Genes letais
Em 1905, o ciêntista frances Lucien Cuénot (1866-1951), baseado em experimentos em que estudava a herança da cor da pelagem em camundongos(determinada por um par de genes alelos com relação de dominância completa) verificou que esse tipo de herança não obedecia as proporções esperadas segundo as leis mendelianas. Assim cruzando entre si camundongos de pelagem amarela(caráter dominante), nasciam camundongos de pelagem amarela e de pelagem castanha(caráter recessivo), mas respectivamente na proporção de 2:1 e não na proporção esperada de 3:1.
Na tentativa de solucionar o problema, Cuénot realizou cruzamentos-testes, cruzando os camundongos amarelos obtidos no cruzamento anterior com camundongos castanhos. Observou entre os descendentes a proporção fenópitíca de 50% de camundongos amarelos e 50% de camundongos castanhos. Concluiu então que todos os camundongos amarelos deveriam ser heterozigotos. Afinal, quando camundongos amarelos eram cruzados entre si, nasciam filhotes com pelagem castanha, caráter recessivo.
Posteriormente descubriu-se que camundongos homozigotos não chegavam a nascer, morrendo no útero materno na fase embrionária. Concluiu-se então que os genes para pelagem amarela em dose dupla são letais ao indivíduo, já que provocam sua morte. Um exemplo de genes letais na espécie humana são os que condicionam a doença de Tay-Sachs, condicionada por um gene letal recessivo e que provoca a morte de crianças, ao redor dos dois anos de vida, acometidas por paralesia generalizada.
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