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18 de fev. de 2012

As Armadilhas do Pensamento Positivo


por Alla Katsnelson
Ilustração de Thomas Fuchs

De superatletas a devotos de autoajuda e a defensores do pensamento positivo: todos acreditam que imaginar-se bem-sucedido em algo que se deseja que aconteça será um método certeiro para atingir esse objetivo. Estudos anteriores também corroboram essa ideia, mas agora os pesquisadores estão refinando os dados. Se pintar a sua fantasia em tons róseos demais, você pode estar prejudicando suas chances de sucesso. 

Uma explicação plausível é que o pensamento idealizado pode prejudicar a motivação, conforme descrito em estudo publicado no início deste ano noJournal of Experimental Social Psychology. Cientistas pediram a voluntários universitários para pensar numa versão fantasiosa de uma experiência (sentir-se o máximo de sapatos de salto alto, vencer um concurso de redação, ou obter nota 10 em um teste) e depois avaliaram o efeito da fantasia sobre os sujeitos e como as coisas ocorreram na realidade. 

Quando os participantes imaginaram o resultado mais positivo, seus níveis de energia, medidos pela pressão arterial, caíram e eles relataram ter tido pior experiência com o acontecimento verdadeiro que os que evocaram visões mais realistas ou mesmo negativas. Para avaliar as experiências de vida real dos voluntários, os pesquisadores compararam as listas de metas que as pessoas estabeleceram para si em comparação com o que realmente tinham realizado e também contaram com relatos próprios. “Quando se fantasia, especialmente quando se fantasia algo muito positivo, é quase como se estivesse realmente vivenciando tudo”, segundo Heather Barry Kappes da New York University, uma das coautoras do estudo. Isso leva a mente a pensar que a meta foi alcançada, drenando o incentivo para “energizar e ir à luta”, explica ela. As pessoas podem se sair melhor imaginando como superar os obstáculos em vez de ignorá-los.

sciam

Álcool mata mais que obesidade e tabagismo


ecomendações da Organização Mundial de Saúde sobre anúncios, preços e leis podem servir de modelo
por Christopher Wanjek e LiveScience Bad Science Columnist
Flickr/pamlane

Se pensarmos nos piores assassinos do mundo, pode ser que não nos lembremos do álcool. Ainda assim, ele mata mais de 2,5 milhões de pessoas por ano, mais que Aids, malária ou tuberculose.

Para pessoas com renda média, que constituem metade da população mundial, o álcool é o maior fator de risco para a saúde: pior que a obesidade, a inatividade e o tabagismo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) documentou com detalhes a extensão do abuso de álcool nos últimos anos e já publicou recomendações consistentes sobre como reduzir mortes relacionadas à substância, mas isso não é suficiente, segundo Devi Sridhar, especialista em políticas de saúde na University of Cambridge.

Em um comentário feito na Nature, Devi argumenta que a OMS deve regular o álcool a nível mundial, impondo regulamentos como idade mínima para beber, tolerância zero para embriaguez ao volante e proibição de bebidas especiais ilimitadas. Respeitar os regulamentos seria obrigatório para os 194 Estados membros da OMS.

Longe de proibir, a regulamentação da OMS forçaria as nações a fortalecer leis fracas sobre bebidas e aplicar melhor as leis já em vigor, aponta Devi.

Quase uma garrafa por dia
O consumo de álcool é medido em termos de álcool etílico puro para compensar as diferenças de teor na cerveja, vinho e destilados. Uma garrafa de vinho de um litro com 10% de álcool, por exemplo, representaria apenas 0,1 litro de álcool puro. Segundo a OMS, cada americano toma, em média, 9,4 litros de álcool etílico por ano, que equivalem a 94 garrafas do vinho citado acima.

Embora possa parecer muito, os americanos nem chegam perto dos 50 maiores consumidores mundiais. A Europa, especialmente a Europa Oriental, domina a cena. A Moldávia encabeça a lista, com 18,4 litros de álcool per capita por ano. Isso equivale a 184 garrafas de vinho de um litro ou quase quatro garrafas semanais por pessoa. A idade legal para beber na Moldávia é 16 anos e há poucas restrições sobre quando ou onde o álcool pode ser vendido.
O preço do abuso de álcool é a morte prematura. Um em cada cinco homens da Federação Russa e de países europeus vizinhos morre em consequência do álcool, segundo dados da OMS. O abuso de álcool está associado a doenças cardiovasculares, cirrose do fígado, cânceres diversos, violência e acidentes de veículos. Adultos alcoólatras têm ainda dificuldade de trabalhar e sustentar suas famílias.

Recomendações sensatas
Devi argumenta que a OMS é a única entre as organizações de saúde que pode criar convenções juridicamente vinculadoras. A OMS fez isso apenas duas vezes em sua história de 64 anos: o Regulamento Sanitário Internacional, que exige que países reportem certos surtos de doenças e eventos de saúde pública, e a Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, que obriga os governos a modificar leis para reduzir a demanda e a oferta de tabaco.

Nenhuma outra entidade pode atacar o problema mundial do abuso de álcool, disse ela. Quando se trata de álcool, no entanto, a OMS estabelece meras recomendações, como as descritas em 2010 na Estratégia Global da OMS para reduzir o uso nocivo do álcool.

“Os países estão cientes do problema, mas vários não se comprometeram realmente com a implementação das recomendações”, lamentou Devi à LiveScience. “O problema não é com os ministérios da saúde, mas com os das finanças e do comércio, por exemplo, que priorizam outros interesses.”

Em seu comentário na Nature, Devi avaliou que as atuais recomendações da OMS poderiam servir como base para uma nova convenção internacional sobre a regulamentação do álcool. Os Estados Unidos lutam para cumprir várias das dez áreas-alvo recomendadas, que incluem restrições à publicidade, elevações de preços e leis mais duras contra a embriaguez na condução de veículos.

“Com a sustentação da OMS, os ministérios da saúde teriam uma posição mais forte de negociação doméstica para priorizar a regulação do álcool acima de interesses econômicos”, defende Devi.

Nova Ajuda para Fumantes


Uma vacina contra a nicotina se aproxima da aprovação reguladora
por Jeneen Interlandi
Martin Diebel. Getty Images

Como qualquer fumante pode dizer, parar de fumar é relativamente fácil. O difícil é evitar a recaída – a ânsia de fumar semanas ou mesmo meses após ter supostamente abandonado o hábito. O adesivo, o chiclete e todos os outros truques que fumantes usam para atravessar os primeiros meses, em geral, são inúteis diante dessa compulsão.

É por isso que uma vacina contra a nicotina, que passa por testes clínicos, deixou os funcionários da saúde pública tão animados. Como todas as vacinas a NicVAX, feita pela NABI Biopharmaceuticals, funciona estimulando o sistema imunológico do organismo a produzir anticorpos contra certo alvo: neste caso, a nicotina. Como as respostas imunológicas costumam durar a vida inteira, os fabricantes da vacina argumentam que ela pode servir como um auxílio contra o fumo a longo prazo.

Normalmente, as moléculas de nicotina são tão pequenas que conseguem evitar a detecção pelo sistema imune. São reduzidas o bastante até para passar pela barreira hematoencefálica e se prendem a receptores em células cerebrais, onde deflagram uma cascata química que leva à compulsão. A NicVAX inunda o organismo com moléculas de nicotina que foram ligadas quimicamente a grandes proteínas transportadoras, forçando o sistema imunológico a reconhecer e a organizar anticorpos contra o com­ponente do cigarro. Assim, quando as moléculas comuns de nicotina entram no sistema, esses anticorpos se prendem a elas, tornando-as grandes demais para atravessar a barreira hematoencefálica.

A vacina não funciona para todos. Um experimento anterior mostrou que 16% dos fumantes inveterados vacinados que tiveram altos níveis de anticorpos permaneceram sem fumar um ano após pararem, comparados aos 6% do grupo de placebo. Os que produziram muitos anticorpos, mas não pararam de fumar, cortaram o cigarro pela metade, passando de cerca de 20 unidades por dia para 10. 

Na “fase III” das pesquisas, cientistas recrutaram mil fumantes que consomem pelo menos 10 cigarros por dia. Os voluntários receberam 5-6 injeções no período aproximado de um mês e pediu-se que parassem de fumar após 14 semanas, quando cerca de 80% deles apresentaram altos níveis de anticorpos. (Não está claro por que 20% dos voluntários não produziram resposta alta de anticorpos à vacina.) “A ideia é garantir que quando pedirmos que parem de fumar, eles tenham as ferramentas, os anticorpos, para ajudá-los”, considera Raafat E. F. Fahim, CEO da NABI. Ele e sua equipe ainda têm de determinar por quanto tempo os pacientes devem receber as injeções.

Se os resultados da fase III de testes forem tão bons quanto o esperado, a vacina poderá chegar às prateleiras das farmácias em seguida. Enquanto isso, pesquisadores já estão trabalhando em outras vacinas contra compulsões, inclusive uma contra cocaína, que usa a mesma estratégia da NicVAX.

BBC

Especialistas mantêm moratória à divulgação de estudos da gripe aviária


Especialistas em saúde pública reunidos em Genebra não chegaram a um acordo quanto a se polêmicas pesquisas sobre o vírus H5N1 (da gripe aviária) devem ser publicadas.
Uma reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta sexta-feira que mais discussões são necessárias e ordenou uma moratória de prazo indefinido sobre as pesquisas, alegando que sua publicação nos periódicos Science e Nature poderia dar ensinamentos a bioterroristas que queiram causar uma pandemia global.

Os estudos despertaram o alerta do NSABB (Conselho Científico para a Biossegurança Nacional dos EUA), que pediu aos periódicos, em novembro passado, que omitissem partes dos artigos científicos, alegando que os detalhes poderiam ser usados por extremistas para desenvolver vírus poderosos.A polêmica está centrada em dois estudos, que mostram que o H5N1 pode facilmente sofrer uma mutação e se espalhar rapidamente pela população humana.

A censura causou protestos entre cientistas que alegam que a medida fere a liberdade acadêmica.
Alguns alegam até que os detalhes dos estudos já eram amplamente conhecidos no meio científico e que sua censura teria pouco efeito prático.
Desde então, os pesquisadores envolvidos nos estudos e os periódicos científicos vêm debatendo a questão.

Vacinas e mutação

Os detalhes sobre o vírus são importantes para cientistas que desenvolvem vacinas e que monitoram a mutação do H5N1 e sua possível transmissão a humanos.
Mas esses esforços estão paralisados há meses, enquanto especialistas tentam decidir como lidar com a informação sensível.
O encontro em Genebra, com 22 especialistas, concordou que a publicação parcial dos estudos seria inútil. Decidiu, assim, estender a moratória temporária na divulgação das pesquisas, ao mesmo tempo em que reconheceu que as investigaçõess sobre o H5N1 "devem continuar".
"Dada a alta taxa de mortalidade associada ao vírus - 60% dos humanos infectados morreram -, todos os participantes do encontro ressaltaram o alto grau de preocupação com este vírus de gripe e a necessidade de mais estudos", disse Keji Fukada, diretor-geral assistente de segurança sanitária da OMS.
Segundo ele, "há uma preferência, do ponto de vista da saúde pública, de total divulgação dos dois estudos. No entanto, existem preocupações significativas quanto à pesquisa" e seu possível uso para bioterrorismo.
Espera-se uma nova reunião sobre o assunto dentro de alguns meses.
BBC

Agências britânicas proíbem modelos de fazer bronzeamento artificial


Agências de modelos britânicas deram início a uma política de "bronzeamento artificial zero", proibindo o uso de camas de bronzeamento entre suas funcionárias.
A iniciativa faz parte de uma campanha da organização britânica de pesquisa e combate ao câncer Cancer Research UK, que pretende elevar a conscientização sobre o câncer de pele.Nesta sexta-feira, quando os primeiros desfiles abrem a London Fashion Week, a medida está sendo adotada por agências como Next, Storm, Elite, Premier Model Management, Oxygen e Union, entre outras.
"Apoiar essa campanha faz todo sentido, porque o bem-estar das nossas modelos é de fundamental importância, e levamos a saúde muito a sério", disse a diretora-gerente da agência Storm, Sarah Doukas.
"Recomendamos que elas escolham opções mais saudáveis se quiserem se bronzear – sprays de bronzeamento, por exemplo, são fáceis de aplicar e duram uma semana."
Indivíduos com menos de 35 anos de idade que usam camas de bronzeamento artificial têm 75% mais chances de desenvolver melanoma – um tipo grave de câncer de pele.
Nos últimos 30 anos, os casos de melanoma quadruplicaram na Grã-Bretanha, tornando-se o segundo tipo mais comum de câncer entre as pessoas entre 15 e 34 anos de idade.
No ano passado, a Inglaterra e o País de Gales proibiram o uso de camas de bronzeamento por menores de 18 anos.
"Camas de bronzeamento artificial podem deixar a pele enrugada, grosseira e parecida com um couro", disse o porta-doz da Cancer Research UK, Chris Lunn. "Se quiser ficar bronzeado, é mais seguro fingir."

16 de fev. de 2012

Link do livro A origem das espécies -Darwin


http://www.kidownload.com/livro-charles-darwin-a-origem-das-especies


http://designinteligente.blogspot.com/2009/11/download-do-livro-orgem-das-especies-em.html

12 de fev. de 2012

Homens são capazes de identificar mulheres “naqueles dias” pela voz


Vamos combinar: menstruar é bem chato e difícil para as mulheres. Mas também afeta (e dificulta um pouco) a vida dos homens. Mas, ao menos, parece que o sexo masculino, em algum nível e parte do tempo, sabe com o que está lidando.
Em testes feitos na Universidade de Albany-SUNY (EUA), pesquisadores colocaram 3 grupos de homens para ouvir a gravações de 10 mulheres contando de 1 a 5, simples assim — cada uma delas em um ponto diferente do ciclo menstrual.
Eles adivinharam corretamente quais das mulheres estavam, hum, “naqueles dias”, em 35% das vezes — um “resultado significativo”, segundo os cientistas.
Provavelmente, os que acertaram usam essa capacidade para saber quando fugir. Em outro teste, um outro grupo de voluntários — que não sabiam que o estudo tinha algo a ver commenstruação — teve que escolher a voz menos atraente da seleção.
Em 34% dos casos, a voz escolhida como menos atraente foi a da mulher menstruada.
Os participantes disseram que, ouvindo as gravações, conseguiam perceber um pouquinho dohumor (mau, no caso) das mulheres. E outros fatores, como o tom (grave ou agudo) e avelocidade das vozes, influenciaram os palpites, frequentemente certeiros.
Eu acho que não tenho esse talento — ou, pelo menos, nunca me dei conta, mas vou ficar ligado nisso de agora em diante. E vocês, amigos?
Crédito da foto: flickr.com/philippeleroyer

Meninos e Meninas


 biologia pode desempenhar apenas um pequeno papel na desigualdade matemática entre os sexos
por Sharon Begley
Ilustração de Thomas Fuchs
Quando o então reitor da University of Harvard, Lawrence Summers, propôs em 2005 que diferenças inatas entre homens e mulheres podem ser responsáveis pela falta de mulheres nas posições superiores da ciência e engenharia (e posteriormente renunciou), ele estava se referindo à hipótese de maior variabilidade do sexo masculino. Mulheres, a hipótese afirma, são em média tão competentes matematicamente quanto homens, mas há uma maior dispersão inata na habilidade matemática masculina. Em outras palavras, uma proporção maior de homens tem problemas com matemática, mas uma proporção igualmente alta se supera devido a algo na maneira como o cérebro masculino se desenvolve. Isso supostamente explica porque meninos tendem a dominar competições e porque a quantidade de homens é bem maior que a de mulheres em departamentos de matemática em universidades de elite. Desde então, cientistas têm colocado a hipótese de variabilidade em teste e ela tem se mostrado falsa.

No estudo mais ambicioso até o momento, o professor de matemática Jonathan Kane, da University of Wisconsin-Whitewater, e a professora de oncologia Janet Mertz, da University of Wisconsin-Madison, analisaram dados relativos ao desempenho matemático em 52 países, incluindo pontuações de competições de elite como a Olimpíada Internacional de Matemática. Especificamente, eles examinaram a variância – em linhas gerais, se as pontuações são bem espalhadas. Dois padrões emergiram, eles relatam em um artigo da edição de janeiro doNotices of the American Mathematical Society. O primeiro é que a variância dos homens e das mulheres é essencialmente igual em alguns países. O outro é que a razão da variância entre homens e mulheres difere bastante de um país para outro: 0,91 a 1,52 (em que uma razão de 1 indica que a variância dos dois sexos é igual, e um número maior que 1 significa que as pontuações masculinas foram mais dispersas que as femininas).

A descoberta de que a variância dos homens supera a das mulheres em alguns países, mas é menor em outros e que a dispersão de ambos “por toda parte se equivale, sugere que isso não pode ser biologicamente inato, a menos que você queira dizer que a genética humana é diferente em países diferentes”, argumenta Mertz. “A vasta maioria das diferenças entre o desempenho masculino e feminino
deve refletir fatores sociais e culturais.”

Quais? Uma pista vem da descoberta que um índice amplamente utilizado para medir a igualdade entre os sexos em um país, chamado Global Gender Gap Index (Índice Global de Desigualdade de Gênero), se correlaciona com a razão da pontuação de meninos versus meninas nos 5% dos melhores resultados em uma competição internacional de matemática chamada Pisa. Em alguns países, como a República Tcheca, a distribuição de pontuação matemática dos meninos e meninas foi quase idêntica. Outra pista de que diferenças de gênero no desempenho matemático não são inatas vem da diminuição da desigualdade entre os sexos. Nos Estados Unidos, a proporção entre meninos e meninas de pontuações acima de 700 na prova de matemática do SAT caiu de 13:1 nos anos 70 para 3:1 nos
anos 90.

O professor de psicologia Stephen Ceci, da Cornell University, diz que a nova análise é “um argumento muito importante” no debate sobre as fontes de diferenças entre os sexos na carreira matemática. Mas, acrescenta, as descobertas não significam que a biologia não desempenha nenhum papel. Só porque a dieta afeta a altura humana, por exemplo, não significa que “a Natureza não é importante”. Agora que a hipótese de maior variabilidade masculina caiu por terra, a Natureza não parece mais tão importante quanto os cientistas imaginavam no passado.

Doenças sexualmente transmissíveis


Gonorreia está se tornando resistente a tratamento padrão com antibióticos
por Christine Gorman
Bactérias causadoras da gonorréia, vistas sob microscópio
cortesia de CDC/Susan Lindsley
A gonorreia é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo, com cerca de 600 mil casos diagnosticados nos Estados Unidos a cada ano. Há poucos anos, cientistas começaram a ver casos de infecção que não respondiam facilmente ao tratamento com um grupo de fármacos designados cefalosporinas – atualmente a última linha de defesa contra esta infecção específica. Agora, o número de casos resistentes a medicamentos cresceu tanto nos Estados Unidos e em outros locais, que em breve a infecção gonocócica pode se tornar não tratável, de acordo com o que médicos escreveram na edição de ontem do New England Journal of Medicine.

Se você acha que nos últimos anos as más notícias relativas à resistência a antibióticos só se tornam mais comuns e insistentes, você está certo: em janeiro, pesquisadores relataram ter coletado pela primeira vez amostras de E. coli na Antártida, com genes especialmente perigosos e resistentes a antibióticos. A dispersão de genes resistentes por meio da E. coli é particularmente preocupante porque esta vive normalmente no intestino humano com milhares de outras espécies de bactérias. Nesse meio fértil, praticamente não há jeito de deter a ampla disseminação destes genes.

Enquanto isso, surgiram relatos na Índia de vários casos de tuberculose totalmente não tratável, embora estudo mais profundo sugeriu tratar-se “meramente” de episódios muito resistentes a medicamentos. Hospitais em Nova York lutam contra um tipo de pneumonia mortal que resiste a tratamento com antibióticos potentes, usados como último recurso, chamados carbapenemas, relata Maryn McKenna em artigo na SCIENTIFIC AMERICAN. Descobrir como lidar com o problema é o tema de um seminário a ser realizado, sobre resistência a carbapenemas, no New York Academy of Science, em 17 de fevereiro.

Mãe busca diagnóstico para filha que parou de se desenvolver aos 4 meses


Uma britânica está tentando chamar atenção para uma doença genética que fez com que sua filha praticamente parasse de se desenvolver quando tinha quatro meses de idade e que pode fazer com que ela nunca ande ou fale.
A filha mais jovem de Emma Hawley, Jessica, hoje com um ano e meio, tem uma síndrome que passou a ser descrita pelo termo genérico Swan (sigla em inglês para Síndrome Sem Nome), já que nenhum médico conseguiu fazer um diagnóstico preciso.
Não se sabe exatamente quantas crianças são afetadas por problemas de saúde desconhecidos, mas Hawley está tentando fazer com que médicos e a população em geral discutam mais o assunto.
Ela conta que desde cedo percebeu que havia algo errado com sua filha.
"Jessica simplesmente parou de se desenvolver. Ela começou a despencar nas tabelas de peso e altura e só ficava lá, deitada, em seu próprio mundo. Com quatro ou cinco meses, você espera que o bebê comece a sorrir e seguir você com os olhos..."
"Eu comecei a duvidar das minhas desconfianças e, em família, ninguém gosta de admitir que acha que há algum problema."

'Montanha-russa emocional'

Médicos disseram inicialmente que o bebê tinha refluxo e receitaram remédios, mas, após seis semanas, Jessica ainda não havia melhorado.
Nesta altura, Hawley já estava extremamente preocupada. Como já tinha uma filha mais velha, ela sabia que Jessica não tinha alcançado alguns dos marcos do desenvolvimento dos bebês.
Mesmo após passar por diversos testes e exames, não foi possível descobrir qual era o problema de Jessica.
A família decidiu, então, levar a menina a um médico particular que pediu uma ressonância magnética. O resultado permitiu apenas que o especialista identificasse que havia algo errado e que é possível que a menina nunca ande ou fale normalmente.
Jessica Hawley Foto: Waterbabies
A mãe acredita que a natação ajuda no desenvolvimento físico e mental de Jessica
"Você não tem nenhuma ideia de qual será o futuro da criança", diz Lauren Roberts, da ONG Swan UK, criada para oferecer apoio e informação a famílias de crianças com problemas genéticos não-identificados.
"Se você não tem um diagnóstico, você não sabe se eles alguns dia vão andar, falar, ou qual será sua expectativa de vida. Você passa a sua vida inteira nessa constante montanha-russa emocional de testes e mais testes com resultados negativos e com ninguém sendo capaz de responder suas perguntas."
"Eles podem até mapear todo o seu código genético, sem descobrir a raiz do problema. Isso acontece principalmente porque (a origem do problema) é uma alteração tão mínima no código genético que não aparece nos testes", diz Roberts, que afirma já ter sido procurada por 250 famílias desde a criação da organização há seis meses.
Segundo ela, há estimativas de que algo entre 30 e 50% das crianças com problemas de aprendizado sofrem de uma síndrome desconhecida.
"Quando as famílias nos procuram, são sempre as mesmas questões: elas se sentem extremamente isoladas, sentem como se vivessem em um limbo, porque ninguém consegue lhes dar respostas."

Água

Jessica faz aulas de natação desde as cinco semanas de idade. Como instrutora de natação para crianças, Hawley percebeu que, mesmo sem diagnóstico ou plano de tratamento, o tempo na piscina poderia ser útil para ajudar o desenvolvimento muscular de sua filha.
"Dentro da água, sem sentir seu peso, Jessica consegue flutuar e se movimentar facilmente. Ela tem dificuldade de sustentar peso nas pernas, mas dentro da água, ela é como qualquer criança de sua idade."
"É um alívio tão grande vê-la na água, boiando e se divertindo, sem nenhuma preocupação, como qualquer criança saudável", diz Hawley.
Os pais de Jessica estão começando a se conformar com a possibilidade de que eles podem nunca descobrir o que a menina tem.
Ainda assim, ele se dizem otimistas e vêm buscando chamar atenção para o problema, além de ajudar outras famílias passando por experiências semelhantes.
"Fomos ao Hospital Infantil de Birmingham em dezembro e vimos um pediatra lá. Eu disse: "Ela tem uma síndrome sem nome' e ele respondeu: 'Ah, nunca ouvi falar dessa'."
"No momento, eu não tenho nada para pesquisar... Google é uma coisa ótima, mas também é ruim, porque você acaba se agarrando a qualquer informação."

10 de fev. de 2012



Muito obrigada, meu querido ex aluno Flávio e agora federal.FIQUEI MUITO EMOCIONADA.

ISOLADO BIOMAIS


QUERIDOS ALUNOS DO CIC, CEI, CDF E CADE - A MENSALIDADE PARA
VOCÊS FICARÁ 40,00- AS MATRÍCULAS COMEÇAM NA PRÓXIMA SEGUNDA.
FORTE ABRAÇO
KATIA QUEIROZ

2 de fev. de 2012

Fritura em azeite ou óleo de girassol não eleva risco cardíaco, diz estudo

Um estudo de pesquisadores espanhóis afirmou que fritar alimentos com azeite de oliva ou óleo de girassol não faz mal para o coração.
O estudo da Universidade Autônoma de Madri não achou correlação entre frituras com estes dois tipos de óleo ricos em gordura não-saturada e problemas cardíacos ou mortes prematuras.
Quase 41 mil adultos, residentes em cinco diferentes regiões da Espanha e hábitos alimentares variados, foram acompanhados ao longo de 11 anos. Eles deram detalhes sobre sua dieta em uma semana típica, incluindo a forma como preparavam e cozinhavam os alimentos.
No início da pesquisa, nenhum deles tinha sinais de doença cardíaca. Ao fim do período, tinham ocorrido 606 incidentes relacionados a problemas cardíacos e 1.134 mortes.
Quando os pesquisadores analisaram os detalhes dos incidentes, não encontraram qualquer ligação destes com o consumo de alimentos fritos, e isso, segundo os especialistas, se deve ao tipo de óleo usado na fritura, no caso azeite e óleo de girassol.

Dieta mediterrânea

Não é de hoje que a dieta dos países do Mediterrâneo, entre os quais está a Espanha, é apontada como saudável por causa da abundância de peixe fresco e frutas e legumes plenos de fibras e de baixas calorias.
Inúmeros estudos já apontaram que uma dieta saudável pode reduzir o risco de doenças cardíacas e mesmo câncer.
Em um editorial que acompanha o estudo, o especialista Michael Leitzmann, da Universidade de Regensburg, na Alemanha, escreveu que "como conjunto, o mito de que comida frita geralmente é ruim para o coração não é confirmado pela evidência disponível".
"Mas isso não quer dizer que refeições frequentes compostas de frituras não terão consequências para a saúde. O estudo sugere que aspectos específicos das frituras fazem diferença, como o tipo de óleo usado e outros aspectos da dieta", avaliou.
A Fundação Britânica para o Coração atualmente recomenda aos indivíduos trocar óleos ricos em gordura saturada, como manteiga e óleos de origem animal e de palma por outros ricos em gordura não saturada, como azeite de oliva e óleo de girassol.
A especialista em dieta da entidade, Victoria Taylor, lembra que "independentemente do método de cozinha utilizado, o consumo de alimentos de alto valor calórico implica um alto consumo calórico, que pode levar a ganho de peso e obesidade, fatores para doenças cardíacas".
"Uma dieta equilibrada, com abundância de frutas e legumes e apenas uma pequena quantidade de alimentos ricos em gordura é melhor para a saúde do coração", afirmou.

Testes mostram que ultrassom nos testículos 'pode ser novo contraceptivo masculino'

A aplicação de ultrassom nos testículos pode suspender a produção de esperma, segundo pesquisadores que estudam uma nova forma de contracepção masculina.
Um estudo com ratos, publicado na revista científica Reproductive Biology and Endocrinology, mostrou que as ondas de ultrassom podem ser usadas para reduzir a contagem de esperma a níveis considerados inférteis em humanos.
O conceito de usar as ondas sonoras para reduzir a fertilidade masculina surgiu nos anos 70, mas agora está sendo explorado a fundo por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que receberam financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates.

'Água salgada'

O mais recente estudo descobriu que duas aplicações de 15 minutos "reduzem significativamente" o número de células produtoras de esperma e a contagem de esperma.
As sessões se mostraram mais eficazes quando realizadas com um intervalo de dois dias e através de água morna salgada.
Em humanos, segundo os pesquisadores, homens são considerados subférteis quando sua contagem de esperma fica abaixo dos 15 milhões/ml. A contagem de esperma nos ratos ficou abaixo de 10 milhões/ml.
"Ainda precisamos de mais estudos para determinar por quanto tempo dura o efeito contraceptivo e se é seguro utilizá-lo múltiplas vezes", disse o líder da pesquisa James Tsuruta.
A equipe também precisa garantir que o efeito do ultrassom será totalmente reversível, podendo ser usado com contraceptivo e não como esterilização, além de analisar se pode haver danos cumulativos com a repetição das aplicações.
"A ideia é boa, mas ainda é necessário muito trabalho", disse o professor de andrologia da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, Allan Pacey.
Segundo ele, é provável que a produção de esperma volte ao normal após as aplicações, mas "os espermatozóides podem ficar danificados e qualquer bebê que venha deles pode ter problemas".
"A última coisa que queremos é um dano prolongado ao esperma

Epidemia de tiques nervosos em estudantes intriga médicos

Estudantes na pequena comunidade de Leroy, no Estado americano de Nova York, estão adoecendo com um misterioso mal, que provoca tiques, desmaios e descontroles verbais.
Aluna
Estudantes da escola em Leroy estão sofrendo com tiques e desmaios
Cerca de 15 alunos foram afetados. Os médicos acreditam que se trata de um mal raro chamado de distúrbio psicogênico em massa, também conhecido como histeria em massa, mas o diagnóstico não foi confirmado.
O caso atraiu a atenção da famosa ativista ambiental Erin Brockovich, cuja vida foi vivida na tela pela atriz Julia Roberts. A equipe de Brockovich investiga se os distúrbios têm relação com um vazamento tóxico ocorrido a mais de cinco quilômetros do local, em 1970.

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