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21 de fev. de 2012

Origem da vida


EXISTE VIDA NO PLANETA TERRA!

Das duas, uma: Ou a vida se formou aqui, a partir dos elementos quimicos que deram origem ao nosso planeta ("Geração Espontânea"); ou a vida veio de fora, em estágio de desenvolvimento que pode ter sido mais ou menos complexo ("Panspermia").
"A Origem da Vida" é uma das grandes questões científicas da Humanidade e tem sido abordada pelos mais ilustres pensadores há milênios.
Anaxágoras, precessor de Sócrates, advogava a favor da "Panspermia".
Aristóteles defendia a "Geração Espontânea". Foi ele o formulador da primeira teoria científica de origem da vida, que conhecemos. De acordo com sua teoria, existiriam dois princípios: um passivo, que é a matéria e outro ativo, que é a forma. Dentro de certas condições esses dois princípios se combinariam, originando a "vida". Assim se explicava como carne podre gerava larvas de moscas, por exemplo.
A teoria da Geração Espontânea tem tido a preferência da ciência há mais de 2.000 anos. Durante a idade média, contou com inúmeros ilustres defensores, tais como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, René Descartes e Isaac Newton. 
Um dos primeiros opositores de destaque à "teoria oficial" da Geração Espontânea foi o médico e naturalista florentino Francesco Redi (1626-1698). Em resposta a Aristóteles, Redi demonstrou experimentalmente que só aparecem larvas de moscas na carne podre, quando deixamos moscas pousar nessa carne.
A teoria da Geração Espontânea, tal como formulada por Aristóteles, só foi refutada definitivamente no século XIX, graças ao trabalho de Louis Pasteur. 
Com o reconhecimento que a vida provém sempre de outras formas de vida, Lord Kelvin, um dos mais importantes cientistas do final do século XIX, retomou a teoria da Panspermia, segundo a qual a vida teria sido "semeada" em nosso planeta, vinda do espaço.


Nas últimas décadas cresceram mais as dúvidas, que o nosso entendimento relativos à teoria da Geração Espontânea. Essa teoria continua sendo a mais aceita, menos por "evidências" a seu favor e mais pela nossa dificuldade no entendimento de certas questões básicas relativas à Panspermia (Como a vida poderia sobreviver à radiação emitida pelas estrelas e presente por toda Galáxia?; Como a vida poderia ter "viajado" até nosso planeta?; etc.)
No século passado a idéia "panspermica" resurgiu com força. Algumas teorias espetaculosas, tal como a "Panspermia Dirigida" de Francas Circo e Lesei Orle, foram muito discutidas, principalmente por seu forte apelo entre os amantes da ficção científica. Segundo esses autores, seres inteligentes pertencentes a outros sistemas planetários, teriam colonizado a Terra e provávelmente outros planetas. O grande argumento a favor dessa teoria estaria no fato do molibdênio, elemento raro no nosso planeta, ser essencial para o funcionamento de muitos enzimas chave do metabolismo dos seres vivos.

A Nova Panspermia

Fred Hoyle foi um dos maiores defensores da Panspermia. Juntamente com Chandra Wickramasinghe, formulou a "Nova Panspermia", teoria segundo a qual vida se encontra espalhada por todo o universo. "Esporos de vida" fazem parte das nuvens interestelares e chegam a planetas próximos às estrelas, abrigados no núcleo de cometas. Esses "esporos" já conteriam códigos que regeriam seus desenvolvimentos futuros.
Uma teoria para ser científica, deve, pelo menos em princípio, poder ser verificada na prática. 
Hoyle e Wickramasinghe, e agora apenas Wickramasinghe, têm procurado identificar os componentes presentes na poeira interestelar, através de "traços" que esses componentes possam ter deixado na radiação infravermelha emitida por essa poeira ou na absorção da luz visível que atravessa essas nuvens.
Através dessas análises, na década de 70, constataram a presença de "polímeros" complexos, especialmente moléculas de "poliformaldeídos" no espaço. (Essas moléculas estão fortemente relacionadas à celulose.) Hoyle e Wickramasinghe se convenceram que polímeros orgânicos representam uma fração significativa da poeira interestelar.
E seriam os cometas os semeadores desses esporos de vida através do universo?
A análise de meteoritos procurando a identificação de "vida fossilizada", tal como foi amplamente divulgada na década passada através dos estudos realizados sobre o meteorito de nome EETA79001 (de origem provável de Marte), está ainda longe de nos dar resultados conclusivos.
Mas essa questão pode estar próxima de ser definitavamente respondida. A "Agência Espacial Norte Americana" (NASA), através do programa "Stardust", pretende, ainda na década atual, colher e analisar amostras de núcleos cometários. Será a constatação "in loco" da existência ou não de vida nos cometas.
A primeira possível identificação de vida microscópica extraterrestre, entretanto, foi divulgada em julho passado. Falando em um congresso de especialistas em San Diego (EUA), Wickramasinghe apresentou resultados da análise de amostras de ar da estratosfera, colhidas por balões da "Organização de Pesquisas Espaciais Indiana" (ISRO).
Segundo Wickramasinghe, foram encontradas evidências muito fortes da presença de vida microscópica à altura de 41 km do solo; bem acima do limite máximo (16 km) onde é admitido o alcance natural de ar e outros materiais das camadas mais baixas da atmosfera.
Esses resultados atendem à Nova Panspermia. Vida na Terra não apenas teria chegado "a bordo" de cometas e material cometário, há bilhões de anos atrás, mas continua ainda hoje nos alcançando em grande quantidade.
Fonte: members.tripod.com
ORIGEM DA VIDA
Esta é uma pergunta que tem gerado diferentes respostas em diferentes épocas. A teoria da Abiogênese ou Geração Espontânea dizia que um ser vivo vinha de uma matéria bruta após ser influenciado por uma ação chamada princípio ativo. Qualquer coisa poderia ser o princípio ativo, como a água, a lama, a palha a madeira.
Van Helmont divulgou uma receita para criar camundongos aonde deveria ser colocada uma camisa suada em contato com gérmen de trigo, abandonada em um lugar escuro, após 21 dias, produziria ratos. Neste caso o princípio ativo seria o suor humano.

Francesco Redi

Foi o primeiro a contestar a abiogênese a partir de resultados de experiências

1° Experiência

Ele colocou enguias mortas em uma caixa aberta e após certo tempo vermes surgiram e devoraram a carcaça do animal. Quando estava apenas o esqueleto, os animais abandonaram a a caixa sem que Redi pudesse conhecer seu destino.

2° Experiência

Redi repetiu a experiência anterior, colocando as três enguias na caixa e dias depois estavam ceias de vermes, e para descobrir o destino dos vermes ele tampou a caixa e observou que alguns dias depois se ficaram imóveis e ovais e depois esses "ovos" eclodiram em moscas

3° Experiência

Ele repetiu a experiência só que desta vez com vários pedços de carnes e as colocou em 8 frascos de vidros. Quatro deles ficaram abertos e quatro ficaram fechados. Depois de alguns dias os frascos abertos estavam cheios de vermes e os que estavam fechados não possuiam vermes.

4° Experiência

Para evitar uma contestação de que os frascos fechados haviam quebrado o "pricípio ativo" quando obstruíram a entrada do ar, Redi repetiu a experiência cobrindo os frascos com uma gaze fina que que permitia a circulação do ar e impedia a penetração de moscas. Não surgiram vermes e ele confirmou a origem dos insetos e criou a concepção da Biogênese
Após alguns anos a teoria da Geração espontânea não havia sido esquecida. O naturalista Anton van Leeuwenhoek ao observar em um microscópio rudimentar a existência de microorganismos e como não havia explicação para o fato ficou reaberta a polêmica entre Biogênese e Abiogênese.
No século seguinte, em 1745, John Needhan revigorou a teoria da Abiogênese. Ele aqueceu um caldo nutritivo de frango, fechou-o e aqueceu eles novamente. Após alguns dias ele observou no microscópio que o clado estava repleto de microorganismos. Repetiu a experiência com outros meios de cultura e obteve o mesmo resultado. Isso foi o suficiente para defender a teoria da Geração Espontânea.
Vinte e cinco anos depois o padre Lazzaro Spallanzani repetiu as experiências de John Needhan só que desta fez fechou com mais cuidados os frascos e aqueceu aamostra por 1 hora. Nenhum microorganismo surgiu em mesês. Ele argumentou que John Needhan não havia aquecido o suficiente para matar os microorganismos. Needhan contra-argumentou dizendo que os frascos hermeticamente fechados e o aquecimento excessivo haviam quebrado o pricípio ativo. A teoria da Abiogênese se manteve até a segunda metade do século XIX
Entre os anos de 1860 e 1864, o cientista francês Louis Pasteur adaptou a experiência de Spallanzani. Colocou caldo de carbe em um balão de vidro com um longo gargalko, submetendo-o a um aquecimento prolongado seguido de um lento resfriamento (pasteurização). O caldo ficou completamente esterelizado. A seguir retorceu os gargalo do blão de vidro e deixou com forma de "s" criando o balão "pescoço de cisne". Pasteur não tampou o frasco permitindo o contato com o ar (derrubando o argumento de Needhan) .No entanto o líquido permaneceu estéril por meses. As curvas do pescoço do frasco funcionaram como um tipo de "filtro", impedindo a penetração de microorganismos que pudessem contaminar o caldo. Ele apresentou a experiência a Academia de Ciência e derrubou a Abiogênese e a Biogênese triunfou.
Com a consolidação da Teoria da Biogênese surgiram muitas perguntas sem respostas aparentes. Se todo ser vivo nasce de um pré-existente, quando e como surgiu a primeira forma de vida?
Para responder a esta e outras perguntas foram criadas outras teorias:
Panspermia Cósmica ou Panspermismo - Esta teoria explica que a vida sempre existiu no Universo. Teria se originado em outros planetas e chagado a Terra atraves de uma possível pressão de radiação emitida por partículas luminosas. Arrhenius denominou esta forma de vida de cosmozoários e Schultz de biógenos. Estas criaturas poderiam contaminar a superfície de qualquer planeta com condições básicas para a vida. Esta toria tem pouca aceitação.
A Hipótese Autotrófica - Os primeiros seres vivos seriam autotróficos (capazes de produzir seu próprio alimento). Os vegetais clorofilados e algumas bactérias podem produzir seu próprio alimento, mas para isso acontecer precisa ser um ser vivo complexo. E como dos mais simples originaram os mais complexos, os primeiros não poderiam ser autotróficos. Esta é uma teoria que não é aceita.
A Hipótese Heterotrófica - Esta é a teoria mais aceita e de acordo com esta teoria o primeiro ser vivo surgiu a partir da matéria bruta. E esta foi exposta a diversos fatores e condições, organizou-se de modo a fomar um ser bastante simples, incapaz de produzir seu próprio alimento, mas poderia retira-lo do meio ambiente.
A Quimiossíntese como origem da vida - Segundo o cientista Aleksandr I. Oparin em sua obra A Origem da Vida, os compostos, como aminoácidos, ácidos nucleicos, lipídios e carboidratos, teriam originado a partir de elementos da atmosfera, como o vapor d´água, hidrogênio, metano e amônia. A energia necessária para a síntese de tais substâncias seria fornecida pela raidação ultravioleta, por constantes descargas elétricas na atmosfera e pela elevada temperatura do Planeta. Para Oparin algumas substâncias de aspecto protéico presentes no oceano primitivo teriam formados agregados que tenderiam a desenvolver uma membrana. Denominados Coaservados futuramente iriam se aperfeiçoar e formar seres mais complexos e as primeiras formas de vida.
Stanley Miller interessou-se profundamente e desenvolveu um experimento onde construiu um aparelho que reproduziria as condições existentes na Terra Primitiva. O aparelho consistia em um balão de vidro em que Miller colocou os gases de Amônia, metano, vapor d´água e hidrogênio (como na atmosfera da terra primitiva). Submeteu os gases ao aquecimento elevado e a constantes descargas elétricas. O vapor d´água e o calor eram fornecidos através de um outro balão ligado ao aparelho contendo água em ebulição. Quando o vapor d´água circulava no aparelho, acabava condensando-se e precipitava-se novamente, simulando as chuvas. Uma semana após a circulação contínua dos gases no sistema, Miller coletou o produto que se acumulou em um reservatório e analisou-o resultando na presença de 1 carboidrato e 11 aminoácidos, sendo 4 deles abundantes nas proteínas encontradas nos seres vivos.
Quatro anos após a experiência Sidney W. Fox baseiu-se nos resultados de Miller e fez uma nova experiência, onde ele submeteu a um aquecimento proongado uma mistura seca de aminiácidos e, após um lento resfriamento, constatou que haviam se formado moléculas mais complexas, resultantes da união de vários aminoácidos. Os compostos formados tinham muitas características das proteínas encontradas nos seres vivos, podendo até serem decompostas por enzimas proteolíticas.
Os resultados de Miller e Fox serviram para refoçar o raciocínio de Oparin. A primeira forma de vida deveria ser unicelular, heterptrófica e sem ancestral vivo. Essas são algumas explições que procuram esclarecer a origem da vida, mas são teorias que podem ser reformuladas ou substituídas. No entanto, apesar de serem apenas teorias, é o que temos de mais significativo para tentar elucidar o mistério da origem da vida.

Características Gerais dos Seres Vivos

Composição Química Básica

Os seres vivos possuem os mesmos elementos que são encontrados na matéria bruta. Noe netanto apresentam os chamados compostos orgânicos (que são formados pela combinação do carbono com outros elementos). Podemos concluir que uma jarra de vidro que é muito maior que uma bactéria porem é formada por apenas 2 elementos (oxigênio e silício) já a bactéria é muito mais complexa mesmo sendo menor.

Níveis de Organização Estrutural

Os níveis de organização dos seres vivos é bem definido. Onde os atómos formam as moléculas, que formam as organelas, que formam a células, que formam os tecidos (epitelial, muscular), que formam os órgãos (fígado, estômago), que formm os sistemas orgânicos (boca, faringe), que formam o organismo.

Metabolismo

Quando estamos em repouso gastamos energia portanto quando estamos em alguma atividade gastamos mui mais energia. Precisamos de uma renovação contínua de substâncias que nos forneçam muita energia. Essa reposição é feita através da nutrição (anabolismo). A queima destes compostos ricos em energia, denominada respiração celular (catabolismo), resulta em liberação de energia. O conjunto de transformações físico-químicas entre matéria e energia que ocorre nos seres vivos é denominado matabolismo. Os processos de nutrição e respiração fazem parte do conjunto de eventos do metabolismo dos seres vivos. Observam-se dois tipos básicos de nutrição (autotrófica e heterotrófica) e da respiração (aeróbica e anaeróbica)

Nutrição Autotrófica

É realizada durante o dia pelas plantas verdes (clorofiladas), pelas algas e por certas bactérias. Estes seres usam substâncias minerais, como o gás carbônico, água e sais minerais minerais que estão disponíveis no ambiente para construírem todas as moléculas orgânicas do seu corpo (não dependem de outro ser vivo para sua sobrevivência). O ser utiliza a luz solar, as suas células clorofiladas, juntamente como o gás carbônico absorvido no ar e a água do solo para produzir a glicose (que é muito rica em energia).

CO2 + H2O --> (CH2O)N + O2 + H2O

Algumas batérias realizam a quimiossíntese (processo autotrófico) que não depende da clorofila ou da luz solar. Mas produzem a glicose para o próprio sustento. Para tanto utilizam energia de oxidação de um composto inorgânico.

Nutrição Heterotrófica

Os seres vivos que não podem sintetizar seu próprio alimento são chamados de heterotróficos. Eles retiram o seu próprio alimento de outros seres como o bife que você come (você incorpora as moléculas e não as produz como os vegetais clorofilados). Parte das moléculas orgânicas, obtidas pelos seres vivos através da nutrição, é utilizada na reparação de perdas orgânicas (renovação celular), mas, em especial, a glicose é "degradada" para a obtenção de energia. Para a utilização da energia contida nas moléculas de glicose, os seres vivos necessitam "queima-la". Essa "combistão" é denominada respiração celular, podendo ou não depender do oxigênio. Portanto, é possível diferenciar o processo dependente do oxigênio do não dependente.

Respiração Aeróbica

Quando você corre e seu ritmo respiratório aumenta, você vai precisar de mais energia e para ocorrer. As células musculares em atividade precisam de mais sangue rico em oxigênio para "quiemar" a glicose, que libera a energia do movimento. Esse processo também produz água e gás carbônico que normalmente são eliminados pelo organismo.

Respiração Anaeróbica

A respiração anaeróbica consiste em um processo de "queima" da glicose com um rendimento energético inferior ao da respiração aeróbica. Alguns fungos e bactérias realizam a respiração anaeróbica. Em vez de oxigênio eles usam enzimas que degradam a glicose, liberando energia e formando outras substâncias.
Fonte: www.unificado.com.br
De acordo com os cientistas, nosso planeta deveria ter sido uma enorme massa pastosa incandescente que ao longo do tempo se resfriou, desprendendo gases e vapores. Uma parte desses vapores, que deveria ser o vapor-d'água, à medida que se afastava da massa incandescente, resfriava-se e se transformava em água líquida, caindo em forma de chuva. Assim, repetindo-se por muitas vezes, a superfície da Terra foi se esfriando lentamente e grandes quantidades de água foram nela se acumulando.
Ao longo do tempo, ela sofreu muitas outras transformações. Os continentes, os oceanos e até a composição do ar mudaram para a Terra ser o que é hoje.

A Biosfera

A visão que se tem da Terra é mesmo fantástica!
A biosfera (bio = vida), a nossa "esfera de vida", é o ambiente onde vivemos, onde a vida surge e se mantém, brotando dos solos, penetrando nas águas e flutuando no mar. Ela é formada por três grandes porções: a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera.
A atmosfera (atmo = gás, vapor) é uma grossa camada de ar que abriga as nuvens e dá calor ao céu. Fornece o ar que respiramos e atua como um "cobertor", protegendo e cobrindo a Terra.
A hidrosfera (hidro = água) é formada por grandes quantidades de água na forma líquida: os rios, lençóis de água subterrâneos, lagos e oceanos. Esta porção fornece a água de que tanto precisamos. A hidrosfera apresenta também água no estado sólido (gelo) localizada nas regiões onde a temperatura é abaixo de zero graus Celsius, como nos pólos.
As montanhas, os desertos, as planícies, outras áreas de terra firme e até alguns quilômetros abaixo da superfície do solo fazem parte da litosfera (lito = pedra) ou crosta terrestre. Nossas riquezas naturais (ex: ouro, ferro, alumínio, petróleo, etc.) e outras matérias-primas para diversos fins nas indústrias são retiradas desta porção.
No entando, o ar, a água e o solo não são suficientes para nos manter vivos. Há outros fatores importantes para a vida, como a temperatura, a luz, a salinidade, a pressão, etc. É importante saber que, a quantidade de cada um desses fatores e o tempo de exposição aos mesmos variam em cada ambiente da Terra, proporcionando as mais variadas formas de vida. É só você imaginar os animais ou plantas que vivem em um deserto e compará-los com os que vivem nas florestas, que notará grandes diferenças de hábitos e características.

A forma e estrutura da Terra

Forma

Durante muito tempo, o homem teve dúvidas quanto ao formato da Terra. Somente depois de observar fenômenos naturais, como os navios que sumiam lentamente no horizonte, as posições das estrelas no céu e eclipses, o homem constatou que a Terra é "arredondada". Atualmente, fotos da Terra registradas por satélites, ônibus espaciais, ou pelos próprios astronautas da Apollo 11, que chegaram pela primeira vez à Lua em 20 de julho de 1969, não deixarm dúvidas quanto à sua forma.
O que há dentro da Terra? E lá bem no centro dela? Como descobrir isto se perfurações feitas pelo homem, com sondas, só chegaram a treze quilômetros de profundidade, quando a distância até o seu centro é de aproximadamente seis mil quilômetros?

Estrutura

Foi observando os vulcões e os terremotos, que o homem ficou sabendo o que havia no interior da Terra. Por enquanto, não se conseguiu efetivamente chegar ao seu centro. A dureza de certas rochas sob pressão e as altas temperaturas são as maiores dificuldades encontradas.
Então, para se saber o que há no interior da Terra, foram analisadas as amostras retiradas de perfurações e a própria lava dos vulcões. Mas, isso não foi suficiente. Os cientistas tiveram, então, que fazer estudos mais complexos. Passaram a estudar as vibrações produzidas pelos terremotos ou provocadas por explosivos ou, ainda, simulações feitas em laboratórios.
A viagem ao centro da Terra nos revela primeiramente uma casca que a envolve, a crosta terrestre ou litosfera. Esta primeira camada tem em média quarenta quilômetros de espessura, e é formada por várias placas, de onde surgem os continentes.
A segunda camada chamada manto ou pirosfera (piro = fogo), que está mais para dentro, é formada por rochas derretidas que formam o magma. Esta massa pastosa e em altíssima temperatura, quando expelida pelos vulcões, chama-se lava.
O núcleo ou barisfera (bari = pressão) é a camada mais interna. É formada por ferro em três formas. A primeira de ferro derretido (núcleo externo), a segunda por ferro em forma de vários cristais pequenos (zona de transição) e, bem no centro, em forma de um enorme cristal de ferro, (o núcleo interno).
Fonte: http://observatorio.ufmg.br
ORIGEM DA VIDA
Até hoje não existe uma resposta científica definitiva sobre a origem da vida no planeta. A primeira idéia foi a de que a vida teria vindo do espaço, fruto de uma "semente" de outro planeta. Hoje a hipótese mais difundida é a da origem terrestre. A vida surge há cerca de 3,5 bilhões de anos quando o planeta tem uma composição e atmosfera bem diferentes das atuais. As primeiras formas surgem em uma espécie de caldo de cultura resultante de complexas reações químicas e de radiação cósmica.

Quimiossíntese

É a hipótese de que as primeiras formas de vida na Terra estão condicionadas à existência prévia de compostos orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucléicos). A energia necessária para a síntese destes complexos seria fornecida pelas radiações ultravioleta e cósmica. Em 1936 Alexander Oparin propõe que a partir de gases da atmosfera primitiva formam-se os primeiros compostos orgânicos que evoluem naturalmente até originarem os primeiros seres vivos.

Teoria dos coacervados

Anos depois, Oparin diz que as moléculas protéicas existentes na água se agregam na forma de coacervados (complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.
Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br
Como todos os outros organismos, as plantas têm uma longa história evolutiva. O próprio planeta Terra – um aglomerado de pó e gases girando em torno da órbita de uma estrela que é o nosso Sol – tem 4,5 bilhões de anos. Os fósseis mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e consistem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. Estes fósseis foram encontrados em algumas das mais velhas rochas da Terra.
À medida que os acontecimentos vão sendo reconstituídos, conclui-se que estas primeiras células eram formadas por uma série de eventos aleatórios. Imagine a Terra envolta por gases que eram expelidos por um número incontável de vulcões. Esta atmosfera primitiva parece Ter sido composta basicamente por gases de nitrogênio, misturados com grande quantidade de dióxido de carbono e vapor de água. Estas três moléculas contêm os elementos químicos carbono, oxigênio, nitrogênio e hidrogênio, os quais compõem aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos vivos de hoje.
Através da fina atmosfera, os raios de sol iluminavam a áspera e nua superfície da jovem Terra, bombardeando-a com luz, calor e radiação ultravioleta. Moléculas de gases como o sulfeto de hidrogênio, amônia e metano também parecem Ter estado presentes na atmosfera primitiva. Ao contrario, o gás oxigênio, que agora perfaz aproximadamente 21% da nossa atmosfera, não foi formado até que os organismos vivos aparecessem e iniciassem a fotossíntese. Então as primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia ( sem oxigênio ).
À medida que a crosta da Terra foi resfriando e estabilizando-se, tempestades violentas ocorreram, acompanhadas de raios e descargas de energia elétrica. Substancias radioativas na Terra emitiam grandes quantidades de energia, e pedras derretidas e água fervente saíam do interior da superfície da Terra. A energia nes
ta vasta fornalha quebrava os gases da atmosfera e reorganizava-os em moléculas maiores e mais complexas. A luz ultravioleta banhava a superfície da Terra, quebrando ainda estas moléculas e gases e causando a formação de outras moléculas novas.
As teorias atuais propõem que os compostos formados na atmosfera primitiva tenderiam a ser precipitados desta pelas fortes chuvas, sendo coletados nos oceanos, que cresciam à medida que a Terra se resfriava. Usando os mesmos gases que teoricamente existiam naquela época, os pesquisadores fizeram experimentos nos quais eles simulavam as condições imaginadas naquele momento primitivo da Terra. Sob estas condições experimentais, formaram-se complexas moléculas orgânicas, semelhantes àquelas que são essenciais para a formação de toda a vida. Na Terra primitiva, os oceanos, e provavelmente pequenas piscinas próximas aos vulcões, se tornaram cada vez mais ricos na mistura de tais moléculas orgânicas.
Verifica-se que algumas moléculas orgânicas têm a tendência de se agregarem em grupos. Nos oceanos primitivos estes grupos provavelmente tinham a forma de gotículas, semelhantes às gotas formadas pelo óleo na água. Tais gotículas formadas por moléculas orgânicas aparentemente foram os primórdios das células primitivas, as primeiras formas de vida.
Segundo teorias recentes, estas moléculas orgânicas também serviram como fonte de energia para estas formas primitivas de vida. A célula primitiva ou estruturas semelhantes à célula eram capazes de utilizar estes compostos abundantes para satisfazer suas necessidades energéticas. À medida que elas evoluíram e se tornaram mais complexas, estas células eram cada vez mais capazes de controlar seu próprio destino. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subsequentes.
Células que satisfazem suas necessidades energéticas ao consumirem compostos orgânicos produzidos por fontes externas são denominadas heterotróficas ( do grego heteros, outros, e trophos, que come ). Um organismo heterotrófico é aquele que depende de uma fonte externa de moléculas orgânicas para obtenção de sua energia. Atualmente, esta categoria de organismos inclui todos os organismos vivos classificados como fungos ou animais e diversos organismos unicelulares – a maioria das bactérias e alguns protistas.
Fonte: www.bio2000.hpg.ig.com.br
ORIGEM DA VIDA

GERAÇÃO ESPONTÂNEA
FIXISMO, CRIACIONISMO E EVOLUCIONISMO

Quando o Homem se começou a dar conta dos seres vivos que o rodeavam, tornou-se necessário explicar o aparecimento destes, bem como o seu próprio aparecimento. Foi então que surgiram algumas teorias cujo objectivo era explicar o surgimento e desenvolvimento das espécies vivas.
Como se sabe, segundo algumas crenças, existe uma ou várias entidades todo-poderosas responsáveis pela criação de tudo o que conhecemos. Estas crenças, bem como a aparente ideia de que os animais, geração após geração, permanecem imutáveis, levaram ao aparecimento do princípio, que durante muitas centenas de anos foi tido como certo, de que a entidade toda poderosa era perfeita, pelo que tudo o que criava teria de ser perfeito também. Assim, surgiu a teoria fixista:
Fixismo: Esta teoria pretende explicar o surgimento das espécies, afirmando que estas surgiram sobre a Terra, cada qual já adaptada ao ambiente onde foi criada, pelo que, uma vez que não havia necessidade de mudanças, as espécies permaneciam imutáveis desde o momento em que surgiram. Deste modo, e de acordo com esta teoria, não haveria um antepassado comum. No entanto, para a explicação do surgimento das espécies primordiais há várias opiniões:
- Anaximandro (611-546 a.C.): Este autor considerava que os primeiros animais surgiram de uma "vasa marinha" a partir da qual surgiram todos os outros animais; o Homem teria surgido do ventre dos peixes.
Deste modo, desenvolveram-se dentro do fixismo outras teorias que pretendiam explicar o surgimento das espécies:

Geração espontânea

Segundo Aristóteles, autor desta teoria, e influenciado pela teoria platónica da existência de um mundo das imagens, afirmava que as espécies surgem por geração espontânea, ou seja, existiam diversas fórmulas que dariam origem às diferentes espécies. Isto é, segundo ele, os organismos podem surgir a partir de uma massa inerte segundo um princípio activo. (Por exemplo, nascer um rato da combinação de uma camisa suja e de um pouco de milho).
A geração espontânea permaneceu como ideia principal do surgimento das espécies devido à influência que as crenças religiosas incutiam na civilização ocidental, principalmente. Assim, a geração espontânea tornou-se uma ideia chave para a teoria que surgiria a seguir

Criacionismo

O criacionismo era visto por teólogos e filósofos de modos diferentes: os teólogos afirmavam que Deus, o ser supremo e perfeito, tinha criado todos os seres e, uma vez que era perfeito, tudo o que criava era perfeito também, pelo que as espécies foram colocadas no mundo já adaptadas ao ambiente onde foram criadas, e permaneceram imutáveis ao longo dos tempos; os filósofos, embora também apoiassem a criação das espécies por Deus, acrescentavam que, quando se verificava uma imperfeição no mundo vivo, esta devia-se ao ambiente, que era corrupto e mutável, portanto imperfeito.
Assim, e segundo esta teoria, o aparecimento de novas espécies eram impensável, bem como a extinção de outras.

Evolucionismo

O fixismo, embora fosse a ideia mais facilmente aceite, não prevaleceu para sempre, e foi ao longo dos tempos sendo substituído pelo evolucionismo. Esta ideia, como o nome indica, apoia o princípio que afirma que as espécies não permaneceram imutáveis ao longo dos milénios e que, portanto, evoluiram.
No entanto, o aparecimento das teorias evolucionistas apenas foi possível devido a algumas descobertas decisivas:
- A sistemática: Estudo e nomenclatura das espécies actuais
- A paleontologia: O estudo dos fósseis, que são registos valiosos das espécies que existiram em tempos antigos.

Século XIX - mecanismos de evolução

Este século foi um século de mudança, o século em que a visão de um mundo estático foi abolida. Isto deveu-se em parte devido a novos desenvolvimentos, que permitiram concluir que era a Terra que girava em torno do Sol e não vice-versa, foi a época dos descobrimentos, chegando ao mundo ocidental novas plantas e animais exóticos, surge a prova de que a Terra, ao contrário do que se pensava, tem milhões de anos. Foram também estabelecidos uma série de princípios, entre os que os quais: a uniformidade das leis naturais, pois estas mantêm-se em todo o espaço e em todo o tempo; o princípio das causas actuais, que diz que aquilo que ocorreu no passado continua a ocorrer actualmente; e o facto de a que maior parte das mudanças geológicas são lentas e graduais.
Foi então que pôde ser explicada a existência das lacunas estratigráficas: uma vez que a deposição de sedimentos que viesse dar origem a fósseis foi exposta a um agente erosivo, a camada formada não sobreviveu, pelo que não haverão determindos fósseis de espécies de transição.
Fonte: www.trabalhoescolar.hpg.ig.com.br
Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais de 2 000 anos por Aristóteles, era conhecida pôr geração espontânea ou abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação do material inanimado em seres vivos. 
O grande poeta romano Virgílio (70 a.C.-19 a.C.), autor das Écoglas e da Eneida, garantia que moscas e abelhas nasciam de cadáveres em putrefação. Já na Idade Média, Aldovandro afirmava que, o lodo do fundo das lagoas, poderiam, poderiam nascer patos e morcegos. O padre Anastásio Kircher (1627-1680), professor de Ciência do Colégio Romano, explicava a seus alunos que do pó de cobra, espalhado pelo chão, nasceriam muitas cobras.
No século XVII, o naturalista Jan Baptiste van Helmont (1577-1644), de origem belga, ensinava como produzir ratos e escorpiões a partir de uma camisa suada, germe de trigo e queijo.
Nesse mesmo século, começaram a surgir sábios com novas ideias, que não aceitavam a abiogênese e procuravam desmascará-la, com suas experiências baseadas no método científico.

Abiogênose X biogênese

Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam . Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.
A experiência de Redi favoreceu a biogênese, teoria segundo a qual a vida se origina somente de outra vida preexistente.
Quando Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), na Holanda, construindo microscópios, observou pela primeira vez os micróbios, reavivou a polêmica sobre a geração espontânea, abalando seriamente as afirmações de Radi.
Foi na Segunda metade do século passado que a abiogênese sofreu seu golpe final. Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, preparou um caldo de carne, que é excelente meio de cultura para micróbios, e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização, com aquecimento e resfriamento. Hoje, essa técnica é conhecida como "pasteurização".
Uma vez esterilizado, o caldo de carne era conservado no interior de um balão "pescoço de cisne".
Devido ao longo gargalo do balão de vidro, o ar penetrava no balão, mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo. Nenhum microrganismo poderia chegar ao caldo de carne. Assim, a despeito de estar em contato com o ar, o caldo se mantinha estéril, provando a inexistência da geração espontânea. Muitos meses depois, Pasteur exibiu seu material na Academia de Ciências de Paris. O caldo de carne estava perfeitamente estéril. Era o ano de 1864. A geração espontânea estava completamente desacreditada.

Como surgiu o primeiro ser vivo?

Desmoralizada a teoria da abiogênese, confirmou-se a idéia de Prayer: Omne vivium ex vivo, que se traduz por "todo ser vivo é proveniente de outro ser vivo". Isso criou a seguinte pergunta: se é preciso um ser vivo para originar outro ser vivo, de onde e como apareceu o primeiro ser vivo?
Tentou-se, então, explicar o aparecimento dos primeiros seres vivos na Terra a partir dos cosmozoários, que seriam microrganismos flutuantes no espaço cósmico. Mas existem provas concretas de que isso jamais poderia ter acontecido. Tais seres seriam destruidor pelos raios cósmicos e ultravioleta que varrem continuamente o espaço sideral.
Em 1936, Alexander Oparin propõe uma nova explicação para o origem da vida. Sua hipótese se resume nos seguintes fatos:
Na atmosfera primitiva do nosso planeta, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. 
Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioleta, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera. 
Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo. 
Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas. 
As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas" nas águas mornas dos mares primitivos. 
As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os coacervados. 
Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células. 
Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia. 
Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água. 
Oparin não teve condições de provar sua hipótese. Mas, em 1953, Stanley Miller, na Universidade de Chigago, realizou em laboratório uma experiência. Colocou num balão de vidro: metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Submeteu-os a aquecimento prolongado. Uma centelha elétrica de alta tensão cortava continuamente o ambiente onde estavam contidos os gases. Ao fim de certo tempo, Miller comprovou o aparecimento de moléculas de aminoácido no interior do balão, que se acumulavam no tubo em U.
Pouco tempo depois, em 1957, Sidney Fox submeteu uma mistura de aminoácidos secos a aquecimento prolongado e demonstrou que eles reagiam entre si, formando cadeias peptídicas, com o aparecimento de moléculas protéicas pequenas.
As experiências de Miller e Fox comprovaram a veracidade da hipótese de Oparin.
Fonte: members.tripod.com



Genética - introdução


Por certo que já várias vezes se juntaram duas aves na esperança de que produzissem crias da cor de um dos pais e no final se obteve quase todas as cores possíveis mesmo o queríamos.
Quando me refiro às cores é por acaso, pois podia fazê-lo em relação a variados factores como o porte, tamanho, qualidades reprodutoras, entre outros. A transmissão de certas características de pais para filhos é regida por leis que são a base da genética e devemos conhecer.
É importante saber que alguns factores são também ambientais e nem sempre é fácil dinstingui-los. Por exemplo uma ave que permaneça no ninho por dois meses (como alguns psitacídeos) se não tiver uma alimentação adequada particularmente em vitaminas e cálcio pode ficar com problemas de pernas. Agora imaginemos que essa ave era um macho com qualidades extraordinárias como uma nova cor de plumagem. Muita gente acabaria (?!)por não o usar na reprodução, mas o facto é que os problemas que ele mostra não são transmissíveis aos filhos pois a sua causa foi ambiental e, com uma alimentação correcta, quase de certeza que os seus descendentes não teriam quaisquer problemas de pernas.
Foi por situações semelhantes que algumas mutações ganharam fama de serem muito sensíveis ou até mesmo letais erradamente. Veja-se o caso dos mandarins de bochecha negra onde o cruzamento de dois recessivos ainda é "proibido" pelo surgimento de alguns indivíduos melanísticos que morriam sem deixar descendentes e por causas inteiramente ambientais, devidas a deficiências nutritivas.
Não quero dizer que podemos usar todos os reprodutores com problemas, não, pelo contrário!! Devemos é tentar perceber a causa desses problemas e certificarmo-nos que é genética e transmissível antes de eliminarmos aves com bom potencial genético. Para melhorar a qualidade das nossas aves é essencial eliminar algumas delas retirando os seus genes das linhas de reprodução, mas estas aves poderão facilmente preencher as necessidades de uma principiantes e são até por vezes muito boas.
Por exemplo em algumas linhas de mandarins não pretendo que existam gene recessivos para o factor malhado pelo que qualquer ave que seja portadora é eliminada (bem como os seus antepassados em algumas situações), mas ao mesmo tempo mantenho uma linha distinta de malhados. Os malhados são bons e desejáveis na minha linha de malhados, não nas outras!!
Todo o indivíduo é o resultado da interacção de genética e ambiente. Um bom exemplo disto são os canários de factor vermelho. Por muito boa que seja a genética dos pais se os filhos não receberem os suplementos necessários durante a muda nunca ganharão toda a cor pretendida. Este exemplo é perfeito para percebermos como as coisas se combinam, aqui a genética influencia o modo como o pigmento é absorvido e distribuido pela plumagem mas o ambiente é que controla a quantidade de pigmento que a ave tem para distribuir na plumagem. Suponhamos agora que o criador de esquecia de administrar os corantes necessários numa época mas sabia ter um bom cruzamento com resultados já dados em anos anteriores. Não era por os filhos serem laranjas que não poderia ficar com alguns para reprodução, muito provavelmente se na época seguinte fornecesse na alimentação os pigmentos necessários os descendentes desses filhos poderiam exprimir toda a sua capacidade genética.

Definições

Antes de podermos compreender os mecanismos genéticos em si é importante conhecer alguns termos.
Genótipo: constituição genética do indivíduo.
Fenótipo: Aparência do indivíduo em parte como consequência do seu genótipo e ambiente.
Loci (pl) Locus (sing): Localização específica de uma característica (alelo) num cromossoma. Um par de alelos (gene) tem loci iguais cada um transportando um diferente alelo podendo ou não ser afectados por esses outros alelos. Gene: Unidade de informação hereditária. É uma zona específica do DNA dos indivíduos que contém codificada a informação para a síntese de uma determinada proteína. Alelo: cada umas das formas alternativas de um gene, que pode ocupar o respectivo locus e cujo número varia. A representação normal é feita por meio de uma letra. Cromossoma: Unidade do genótipo que contém um grande número de genes.O número de cromossomas é específico para cada espécie.
Autossómico: As características herdadas são regidas pelos genes localizados em cromossomas não determinantes do sexo.
Factores ligados ao sexo ("Sex-linked"): Características herdadas através dos cromossomas sexuais. No caso das aves os machos possuem um par de cromossomas Z e as fêmeas um cromossoma Z e um cromossoma W. Considera-se que estas características estão baseadas no cromossoma masculino Z, podendo ser herdadas numa só cópia pelas fêmeas e em uma ou duas pelos machos.
Homozigóticos: a presença de dois alelos semelhantes no loci correspondente do mesmo gene. Aplica-se a genes autossómicos mas também pode ser aplicado a características ligadas ao sexo nos machos.
Heterozigótico:a presença de dois alelos diferentes nos loci do mesmo gene. Aplica-se a genes autossómicos mas também pode ser aplicado a características ligadas ao sexo nos machos.
Recessivo: carcaterísticas expressas no fenótipo só quando existem dois alelos para essa característica nos loci do mesmo gene, caso contrário o efeito desse alelo não é visível, excepto no caso das fêmeas com mutações ligadas ao sexo.
Dominante: caraterísticas que são expressas no fenótipo mesmo quando só está presente um alelo. Quando combinadas com um outro alelo recessivo dominam-no.
Portador: indicado "/": indivíduo que embora não o demonstre no seu fenótipo transporta alelos recessivos ou ligados ao sexo mas que estão escondidos por outro gene, podendo mesmo assim ser transmitidos à descendência.
FS: Factor Simples. Apenas está presente um alelo para a característica. Usa-se para diferenciar os indivíduos que, expressando um fenótipo dominante não são puros e transportam outros alelos recessivos.
FD: Factor Duplo. Estão presentes dois alelos para a característica. Apenas faz sentido quando usado para indentificar indivíduos dominantes puros, i.e., com dois alelos dominantes.

Cruzamentos teste

Este cruzamento é feito com um indivíduo homozigótico recessivo para o factor que se pretende estudar, que facilmente se identifica pelo seu fenótipo e um outro de genótipo conhecido ou não. Por exemplo se cruzarmos um macho desconhecido com uma fêmea recessiva podemos determinar se o macho é portador daquele caracter recessivo ou se é puro. Caso este seja puro todos os filhos serão como ele, se fôr portador 25% serão brancos, etc... Esta explicação é muito básica pois geralmente é preciso um pouco mais do que este único cruzamento.
A limitação destes cruzamentos está no facto de não permitirem identificar portadores de alelos múltiplos para a mesma característica ou seja podem existir em alguns casos mais do que dois alelos para o mesmo gene e o efeito da sua combinação variar. Além disso podemos estar a cruzar para um factor para o qual o macho ou fêmea a testar não são portadores mas serem para outros.

Factores ligados ao Sexo

Existem diversas mutações em muitas espécies que são controladas e transmitidas por este mecanismo genético, pelo que é importante que se compreenda o seu funcionamento.
Por definição, e no caso das aves, os factores ligados ao sexo estão no cromossoma sexual masculino Z. Isto é muito importante porque enquanto os outros factores nos cromossomas autossómicos são transportados em pares em todos os indivíduos de ambos os sexos, neste caso os machos transportam dois cromosomas Z e as fêmeas apenas um. Esta situação é o inverso do que sucede com os mamíferos onde é o sexo masculino que têm uma situação de herozigotia sexual com um cromossomas X e um Y, enquanto as fêmeas são XX.
Por exemplo uma fêmea Gould amarela tem um único gene co-dominante para costas amarelas e contudo tem costas totalmente amarelas e nunca diluídas (como no caso das machos onde o amarelo perde intensidade em heterozigóticos).
Quando da fertilização os óvulos produzidos pela fêmea transportam ou um cromossoma Z ou W ao qual sevai juntar um cromossoma Z proveniente do macho reformando o par ZZ ou ZW conforme a combinação. Assim todos os genes que a mãe tiver no seu cromossoma Z são passados aos filhos macho (pois recebem um cromossoma Z da mãe), enquanto que os filhos fêmea recebem o cromossoma W ao qual se junta um dos Z do macho. É por isso que com mutações ligadas ao sexo os machos podem produzir descendência com essa mutação (sempre fêmeas) mas para se produzirem machos também de mutação temos sempre de ter uma fêmea já mutada e um macho no mínimo portador (em que apenas existe o gene mutado num dos dois cromossomas Z).

Selecção

Entende-se por selecção a escolha não aleatória dos reprodutores de modo a que estes transmitam determinadas características às gerações seguintes. Desde sempre que o homem faz selecção artificial de várias coisas, cruzando animais com força a outros com grande tamanho, plantas de frutos grande com outras que produzem mais frutos, mas de menores dimensões ou melhor qualidade.
Também nas aves se vêem seleccionando à já vários séculos características específicas. Na Idade média faziam-se concursos de tentilhões para ver qual cantava melhor vencendo os seus rivais. Foi assim que se chegou a criar novas espécies como o bengalim do japão ou todas as variedades de canário a partir da ave selvagem.
Para seleccionarmos temos antes de mais que assegurar que aquele casal apenas acasala entre si, pelo que convém separá-lo de outros da mesma espécies e de espécies intercruzáveis. Tem de ser referido um factor que muitas vezes é esquecido por quem começa e por quem já sabe do ofício e leva a desilusões frequentes. Quando se fala de selecção esta apenas faz sentido numa linha e raramente em indivíduos isolados. Ou melhor a selecção individual dos indivíduos deve ter em vista a melhoria de uma linha, semelhante ou não. Não podemos esperar que num único cruzamento se melhore a qualidade das aves isso sucede ao longo das gerações conforme vamos mantendo os melhores exemplares e reproduzindo com eles. É errado pensar que comprando uma ave muito boa se pode fazer milagres, muitas vezes é desperdiçar de tempo e dinheiro, é rpeciso aprender o que se precisa, o que se tem e o que se quer melhorar nas gerações futuras.
Depois temos de saber o que queremos produzir e como esse factor é transmitido geneticamente. O modo empírico e mais usual é usar aves que mostrem aquela caraterística específica e cruzá-las entres si, para depois esperar que os filhos demonstrem ainda mais aquele factor, mas nem sempre isto funciona, é mais adequado para trabalhar e melhorar mutações já establecidas.

Linhas puras

Uma linha pura é aquela em que todos os indivíduos têm uma constituição genética idêntica e originam descendentes idênticos, sendo o resultado do cruzamento previsível.
Arranjar linhas puras é complicado e envolve muito tempo de trabalho, em especial com espécies que se reproduzem pouco e atingem a maturidade sexual muito tarde. Assim, na minha opinião por vezes vale a pena pagar mais por uma ave e adquiri-la a um criador que nos pode dar algumas garantias e informações sobre os seus antepassados. Isso não invalida o que eu disse anteriormente sobre aves de grande potencial não fazerem por si uma linha. O maior erro de muita gente com efectivos de qualidade média è pensar que pode comprar uma ave muito boa (geralmente pensa-se sempre no tamanho...) e melhorar todo o efectivo a partir dela, o que leva em pouco tempo a efeitos contrários de consaguinidade.
Para obtermos uma linha pura NUNCA podemos trabalhar apenas com uma ou duas aves, nem mesmo com um só casal. Se dispusermos de pelo menos dois casais de origens distintas, mas com as mesmas características que queremos seleccionar, podemos intercruzar os filhos e eliminar todos aqueles que não se enquadrem no pretendido. Desse novo cruzamento devemos obter alguns exemplares puros que depois vamos usar em combinações ou cruzamentos com outras aves para fixar a característica.
Mesmo assim o mínimo para fixar uma linhagem são 3 casais distintos, de preferência 4 ou 5. Só assim podemos garantir que existe suficiente variebilidade genética dentro do efectivo para assegurar uma melhoria nas gerações futuras. A variabilidade genética é a base de TODA a evolução, perseguir linhas uniformes é utópico pois acaba por invalidar avanços futuros. Só podemos escolher os melhores em gerações sucessivas se ouver alguns melhores que outros!! E sobretudo melhores que os pais o que se consegue juntando os pontos fortes dos reprodutores.

Consanguinidade

Este é outro dos pontos em que muitas vezes se erra. Não existe qualquer problema em cruzar irmãos com irmãos ou filhos com pais desde que se saiba como fazê-lo. Na realidade este é o método mais rápido e eficaz de fixar uma característica porque a base genética é semelhante.
Quando se faz isto tem de se partir de um casal não relacionado, isto é os pais nunca poderão ser da mesma linha. O melhor portanto é tentar adquiri-los em sítios diferentes. Dito isto, a descendência que esse casal produz pode ser cruzada entre si escolhendo os melhores exemplares (tamanho, porte, cor). Desse cruzamento escolhemos de novo os melhores mas agora para cruzar com uma ave semelhante de outra linha que não a dos pais ou irmãos. Podemos por exemplo usar uma fêmea e adquirir um outro macho. Deste modo quebramos imediatamente a depressão por consaguinidade nos descendentes do terceiro cruzamento. Tambén já tive uma situação em que depois de procurar por uma determinada ave que queria não fosse relacionada com as que já tinha, depois de finalmente a encontrar (bem longe de casa) regressei e fiquei muito surpreendido ao ver que o número de criador de ambas era o mesmo...
A consanguinidade resulta do acumular de genes com efeitos negativos, diminuindo o tamanho e vigor das aves. Quando se começa a partir de boas linhas reprodutoras que estão "isentas" de genes desfavoráveis é aceitável a consaguinidade e perdermos nuns pontos para obter uma ave com uma boa característica específica a partir da qual vamos establecer cruzamentos para recuperar o que foi perdido, geralmente tamanho e fertilidade.

Esquemas de cruzamentos

O cruzamento a seguir vai depender do tipo de mecanismo genético da característica a trabalhar.

Caracteres recessivos

Para os caracteres controlados por um mecanismo autossómico recessivo temos de produzir reprodutores que sejam ou homozigóticos recessivos ou, no mínimo, portadores desse alelo recessivo. Só assim conseguiremos obter descendentes que manifestem essa característica.
Partindo de um único macho devemos primeiro produzir uma geração de portadores o que se consegue cruzando o macho recessivo com uma fêmea pura dominante para esse alelo (ou vice-versa). Todos os filhos serão fenotipicamente idênticos à mãe mas portadores do alelo recessivo. Aqui devemos escolher dois filhos e cruzá-los de modo a obtermos 25% de descendentes que são recessivos tal como o primeiro macho. Esses vão ser acasalados com outras fêmeas de uma outra linha que não a da sua mãe de modo a fazer duas linhas distintas de portadores. Deste modo conseguimos obter duas linhas com apenas 25% de consaguinidade e que podem ser cruzadas entre si sem grandes problemas.
Os cruzamentos entre dois portadores não são recomendáveis porque nunca poderemos saber quais os filhos portadores e os não portadores pois estes são fenotipicamente iguais, daí que quando se pretenda evitar o cruzamento de dois recessivos devamos usar sempre ou um recessivo e um dominante (obtendo todos os descendentes portadores) ou então um recessivo e um portador (obtendo 50% recessivos e 50% portadores). Em alguns casos não há alternativa senão cruzar portadores mas, em especial para quem tem poucos intresses de selecção fiquem conscientes que isso é "espalhar genética" que pode muito bem ir parar às mãos de alguém que não trate de aproveitar uma característica rara por não saber que ela existe naquela ave...

Caracteres recessivos ligados ao sexo

São mais fáceis de trabalhar apenas por serem ligados ao sexo. Assim basta pensarmos numa coisa, os machos vão sempre produzir fêmeas recessivas e machos portadores independentemente da fêmea com que sejam acasalados. Por seu lado as fêmeas vão produzir todos os machos portadores. Para obtermos machos recessivos precisamos de que a fêmea seja recessiva e o macho, no mínimo portador, o que até é preferível em relação ao acasalamento de dois recessivos neste caso.

Caracteres Dominantes

A dominância é um pau de dois bicos. É fácil de trabalhar porque produz sempre o que queremos mas temos de ter cuidado com o que escondemos, não devemos cruzar dominantes com aves portadoras de caracteres recessivos raros ou não pois nunca iremos saber quais os filhos portadores.
Alguns factores dominantes não devem ser criados em factor duplo (os Gloster de poupa). De qualquer modo um dominante FS produz 50% de descendentes dominantes, o que até é bom porque um gene dominante é tão fácil de reproduzir que pode passar de raro a excessivo num efectivo em apenas 2 ou 3 gerações! Este é outro problema quando se trabalha em selecção, muitas vezes, para mais se trabalhamos com portadores e combinações, acabamos por ocupar muito espaço muito depressa. Com os dominantes é ainda mais grave porque basta ficarmos com uma cria para que metade dos seus descendentes sejam também dominantes, raramente se refuga os pais e assim é preciso uma nova gaiola, um novo casal, uma nova cria que sai bastante boa e acaba por ficar e assim em diante...
Fonte: avilandia.planetaclix.pt
GENÉTICA
Estudo científico de como se transmitem os caracteres físicos, bioquímicos e de comportamento de pais a filhos. Este termo foi criado em 1906 pelo biólogo britânico William Bateson. Os geneticistas determinam os mecanismos hereditários pelos quais descendentes de organismos que se reproduzem de forma sexual não se parecem exatamente com seus pais, e as diferenças e semelhanças entre pais e filhos que se reproduzem de geração em geração, segundo determinados padrões.

2. ORIGEM DA GENÉTICA

A ciência da genética nasceu em 1900, quando vários investigadores da reprodução das plantas descobriram o trabalho do monge austríaco Gregor Mendel, que, apesar de ter sido publicado em 1866, havia, na prática, sido ignorado por muito tempo. Mendel, que trabalhou com a planta da ervilha, descreveu os padrões da herança em função de sete pares de traços contrastantes que apareciam em sete variedades diferentes dessa planta

3. BASES FÍSICAS DA HEREDITARIEDADE

Pouco depois da redescoberta dos trabalhos de Mendel, os cientistas perceberam que os padrões hereditários que ele havia descrito eram comparáveis à ação dos cromossomos nas células em divisão, e sugeriram que as unidades mendelianas de herança, os genes, se localizavam nos cromossomos. Os cromossomos variam em forma e tamanho e em geral apresentam-se em pares. Os membros de cada par, chamados cromossomos homólogos, têm grande semelhança entre si. A maioria das células do corpo humano contém 23 pares de cromossomos. Atualmente, sabe-se que cada cromossomo contém muitos genes e que cada gene se localiza numa posição específica, o locus, no cromossomo. Os gametas originam-se através da meiose, divisão na qual só se transmite a cada célula nova um cromossomo de cada um dos pares da célula original. Quando, na fecundação, se unem dois gametas, a célula resultante, chamada zigoto, contém toda a dotação dupla de cromossomos. A metade destes cromossomos procede de um progenitor e a outra metade do outro.

4. A TRANSMISSÃO DE GENES

A união dos gametas combina dois conjuntos de genes, um de cada progenitor. Por isso, cada gene — isto é, cada posição específica sobre um cromossomo que afeta uma característica particular — está representado por duas cópias, uma procedente da mãe e outra do pai. Quando as duas cópias são idênticas, diz-se que o indivíduo é homozigótico para aquele gene particular. Quando são diferentes, ou seja, quando cada progenitor contribuiu com uma forma diferente, ou alelo, do mesmo gene, diz-se que o indivíduo é heterozigótico para o gene. Ambos os alelos estão contidos no material genético do indivíduo, mas se um é dominante, apenas este se manifesta. No entanto, como demonstrou Mendel, a característica recessiva pode voltar a manifestar-se em gerações posteriores (em indivíduos homozigóticos para seus alelos).

5. FUNÇÃO DOS GENES: O ADN E O CÓDIGO DA VIDA

Em 1944, o bacteriologista canadense Oswald Theodore Avere demonstrou que o ácido desoxirribonucléico (ADN) era a substância fundamental que determinava a herança . O geneticista norte-americano James Watson e o britânico Francis Compton Crick descobriram que a molécula de ADN é formada por duas cadeias que se enrolam, compondo uma hélice dupla, semelhante a uma escada em caracol. As cadeias, o corrimão da escada, são constituídas por moléculas de fosfato e carboidratos que se alternam. As bases nitrogenadas, dispostas em pares, representam os degraus. Para fazer uma cópia nova e idêntica da molécula de ADN, só é necessário que as duas cadeias se estendam e se separem por suas bases; graças à presença na célula de mais nucleotídeos, pode-se unir a cada cadeia separada bases complementares novas, formando duas duplas hélices. Desde que se demonstrou que as proteínas eram produto dos genes, e que cada gene era formado por frações de cadeias de ADN, os cientistas chegaram à conclusão de que deve haver um código genético através do qual a ordem dos trípletes (ou códons), define a ordem dos aminoácidos no polipeptídeo.
As duas cadeias do ADN se separam numa porção de seu comprimento. Uma delas atua como suporte sobre o qual se forma o ARN mensageiro (ARNm), num processo denominado transcrição. A molécula nova de ARNm se insere numa estrutura pequena chamada ribossoma, de onde se forma a proteína. Neste processo, denominado tradução, a seqüência de bases de nucleotídeos presentes no ARNm determina a ordem em que se unem os aminoácidos, para formar o polipeptídeo.

6. MUTAÇÕES

Embora a replicação do ADN seja muito precisa, ela não é perfeita. Em raros casos, produzem-se erros e o ADN novo contém um ou mais nucleotídeos trocados. Um erro deste tipo, que recebe o nome de mutação, pode acontecer em qualquer área do ADN. Se acontecer na seqüência de nucleotídeos que codifica um polipeptídeo particular, este pode apresentar um aminoácido trocado na cadeia polipeptídica. Esta modificação pode alterar seriamente as propriedades da proteína resultante. Por exemplo, os polipeptídeos que distinguem a hemoglobina normal da hemoglobina das células falciformes diferem em apenas um aminoácido (ver Anemia das células falciformes). Quando se produz uma mutação durante a formação dos gametas, esta se transmitirá às gerações seguintes. Diferentes formas de radiação, como os raios X, assim como as temperaturas elevadas e vários compostos químicos, podem induzir a mutações.
A substituição de um nucleotídeo por outro não é o único tipo possível de mutação. Algumas vezes, pode-se ganhar ou perder por completo um nucleotídeo. Além disso, é possível que se produzam modificações mais óbvias ou graves, ou que se altere a própria forma e o número dos cromossomos. Uma parte do cromossomo pode se separar, inverter e depois se unir de novo ao cromossomo no mesmo lugar. Isto é chamado de inversão. Se o fragmento separado se une a um cromossomo diferente, ou a um fragmento diferente do cromossomo original, o fenômeno se denomina translocação. Algumas vezes, perde-se um fragmento de um cromossomo que faz parte de um par de cromossomos homólogos, e este fragmento é adquirido por outro. Então, diz-se que um apresenta uma deficiência e o outro uma duplicação.
Outro tipo de mutação produz-se quando a meiose erra a separação de um par de cromossomos homólogos. Isto pode originar gametas — e portanto zigotos — com cromossomos demais, e outros onde faltam um ou mais cromossomos. Os indivíduos com um cromossomo a mais são chamados trissômicos, e aqueles nos quais falta um, monossômicos. Ambas as situações tendem a produzir incapacidades graves. Por exemplo, as pessoas com síndrome de Down são trissômicas, com três cópias do cromossomo 21.

7. HEREDITARIEDADE HUMANA

A maioria das características físicas humanas recebe influências das múltiplas variáveis genéticas e também do meio. Algumas, como a altura, possuem forte componente genético, enquanto outras, como o peso, têm um componente ambiental muito importante. No entanto, parece que outros caracteres, como os grupos sangüíneos (ver Grupo sangüíneo) e os antígenos que atuam na rejeição dos transplantes, estão totalmente determinados por componentes genéticos. Os biólogos têm grande interesse no estudo e na identificação dos genes. Quando determinado gene provoca uma doença específica, seu estudo é muito importante, do ponto de vista médico. O genoma humano contém entre 50 mil e 100 mil genes, dos quais cerca de 4 mil podem estar associados a doenças. O Projeto Genoma Humano, coordenado por várias instituições, começou em 1990, com o objetivo de estabelecer o genoma humano completo. No final da década, pesquisadores americanos e britânicos decifraram pela primeira vez o genoma de um organismo pluricelular, um verme nematódeo de 1 mm de comprimento chamado Coenorhabditis elegans. O seqüenciamento do código genético consiste em determinar com precisão o encadeamento dos pares de nucleotídeos, elementos unitários da estrutura do ADN, que são medidos em milhões de bases. O genoma do verme estudado é constituído de 97 milhões de bases, que formam 19 mil genes. O estudo desses genes deverá permitir uma melhor compreensão do genoma humano (que tem cerca de 3 bilhões de bases), pois o Coenorhabditis elegans tem muitos genes em comum com os seres humanos.

8. Engenharia genética

Método que modifica as características hereditárias de um organismo em um sentido predeterminado, mediante a alteração de seu material genético. Geralmente, é usada para conseguir que determinados microorganismos, como bactérias ou vírus, aumentem a síntese de compostos, formem compostos novos ou se adaptem a meios diferentes. Outra aplicação dessa técnica, também denominada técnica de ADN recombinante, inclui a terapia genética: o fornecimento de um gene funcional a uma pessoa que sofre de uma anomalia genética. Outros usos da engenharia genética são o aumento da resistência de culturas a pragas, a produção de compostos farmacêuticos no leite dos animais, o desenvolvimento de vacinas e a alteração das características do gado.

9. Hereditariedade

Estudo de todas as características de um organismo que estão determinadas por certos elementos biologicamente ativos que procedem de seus progenitores. Embora o estudo científico e experimental da hereditariedade, a genética, tenha se desenvolvido no início do século XX, as teorias sobre este campo datam da Grécia antiga.
A redescoberta, em 1900, dos escritos de Gregor Mendel do ano de 1866 sobre os padrões de hereditariedade nas ervilhas promoveu uma abordagem importante do problema da hereditariedade.
Uma das conquistas mais importantes para o desenvolvimento dos estudos sobre a hereditariedade em geral, e os princípios mendelianos em particular, foi a separação entre genótipo e fenótipo, estabelecida pelo botânico dinamarquês Wilhelm Johannsen em 1911. O genótipo refere-se aos genes que o organismo possui e é capaz de transmitir à geração seguinte. O fenótipo refere-se à aparência (em termos de caracteres) que mostra um organismo. A importância desta distinção está no fato de que a única forma de determinar o genótipo é através de experiências de reprodução, não simplesmente através do exame do fenótipo de um organismo.
Depois de vários anos de experiências com Drosophila melanogaster, Thomas Hunt Morgan ajudou a estabelecer a teoria cromossômica da hereditariedade. O grupo de Morgan propôs que os fatores mendelianos se disporiam de forma linear sobre os cromossomos, definindo deste modo a realidade física dos genes como partículas distintas.
Depois da II Guerra Mundial, o estudo da hereditariedade alcançou um alto grau de desenvolvimento, quando os biólogos começaram a aprofundar-se sobre a própria natureza do gene. Nas décadas de 40 e 50, confirmou-se que os ácidos nucléicos são as substâncias principais da hereditariedade e que atuam dirigindo a síntese de proteínas.

10. Nucléicos, Ácidos

Moléculas muito complexas que produzem as células vivas e os vírus. Transmitem as características hereditárias de uma geração para a seguinte e regulam a síntese de proteínas.
Os ácidos nucléicos são formados por subunidades chamadas nucleotídeos, que consistem em uma base nitrogenada, um açúcar de 5 carbonos e ácido fosfórico. Há duas classes de ácidos nucléicos, o ácido desoxirribonucléico (ADN), com uma estrutura em forma de dupla hélice e o ácido ribonucléico (ARN), formado por uma única cadeia helicoidal. O ADN tem a pentose desoxirribose e as bases nitrogenadas adenina, guanina, citosina e timina, e o ARN contém a pentose ribose e uracila em vez de timina.
A especificidade do ácido nucléico reside na seqüência dos quatro tipos de bases nitrogenadas. Este código indica à célula como reproduzir uma cópia de si mesma ou as proteínas que necessita para sua sobrevivência. Nos mamíferos, as cadeias de ADN estão agrupadas formando cromossomos.

11. Interação gênica

Fenômeno em que vários pares de genes interagem entre si para influenciar uma única característica.
A interação gênica envolve graus variáveis de complexidade. Os casos mais simples, porém, resultam da interação entre dois genes não-alelos que são independentemente segregados. Em um estudo clássico realizado por Bateson e Punnett, ficou demonstrado que o caráter "tipo de crista" em galinhas, por exemplo, é determinado por dois pares independentes de genes. O contrário da interação gênica é a pleiotropia, em que um par de genes determina ao mesmo tempo mais de um caráter do organismo.

12. Gene

Unidade de hereditariedade, partícula de material genético que determina a hereditariedade de determinada característica, ou de um grupo delas. Os genes estão localizados nos cromossomos no núcleo celular e se alinham ao longo de cada um deles. Cada gene ocupa no cromossomo uma posição, ou locus.
O material genético é o ácido desoxirribonucléico, o ADN, uma molécula que representa a "coluna vertebral" do cromossomo. Como em cada cromossomo o ADN é uma molécula contínua, alongada, simples e delgada, os genes devem ser parte dela e exercem seus efeitos através das moléculas às quais dão origem, em sua maioria proteínas.
Profilaxia é a parte da medicina que tem por objeto as medidas preventivas contra as doenças e enfermidades. É o emprego de todos os meios conhecidos para evitar doenças. Pode ser um trabalho preservativo ou defensivo.
Fonte: www.vestibular1.com.br

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