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17 de mar. de 2010

BOTULISMO

gastroenterite é um termo geral que se refere a um grupo de distúrbios cujas causas são as infecções e cujos sintomas incluem a perda de apetite, a náusea, o vômito, a diarréia leve a intensa, a dor tipo cólica e o desconforto abdominal. Juntamente com a água, ocorre a perda de eletrólitos (sobretudo de sódio e potássio) do organismo. Para o adulto saudável, o desequilíbrio eletrolítico é apenas inconveniente. No entanto, ele pode causar uma desidratação potencialmente letal em indivíduos muito doentes, muito jovens ou idosos.

Causas
As epidemias de diarréia em lactentes, crianças e adultos geralmente são causadas por microrganismos presentes na água ou em alimentos contaminados por fezes infectadas. As infecções também podem ser transmitidas de pessoa para pessoa, sobretudo quando um indi víduo com diarréia não realiza uma lavagem de mãos adequada após evacuar. As infecções causada por Salmonella podem ser adquiridas por meio da colocação dos dedos na boca após um contato com répteis (p. Ex., tartaruga ou iguana).Determinadas bactérias produzem toxinas que fazem com que as células da parede intestinal secretem eletrólitos e água.

Uma dessas toxinas é responsável pela diarréia aquosa, a qual é um sintoma do cólera. Uma toxina produzida por uma bactéria comum, a Escherichia coli (E. coli) pode causar a diarréia de viajante e alguns surtos de diarréia em berçários hospitalares. Algumas bactérias, como certas cepas de E. coli, Campylobacter, Shigella e Salmonella (inclusive o tipo que causa a febre tifóide), invadem o revestimento interno do intestino. Esses microrganismos lesam as células subjacentes e causam pequenas ulcerações que sangram e permitem uma considerável perda de um líquido que contém proteínas, eletrólitos e água.

Além das bactérias, vários vírus (p. Ex., vírus de Norwalk e o coxsackievírus) causam gastroenterite. Durante o inverno nas zonas temperadas, os rotavírus causam a maioria dos casos de diarréia grave o suficiente para exigir a internação de lactentes e crianças maiores. Além do estômago e do intestino, as infecções por enterovírus e adenovírus também podem afetar os pulmões. Determinados parasitas intestinais, particularmente a Giardia lamblia, invadem ou aderem ao revestimento intestinal e causam náusea, vômito, diarréia e uma sensação de malestar geral.

A doença resultante, denominada giardíase, é mais comum nos climas frios, como nas Montanhas Rochosas, norte dos Estados Unidos e norte da Europa. Se a doença tornarse crônica, ela pode impedir que o organismo absorva nutrientes, uma condição denominada síndrome de má absorção. Outro parasita intestinal, denominado Cryptosporidium, causa uma diarréia aquosa, a qual é algumas vezes acompanhada por cólicas abdominais, náusea e vômito. Nos indivíduos sadios, a doença quase sempre é leve, mas, naqueles com depressão do sistema imune, ela pode ser grave ou mesmo fatal. Tanto a Giardia quanto o Cryptosporidium são comumente adquiridos pela ingestão de água contaminada.

A gastroenterite pode ser decorrente da ingestão de substâncias químicas tóxicas encontradas em frutos do mar, plantas (p. Ex., cogumelos e batatas) ou em alimentos contaminados. Além disso, a intolerância à lactose – in capacidade de digerir e absorver o açúcar do leite (lactose) – pode causar gastroenterite. Os sintomas, que ocorrem após a ingestão de leite, algumas vezes são erroneamente considerados como indicadores de uma alergia ao leite. A ingestão acidental de metais pesados (p. Ex., arsênico, chumbo, mercúrio ou cádmio) na água ou em alimento pode desencadear o início súbito de náusea, vômito e diarréia. Muitos medicamentos, incluindo os antibióticos, também causam cólicas abdominais e diarréia.

Sintomas
O tipo e a gravidade dos sintomas dependem do tipo e da quantidade do microrganismo ou da toxina ingerida. Os sintomas também variam de acordo com a resistência do indivíduo à doença. Freqüentemente, os sintomas iniciam-se de forma súbita e, algumas vezes, dramática, com perda do apetite, náusea ou vômito. O indivíduo pode apresentar borgorimos (ruídos intestinais audíveis), cólicas abdominais e diarréia com ou sem sangue e muco visíveis. A distensão de alças intestinais pelo acúmulo de gás pode provocar dor.

O indivíduo pode apresentar febre, malestar generalizado, dores musculares e uma fadiga extrema.O vômito e a diarréia intensos podem acarretar uma desidratação importante e uma queda grave da pressão arterial (choque). O vômito ou a diarréia excessiva causa uma perda grave de potássio, com conseqüente redução da concentração do mesmo no sangue (hipocalemia). A concentração baixa de sódio no sangue (hiponatremia) também pode ocorrer, especialmente quando a reposição líquida é realizada com a ingestão de líquidos contendo pouco ou nenhum sal (p. Ex., água e chá). Todos esses desequilíbrios são potencialmente graves.

Diagnóstico
O diagnóstico da gastroenterite normalmente é óbvio a partir da sintomatologia. No entanto, a sua causa freqüentemente não é evidente. Algumas vezes, outros membros da família ou colegas de trabalho adoeceram recentemente e apresentaram sintomas semelhantes. Outras vezes, o indivíduo pode relacionar a doença com a ingestão de alimentos cozidos de modo inadequado, estragados ou contaminados, como uma maionese que permaneceu durante muito tempo fora da geladeira ou frutos do mar crus. Uma viagem recente, em especial para determinados países, também pode fornecer pistas.

Quando os sintomas são graves ou persistem por mais de 48 horas, devem ser realizados exames de fezes, investigando se a presença de leucócitos, bactérias, vírus ou parasitas. A análise do vômito, de alimentos ou do sangue também podem ser úteis na identificação da causa.Quando os sintomas persistem por mais do que alguns dias, o médico pode realizar um exame do intestino grosso com o auxílio de um colonoscópio (um tubo de visualização flexível) para descartar a existência de um distúrbio como, por exemplo, uma colite ulcerativa ou uma disenteria amebiana (amebíase).

Tratamento
Normalmente, o único tratamento necessário para a gastroenterite é ingestão de uma quantidade adequada de líquidos. Mesmo o indivíduo que apresenta vômito deve ingerir pequenas quantidades de líquido, pois este corrige a desidratação, o que, por sua vez, ajuda a interromper o vômito. Quando o vômito for prolongado ou quando o indivíduo apresentar uma desidratação grave, deve ser realizada a reposição hidroeletrolítica (água e eletrólitos) por via intravenosa.

Como as crianças desidratam mais rapidamente, elas devem receber líquidos com uma mistura adequada de sais e açúcares. Qualquer solução de reidratação comercial é eficaz. Entretanto, os líquidos comumente utilizados (p. Ex., refrigerantes, chás, isotônicos e sucos de frutas) não são adequados para as crianças com diarréia. Quando o vômito é muito intenso, o médico deve administrar uma injeção ou prescrever um supositório.

À medida que os sintomas melhoram, o indivíduo pode adicionar gradualmente alimentos leves (p. Ex., cereais cozidos, bananas, arroz, compota de maçã e torradas) à sua dieta. Se a dieta modificada não eliminar a diarréia em12 a 24 horas e se o indivíduo apresentar sangue nas fezes (indicando uma infecção bacteriana mais grave), drogas como o difenoxilato, a loperamida ou o subsalicilato de bismuto podem ser administradas. Como os antibióticos podem causar diarréia e estimular o crescimento de microrganismos resistentes a eles, raramente eles são adequados, mesmo quando uma bactéria conhecida é a cau sadora da gastroenterite. No entanto, os antibióticos podem ser usados quando a causa do distúrbio são determinadas bactérias (p. Ex.,Campylobacter, Shigella e Vibrio cholerae ).

Colite Hemorrágica
A colite hemorrágica é um tipo de gastroenterite na qual determinadas cepas de Escherichia coli (E. coli) infectam o intestino grosso e produzem uma toxina que causa uma diarréia sanguinolenta súbita e, algumas vezes, outras complicações graves. Na América do Norte, a cepa mais comum de E. coli que causa a colite hemorrágica é denominada E. coli. Esta cepa está presente no intestino do gado saudável. No Brasil, estudos recentes revelaram que mais de 80% do rebanho bovino é portador da Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC), a qual causa a colite hemorrágica e pode disseminarse por meio do processamento industrial. Surtos podem ser causados pela ingestão da carne bovina não cozida adequadamente (especialmente carne moída) ou do leite não pasteurizado. A doença também pode ser transmitida de pessoa para pessoa, em particular entre crianças que ainda usam fraldas. A colite hemorrágica pode ocorrer em indivíduos de todas as faixas etárias. As toxinas de E. coli lesam o revestimento do intestino grosso. Quando elas são absorvidas para o interior da corrente sangüínea, elas também podem afetar outros órgãos (p. Ex., rins).

Sintomas
As cólicas abdominas intensas iniciam subitamente e são acompanhadas por uma diarréia aquosa, a qual, em 24 horas, normalmente tornase sanguinolenta. Comumente, o indivíduo apresenta uma temperatura corpórea normal ou discretamente elevada, mas, ocasionalmente, ela pode ser superior a 38,8°C. Habitualmente, a diarréia dura de 1 a 8 dias. Aproximadamente 5% dos indivíduos infectados pela E. coli apresentam a síndrome hemolíticourêmica.

Os sintomas incluem a anemia causada pela destruição dos eritrócitos (anemia hemolítica), a contagem plaquetária baixa (trombocitopenia) e a insuficiência renal aguda. Alguns indivíduos também apresentam crises convulsivas, acidentes vasculares cerebrais ou outras complicações derivadas de lesões nervosas ou cerebrais. Essas complicações ocorrem tipicamente na segunda semana da doença e podem ser precedidas por uma elevação da temperatura corpórea. A ocorrência da síndrome hemolíticourêmica é mais provável em crianças com menos de cinco anos de idade e em idosos. Mesmo sem essas complicações, a colite hemorrágica pode ser letal para os idosos.

Diagnóstico e Tratamento
Normalmente, o médico costuma suspeitar de uma colite hemorrágica quando o indivíduo refere apresentar uma diarréia sanguinolenta. Para o estabelecimento do diagnóstico, são realizados exames de fezes para se identificar a presença da E. coli. As amostras de fezes devem ser coletadas na primeira semana após o início dos sintomas. Outros exames como, por exemplo, a colonoscopia (exame do intestino grosso usando um tubo de visualização flexível), somente são realizados quando o médico suspeitar que a diarréia sanguinolenta é devida a uma outra causa.Os aspectos mais importantes do tratamento são a ingestão de quantidades suficientes de líquidos para repor a perda líquida e a manutenção de uma dieta leve. Os antibióticos não aliviam os sintomas, não eliminam as bactérias e nem impedem as complicações. Os indivíduos que apresentam complicações podem necessitar de internação na unidade de terapia intensiva e, inclusive, de diálise.

Intoxicação Alimentar por Staphylococcus
A intoxicação alimentar por Staphylococcus é a intoxicação decorrente da ingestão de alimentos contaminados com toxinas de determinadas cepas de estafilococos, que são bactérias comuns. Geralmente, ela causa diarréia e vômito.O risco de um surto é alto quando as pessoas que manipulam alimentos apresentam infecções cutâneas e contaminam os alimentos mantidos na temperatura ambiente, permitindo que as bactérias proliferem e produzam sua toxina no alimento. Os alimentos mais comumente contaminados incluem manjares, pudins, doces recheados com creme, leite, carnes processadas e peixes.

Sintomas e Diagnóstico
Comumente, os sintomas iniciam abruptamente, com o indivíduo apresentando náusea e vômito intensos 2 a 8 horas após a ingestão do alimento contaminado. Outros sintomas podem incluir as cólicas abdominais, a diarréia e, às vezes, a cefaléia e a febre. A perda importante de líquidos e eletrólitos pode causar fraqueza e hipotensão arterial (choque). Os sintomas duram menos de 12 horas e, normalmente, a recuperação é completa.

Ocasionalmente, a intoxicação alimentar é fatal, particularmente em crianças de baixa idade, em idosos e em indivíduos debilitados devido a uma doença crônica. Para o estabelecimento do diagnóstico, tudo que o médico normalmente necessita é da sintomatologia. Comumente, outras pessoas que consumiram o mesmo alimento também são afetadas e o distúrbio pode ser relacionado a uma única fonte de contaminação. Para confirmação do diagnóstico, o laboratório deverá identificar a presença de estafilococos no alimento suspeito. Também pode ser identificada a presença de estafilococos no exame microscópico do vômito.

Prevenção e Tratamento
A preparação cuidadosa de alimentos previne a intoxicação alimentar por estafilococos. Qualquer um que apresente uma infecção cutânea causada por Staphylococcus (p. Ex., furúnculos ou impetigo) não deve preparar alimentos para outras pessoas até a infecção ser curada.Comumente, o tratamento consiste na ingestão de uma quantidade adequada de líquido. Quando os sintomas são graves, o médico pode administrar uma injeção ou prescrever um supositório para ajudar no controle da náusea. Algumas vezes, a perda líquida é muito importante, e a reposição deve ser feita por via intravenosa. A reposição hidroeletrolítica intravenosa rápida provê uma grande melhoria do quadro.

Botulismo
O botulismo é uma intoxicação alimentar pouco comum e potencialmente letal causada pelas toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Essas toxinas são os venenos mais potentes que se conhece e podem produzir danos graves dos nervos e músculos. Como elas produzem lesões nervosas, são denominadas neurotoxinas. A classificação médica do botulismo é feita de acordo com a sua origem. O botulismo de origem alimentar é resultante da ingestão de alimentos contaminados. O decorrente de uma ferida é resultante de uma ferida contaminada. O botulismo do lactente também é decorrente da ingestão de alimentos contaminados e afeta lactentes.

Causas
A bactéria Clostridium botulinum forma esporos. Como as sementes, os esporos podem permanecer em um estado de latência durante muitos anos e são muito resistentes à destruição. Em condições ideais (presença de umidade e de nutrientes e ausência de oxigênio), os esporos começam a crescer e produzem uma toxina. Algumas toxinas produzidas pelo Clostridium botulinum são proteínas altamente tóxicas que resistem à destruição por parte das enzimas protetoras do intestino.Quando o alimento contaminado é consumido, a toxina penetra no organismo pelo sistema digestivo, causando o botulismo alimentar. As conservas caseiras são a fonte mais freqüente do botulismo, embora alimentos comerciais tenham sido responsáveis em cerca de 10% dos surtos.

Os vegetais, os peixes, as frutas e os condimentos são as fontes alimentares mais comuns. A carne bovina, os laticínios, a carne suína e de aves e outros alimentos também foram responsabilizados por casos de botulismo.O botulismo devido a uma ferida ocorre quando esta é contaminada pelo Clostridium botulinum. No interior da lesão, as bactérias produzem uma toxina que é então absorvida para o interior da corrente sangüínea e produz os sintomas.

O botulismo do lactente ocorre mais freqüentemente em lactentes com dois a três meses. Ao contrário do botulismo alimentar, ele não é causado pela ingestão da toxina préformada, mas é resultante da ingestão de alimentos que contêm esporos, que desenvolvemse no intestino do lactente produzindo toxinas. A causa da maioria dos casos é desconhecida, mas alguns deles foram relacionados ao consumo de mel. O Clostridium botulinum é comum no meio ambiente e muitos casos podem ser decorrentes da ingestão de pequenas quantidades de poeira ou de terra.

Sintomas
Os sintomas manifestamse subitamente, comumente 18 a 36 horas após a entrada da toxina no organismo, embora eles possam manifestarse 4 a 8 horas após a entrada da toxina. Quanto maior for a quantidade de toxina que entra no organismo, mais precoce será a manifestação da doença. Geralmente, os indivíduos que adoecem nas 24 horas que sucedem a ingestão do alimento contaminado apresentam um quadro mais grave. Os primeiros sintomas comumente incluem a boca seca, a visão dupla, a ptose palpebral e a incapacidade de focar objetos próximos.

As pupilas não contraem normalmente quando expostas à luz durante o exame oftalmológico, inclusive podendo não contrair em absoluto. Em alguns indivíduos, os primeiros sintomas são a náusea, o vômito, as cólicas estomacais e a diarréia. Outros indivíduos não apresentam esses sintomas gastrointestinais, principalmente aqueles que apresentam o botulismo devido a uma ferida.O indivíduo afetado apresenta dificuldade de fala e de deglutição. A dificuldade de deglutição pode levar à aspiração de alimentos e à pneumonia aspirativa. Os músculos dos membros superiores e inferiores e os respiratórios apresentam uma fraqueza progressiva à medida que os sintomas avançam gradualmente, de cima para baixo.

A incapacidade dos nervos para funcionar adequadamente afeta a força muscular, apesar da sensibilidade ser preservada. Apesar da gravidade dessa doença, o estado mental geralmente permanece inalterado. Em aproximadamente dois terços dos casos de botulismo do lactente, a constipação é o sintoma inicial. Em seguida, ocorre a paralisia dos nervos e músculos, começando na face e na cabeça e atingindo finalmente os membros superiores, os membros inferiores e os músculos respiratórios. Os nervos de um dos lados do corpo podem ser mais lesados que os do outro lado. Os problemas variam de uma letargia discreta e um tempo prolongado para se alimentar até a perda acentuada do tônus muscular e a incapacidade de respirar adequadamente.

Diagnóstico
No botulismo alimentar, o padrão característico do comprometimento nervoso e muscular pode levar o médico a estabelecer o diagnóstico. No entanto, os sintomas são freqüente e equivocadamente considerados como devidos a causas mais comuns de paralisia como, por exemplo, um acidente vascular cerebral. Uma provável origem alimentar provê uma pista adicional. Quando o botulismo ocorre em duas ou mais pessoas que consumiram o mesmo alimento preparado no mesmo lugar, o diagnóstico tornase mais fácil, mas ele somente é confirmado através da detecção da toxina no sangue ou da cultura de fezes positiva para a bactéria.

A toxina também pode ser identificada no alimento suspeito. A eletromiografia (um exame que analisa a atividade elétrica dos músculos) revela contrações musculares anormais após a estimulação elétrica em quase todos os casos de botulismo.O diagnóstico de botulismo devido a uma ferida é confirmado quando a toxina é encontrada no sangue ou quando uma cultura de amostra de tecido da ferida é positiva para a bactéria. A identificação da bactéria ou de sua toxina em uma amostra das fezes do lactente confirma o diagnóstico do botulismo do lactente.

Prevenção e Tratamento
Os esporos são altamente resistentes ao calor e podem sobreviver à cocção por várias horas. Contudo, as toxinas são destruídas imediatamente pelo calor e, conseqüentemente, o cozimento do alimento a 80 °C durante 30 minutos previne o botulismo alimentar. O cozimento dos alimentos imediatamente antes de seu consumo quase sempre previne a ocorrência de botulismo alimentar, mas os alimentos cozidos de modo inadequado podem causálo quando guardados após a cocção. As bactérias podem produzir algumas toxinas em temperaturas baixas de até mesmo 3°C, a temperatura usual de um refrigerador.

É essencial que o acondicionamento de alimentos (caseiros ou comerciais) seja adequado, assim como o aquecimento dos alimentos enlatados utilizados em casa antes de serem servidos. Os alimentos enlatados que apresentam qualquer evidência de deterioração podem ser letais e devem ser descartados. Além disso, as latas inchadas ou com vazamentos devem ser imediatamente descartadas. O mel não deve ser dado a crianças com menos de 1 ano, pois ele pode conter esporos.

Mesmo quantidades mínimas de uma toxina que penetra no organismo por meio da ingestão, da inalação ou da absorção pelo olho ou de uma solução de continuidade cutânea podem causar uma doença grave. Por essa razão, todo alimento que possa estar contaminado deve ser descartado imediatamente e com cuidado. O indivíduo deve evitar o contato com a pele e as mãos devem ser lavadas imediatamente após a manipulação do alimento.

Um indivíduo com suspeita de botulismo deve procurar um hospital imediatamente. Freqüentemente, o tratamento é iniciado antes dos resultados de exames estarem disponíveis. De qualquer modo, eles devem ser solicitados para confirmação do diagnóstico. Para livrar o organismo de qualquer toxina não absorvida, o médi co pode induzir o vômito, realizar uma lavagem gástrica e pode administrar um laxante para acelerar a passagem do conteúdo intestinal.

O maior perigo do botulismo é o comprometimento respiratório. Os sinais vitais (pulso, freqüência respiratória, pressão arterial e temperatura) são controlados regularmente. Caso ocorram problemas respiratórios, o indivíduo deverá ser transferido para uma unidade de terapia intensiva e pode ser mantido temporariamente sob ventilação mecânica. A terapia intensiva reduziu a taxa de mortalidade por botulismo de aproximadamente 70% no início deste século para menos de 10% atualmente.

A alimentação parenteral (por via venosa) também pode ser necessária. A antitoxina botulínica não reverte o dano causado, mas pode retardar ou inclusive interromper a deterioração física e mental, o que permite que o corpo vá se recuperando espontaneamente ao longo dos meses. Assim que o diagnóstico for estabelecido, a antitoxina botulínica é administrada o mais rapidamente possível, pois a probabilidade de êxito é maior quando ela é administrada nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas. Atualmente, a antitoxina botulínica não é recomendada no tratamento do botulismo do lactente, mas a sua eficácia para esse tipo de botulismo vem sendo estudada.

Intoxicação Alimentar pelo Clostridium perfringens
Esse tipo de gastroenterite é causado pela ingestão de alimento contaminado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium perfringens. Algumas cepas produzem uma doença leve a moderada que melhora sem tratamento. Outras cepas produzem um tipo de gastroenterite grave, freqüentemente fatal. Algumas toxinas não são destruídas pela cocção e outras o são. Comumente, a responsável pelos surtos de intoxicação alimentar pelo Clostridium perfringens é a carne contaminada.

Sintomas, Diagnóstico, e Tratamento
Normalmente, a gastroenterite é leve, embora possa ocorrer um quadro grave com dor abdominal, distensão abdominal devida ao acúmulo de gás, diarréia intensa, desidratação e choque. Normalmente, o médico suspeita do diagnóstico quando ocorreu um surto local da doença. O diagnóstico é estabelecido por meio do exame do alimento contaminado que confirma a presença do Clostridium perfringens. É realizada a administração de líquidos ao indivíduo e o repouso é aconselhado. Nos casos mais graves, a penicilina pode ser útil. Quando a doença destrói uma parte do intestino delgado, esta será removida cirurgicamente.

Diarréia do Viajante
A diarréia do viajante (também denominada gripe intestinal ou intestino do turista) é um distúrbio caracterizado por diarréia, náusea e vômito que comumente afeta pessoas que viajam.Os microrganismos com maior propensão para causar a diarréia do viajante são os tipos de Escherichia coli que produzem determinadas toxinas e alguns vírus (p. Ex., vírus de Norwalk).

Sintomas e Diagnóstico
A náusea, o vômito, o borborigmo (ruídos intestinais audíveis), a cólica abdominal e a diarréia podem ocorrer combinados e com um grau de gravidade variado. O vômito, a cefaléia e a dor muscular são particularmente comuns em infecções causadas pelo vírus de Norwalk. A maioria dos casos é leve e desaparece espontaneamente. Exames raramente são necessários.

Prevenção e Tratamento
Os viajantes devem dar preferência a restaurantes com uma reputação de segurança e não devem consumir alimentos ou bebidas oferecidos por vendedores ambulantes. Todo alimento deve ser cozido e toda fruta deve ser descascada. Os viajantes devem tomar apenas refrigerantes ou bebidas preparadas com água previamente fervida. Eles devem evitar as saladas que contêm vegetais não cozidos.

O subsalicilato de bismuto pode prover alguma proteção. O benefício da antibioticoterapia preventiva é controverso, mas esses medicamentos podem ser recomendados para os indivíduos particularmente suscetíveis às conseqüências da diarréia do viajante (p. Ex., aqueles com depressão do sistema imune).

O tratamento consiste em ingerir grande volume de líquidos, e em uma dieta leve. Antibióticos não são recomendados para casos leves de diarréia, a menos que se observe febre ou sangue nas fezes. Esses medicamentos podem causar danos, por eliminar as bactérias que crescem normalmente nas fezes, ao mesmo tempo em que promovem o crescimento de bactérias resistentes aos medicamentos.

Intoxicação Alimentar por Substâncias Químicas
A intoxicação alimentar por substâncias químicas é resultado da ingestão de plantas ou de animais que contêm veneno. A intoxicação por cogumelo venenoso (“chapéu de cobra”) pode ocorrer devido à ingestão de qualquer uma das numerosas espécies de cogumelos venenosos. O potencial de intoxicação pode variar dentro das mesmas espécies, em diferentes momentos da época de crescimento e de acordo como o cogumelo é cozido. Nos casos de intoxicação causados por muitas espécies de Inocybe e algumas espécies de Clitocybe, a substância perigosa é a muscarina.

Os sintomas, que iniciam alguns minutos ou até 2 horas após a ingestão, incluem o aumento do lacrimejamento, sialorréia (aumento da salivação), constrição pupilar, sudorese, vômito, cólicas estomacais, diarréia, tontura, confusão mental, coma e, ocasionalmente, crises convulsivas. Com o tratamento apropriado, o indivíduo geralmente recuperase em 24 horas, apesar de poder ocorrer morte em poucas horas. Na intoxicação pela faloidina causada pela ingestão da Amanita phalloides e espécies relacionadas de cogumelos, os sintomas começam de 6 a 24 horas após a ingestão do alimento contaminado. Os indivíduos apresentam sintomas intestinais similares aos da intoxicação muscarínica, e a lesão renal pode acarretar uma redução ou inclusive a supressão da produção de urina.

A icterícia devido à lesão hepática é comum e ocorre em 2 a 3 dias. Algumas vezes, os sintomas desaparecem espontaneamente, mas aproximadamente 50% dos indivíduos com intoxicação pela faloidina morrem em 5 a 8 dias. A intoxicação por plantas e arbustos pode ser causada pela ingestão de folhas e frutos de plantas domésticas ou silvestres. As raízes ou os brotos verdes que crescem sob o solo e que contêm solanina produzem náusea discreta, vômito, diarréia e fraqueza. As favas podem acarretar a ruptura dos eritrócitos em indivíduos geneticamente suscetíveis (favismo).

A intoxicação pelo ergot ocorre devido à ingestão de cereais contaminados pelo fungo Claviceps purpurea. As frutas da árvore de Koenig causam a doença do vômito da Jamaica. A intoxicação por frutos do mar geralmente é causada por pescados ou mariscos. Normalmente, a intoxicação causada por pescados é decorrente da ação de uma das três toxinas seguintes: a ciguatera, o tetraodon ou a histamina. Mais de quatrocentas espécies de peixes dos recifes tropicais da Flórida, das Índias Ocidentais ou do Pacífico causam intoxicação. A toxina é produzida por certos dinoflagelados, que são microrganismos marinhos devorados pelos peixes e que se acumulam em sua carne. Os peixes maiores e mais velhos são mais tóxicos que os menores e mais jovens.

O sabor do peixe não é afetado. Os métodos atuais de processamento não conseguem destruir a toxina. Os sintomas podem manifestarse de 2 a 8 horas após a ingestão do peixe. As cólicas abdominais, a náusea, o vômito e a diarréia persistem por 6 a 17 horas. Os sintomas tardios podem incluir o prurido, a sensação de formigamento, a cefaléia, a fraqueza e a dor muscular, a inversão das sensações de calor e frio, a dor facial. Ao longo de vários meses, os transtornos podem ser incapacitantes.Os sintomas da intoxicação pelo tetraodon, causada pela ingestão de baiacu, o qual é encontrado mais freqüentemente nos mares que banham o Japão, são similares aos da intoxicação pela ciguatera.

A morte pode ser causada pela paralisia dos músculos respiratórios. A intoxicação pela histamina proveniente de peixes como a cavala, o atum e o golfinho azul (“mahimahi”) ocorre quando os tecidos do peixe sofrem decomposição após a captura e produzem altas concentrações de histamina. Após a ingestão, a histamina produz um rubor facial imediato. Ela também pode causar náusea, vômito, dor de estômago e urticária alguns minutos após a ingestão. Geralmente, os sintomas duram menos de 24 horas.

De junho a outubro, especialmente nas costas do Pacífico e da Nova Inglaterra, os moluscos (p. Ex., mexilhões, mariscos, ostras e vieiras) podem devorar certos dinoflagelados venenosos. Estes são encontrados em determinados momentos e em uma quantidade tão grande que a água adquire uma coloração vermelha, um fenômeno conhecido como “maré vermelha”.

Esses organismos produzem uma toxina que afeta os nervos (as toxinas são denominadas neurotoxinas). A toxina que causa a intoxicação paralítica por moluscos continua ativa mesmo após o alimento ser cozido. O sintoma inicial, uma sensação de formigamento (“agulhadas, alfinetadas”) ao redor da boca,começa de 5 a 30 minutos após a ingestão. Aseguir, o indivíduo apresenta náusea, vômito ecólica abdominal.

Cerca de 25% dos indivíduosapresenta fraqueza muscular durante as horasseguintes, a qual pode evoluir para a paralisiados membros superiores e inferiores ou dosmúsculos respiratórios, podendo ser tão gravea ponto de acarretar a morte. A intoxicação por contaminantes pode afetarindivíduos que ingeriram frutas e vegetais nãolavados e que haviam sido submetidos a pulverização com arsênico, chumbo ou inseticidasorgânicos, ou aqueles que ingeriram líquidosácidos servidos em recipientes que contêmchumbo ou alimentos armazenados em recipientes revestidos de cádmio.

Tratamento
A menos que o indivíduo tenha apresentadovômitos violentos ou diarréia ou que os sintomas tenham surgido somente várias horas apósa ingestão, devese tentar eliminar a substância tóxica utilizando um método de esvaziamento gástrico (lavagem gástrica). Para induzir ovômito, podem ser utilizados medicamentoscomo, por exemplo, o xarope de ipeca. Alémdisso, pode ser administrado um laxante parapromover o esvaziamento intestinal. No casode persitência da náusea e dos vômitos, podeser realizada a administração intravenosa delíquido contendo sais e dextrose para corrigira desidratação ou qualquer desequilíbrio ácido ou básico.

Medicamentos analgésicos podemser necessários quando as cólicas estomacaisforem intensas. Ocasionalmente, a instituiçãoda respiração artificial e os cuidados intensivos de enfermagem são necessários.Qualquer pessoa que adoecer após ingerir umtipo de cogumelo não identificado deve tentarvomitar imediatamente e deve guardar o vômitopara que ele seja submetido a exames laboratoriais, pois o tratamento é diferente para asintoxicações causadas por espécies diferentes.

Na intoxicação muscarínica, é realizada a administração de atropina. Na intoxicação pelafaloidina, é necessária a instituição de uma dieta rica em carboidratos e a administraçãointravenosa de dextrose e cloreto de sódiointravenosos podem ser úteis na correção da baixa concentração de açúcar no sangue (hipo glicemia) causada pela grave lesão hepática. Algumas vezes, o manitol (administrado por via intravenosa) é utilizado no tratamento da intoxicação grave pela ciguatera. Os bloqueadores da histamina (antihistamínicos) são eficazes na redução dos sintomas da intoxicação pela histamina oriunda de peixes.

Fonte: www.brasilescola.com

CISRICERCOSE
















A cisticercose foi descrita pela primeira vez humanos no século XVI, entretanto a natureza dessa helmintíase ficou desconhecida até a segunda metade do século XIX, quando pesquisadores Alemães demonstraram que a forma larvária da Taenia solium era responsável por desenvolver a cisticercose em animais e humanos.

A teníase e cisticercose são infecções produzidas pelas fases adultas e larvária dos helmintos da família Taenidae. Existem duas espécies que afetam comumente os humanos: Taenia solium e Taenia saginata, que necessitam de dois hospedeiros para completarem seus ciclos de vida. Os humanos são os hospedeiros definitivos obrigatórios para o estado adulto de ambas as espécies de tênias enquanto que suínos e bovinos são os hospedeiros intermediários para os estágios larvários desse parasita. O homem adquire a teníase, ao ingerir carne de porco ou bovina crua ou mal cozida. Os indivíduos infectados podem ser reconhecidos porque as proglotes grávidas, que contém os ovos, são expelidas com as fezes e são visíveis ao olho nu. A cisticercose ocorre quando humanos, bovinos ou porcos ingerem os ovos, que contém os embrióforos, presentes em alimentos contaminados. Esses são lançados no segmento intestinal e sofrem ação das enzimas gástricas e pancreática, que digerem a capsula liberando o embrião hexacanto. Ao penetrar na mucosa, entra na circulação sangüínea e linfática alojando-se em diferentes tecidos. O homem é considerado como o hospedeiro intermediário anômalo, sendo infectado somente pela forma larvária (Cysticercus cellulosae) da Taenia solium.

A Taenia solium, é um verme plano que normalmente mede entre 1,5 a 5 metros de comprimento. Está constituída por uma cabeça ou escolex, um pescoço e pelo estróbilo. O escolex possui quatro ventosas e um rostro coroado por duas fileiras de ganchos, estas estruturas são as que fixam na mucosa do jejuno. Na região dos estróbilos ocorre a produção das proglótes, que são divididas em três formas: as imaturas, que não possuem órgãos sexuais diferenciados; as maduras, que possuem órgãos genitais femininos e masculinos; e as grávidas, que possuem um útero ramificado tubular repleto de ovos. Os ovos da Taenia, contém as oncosferas e possuem vários envoltórios. O cisticerco é formado por uma vesícula ovalada e translúcida cheia de líquido, no interior identifica-se um pequeno escólex invaginado. O cisticerco é composto por três camadas a mais externa ou camada cuticular, a média ou camada celular e a mais interna ou camada reticular.

A teníase e cisticercose, são um problema de saúde pública que prevalece em locais onde existem más condições sanitárias e outras condições ambientais e sócio-econômicas que favorecem a infecção. A transmissão geralmente ocorre tanto em áreas urbanas como rurais. Nos países onde o consumo de carne de porco com elevada percentagem de parasitismo, a ocorrência de cisticercose é alta. Esta parasitose pode ser encontrada na África, Ásia, Europa e América, sendo que o México e Brasil são os países que apresentam as maiores freqüências do continente Americano. Nos países desenvolvidos, a ocorrência é maior nos imigrantes provenientes de áreas endêmicas.

A infecção é freqüentemente sub-estimada pela dificuldade no diagnóstico clínico, porém tanto a Organização Panamericana de Saúde como a Organização Mudial de Saúde consideram os índices de 1% para Teníase humana, 0,1% para cisticercose humana e 5% para cisticercose animal como endêmicos, confirmando o importante problema de saúde pública da Teníase/Cisticercose na América Latina. A neurocisticercose, embora sendo uma doença tratável em muitos casos, é geralmente uma infecção aguda ou com um passado longo, afetando a qualidade de vida do paciente e com um envolvimento social. A doença é socio-econômicamente importante pois 75% dos pacientes com neurocisticercose estão em idade produtiva, e estão freqüentemente inaptos para trabalhar. A alta freqüência desta parasitose está relacionada com os seguintes fatores: más condições higiênicas, como a ausência de banheiros e falta de água potável; conhecimento inadequado da população sobre essa doença; contaminação do meio ambiente com os agentes causadores dessa enfermidade pelo defecação ao ar livre, irrigação de hortaliças com água contaminada, e venda da carne com cisticercos.

A prevalência da neurocisticercose no Brasil, em necropsias varia de 0,12 a 19%. A freqüência clínica, de 0,03 a 7,5% e nos estudos soroepidemiológicos, de 0,68 a 5,2%. As áreas endêmicas estão compreendidas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal. A faixa etária predominante é entre 21 a 40 anos, o sexo masculino é o mais atingido e a procedência é na maioria da zona rural. O quadro clínico mais preponderante é a epilepsia seguido de hipertensão intra-craniana.

O cisticerco desenvolve-se em aproximadamente dois meses principalmente no sistema nervoso central, músculo esquelético, ocular, na mucosa oral, hepático, cardíaco, mama entre outras sedes.


Encéfalo. Processo: Neurocisticercose. Corte sagital de órgão fixado em formol.

Um cisticerco pode ser observado no interior do ventrículo lateral e outro no lobo frontal, em localização meningo cortical. Este processo ocorre quando o ser humano faz o papel de hospedeiro intermediário da Taenia solium. Em torno do cisticerco pode ocorrer inflamação, fibrose e calcificação patológica.

Os ovos e os embriões são microscópicos, enquanto o cisticerco no músculo de porco pode medir entre 0,5 a 2cm. Em humanos a medida do cisticerco pode variar entre 0,5cm a 1,3cm.


Cérebro. Processo: Cisticercose e calcificação.

Fatia de cérebro fixada em formol, mostrando dois cisticercos (setas), incrustados no espaço subaracnóide dos sulcos corticais, determinando o alargamento destes e adelgaçamento (hipotrofia por compressão) da substância cinzenta. O cisticerco à direita, está cortado, deixando ver sua cavidade sem a larva que foi retirada ao se fazer o corte. O da esquerda é visto através da superfície de sua membrana. Em ambos, esta membrana é delgada, semi-transparente, lisa e bem delimitada dos tecidos vizinhos, o que indica reação escassa ou ausente do hospedeiro. Parte das características destes cisticercos decorrem do depósito discreto de sais de cálcio (calcificação distrófica).

Os cisticercos aparecem como uma vesícula com um escólex.

Esses parasitas são do tipo Cysticercus cellulose que representa a forma larvária da Taenia solium no porco.

A identificação do parasita pode ser feita de forma correta com a utilização de um microscópio observando-se as membranas que consistem em uma estrutura sincicial que corresponde a uma membrana externa ou cuticular, a qual, se está bem conservada aparece festonada. Imediatamente abaixo vê-se um conjunto de células semelhantes a linfócitos que constituem a membrana média ou celular de espessura variável e finalmente a parte profunda da membrana que corresponde a uma camada interna ou reticular de maior espessura de aspecto trabeculado com formação de canalículos múltiplos e abundantes espaços claros vesiculares que podem entremear-se com a segunda membrana. Para identificar o escólex , em cortes histológicos, é necessário fazer cortes seriados.

Assim pode-se ver o canal espiral que vai até o interior do escólex. Nesse último é possível ver as ventosas com estrutura similar a membrana vesicular, porém com estruturas mais homogêneas que contém os corpúsculos calcáreos. O cisticerco é considerado viável quando está na etapa vesicular, isto é, com a presença de uma membrana transparente contendo líquido e a larva invaginada em seu interior. Na primeira etapa a resposta imune pode variar de tolerância até intensa resposta inflamatória. A próxima etapa é a coloidal, na qual a vesícula aparece mais espessa e com líquido turvo ou fracamente gelatinoso esbranquiçado e a larva fragilizada.


Coração. Processo: Cisticercose. Calcificação.

Lesão exsudativa esquerda. Orgão fixado em formol e aberto por corte sagital, mostrando no terço superior do septo interventricular corte de formação cística (seta) de aproximadamente 3 mm de diâmetro, elíptica, cuja parede brancacenta, relativamente espessa, não mostra limites precisos com o miocárdio adjacente. Na metade cardíaca, vista à direita da foto (posterior), o corte da formação cística mostra uma superfície interna irregular e granulosa. Os aspectos apontados (falta de limites precisos com o miocárdio, parede espessa, superfície interna granulosa) indicam que está em curso um processo de cicatrização e de depósito de sais de cálcio (calcificação distrófica). Estas ocorrem à partir de reação inflamatória que geralmente acontece após a morte da larva, a qual não pode mais ser identificada. Embora as cavidades ventriculares estejam aparentemente normais, na ponta do ventrículo esquerdo observa-se a formação de uma cavidade cônica de base voltada para a parede apical que se mostra adelgaçada e ligeiramente protusa. Esta lesão pequena, de limites precisos geralmente representa o afastamento de feixes musculares (cornos anterior e posterior) que formam o vortéx, observada com freqüência na cardiopatia chagásica crônica, sendo chamada de lesão vorticilar esquerda.



O escólex, apresenta sinais de degeneração hialina. A terceira etapa é a granular, na qual, a vesícula tende a reduzir seu tamanho, seu conteúdo torna-se semisólido e o cisticerco não está mais viável.

O escólex é transformado em um granulo mineralizado. A etapa final ou calcificada, consiste em um nódulo sólido, mineralizado, rodeado totalmente por cápsula de tecido conjuntivo denso, formando um granuloma. Na reação inflamatória observa-se acúmulos de linfócitos, plasmócitos e eosinófilos. No tecido adjacente observa-se infiltrados linfocitários perivasculares juntamente com fibro-gliose moderada e sinais de edema tissular.

A medida que a membrana vascular mostra segmentos hialinizados e depósitos de sais de cálcio, a cápsula secundária tende a aumentar junto com o infiltrado inflamatório que se estende ao interior do parasita penetrando pela zona da abertura onde inicia-se o canal espiral. A hialinização da membrana vesicular aparece como fenômeno inicial que progressivamente estende-se a larva.


Músculo esquelético intercostal. Processo: Cisticercose. Observa-se na ponta da pinça cisticerco fibrocalcificado, de coloração esbranquiçada.

O infiltrado inflamatório, penetra ao interior do parasita formando acúmulos entre a cápsula conectiva e a membrana vesicular. Com a desintegração do parasito a reação inflamatória tende a reduzir persistindo somente as células gigantes, constituindo na formação de um nódulo semicalcificado rodeado de células gigantes multinucleadas, englobado na cápsula fibrosa, com gliose local se existe parênquima cerebral adjacente. A intensidade da reação inflamatória é muito variável, pois em muitos casos não existe reação inflamatória ao redor do cisticerco, mostrando uma tolerância ao parasita desenvolvida pelo hospedeiro. No cérebro humano, podem ser da forma cellulose, racemosa ou intermediaria. O tipo cellulose, é similar ao encontrado no porco, enquanto o racemoso é muito grande com uma membrana multilobulada e um escólex degenerado, sendo encontrado somente em algumas áreas no cérebro. Admite-se que uma vez calcificado, o parasita pode ser detectado no homem.

Em modelos experimentais foram identificados vários mecanismos utilizados pelo cisticerco, para modular a resposta imune e inflamatória.

O parasita secreta um inibidor de serina proteinase, também chamada de taeniaestatina, que inibe a ativação do complemento, de linfócitos e a produção de citocinas. A superfície do parasita é recoberta por uma camada de polissacarídeo que afasta a ativação do complemento da parede do cisto.

A paramiosina presente no parasita inibe a via clássica de ativação do complemento. O parasita produz prostaglandinas e proteínas de baixo peso molecular que diminuem a inflamação e alteram a produção de citocinas para moléculas de linfócitos T auxiliares 2 (Th2). O cisticerco secreta proteases que podem degradar interleucinas (IL2) e imunoglubulinas. Os cisticercos viáveis estimulam a produção de imunoglubulinas, que paradoxalmente aumentam o tamanho do cisto e degradam aminoácidos.

Quando o parasita está morrendo a resposta inflamatória é composta primariamente por linfócitos porém observa-se neutrófilos e eosinófilos. Nos estágios iniciais da morte do parasita, está associada a estimulação de citocinas produzidas por linfócitos T auxiliares 1 (Th1), Interferon g e Interleucina 2.

A reação tissular do hospedeiro e o parasita foram estudados através de análise histoquímica.

Portanto, foi determinada a presença de linfócitos, monócitos e eosinófilos (THOMAS et al., 1989), com a presença de células gigantes. Na neurocisticercose a coloração histológica pelo Kluver-Barrera, mostrou-se positiva determinando a presença de edema e pode-se observar também um aumento no número de astrócitos.

O parasita pode ser observado numa vesícula contendo estruturas nucleares que são vistas incorporadas com um material hialino. A coloração pelo PAS, mostrou-se positiva para as membranas do parasita, as colorações pelo von Kossa (que caracteriza a presença de cálcio) e Sudan IV ( que identifica gordura neutra) mostrou-se negativa. Na coloração histológica pelo Kluver-Barrera, foi positiva para fibras mielínicas próximas ao parasita. A coloração pelo van Gienson, também foi positiva mostrando colágeno na periferia do parasita. A coloração para fibras elásticas, mostrou-se negativa.

Algumas manifestações raras foram observadas em pacientes com neurocisticercose.

descreveram uma associação significativa entre a NCC e gliomas. Nesse estudo, dos 43 pacientes que apresentavam gliomas, 16,8% também tinham NCC, enquanto que nos 172 controles, apenas 2,9% apresentavam NCC. A associação de NCC e obesidade também já foi sugerida, através de um estudo em que duas pacientes que apresentavam NCC de localização hipotalâmica eram também obesas (IMC>30kg/m2).

A cisticercose pode causar diferentes quadros clínicos em alguns indivíduos dependendo da localização anatômica e da reação imunológica do hospedeiro. Os cisticercos podem ser encontrados na forma ativa provocando aracnoidite, hidrocefalia por obstrução na comunicação dos ventrículos encefálicos, inflamação meningea, cistos parenquimatosos, enfarte cerebral; ou na forma inativa provocando calcificações parênquimatosas ou hidrocefalia secundaria a fibrose subaracnoidea. Os sinais/sintomas mais comuns da cisticercose na forma encefálica são epilepsia, cefaleia, papiledema, vômitos, sinais piramidais.

O enfarte cerebral lacunar que é a complicação cerebrovascular mais comum na NCC é resultado da oclusão arterial secundária a intensa reação inflamatória dentro do espaço subaracnóide, também já foram descritos casos de grandes enfartes. Aracnoidite pela cisticercose é associada em muitos casos com a hidrocefalia.

O diagnóstico clínico da NCC é difícil dado ao grande polimorfismo sintomatológico. Testes imunológicos podem facilitar o diagnóstico de pacientes sintomáticos. Existem vários métodos imunológicos que são utilizados para a detecção de anticorpos específicos. O diagnóstico por imagem, tais como, tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear foram melhorando a precisão do diagnóstico. Entretanto, áreas hipodensas e hiperdensas na tomografia computadorizada não são exclusivas de cisticercos e essas tecnologias são mais caras do que os métodos imunológicos.

Fonte: www.fmtm.br

FEBREAMARELA

Doença infecciosa para a qual já existe uma vacina disponível, a febre amarela ainda hoje atinge populações na América e na África. Causada por um gênero de vírus conhecido como flavivírus, a enfermidade apresenta duas formas de expressão, a urbana e a silvestre. No Brasil, a forma urbana encontra-se erradicada desde 1942. No entanto, a febre amarela silvestre não é erradicável, já que possui uma circulação natural entre primatas das florestas tropicais.

A doença é geralmente adquirida quando uma pessoa não vacinada é picada pelo mosquito transmissor em áreas silvestres, como regiões de cerrado e florestas. Por isso, vacinação é uma importante aliada no seu combate. De acordo com dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), aproximadamente 60 milhões de pessoas já estavam vacinadas no Brasil em 2001. Nesse ano, o país registrou 41 casos da doença (31 ocorridos em um surto ocorrido em Minas Gerais) e 22 mortes.

A transmissão da enfermidade não é feita diretamente de uma pessoa para outra. Para isso, é necessário que o mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado (nove a 12 dias), pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado. O vírus e a evolução clínica da doença são idênticos para os casos de febre amarela urbana e de febre amarela silvestre, diferenciando-se apenas o transmissor da doença.

A febre amarela silvestre ocorre, principalmente, por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus.

Uma vez infectado em área silvestre, a pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti (também vetor do dengue), principal transmissor da febre amarela urbana. O Aedes aegypti prolifera-se nas proximidades de habitações em recipientes que acumulam água limpa e parada, como vasos de plantas, pneus velhos, cisternas etc.

Os sintomas da febre amarela, em geral, aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada do mosquito. As primeiras manifestações são febre alta, mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios. Podem, ainda, surgir náuseas, vômitos e diarréia. Após três ou quatro dias, a maioria dos doentes (85%) recupera-se completamente e fica permanentemente imunizado contra a doença.

Cerca de 15% dos doentes infectados com febre amarela apresentam sintomas graves, que podem levar à morte em 50% dos casos. Além da febre, a pessoa pode apresentar dores abdominais, diarréia e vômitos. Surgem icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite), manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) e ocorre o funcionamento inadequado de órgãos vitais como fígado e rins. Como conseqüência, pode haver diminuição do volume urinário até a anúria total (ausência de urina na bexiga) e o coma. As pessoas que sobrevivem recuperam-se totalmente.

Não existe tratamento específico para febre amarela, sendo ele apenas sintomático. A vacina é uma grande aliada para se evitar a ocorrência da doença. O indivíduo deve tomar a primeira dose a partir dos 12 meses de idade e receber um reforço a cada dez anos. Nas áreas de maior risco, como a Amazônia, a vacinação pode ser iniciada a partir dos seis meses.

A substância não produz efeitos colaterais, mas algumas pessoas manifestam dor local, febre, dor muscular e dor de cabeça por um ou dois dias. A vacina encontra-se disponível nas unidades de saúde das áreas endêmicas e nos serviços de portos, aeroportos e fronteiras de todos os estados. O Brasil exige o Certificado Internacional de Vacinação contra febre amarela, para a concessão de vistos consulares e entrada, de viajantes provenientes de alguns países da África, da América Central e do Sul.

Fonte: www.fiocruz.br

Alergias RespiratóriasPoeira doméstica, fungos, pêlos de animais, fumaça e odores fortes, como cola de sapateiro e perfumes, são alguns entre tantos outros diferentes agentes externos, denominados alérgenos, que provocam reações alérgicas do nosso organismo.

Desta forma, podem ocorrer diversas manifestações, comumente apresentadas como rinite ou asma brônquica. RiniteA rinite é um processo irritativo das vias nasais, caracterizando-se por espirro, produção excessiva de muco, coceira no céu da boca e congestão nasal.

Asma ou BronquiteEsta reação aos alérgenos causa obstrução e dificulta a passagem do ar pelas vias respiratórias, manifestando-se sob forma de chiados no peito e falta de ar.

Além da alergia respiratória, mudanças repentinas de temperatura, umidade, desgaste emocional e processos inflamatórios, como gripes ou resfriados, também contribuem para desencadear uma crise alérgica. Pessoas com alergias respiratórias devem ter sua atenção redobrada

• Mantenha o ambiente livre de poeira. Na falta de um aspirador, faça a limpeza com um pano úmido.

• Para sua casa, prefira pisos lisos, que acumulam pouca poeira. Evite cortinas e tapetes.

• Prefira travesseiros de espuma aos de penas e edredons no lugar de mantas ou cobertores de lã. São recomendáveis colchas e cobertores antialérgicos. Coloque revestimento plástico em almofadas e travesseiros.

• Evite usar talcos, perfumes e o contato com objetos de pelúcia, animais de pêlo epenas.

• Não permaneça em ambientes com cheiro de tinta, cola, materiais de limpeza ou qualquer substância com odores ativos.

AFECÇÕES DO PULMÃO
Tuberculose PulmonarCausada por um microorganismo denominado Bacilo de Koch, a tuberculose pulmonar atinge principalmente pessoas debilitadas, com deficiência no sistema de defesa orgânica.

Pessoas de vida e alimentação irregulares, usuários de bebidas alcoólicas e portadores do vírus da AIDS (HIV) correm um risco maior de contrair tuberculose. Importante: No caso de confirmação do diagnóstico da tuberculose, os indivíduos que mantêm contato direto e constante com o portador deverão se submeter a uma avaliação médica. Enfisema Pulmonar

O hábito de fumar é a principal causa do enfisema pulmonar. A doença está associada a estados gripais, caracterizando-se por pneumonias freqüentes e falta de ar constante, que prejudicam o desempenho físico. A diminuição da capacidade respiratória dos pulmões atinge com mais freqüência as pessoas idosas, exigindo mais atenção.

PneumoniaA pneumonia, um processo inflamatório dos pulmões, pode ser causada por vários tipos de microorganismos, havendo tratamento específico para cada um deles. Falta de ar, fraqueza, febre alta (no caso de pneumonia por bactérias) e diminuição da capacidade para realizar atividades físicas são sintomas característicos da doença.

OS CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE TER
• Inclua proteínas na alimentação, em quantidades equilibradas: verduras, legumes e frutas, procurando sempre estabelecer horas certas para as refeições.

• Consuma frutas ricas em vitamina C, tais como laranja, limão, melão e abacaxi, entre outras, além de verduras como couve, alface e agrião.

• Beba sempre bastante líquido.• Evite bebidas muito geladas

.• Não tome bebidas alcoólicas.• Mantenha sua casa sempre bem ventilada, principalmente os quartos de dormir.• Evite os banhos muito quentes.

• Leve sempre um guarda-chuva e agasalho para os dias chuvosos e frios.

• Procure amamentar seu filho pelo menos nos primeiros seis meses de vida. O aleitamento é fundamental para prevenir doenças, inclusive as respiratórias. É através do leite que a mãe passa seus anticorpos para o bebê, protegendo-o contra infecções e garantindo seu desenvolvimento.

• Vacine seu filho. A vacinação completa até o primeiro ano de vida previne a criança de coqueluche, tuberculose e outras infecções respiratórias graves.

• Pratique esportes ao ar livre. Correr, nadar ou caminhar aumentam a capacidade respiratória. Mas não esqueça de consultar um médico para uma pré-avaliação das suas condições físicas.

• Em atividades profissionais que possam afetar seu sistema respiratório utilize os equipamentos de proteção fornecidos por sua empresa.

• Cuidado com a fadiga. O sono repousante e reparador evita doença.

• Evite aglomerações e ambientes fechados, onde a contaminação é mais freqüente.

• Não fume. Os efeitos do cigarro são os mesmos para as pessoas que convivem com os fumantes e pioram a situação em ambientes fechados. Filhos de pais fumantes apresentam cinco vezes mais resfriados que os de não fumantes.

• Prefira lenços descartáveis, em caso de gripes ou resfriados.

Fonte: www.drmarcoaureliopaiva.com.br

DOENÇआश्र्श्रीआटीआश्र

São as infecções virais mais comuns das vias respiratórias. Caracterizam-se por coriza, tosse com expectoração de catarro, dor de cabeça, sensação de mal-estar, irritação da garganta, febre, rouquidão, dores musculares e sudorese. A contaminação pode ocorrer através da saliva, pela fala, pela tosse ou pelo espirro. Para evitar contrair gripes e resfriados é importante lavar bem as mãos, cobrir a boca quando tossir e não espirrar próximo a outras pessoas.

Nos casos de gripe, geralmente ocorre um cansaço extremo, febre por dois ou três dias, dores no corpo, de cabeça e de garganta, além de coriza. A melhora ocorre depois de três ou cinco dias. É possível prevenir a gripe com uma alimentação saudável, bebendo muita água, fazendo exercícios e dormindo bem.

Já o resfriado ataca principalmente o nariz e a garganta, causando espirros, coriza e tosse. A recuperação acontece em dois ou três dias. Para prevenir o resfriado procure evitar lugares fechados, fazer exercícios regulares, ter uma boa alimentação, descansar e ingerir bastante líquido.

Tosse


É um meio que o organismo utiliza para limpar o aparelho respiratório e expulsar o catarro (muco com pus) e os microorganismos da garganta ou dos pulmões. Por isso, quando a tosse produz catarro, não tome nenhum medicamento, por conta própria, beba bastante água, evite o fumo e procure orientação médica para soltar e expulsá-lo.

O melhor tratamento continua sendo a prevenção: melhorar as defesas do corpo com alimentação saudável, rica em verduras, frutas e legumes, tomar bastante água, já que o pulmão fabrica por dia 800 ml de secreção que é eliminada em forma de vapor. É importante, também, manter a casa e o ambiente livres de poeira e sujeira, principalmente para evitar o agravamento de doenças simples, como a rinite e a sinusite.

Rinite
É caracterizada por espirros, coceira no nariz, coriza e nariz entupido. A crise pode ser causada por poeira, pólen, mofo ou pêlo de animal, entre outros agentes causadores dos sintomas.

Sinusite
Uma inflamação dos seios da face. Ocasiona dor no rosto acima e abaixo dos olhos, muco espesso ou pus no nariz, às vezes apresenta com mau cheiro, nariz entupido e febre.

Fonte: www.herbarium.net

16 de mar. de 2010

gorduras

Trans-saturadas

Presentes em batata-frita, margarina e biscoitos amanteigados. Não trás nenhum benefício e aumenta o colesterol e risco de doença cardíaca. Evite-os. Gorduras Saturadas Presentes em carnes gordas, laticínios e coco. Alguns tipos de gordura saturada encontradas em bife e manteiga podem entupir suas artérias. Limite-as a menos de 10% do total de sua ingestão de calorias.

Omega 6

Presente em óleos vegetais, sementes e nozes. Pode reduzir o LDL e o colesterol total, mas alto consumo pode abaixar o do benéfico colesterol HDL. Limite a 10% do total de sua ingestão de calorias.

Omega 3

Presente em peixes gordurosos, óleos vegetais e nozes. Abaixa o nível de triglicérides e o colesterol total. Alto consumo pode retardar a coagulação sangüínea. Gorduras Mono-insaturadas Presentes em azeite de oliva, abacate, amendoim. Abaixa o LDL e o colesterol total. Ingira a maior parte de gorduras desse tipo. Fonte pesquisada : Runner's World Maga

gorduras

Gordura saturada é a gordura que consiste de triacilglicerídios que contém somente ácidos graxos saturados. Apresenta uma ligação simples entre carbonos e é normalmente encontrada em estado sólido.

É a gordura produzida por animais, já as plantas produzem as gorduras insaturadas, que são, a princípio liquidas. É a principal gordura responsável pela aterosclerose. Eleva o nível de produção de LDL gerando assim, placas de ateroma, aumentando as chances de acontecer ataque cardíaco e derrame cerebral. Elas são encontradas em carnes, frangos, galinhas e etc.


A diferença básica entre esses dois produtos é que a margarina é de origem vegetal, enquanto a manteiga tem origem animal.

Margarinas e manteigas têm gorduras. As margarinas têm uma quantidade maior de gorduras insaturadas, benéficas ao organismo, pois diminuem o colesterol, do que as manteigas. Já as manteigas têm uma quantidade bem maior de gordura saturada, que pode causar aumento do colesterol.

Outra diferença é que a margarina, por ser de origem vegetal, não tem nenhum colesterol, enquanto as manteigas têm uma altíssima taxa de colesterol, que é necessário para o organismo, mas que em altas quantidades pode provocar a arterioesclerose (entupimento do vasos) e provocar doenças do sistema circulatório

gorduratrans

As gorduras trans são um tipo especial de ácido graxo, formado a partir de ácidos graxos insaturados. Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, que seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.

Seu nome é bastante mencionado devido à sua nocividade à saúde humana. Estão presentes principalmente nos alimentos industrializados com o comum logrativo "gordura vegetal".

São considerados especiais devido à sua conformação estrutural. Nos ácidos graxos cis, que é como geralmente são encontrados os ácidos graxos na natureza, os átomos de menor peso molecular encontram-se paralelos, e nos ácidos graxos trans, os átomos de menor peso molecular estão dispostos na forma diagonal.

O ângulo das duplas ligações na posição trans é menor que em seu isômero cis e sua cadeia de carboidratos é mais linear, resultando em uma molécula mais rígida, com propriedades físicas diferentes, inclusive no que se refere à sua estabilidade termodinâmica.

Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano, sendo que são resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objetivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Mas a hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e estas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.

Existem dois tipos de hidrogenação:

  • A biohidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal destes animais;
  • A hidrogenação industrial. Nesse processo são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais polinsaturados, um catalisador que geralmente é o Ni, sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido a orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica

15 de mar. de 2010

nervoso3

Como Funciona o Sistema Nervoso

Cérebro

O sistema nervoso detecta estímulos externos e internos, tanto físicos quanto químicos, e desencadeia as respostas musculares e glandulares. Assim, é responsável pela integração do organismo com o seu meio ambiente.

Ele é formado, basicamente, por células nervosas, que se interconectam de forma específica e precisa, formando os chamados circuitos neurais. Através desses circuitos, o organismo é capaz de produzir respostas estereotipadas que constituem os comportamentos fixos e invariantes (por exemplo, os reflexos), ou então, produzir comportamentos variáveis em maior ou menor grau.

Todo ser vivo dotado de um sistema nervoso é capaz de modificar o seu comportamento em função de experiências passadas. Essa modificação comportamental é chamada de aprendizado, e ocorre no sistema nervodo através da propriedade chamada plasticidade cerebral.

O Neurônio

A célula nervosa, ou, simplesmente, neurônio, é o principal componente do sistema nervoso. Considerada sua unidade anatomo-fisiológica, estima-se que no cérebro humano existam aproximadamente 15 bilhões destas células, responsável por todas as funções do sistema.

Existem diversos tipos de neurônios, com diferentes funções dependendo da sua localização e estrutura morfológica, mas em geral constituem-se dos mesmos componentes básicos:

Neurônio
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o corpo do neurônio (soma) constituído de núcleo e pericário, que dá suporte metabólico à toda célula

o axônio (fibra nervosa) prolongamento único e grande que aparece no soma. É responsável pela condução do impulso nervoso para o próximo neurônio, podendo ser revestido ou não por mielina (bainha axonial) , célula glial especializada, e

os dendritos que são prolongamentos menores em forma de ramificações (arborizações terminais) que emergem do pericário e do final do axônio, sendo, na maioria das vezes, responsáveis pela comunicação entre os neurônios através das sinapses. Basicamente, cada neurônio, possui uma região receptiva e outra efetora em relação a condução da sinalização.

A Sinapse

É a estrutura dos neurônios através da qual ocorrem os processos de comunicação entre os mesmos, ou seja, onde ocorre a passagem do sinal neural (transmissão sináptica) através de processos eletroquímicos específicos, isso graças a certas características particulares da sua constituição.

Sinapse

Em uma sinapse os neurônios não se tocam, permanecendo um espaço entre eles denominado fenda sináptica, onde um neurônio pré-sináptico liga-se a um outro denominado neurônio pós-sináptico. O sinal nervoso (impulso), que vem através do axônio da célula pré-sináptica chega em sua extremidade e provoca na fenda a liberação de neurotransmissores depositados em bolsas chamadas de vesículas sinápticas. Este elemento químico se liga quimicamente a receptores específicos no neurônio pós-sináptico, dando continuidade à propagação do sinal.

Um neurônio pode receber ou enviar entre 1.000 a 100.000 conexões sinápticas em relação a outros neurônios, dependendo de seu tipo e localização no sistema nervoso. O número e a qualidade das sinapses em um neurônio pode variar, entre outros fatores, pela experiência e aprendizagem, demonstrando a capacidade plástica do SN.

Organização Funcional

Funcionalmente, pode-se afirmar que o SN é composto por neurônios sensoriais, motores e de associação. As informações provenientes dos receptores sensoriais aferem ao Sistema Nervoso Central (SNC), onde são integradas (codificação/comparação/armazenagem/decisão) por neurônios de associação ou interneurônios, e enviam uma resposta que efere a algum orgão efetor (músculo, glândula). Kandel sugere que o "movimento voluntário é controlado por complexo circuito neural no cérebro interconectando os sistemas sensorial e motor. (...) o sistema motivacional". As respostas desencadeadas pelo SNC são tão mais complexas quanto mais exigentes forem os estímulos ambientais (aferentes).

Para tanto o cérebro necessita de uma intrincada rede de circuitos neurais conectando suas principais áreas sensoriais e motoras, ou seja, grandes concentrações de neurônios capazes de armazenar, interpretar e emitir respostas eficientes a qualquer estímulo, tendo também a capacidade de, a todo instante, em decorrência de novas informações, provocar modificações e rearranjos em suas conexões sinápticas, possibilitando novas aprendizagens.

Áreas Associativas do Córtex

Todo o córtex cerebral é organizado em áreas funcionais que assumem tarefas receptivas, integrativas ou motoras no comportamento. São responsáveis por todos os nossos atos conscientes, nossos pensamentos e pela capacidade de respondermos a qualquer estímulo ambiental de forma voluntária.

Existe um verdadeiro mapa cortical com divisões precisas a nível anatomo-funcional, mas que todo ele está praticamente sempre mais ou menos ativado dependendo da atividade que o cérebro desempenha, visto a interdependência e a necessidade de integração constante de suas informações frente aos mais simples comportamentos.

Sistema Nervoso
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Fonte: www.cerebromente.org.br

Sistema Nervoso


Todos os seres vivos têm a capacidade de responder a alterações do meio, através de modificações do seu estado ou de suas atividades.

Estas alterações do meio são chamadas de estímulo, e estes podem ser luminosos, térmicos, elétricos, sonoros, etc...

O Sistema Nervoso tem por função perceber os estímulos, transmiti-los a diversas partes do corpo e efetuar respostas.

Sistema Nervoso Central

Constituído do encéfalo e da medula espinhal.

Função

Codificar os estímulos.

Sistema Nervoso Periférico

Constituído dos nervos cranianos e espinhais.

Função

Captar estímulos e transmitir respostas.

Sistema Nervoso Autônomo

Constituído do Sistema Simpático e Parassimpático.

Função

Coordenar as funções dos órgãos internos.

Neurônio é a unidade celular do Sistema Nervoso.

Possuem formas variadas, mas todos exibem corpo celular, dendritos e axônio.

Os axônios são envolvidos por mielina cuja função é diminuir a perda de energia durante o impulso nervoso.

Condução do Impulso Nervoso

Todas as células do nosso organismo apresentam um potencial elétrico através da sua membrana. Nas condições de repouso , esse potencial é negativo no interior da célula.

Quando um sinal é transmitido ao longo da fibra nervosa, o potencial da membrana passa por uma série de variações, positivo e negativo. Esta variação súbita é chamada de potencial de ação e também de impulso nervoso.

O axônio é capaz de conduzir impulsos nervosos em ambos sentidos ao longo de seu comprimento. Estes impulsos caminham a grandes velocidades 100m/s.

Os neurônios são divididos em 2 grupos. Os aferentes ou sensitivos que captam os estímulos e conduzem para o S.N.Central, e os eferentes ou motores que conduzem a resposta.

Os neurônios se comunicam entre si e com os órgãos efetores (músculos e glândulas) através de sinapses. Não há contato físico, mas há transmissão química.

Fonte: webmap.vilabol.uol.com.br

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O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições.

A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso.

As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.

Neurônios: células nervosas

Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e axônio.

No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.
Os dentritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular.

O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.

Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dentritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e às células sensoriais, musculares e glandulares.

Células Glia

Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.

Impulso Nervoso

A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido as modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se "portas de passagem" de Na+, permitindo a entrada de grande quantidade desses íons na célula. Com isso, aumenta a quantidade relativa de carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se as "portas de passagem" de K+, permitindo a saída de grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma região da membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo (ms).

O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na fibra nervosa. Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso diz que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo celular; por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo.

A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia entre 10cm/s e 1m/s. A propagação rápida dos impulsos nervosos é garantida pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. A bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann. Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.

Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para o outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades da ordem de 200m/s (ou 720km/h ).

Sistema Nervoso
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Sinapses: transmissão do impulso nervoso entre células

Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.

As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.

Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).

Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.

Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.

Sistema Nervoso
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Sinapses Neuromusculares

A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.

Sinapses Elétricas

Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.

Para que todas as funções sejam desempenhadas adequadas e coordenadamente , o nosso organismo dispõe de um sistema que integra todos os órgãos do corpo .É o sistema neuroendócrino.

Para que possamos responder rapidamente a estímulos como caminhar ,ler, pegar algo etc. ou

Seja , situações que dependem da nossa vontade , utilizamos o sistema nervoso voluntário .Mas em outras situações não dependentes da nossa vontade , como batimentos cardíacos , digestão etc. aí utilizamos o sistema nervoso involuntário.

Sistema nervoso somático: *central- responsável pelo controle de todas as atividades nervosas .(é formado pelo encéfalo( cérebro ,cerebelo e bulbo) e pela a medula espinhal.

Encéfalo se aloja na caixa craniana , enquanto Que a medula se localiza no interior da coluna vertebral .Além disso é envolvido por três membranas; as meninges (dumáter, aracnóide e a pia-máter)tem sua função protetora (impede o atrito e o deslocamento desses órgãos ,pois possuem vasos sangüíneos que irrigam o sistema nervoso.

Também na meninges encontramos um líquido cristalino chamado de líquido cefalorraquidiano,que protege os órgãos do snc contra choques mecânicos .

Meningite é causada por vírus e bactérias que atacam as meninges assim inflamando-as.

Cérebro: É o maior órgão do encéfalo , pesa, num adulto , cerca de 1.400gramas .Divide-se em dois hemisférios cerebrais e apresenta em sua superfície o córtex cerebral , responsável pela percepção dos sentidos , armazenamento de informações etc. o córtex é a sede do controle dos atos conscientes e inconscientes e também da inteligência.

Dicéfalo- é onde tem o controle do sono ,da fome etc.

Cerebelo- chamada de arvore da vida ,tem movimentos musculares precisos e o equilíbrio do corpo .

Bulbo- É responsável de controlar a pressão sangüínea e o ritmo respiratório .

Medula espinhal- conduzem estímulos ao encéfalo e as respostas do encéfalo , portanto são nervos mistos .

Em certas situações , a medula funciona como centro nervoso , isto é , processa ela mesma, a resposta . É o que absorvamos , por exemplo , nos reflexos . Ao pisarmos sobre um prego , imediatamente recolhemos o pé . o estímulo foi percebido pelos receptores dos pés , transmitido até a medula que se encarregou de processar a resposta .Ao recolhermos o pé realizamos um ato reflexo . o trajeto percorrido pelo estímulo denomina-se arco- reflexo .

Função do Sistema Nervoso

O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições.

A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso.

As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.

Neurônios: células nervosas

Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e axônio.

No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.

Os dentritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular.

O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.

Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dentritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e às células sensoriais, musculares e glandulares.

Células Glia

Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.

Impulso Nervoso

A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido as modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se "portas de passagem" de Na+, permitindo a entrada de grande quantidade desses íons na célula. Com isso, aumenta a quantidade relativa de carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se as "portas de passagem" de K+, permitindo a saída de grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma região da membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo (ms).

O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na fibra nervosa. Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso diz que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo celular; por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo.

A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia entre 10cm/s e 1m/s. A propagação rápida dos impulsos nervosos é garantida pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. A bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann. Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.

Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para o outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades da ordem de 200m/s (ou 720km/h ).

Sistema Nervoso
Divisão Partes Funções gerais
Sistema nervoso central (SNC) Encéfalo
Medula espinal
Processamento e integração de informações
Sistema nervoso periférico (SNP) Nervos
Gânglios
Condução de informações entre órgãos receptores de estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas...)

Sistema Nervoso
Sinapses: transmissão do impulso nervoso entre células
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Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.

As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.

Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).

Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.

Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.

Impulso Nervoso

A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.

Sinapses Elétricas

Sinapses Elétricas
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Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.

Fonte: www.webciencia.com

नेर्वोसो 1

Sistema Nervoso

Sistema Nervoso Cefalorraquidiano

Esse sistema, também chamado cérebro espinhal, é formado por células estreladas que recebem o nome de neurônios.

Os neurônios são formados pelo corpo celular, que compreende a estrela do neurônio e tem cor cinzenta.

Do corpo celular saem numerosas ramificações denominadas dentritos e um grande prolongamento de cor branca denominado axônio.

Os axônios constituem os nervos e chegam, em certos casos, a medir cerca de um metro de comprimento. Cada axônio é envolvido por uma membrana gordurosa e isolante denominada bainha de mielina.

O sistema cefalorraquidiano divide-se em duas partes: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.

Sistema Nervoso Central

É formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Os encéfalo localiza-se dentro da caixa craniana e é constituído por três órgãos: cérebro, cerebelo e bulbo. A medula espinhal situa-se dentro da coluna vertebral, ou seja, no canal medular.

Todos esses órgãos são formados por uma substância cinzenta e uma substância branca. A substância cinzenta produz ou recebe os estímulos nervosos, enquanto a substância branca é responsável pela transmissão dos estímulos nervosos do sistema nervoso para os órgãos e vice-versa.

Cérebro

É o órgão mais volumoso e mais importante do sistema nervoso. Divide-se em duas partes denominadas hemisférios cerebrais. Os hemisférios estão ligados um ao outro pelo corpo caloso.

A superfície do cérebro apresenta sulcos chamados cissuras. Os sulcos dividem a superfície do cérebro em regiões que se chamam circunvoluções cerebrais. A maior das cissuras é a inter-hemisférica, que divide o cérebro nos dois hemisférios cerebrais.

Cada circunvolução cerebral é responsável pelo controle de determinadas funções. As circunvoluções que se localizam na frente, junto ao osso frontal, controlam a fala. As que se situam atrás, junto ao osso occipital, controlam as sensações visuais. Junto aos ossos parietais ficam as circunvoluções que controlam os movimentos do corpo. As sensações auditivas são controladas pelas circunvoluções localizadas junto aos ossos temporais.

A substância cinzenta do cérebro localiza-se na parte externa; a substância branca situa-se na parte interna.

O cérebro é o órgão mais importante do sistema nervoso, pois é ele que controla os movimentos, recebe e interpreta os estímulos sensitivos, coordena os atos da inteligência, da memória, do raciocínio e da imaginação.

Cerebelo

Situa-se embaixo e na parte posterior do cérebro. divide-se em duas massas denominadas lobos cerebelares. Os lobos são ligados no centro pelo verme cerebral.

Da mesma forma que o cérebro, o cerebelo apresenta substância cinzenta na parte exterior e branca no interior.

A função do cerebelo é coordenar os movimentos do corpo para manter seu equilíbrio. Regula também o tônus muscular, que é o estado de semicontração que os músculos se encontram, para entrarem imediatamente em movimento, sempre que for necessário.

O álcool afeta o cerebelo e é por essa razão que a pessoa bêbada não consegue caminhar em linha reta.

Bulbo

Localiza-se embaixo do cérebro e na frente do cerebelo. Possui a forma de um cone invertido. Ao contrário do cérebro e do cerebelo, no bulbo a substância branca situa-se na parte externa e a cinzenta, na interna.

A função do bulbo é conduzir os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Também produz os estímulos nervosos que controlam a circulação, a respiração, a digestão e a excreção.

A região do bulbo que controla os movimentos respiratórios e os cardíacos chama-se nó vital. Recebe esse nome porque se uma pessoa recebe uma forte pancada nesse local poderá morrer instantaneamente, devido à paralisação dos movimentos respiratórios e cardíacos.

Medula Espinhal

É um tubo nervoso, com aproximadamente 45 centímetros de comprimento e 1 centímetro de diâmetro, situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior, a medula está ligada ao bulbo, como se fosso uma continuação desse órgão.

A medula espinhal possui também a substância branca na parte externa e a cinzenta, na interna. A substância cinzenta se dispõe na forma de um H, cujos ramos dão origem às raízes nervosas que saem da medula.

A medula espinhal tem duas funções:

Conduzir os impulsos nervosos do corpo para o cérebro. Essa função é realizada pela substância branca.

Produzir os impulsos nervosos. Essa função é realizada pela substância cinzenta. A medula é capaz de coordenar os atos involuntários ou inconscientes, como retirar o deio rapidamente de uma panela de água fervendo.

Sistema Nervoso Periférico

É formado por um conjunto de nervos que podem ser classificados em dois tipos: raquidianos e cranianos.

Nervos Raquidianos

São 31 pares de nervos que partem da medula espinhal e se ramificam por todo o corpo. Os nervos raquidianos são formados pelas raízes nervosas que se iniciam nos ramos que formam o H da substância cinzenta da medula espinhal.

Quanto à transmissão dos estímulos nervosos, os nervos podem ser de três tipos:

1. Sensitivos

Levam os estímulos nervosos do corpo para o cérebro.

2. Motores

Levam os estímulos nervosos do cérebro para o corpo.

3. Mistos

São sensitivos e motores, simultaneamente.

Na realidade, os nervos raquidianos são mistos, pois são formados por duas raízes nervosas: a raiz anterior, que é motora, e a raiz posterior, que é sensitiva.

De acordo com as regiões da coluna vertebral, os 31 pares de nervos raquidianos distribuem-se da seguinte forma:

Oito pares de nervos cervicais

Doze pares de nervos dorsais

Cinco pares de nervos lombares

Seis pares de nervos sagrados ou sacrais

Nervos Cranianos

Os nervos cranianos são constituídos por doze pares de nervos que saem do encéfalo e se distribuem pelo corpo. Podem ser sensitivos, motores ou mistos.

A seguir, apresento a relação desses doze pares de nervos e suas respectivas funções.

Óptico

Conduz os estímulos de luz do globo ocular para o cérebro.

Motor ocular comum

Estimula a contração dos músculos que movimentam os olhos para baixo e para cima.

Motor ocular externo

Estimula certos músculos dos olhos, movimentando-os lateralmente.

Auditivo

Conduz para o cérebro os estímulos sonoros e os impulsos responsáveis pelo equilíbrio.

Olfativo

Conduz os estímulos do olfato para o cérebro.

Trigêmeo

Leva ao cérebro a sensibilidade da parte superior da face e dos dentes. Estimula também os músculos que movimentam o maxilar inferior.

Glossofaríngio

Conduz os estímulos do paladar para o cérebro e movimenta os músculos da faringe.

Hipoglosso

Estimula os músculos da língua.

Patético

Estimula certos músculos dos olhos, movimentando-os para os lados e para baixo.

Facial

Estimula os músculos da face, as glândulas salivares e as lacrimais.

Pneumogástrico ou Vago

Estimula o coração, os pulmões, o estômago e o intestino, entre outros órgãos, dando movimento e sensibilidade às vísceras.

Espinhal

Estimula os músculos do pescoço, permitindo a fonação e os movimentos da cabeça e da faringe.

Sistema Nervoso Autônomo

Como o próprio nome diz, o sistema nervoso autônomo é aquele que funciona independentemente de nossa vontade. É ele que controla as funções da vida vegetativa, como a digestão e a respiração.

O sistema nervoso autônomo compõe-se de três partes:

1. Dois ramos nervosos situados ao lado da coluna vertebral. Esses ramos são formados por pequenas dilatações denominadas gânglios, num total de 23 pares.

2. Um conjunto de nervos que liga os gânglios nervosos aos diversos órgãos de nutrição, como o estômago, o coração e os pulmões.

3. Um conjunto de nervos comunicantes que ligam os gânglios aos nervos raquidianos, fazendo com que os sistema autônomo não seja totalmente independente do sistema nervoso cefalorraquidiano.

O sistema nervoso autônomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parasimpático. De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias.

Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos.

Fonte: www.escolavesper.com.br

Excretor

Aparelho Urinário

Sistema Urinário

Como o sistema urinário trabalha?

Seu corpo capta nutrientes dos alimentos e os utiliza para manter todas as funções corpóreas incluindo energia e auto-reparo. Depois de seu organismo ter adquirido o que precisa dos alimentos, produtos desprezados são deixados para trás no sangue e no intestino. O sistema urinário atua com os pulmões, pele, e intestino - todos excretam impurezas e produtos do metabolismo - para manter balanceadas as substâncias e a água de seu corpo. Adultos eliminam cerca de um litro a um litro e meio de urina por dia. A quantidade depende de diversos fatores, especialmente da quantidade de fluidos e alimentos que a pessoa consome e de quanto líquido é perdido através de suor e da respiração. Certos tipos de medicamentos também podem interferir na quantidade de urina é eliminada.

O sistema urinário remove um tipo de dejeto chamado uréia. Ele aparece quando carne, fermento, e algumas verduras, são decompostas no seu corpo. A uréia é levada na corrente sanguínea até os rins.

Os rins são órgãos que tem formato de feijão e o tamanho aproximado do seu punho. Eles estão próximos do meio das costas, logo abaixo das costelas. Os rins removem a uréia do sangue através de pequenas unidades filtradoras chamadas néfrons. Cada néfron é constituído por uma bola formada de pequenos capilares sanguíneos, chamada glomérulo, e um pequeno tubo chamado túbulo renal. Uréia, junto com água e outras substâncias desprezáveis, formam a urina conforme passam pelos nefrons e seguem pelo túbulo renal do rim.

Rim e Via Excretora

Sistema Urinário

Dos rins, a urina viaja através de dois finos tubos chamados ureteres até a bexiga. Os ureteres medem aproximadamente de 8 a 10 polegadas de comprimento. Músculos nas paredes dos ureteres constantemente contraem e relaxam para forçar a urina dos rins para baixo. Se é permitido que a urina fique parada, ou volte para cima, uma infecção renal pode se desenvolver. Pequenas quantidades de urina são despejadas na bexiga pelos ureteres a cada 10 a 15 segundos, aproximadamente.

A bexiga é um órgão muscular oco com formato de um balão. Ela se situa na sua pelve (parte inferior do abdome) e é mantida no lugar por ligamentos inseridos em outros órgãos e nos ossos da pelve. A bexiga armazena urina até que você esteja pronto para ir ao banheiro para esvaziá-la. Ela incha obtendo uma forma arredondada quando está cheia e fica diminuída quando vazia. Se o sistema urinário está íntegro, a bexiga pode comportar até 500ml (2 copos) de urina confortavelmente por 2 a 5 horas.

Bexiga

Sistema Urinário

Músculos circulares chamados esfíncteres ajudam a evitar que a urina vaze. Os músculos esfincterianos se fecham como uma fita de borracha ao redor da abertura da bexiga na uretra, o tubo que permite que a urina passe para fora do corpo.

Nervos da bexiga informam quando é hora de urinar (esvaziar a bexiga). Ao passo que a bexiga vai ficando repleta de urina, pode-se perceber uma necessidade de urinar. A sensação de urinar torna-se mais forte à medida que a urina continua a encher e alcança seu limite. Neste momento, nervos da bexiga enviam ao cérebro uma mensagem de que a bexiga está cheia, e sua urgência para esvaziar a bexiga se intensifica.

Quando você urina, o cérebro sinaliza aos músculos da bexiga para se contraírem, espremendo a urina para fora da bexiga. Ao mesmo tempo, o cérebro sinaliza aos músculos do esfíncter para relaxarem. Quando estes músculos relaxam a urina sai da bexiga através da uretra. Quando todos os sinais ocorrem na ordem correta, acontece o ato de urinar normal.

Fonte: www.sbv.org.br

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