantas...

Assim, por exemplo, ele relacionou as variações climáticas com as alterações na vegetação e nos hábitos dos animais, o que conduziu ao aparecimento da agricultura.

A evolução das sociedades humanas na Terra está intimamente ligada à busca de fontes energéticas pelo homem. A primeira fonte utilizada foi a energia solar (radiante). Com o domínio do fogo, uma nova fonte energética, o homem aprimorou a cerâmica. Passou também a trabalhar com metais e com eles fabricar ferramentas mais eficientes, ampliando o seu domínio sobre a natureza de um modo geral.

Com o crescimento populacional e o desenvolvimento da agricultura, o homem passou a viver em sociedades maiores. As cidades foram criadas, a divisão de trabalho aumentou, os transportes terrestres e marítimos se desenvolveram. A necessidade de organizar a produção se fez sentir de modo cada vez mais forte.

No século 18. foi inventada a máquina a vapor e iniciou-se a Revolução Industrial, o que acelerou muito o processo de produção.

Fontes de energia
A necessidade do uso de lenha como fonte energética levou a sua escassez em algumas regiões. Novas fontes de energia passaram a ser buscadas e utilizadas. A partir do século 16, com a urbanização acelerada, a extração de carvão mineral se expandiu.

No século 19, o homem conheceu e aprendeu a lidar com a eletricidade. Criou a lâmpada, a usina hidroelétrica, o motor elétrico e o trem elétrico. Apareceram também os motores à combustão e com isso os primeiros automóveis.

Desde o início do século 20, a humanidade tem transformado o nosso planeta de forma drástica. O crescimento industrial, agrícola, as inovações tecnológicas, o consumo de bens e recursos têm interferido profundamente no meio ambiente. Surgiram então os grandes problemas ambientais.

Problemas ambientais
Em função de problemas como a poluição, o efeito estufa e as mudanças climáticas, faz-se necessário conhecer melhor o meio em que vivemos para podermos continuar sobrevivendo na Terra. O estudo da ecologia tornou-se, na atualidade, uma questão de sobrevivência.

Alguns setores da sociedade tomaram consciência do problema e passaram a promover discussões na busca de um desenvolvimento que proteja e preserve os recursos naturais e a qualidade de vida da população. Porém, as melhorias nesse sentido ainda são insuficientes.

Desde então, a palavra ecologia passou a ser amplamente utilizada nos meios de comunicação, em vários sentidos. Fala-se muito em atividades ou produtos ecológicos - turismo ecológico, detergente ecológico, etc. A palavra ecologia entrou na moda.

Não confunda ecologia com meio ambiente
É correto falar preserve o meio ambiente. No entanto, por vezes, nos deparamos com a expressão: "Preserve a ecologia". Como é possível preservar o estudo das relações dos seres viventes entre si e com os demais componentes do ambiente vivos e não vivos? Podemos valorizar esse estudo, divulgá-lo, desenvolvê-lo, mas o que se quer preservar é o meio, o ambiente e não a ecologia propriamente dita.

Fala-se também de produtos ecológicos: sabão ecológico, roupa ecológica, aquecedor ecológico, passeio ecológico... Afinal, o que é ser ecológico?

"Ecológico" é um adjetivo relativo ou pertencente à ecologia. Sendo assim, tudo o que se refere ao ambiente dos seres vivos é ecológico. Então, todo o produto ou serviço que cumpre as normas de proteção ambiental, desde o início de sua produção até o seu descarte é um produto ecológico.

Ecologia é assunto de interesse público
A ecologia é também foco de interesse público. Para se tomar certas decisões político-administrativas muitas vezes recorre-se à ecologia. Regiões de terras próximas a nascentes de rios ou a encostas marítimas são ou não liberadas para ocupação humana após uma avaliação do impacto ambiental que isso poderá gerar.

Como ciência pura, a ecologia procura entender os desequilíbrios, o equilíbrio e as modificações da matéria e da energia na natureza. Como ciência aplicada a ecologia procura descobrir como as condições essenciais para a vida podem ser mantidas atualmente.

19 de mai. de 2013

Estímulos elétricos no cérebro ajudam alunos a fazer cálculos, diz estudo

A aplicação de estímulos elétricos de alta frequência no cérebro poderia aumentar as habilidades matemáticas de uma pessoa por até seis meses, segundo pesquisadores da Universidade de Oxford.
Essas foram as conclusões de um estudo publicado na revista Current Biology que defende que tal efeito é conseguido por meio de uma técnica conhecida em inglês como "transcranial random noise stimulation", ou TRNS (algo como "estimulação transcraniana por ruído difuso").
 
Segundo seus coordenadores, tal técnica poderia ajudar quem sofre de doenças neurodegenerativas, teve um acidente vascular cerebral ou tem dificuldade de aprendizagem.
Estima-se que de 5% a 7% da população sofra de um distúrbio de aprendizagem conhecido como discalculia, que dificulta a realização de cálculos aritméticos. De acordo com os pesquisadores de Oxford, os portadores de tal distúrbio estão entre os que poderiam se beneficiar dessa nova técnica de estimulação cerebral.
A TRNS consiste na aplicação de estímulos elétricos em áreas específicas do cérebro por meio de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo. De acordo com os coordenadores do estudo, trata-se de um método relativamente novo, indolor e não invasivo.

Testes

Para testar os efeitos da técnica, 51 estudantes da Universidade de Oxford foram divididos em dois grupos e, por cinco dias, submetidos a exames de aritmética que testaram sua habilidade de fazer cálculos e memorizar números. Um dos grupos recebeu estimulação por TRNS e o outro não.
Não houve diferenças significativa no desempenho dos dois grupos logo no início do estudo, mas com a TRNS, o primeiro grupo acabou melhorando sistematicamente sua performance ao longo dos cinco dias.
Além disso, seis meses mais tarde, quando os participantes do estudo foram avaliados novamente, o grupo que havia sido submetido ao tratamento de TRNS continuou a ter "um desempenho superior".
"(Nos indivíduos que receberam o estímulo), o desempenho em ambas as tarefas de cálculo e de memorização melhorou ao longo desses cinco dias - e as melhorias foram mantidas por até seis meses após o experimento", disse Roi Cohen Kadosh, coordenador do estudo e pesquisador do departamento de psicologia experimental da Universidade de Oxford.
"Também fizemos imagens dos cérebros (dos participantes do estudo) que sugerem que a TRNS aumenta a eficiência com a qual algumas áreas cerebrais usam seus suprimentos de oxigênio e nutrientes."
Em um estudo anterior, Kadosh e seus colegas haviam mostrado que um outro tipo de estimulação cerebral poderia melhorar a capacidade das pessoas memorizarem novos números.
Segundo o pesquisador, a diferença é que a TRNS também melhora a capacidade dos que recebem o estímulo para somar, subtrair ou multiplicar uma sequência de números.

Ressalva

Kadosh diz que é importante identificar eventuais desvantagens desta e de outras formas de estimulação elétrica transcraniana, garantindo, por exemplo, que estimular uma capacidade cognitiva não cause danos em outras.
Para Michael Proulx, professor de psicologia na Universidade de Bath, os resultados do estudo são de grande importância e podem ter um impacto prático significativo.
"(Tal estudo) reforça a ideia de que a estimulação do cérebro pode contribuir para o treinamento cognitivo. (A TRNS) não se trata de uma panaceia que faz o cérebro funcionar melhor de maneira geral, mas sim de uma técnica que ajuda a reforçar os esforços de aprendizagem", diz Proulx.
 
BBC

3 de mai. de 2013

O vício de comer existe?


Cientistas que se debruçam sobre as pesquisas em torno dos vícios estão divididos quanto ao problema das pessoas que comem demais: o distúrbio realmente existe? Se sim, como poderia ser tratado? E ainda: a compulsão por se alimentar excessivamente poderia estar contribuindo para o aumento da obesidade ao redor do mundo?
Tentar controlar um vício pode ser algo extremamente penoso, como qualquer pessoa que já tentou parar de fumar ou beber pode testemunhar.

Mas medidas como essas nem sempre são bem sucedidas e muito frequentemente levam a recaídas.Uma das técnicas mais usadas é evitar o objeto do vício, abandonando visitas a bares ou parando de estocar cigarros em casa, por exemplo.
Mas o que fazer quando você é viciado em algo que deve ter em casa e que, pior ainda, que você tem que consumir três vezes por dia?

Pesquisa

À medida em que os níveis de obesidade aumentam, a comunidade científica debate se o hábito de comer de forma compulsiva pode ser definido como um vício.
A União Europeia financiou um projeto chamado NeuroFAST para reunir todas as evidências encontradas.
Eles são cautelosos. Até agora há apenas um tipo de distúrbio alimentar que pode envolver vício: a compulsão alimentar, um problema caracterizado pelo consumo exagerado de alimentos geralmente associado à obesidade.
O ato de comer de forma compulsiva causa danos psicológicos e físicos assim como outros tipos de vício.
Michael é uma das pessoas com as quais eu conversei para a minha pesquisa. Ele é um profissional articulado, qualificado e já foi um glutão compulsivo.
Sally Marlow (Arquivo Pessoal)
Sally Marlow pesquisa sobre alcoolismo no Instituto de Psiquiatria do King's College London
"É difícil para os outros entenderem", diz ele. "Todo mundo que come demais acha que compulsão por comida é apenas uma versão maior disso. Mas é uma experiência completamente diferente, é uma obsessão diária, de minuto a minuto, para obter a susbtância, a comida", explica.
"É um inferno estar nesta situação", diz Michael.

Perda de controle

Louise, outra participantes do estudo, faz um depoimento convincente sobre como o vício pode agir em pessoas que comem demais. Ela também tinha problema relacionados a alcoolismo e entende muito bem os mecanismos do vício.
"O que eu acho mais interessante são as semelhanças no comportamento", diz ela.
"Como alcóolatra, eu frequentava lojas diferentes para comprar bebida para que as pessoas não me reconhecessem. E fazia o mesmo quando comprava chocolate. Assim como alcóolatras escondem garrafas de bebida, eu entrava escondida em casa com comida, colocava em lugares onde ninguém via”.
A médica Nora Volkow, neurocientista e diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, acredita que há processos claros que desencadeiam o que Michael e Louise descrevem.
Ela descobriu que um neurotransmissor chamado dopamina, relacionado a vários tipos de vício, se comporta da mesma forma nos cérebros de obesos e de viciados em drogas.
Na sua avaliação, isto é uma prova de que comida ou o ato de comer pode ser viciante.

Responsabilidade

Mas nem todo mundo concorda. A professora Jane Ogden, psicóloga da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha, acredita que o rótulo de vício pode ser prejudicial para quem tem compulsão por comida porque isenta a responsabilidade pessoal e dificulta a recuperação.
"O mundo dos vícios transmite a narrativa de que você não tem controle, de que componentes do seu cérebro estão pedindo por mais açúcar ou chocolate", diz ela.
Mas se comer for como outros tipos de vício, nós deveríamos, em teoria, observar avanços nos tratamentos. No geral, tratamentos para vícios têm como objetivo criar abstinência ou reduzir os danos, por exemplo, ao receitar metadona ou chiclete de nicotina.
Para os que optam pela abstinência, um modelo testado é o programa de 12 etapas desenvolvido pelos Alcóolicos Anônimos, que também tem uma versão para viciados em drogas, Narcóticos Anônimos, e em jogos, os Jogadores Anônimos.
Há 20 anos, as pessoas relutavam em reconhecer que jogar pode se tornar um vício. Hoje, já há uma grande aceitação desta ideia.

Disciplina

Michael e Louise são ambos membros do grupo "Overeaters Anonymous" (ou Glutões Anônimos, em tradução livre), que atende pessoas com compulsão por comida e segue o mesmo modelo de outros grupos deste tipo.
Não há como se abster de comida, é claro, mas é possível parar de comer demais.
Para Louise, abstinência significa fazer três refeições saudáveis por dia, sem trigo e chocolate. Já o programa desenvolvido para Michael é definido por seu orientador, que define o que ele pode comer.
Outros técnicas são mais radicais.
No caso da compulsão alimentar, o corpo pode ser alterado pela cirurgia bariátrica, que consiste em instalar uma anel gástrico para restringir o volume do estômago.

Silicone aumenta chance de morte por câncer de mama, diz estudo


Mulheres com implantes de silicone nos seios e que desenvolvem câncer de mama têm mais chances de morrer da doença, sugere uma pesquisa canadense.

Os autores da pesquisa, o epidemiologista Eric Lavigne e o professor Jacques Brisson, ambos da Universidade de Quebec, analisaram os resultados de 12 estudos publicados desde 1993 nos Estados Unidos, Canadá e no Norte da Europa.Segundo o estudo, divulgado na publicação britânica British Medical Journal, as próteses não são as causadoras dos tumores, mas dificultam o diagnóstico do câncer em seus estágios iniciais.
Eles concluíram que mulheres com silicone tem 26% mais chances de serem diagnosticadas com câncer nos estágios avançados da doença - justamente porque a prótese impediu o diagnóstico no estágio inicial. Uma análise de cinco estudos mostrou que a chance de morte entre pacientes com prótese aumenta 38%.

Cautela

O estudo afirma que a presença do silicone dificulta a identificação do câncer por exames de raio-X e mamografias. Em contrapartida, o implante pode facilitar a detecção manual dos tumores porque fornece uma superfície contra a qual o nódulo se apoia.
"A pesquisa sugere que a cirurgia cosmética para aumento dos seios pode prejudicar o índice de sobrevivência entre mulheres que posteriormente são diagnosticadas com câncer de mama", afirmaram os pesquisadores.
No entanto, eles ponderam que os resultados devem ser interpretados com cautela, porque os dados de alguns estudos não se encaixam nos critérios da meta-análise, um método de pesquisa que tenta combinar resultados de estudos independentes sobre um único tema.
Os canadenses defendem a necessidade de mais estudos para investigar os efeitos a longo prazo dos implantes cosméticos de mama na identificação e prognóstico de câncer.
Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, em 2011 foram realizadas quase 149 mil cirurgias de aumento dos seios no Brasil, colocando o país atrás somente dos Estados Unidos no ranking do número de mulheres que realizam a cirurgia. Em todo o mundo, foram 1,2 milhão de cirurgias.

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