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7 de abr. de 2010

Cílios


As estruturas responsáveis pela motilidade celular são constituídas por pequenos apêndices, especialmente diferenciados, que variam em número e tamanho. Se são escassos e longos recebem o nome de flagelos, ao passo que se são numerosos e curtos são denominados cílios.

O batimento ciliar é uma forma exaustivamente estudada de movimento celular. Os cílios são apêndices finos, semelhantes a cabelos com O,25 micromêtros de diâmetro, contendo no seu interior um feixe de microtúbulos; estendem-se a partir da superfície de muitos tipos de células e são encontrados na maioria das espécies animais, em muitos protozoários e em algumas plantas inferiores. A função primária dos cílios consiste em movimentar fluido sobre a superfície celular ou deslocar células isoladas através de um fluido. Os protozoários, -por exemplo, usam os cílios tanto para coletar partículas de alimento como para locomoção. Nas células epiteliais que revestem o trato respiratório humano, um número gigantesco de cílios ( 109 /cm2 ou mais) limpam as camadas de muco contendo partículas de poeira e células mortas em direcão à boca, onde serão engolidas ou eliminadas. Os cílios também auxiliam no deslocamento do óvulo pelo oviduto e, uma estrutura relacionada, o flagelo, impulsiona os espermatozóides.


Desenho mostrando as diferenças de movimentos entre o cílios e o flagelo.

Áreas ciliadas se curvam em ondas unidirecionais coordenadas (Figure acima). Cada cilio se move com um movimento de chicote: uma batida para a frente, na qual o cilio se estende totalmente golpeando o líquido circundante, seguida por uma fase de recuperação, na qual ele retorna à sue posição original com um movimento de enrolamento que minimize o arrasto viscoso. Os ciclos dos cilios adjacentes são quase sincrônicos criando um padrão ondulatório de batimento ciliar que pode ser observado ao microscópio. Os flagelos dos espermatozóides e de muitos protozoários são muito semelhantes aos cilios na sua estrutura interna, mas normalmente são muito mais longos. Ao invés de descreverem movimentos de chicote, se movem em ondas quase-sinusoidais (Figure acima). No entanto, a base molecular para seu movimento é a mesma da dos cíilios. Deve ser registrado que os flagelos das bactérias são completamente diferentes dos cíilios e flagelos das células eucarióticas. O movimento de um cíllio ou de um flagelo é produzido pela curvature de seu núcleo, chamado axonema. O axonema é composto por microtúbulos e suas proteinas associadas. Os microtúbulos estão modificados e dispostos num padrão, cujo aspecto curioso e diferente foi uma das revelações mais extraordinárias no inicio da microscopia eletrônica: nove microtúbulos duplos especiais estão dispostos formando um anel ao redor de um par de microtúbulos simples (ver figura). Este arranjo de "9 + 2" é caracteristico de quase todas as formas de cílios ou flagelos eucarióticos- desde protozoários até humanos. Os microtúbulos se estendem de modo contínuo, ao longo do comprimento do axonema que, normalmente possui 10 micromêtros de comprimento, mas, em algumas células, pode alcançar 200 um. Enquanto cada membro do par de microtúbulos individuals (o par central) é um microtúbulo completo, cada um dos pares externos é composto por um microtúbulo completo e outro parcial, mantidos unidos, compartilhando uma parede tubular comum. Em secções transversals, cada microtúbulo completo parece formado por um anel de 13 subunidades enquanto o túbulo incompleto parece possuir somente 11.


Diagrama das partes constituintes de um cílio ou flagelo

Os microtúbulos de um axonema estão associados com numerosas proteínas, que se projetam a distancias regulares ao longo do seu comprimento. Algumas servem para manter os feixes de túbulos unidos através de pontes transversais. Outras geram a força que dirige o movimento de curvatura, enquanto outras formam um sistema de revezamento ativado mecanicamente que controle o movimento de modo a produzir a forma da onde desejada. A mais importante dessas proteínas é a dineina ciliar, cujas cabeças interagem com microtúbulos adjacentes e geram uma força de deslizamento entre eles. Devido as múltiplas pontes que mantém unidos os pares de microtúbulos adjacentes, o que seria um movimento de deslizamento entre microtúbulos livres, transforma-se em movimento de curvature do cílio .

Tal como a dineína citoplasmátic a, dineína ciliar possui um domínio motor que hidrolisa ATP e se move ao longo de um microtúbulo na direção de sue extremidade "menos", e uma cauda que transporte a carga que, neste cave, é um microtúbulo adjacente. A dineína ciliar é consideravelmente maior do que a dineína citoplasmática, tanto no tamanho de sues cadeias pesadas como no número e na complexidade de sues cadeias polipeptídicas. A dineína do flagelo da alga verde unicelular Chlamydomonas, por exemplo, é formada por 2 ou 3 cadeias pesadas (existem múltiplas formas de dineína no flagelo) e por 10 ou mais polipeptídeos menores . Notar (Figura acima) que a cauda da dineína (em vermelho) ciliar liga-se somente ao túbulo A e não ao túbulo B, cuja estrutura é levemente diferente.


Micrografia eletrônica de secções transversal e vertical de um cílio

Os flagelos e cílios crescem a partir de Corpúsculos Basais que estão intimamente relacionados com os Centríolos.

Se os dois flagelos da alga verde Chlamydomonas forem removidos, eles se formam rapidamente de novo por alongamento a partir de estruturas chamadas corpúsculos basais. Os corpúsculos basais possuem a mesma estrutura dos centríolos que são encontrados embutidos no centro dos centrossomos das células animals. De fato, em alguns organismos, os corpúsculos e os centríolos parecem ser funcionalmente interconversíveis: por exemplo, durante cada mitose da Chlamydomonas, os flagelos são reabsorvidos e os corpúsculos basais se movem para o interior da célula e inserem-se nos pólos do fuso. Os centríolos e os corpúsculos basais são estruturas cilíndricas, com 0,2 um de largura e 0,4 um de comprimento. Nove grupos de três microtúbulos, fundidos em tripletes, formam a parede do centríolo e cada triplete se incline para dentro como as lâminas de uma turbine (Ver Figura). Tripletes adjacentes ligam-se ao longo de seu comprimento a intervalos regulares, enquanto tênues raios protéicos podem ser vistos em micrografias eletrônicas irradiando-se para fore de cada triplete a partir de um núcleo central, formando um padrão semelhante a uma rode de carroça (veja Figura). Durante a formação ou a regeneração de um ci1io, cada par de microtúbulos do axonema se forma a partir de dois dos microtúbulos do triplete do corpúsculo basal e, desta forma, a simetria característica de 9 elementos é preservada. Não se sabe como o par central se forma no axonema; essa estrutura não é encontrada nos corpúsculos basais.

Micrografia eletrônica de uma secção transversal de dois corpúsculos basais no córtex de um protozoário. Desenho esquemático da vista lateral de um corpúsculo basal, constituído por nove tripletes de microtúbulos. A estrutura de um centríolo é essencialmente a mesma.

Fonte: www.hurnp.uel.br

Gregg Valentino - O homem cujos braços explodiram - Parte 2

Gregg Valentino - O homem cujos braços explodiram - Parte 1

6 de abr. de 2010

Apoptose celular



Por definição, Apoptose ou Morte Celular Programada é um tipo de "autodestruição celular" que requer energia e síntese protéica para a sua execução. Está relacionado com a homeostase na regulação fisiológica do tamanho dos tecidos, exercendo um papel oposto ao da mitose. O termo é derivado do grego "apoptwsiz", que referia-se à queda das folhas das árvores no outono - um exemplo de morte programada fisiológica e apropriada que também implica em renovação.
Fisiologicamente, esse suicídio celular ocorre no desenvolvimento embrionário, na organogênese, na renovação de células epiteliais e hematopoiéticas, na involução cíclica dos órgãos reprodutivos da mulher, na atrofia induzida pela remoção de fatores de crescimento ou hormônios, na involução de alguns órgãos e ainda na regressão de tumores. Portanto consiste em um tipo de morte programada, desejável e necessária que participa na formação dos órgãos e que persiste em alguns sistemas adultos como a pele e o sistema imunológico.
Apoptose: Sequencia de eventos
Seqüência de eventos na apoptose. Através de um mecanismo ainda desconhecido, o estímulo apoptótico ativa a expressão de "genes letais" que induzirão a síntese e ativação de uma endonuclease Ca+2 e Mg+2 dependente e de uma transglutaminase. A endonuclease causará a fragmentação internucleossômica do DNA, levando ao clássico "padrão em escada" na eletroforese em gel de agarose. A transglutaminase aumenta as ligações cruzadas das proteínas celulares, aumentando a estabilidade da membrana plasmática, limitando assim o vazamento de constituintes citoplasmáticos durante a fragmentação celular em corpos apoptóticos.
Ocorrência de apoptose fisiológica
-Apoptose Fisiológica
-Membranas interdigitais
-Desenvolvimento da mucosa intestinal
-Fusão do palato
-Involução normal de tecidos hormônio-dependentes
-Atresia folicular ovariana
-Leucócitos
-Maturação linfóide e prevenção de autoimunidade
-Citotoxidade
A apoptose é um processo rápido, que se completa em aproximadamente 3 horas e não é sincronizado por todo o órgão, portanto diferentes estágios de apoptose coexistem em diversas secções dos tecidos. Devido à taxa rápida de destruição celular é necessário que apenas 2 a 3% das células estejam em apoptose em determinado momento para que se obtenha uma regressão substancial de tecido, atingindo mesmo a proporção de 25% por dia
Diferenças básicas entre apoptose e necrose
Características
APOPTOSE Morte Celular Programada
NECROSE Morte Celular Acidental
Estímulo
Fisiológico (Ativação de um relógio bioquímico, geneticamente regulado) ou patológico.
Patológico (Agressão ou ambiente hostil).
Ocorrência
Acomete células individuais, de maneira assincrônica. Eliminação seletiva de células.
Acomete um grupo de células. Fenômeno degenerativo, conseqüência de lesão celular severa e irreversível.
Reversibilidade
Irreversível, depois da ativação da endonuclease.
Irreversível, após o "ponto de não retorno"- Deposição de material floculento e amorfo na matriz mitocondrial.
Ativação da Endonuclease
Sim, aparentemente Ca+2 e Mg+2 dependente, peso molecular varia entre 12 e 32 Kilodaltons.
Não.
Morfologia:
Célula
Enrugamento, projeções digitiformes da membrana celular e formação de corpos apoptóticos.
Tumefação celular, perda da integridade da membrana e posterior desintegração.
Adesões entre células e Membrana Basal
Perda (precoce).
Perda (tardia).
Organelas citoplasmáticas
Tumefação tardia.
Tumefação precoce.
Liberação de enzimas lisossômicas
Ausente.
Presente.
Núcleo
Convolução e fragmentação da membrana nuclear (cariorrexe).
Desaparecimento (picnose, cariorrexe e cariólise).
Cromatina Nuclear
Compactação em massas densas uniformes, alinhadas no lado interno da membrana nuclear (Crescentes).
Formação de grumos grosseiros e de limites imprecisos.
Fagocitose pelas células da vizinhança
Presente, antes mesmo da lise celular ("Canibalismo celular").
Ausente - Macrofagocitose pode ocorrer, após a lise celular.
Inflamação Exsudativa
Ausente. Não há liberação de componentes celulares para o espaço extracelular.
Presente, induzida pela liberação de componentes celulares para o espaço extracelular.
Formação de cicatrizes
Ausente.
Pode ocorrer, se a área de necrose for ampla.
Fragmentação do DNA
Internucleossômica, detectável em 1 ou 2 horas (máxima em 24 horas). Processo de "tudo ou nada ", de curta duração.
Aleatória.
Padrão na Eletroforese do DNA em gel Agarose
Em fragmentos com 180-200 pares de base ou múltiplo integrais, produzindo o típico "Padrão em escada ".
" Padrão em esfregaço".
Microscopicamente ocorre fragmentação nuclear e celular em vesículas apoptóticas. Diferente da necrose, não existe liberação do conteúdo celular para o interstício e portanto não se observa inflamação ao redor da célula morta. Outro fato importante é a fragmentação internucleossômica do DNA, sem nenhuma especificidade de seqüência, porém mais intensamente na cromatina em configuração aberta; conseqüência da atividade de uma endonuclease.
Essa fragmentação característica do genoma pode ser identificada in situ pela técnica de TUNEL (Terminal deoxinucleotidil transferase Uracil Nick End Labeling). Pode ser também facilmente visualizada laboratorialmente pela eletroforese do DNA em gel de agarose, produzindo o clássico "padrão em escada", com a formação de bandas contendo múltiplos de 180-200 pb
Apoptose induzida por agentes patogênicos
Categoria
Agente etiológico
Doenças imunossupressoras
HIV/SIDA Imunodeficiência dos Símios Leucemia Felina a vírus Imunodeficiência Felina a vírus Doença Infecciosa da Bolsa de Fabricio Doença de Newcastle
Toxinas
Gliotoxina Ricina Bleomicina Menadione Cycloheximide Toxina Diftérica Dioxina Ionoforos do Cálcio
Alterações circulatórias
Isquemia
Alterações da temperatura
Hipertermia
A necrose difere da apoptose por representar um fenômeno degenerativo irreversível, causado por um agressão intensa. Trata-se pois da degradação progressiva das estruturas celulares sempre que existam agressões ambientais severas
É interessante salientar que o mesmo agente etiológico pode provocar tanto necrose quanto apoptose; sendo que a severidade da agressão parece ser o fator determinante do tipo de morte celular. Vários agentes etiológicos já foram confirmados como indutores de apoptose, entre eles diversas viroses, isquemia, hipertermia e várias toxinas
Evidências recentes suportam o conceito de que o crescimento tumoral "in vivo" depende da evasão dos mecanismos homeostáticos de controle que operam via indução de morte celular por apoptose. A indução de apoptose seja através de mecanismos imunológicos, seja por outros mecanismos homeostáticos específicos, parece ser extremamente importante no processo de eliminação de células sofrendo transformação maligna. Danos não reparáveis no DNA (por mutações ou infecções virais) aparentemente iniciam o processo de apoptose. É importante salientar que muitos dos genes que condicionam a proliferação celular (chamados oncogenes e genes supressores de tumores) estão também envolvidos na iniciação do processo de apoptose e que a inibição por si só do processo fisiológico da apoptose leva à sobrevivência prolongada das células, favorecendo o acúmulo de mutações e a transformação maligna. Assim, a apoptose representa um mecanismo de eliminação seletiva de células cuja sobrevivência poderia prejudicar o bem estar do organismo.
Fonte: www.icb.ufmg.br
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vitaminas

1. Os sintomas a seguir numerados se referem aos efeitos mais marcantes da carência de algumas vitaminas no organismo humano. * I. Deformação no esqueleto e anomalias da dentição. II. Secura da camada córnea do globo ocular e deficiência visual em ambiente de luz fraca. III. Dificuldade de coagulação do sangue. IV. Inflamação da pele e das mucosas, com sangramento. Esses sintomas estão associados, respectivamente, à carência das vitaminas:
a) D, E, C e A
b) K, A, B e D
c) B, K, A e C
d) B, D, K e A
e) D, A, K e C

2. Nas longas viagens marítimas, durante a Idade Moderna, eram comuns, entre os marinheiros, surtos de escorbuto, doença que se caracteriza por hemorragias espontâneas nas mucosas, redução na ossificação e deficiência nos processos de cicatrização. Isso era devido à: *
a) longa exposição dos marinheiros à maresia.
b) longa exposição dos marinheiros ao sol tropical.
c) alimentação deficiente em vitamina C.
d) excessiva alimentação à base de peixe.
e) ingestão permanente de água poluída.

3। Os nomes químicos retinol, calciferol,
a e cianocobalamina referem-se às vitaminas: *
a) A - C - D - E
b) A - D - B1 - B12
c) D - E - PP - C
d) B1 - B2 - B6 - B12
e) C - A - D - E
4। As deficiências de vitamina A, tiamina, C e nicotinamida produzem, respectivamente: *

a) acrodinia, raquitismo, anemia, beribéri.
b) cegueira noturna, beribéri, escorbuto, pelagra.
c) deficiência de coagulação, cegueira noturna, raquitismo e pelagra.
d) pelagra, escorbuto, raquitismo, xeroftalmia.
e) xeroftalmia, beribéri, escorbuto, deficiência de coagulação।

5। As vitaminas são compostos orgânicos simples, presentes em pequena quantidade, porém essenciais à vida. A deficiência de qualquer uma delas pode levar a uma condição patológica específica ou a uma doença por deficiência, curável com a sua administração. Identifique a alternativa correta. *

a) A deficiência de vitamina K é responsável pelo raquitismo.
b) A vitamina C estimula a mobilização de cálcio e fosfato dos ossos, razão pela qual sua deficiência determina nanismo.
c) Deficiência no complexo B é responsável pelo escorbuto.
d) Deterioração progressiva dos nervos e paralisia muscular são condições resultantes da deficiência de vitamina B12.
e) A deficiência de vitamina A é responsável pela cegueira noturna।

6. "Os seres vivos contêm em si mesmos a informação através da qual criam a sua própria organização, e pela qual realizam as outras funções que lhes são características". * Qual é a alternativa que melhor se relaciona à afirmação contida no trecho acima?
a) A glicose.
b) Os sais minerais.
c) As vitaminas.
d) O ácido nucléico.
e) A proteína।

7. A hidrólise de ácidos nucléicos, as bases pirimídicas produzidas pelo RNA são: *
a) citosina e guanina.
b) adenina e uracil.
c) citosina e timina.
d) adenina e timina.
e) citosina e uracil।

8. Quantas pontes de hidrogênio se formam entre as bases do DNA guanina e citosina? *
9. No esquema, os números 1, 2 e 3 substituem, respectivamente: * DNA -----------1------------> DNA ---------2-------> RNA ------3------> Proteína
A) repressão gênica, transcrição, replicação;
B) replicação, tradução, transcrição;
C) amplificação gênica, repressão, tradução;
D) replicação, transcrição, tradução;
E) transcrição, replicação, tradução।

10। Indique os anticódons transcritos a partir dos seguintes códons: * ATG - CGT - TCA

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