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16 de jul. de 2010

Mortes por dengue crescem 94% em 4 meses no País

Por AE, Agencia Estado, Atualizado: 16/7/2010 10:10
Mortes por dengue crescem 94% em 4 meses no País
As mortes por dengue no Brasil dobraram nos primeiros quatro meses de 2010 em relação a 2009. Até 1.º de maio foram confirmados 321 casos fatais, 94,5% a mais que o registrado no mesmo período do ano passado (165). Somente em São Paulo, 99 pessoas morreram por causa da doença. Os números superam os da epidemia de 2002, quando foram contabilizadas 152 mortes ao longo de 12 meses.


Essa estatística recheada de mortes, revelada pelo Informe Epidemiológico da Dengue do Ministério da Saúde, é dramática porque, segundo especialistas, escancara um diagnóstico de autoridades sanitárias: mortes por dengue são evitáveis. "Mas, para isso, é preciso atendimento rápido e adequado. Não é necessário muito dinheiro, só boa orientação. Morte por essa doença deveria ser uma rara exceção, não uma fatalidade", diz o epidemiologista Jarbas Barbosa.


Para piorar o quadro, neste ano a letalidade da doença alcança 5% dos casos, cinco vezes mais que o considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde. Em São Paulo, onde foram registrados 1.737 casos, o índice de letalidade é de 6%.


Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que alguns dos fatores que explicam o alto número de óbitos são "a maior incidência de casos em relação a anos anteriores e a circulação de três diferentes sorotipos (do vírus da dengue) no Estado ao longo dos últimos anos, o que aumenta a possibilidade de reinfecção e, consequentemente, de o paciente apresentar formas graves da doença".


Para o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, os dados de letalidade refletem a dificuldade de acesso ao atendimento. "Ao contrário dos números gerais da epidemia, as mortes estão associadas apenas ao fator saúde: atendimento rápido e eficaz", admite. Coelho constata que o maior porcentual de óbitos é registrado em áreas urbanas, onde o sistema de saúde tem demanda alta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

12 de jul. de 2010

11 de jul. de 2010

Estudo cria fórmula para prever idade da menopausa

Cientistas disseram ter chegado mais perto de estabelecer com precisão a idade na qual uma determinada mulher atingirá a menopausa.

Um estudo iraniano realizado com 266 mulheres ao longo de 12 anos afirma que isto pode ser possível no futuro através da medição do hormônio AMH no sangue.

Se comprovada em estudos futuros, a técnica dará às mulheres mais informação – e portanto mais controle – sobre o melhor momento para começar a planejar a família.

Os especialistas também afirmam que esta ciência pode ser particularmente útil para identificar mulheres que atingirão a menopausa precocemente.

O hormônio AMH controla o desenvolvimento dos folículos nos ovários, a partir dos quais os óvulos se desenvolvem.

Medindo os níveis de AMH nas mulheres – que no experimento tinham entre 20 e 49 anos de idade – em intervalos de três anos, os cientistas criaram uma fórmula que relaciona os níveis desse hormônio no sangue à idade da menopausa.

Os resultados foram apresentados na conferência da Sociedade Europeia para a Reprodução Humana e Embriologia, em Roma.

Durante o estudo, 63 mulheres atingiram a menopausa. Em média, a diferença entre a idade estimada e a idade real em que isto aconteceu foi de apenas um trimestre, com uma margem de erro máxima de três a quatro anos.

Entretanto, apenas três das mulheres abaixo dos 45 anos chegaram à menopausa durante o estudo, levando os cientistas a afirmar que é preciso ampliar muito mais a base da pesquisa para ver se a fórmula se aplica a um grupo maior de mulheres.

Cautela

A ideia de acompanhar os níveis hormonais para predizer a fertilidade não é exatamente nova, mas esta é a primeira vez que os cientistas conseguem criar uma fórmula para descrever a relação entre as duas coisas.

Em outros experimentos, a comunidade científica tem discutido uma "reserva ovariana" que indicaria se a menopausa é ou não iminente.

O coordenador do estudo, Fahimeh Ramezani Tehrani, da Universidade de Ciências Médicas Shahid Beheshti, de Teerã, disse que os resultados permitirão aos médicos traçar avaliações precisas do estado reprodutivo de uma mulher "muitos anos antes de elas atingirem a menopausa".

Para o principal cientista do Departamento Nuffield de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade de Oxford, Dagan Wells, a fórmula pode prover às mulheres mais informações para planejar a família.

"Dado que as mulheres hoje em dia tendem a iniciar a família cada vez mais tarde, adiando essa decisão até terem uma carreira estabelecida ou até que apareça a 'pessoa certa', qualquer conhecimento prévio sobre a duração do período fértil as ajudaria a planejar com antecedência", disse.

Entretanto, ele notou que os níveis de fertilidade femininos decaem nos anos prévios à menopausa, o que leva à necessidade de mais pesquisas com os níveis de AMH para determinar exatamente em que ponto esses níveis decrescem.

Já um porta-voz da Sociedade Britânica para a Fertilidade aconselhou as pacientes a usar esse tipo de medição apenas como um "indicador" de fertilidade, mas não o único na qual basear decisões de postergar o início do planejamento familiar.

Stuart Lavery, que também é ginecologista consultor no hospital de Hammersmith, em Londres, disse que outras complicações do sistema reprodutivo, como cicatrizes nas trompas ou mesmo a qualidade do esperma dos parceiros, também podem ter um efeito decisivo na fertilidade.

"Nossa preocupação é que as pessoas se sintam demasiado confiantes (na medição hormonal)", afirmou o médico.

Fetos não sentem dor antes de 24 semanas de gestação, diz estudo britânico


Uma análise de estudos recentes sobre o desenvolvimento dos fetos confirmou que não há evidências de que os bebês sejam capazes de sentir dor antes de completar 24 semanas de gestação.

O estudo, feito por médicos do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, na Grã-Bretanha, concluiu que os fetos estão "pouco desenvolvidos e sedados" nesse estágio.

As conexões nervosas no cérebro não se formaram completamente, e o ambiente do útero cria um estado de sono induzido, como um estado de inconsciência, diz o texto.

Espera-se que grupos que fazem campanha contra o aborto questionem as conclusões do estudo.

Debate

A discussão sobre a capacidade do feto de sentir dor até a 24ª semana de gestação é parte de um debate a respeito do limite legal para abortos na Grã-Bretanha. Atualmente, a lei permite o aborto até 24 semanas.

O primeiro estudo se concentrou na questão da dor.

E concluiu que as conexões nervosas no córtex cerebral, área que processa respostas a estímulos dolorosos no cérebro, não se formam por completo antes de 24 semanas.

"Podemos concluir que o feto não é capaz de sentir dor, em qualquer sentido da palavra, antes desse ponto".

Um outro estudo tentou estabelecer que tipo de malformações mentais e físicas poderiam resultar em "deficiências sérias".

Abortos motivados por malformações são permitidos por lei após 24 semanas de gestação. Eles representam 1% do total de abortos em todo o país.

No passado, grupos que querem mudanças na legislação sobre o aborto disseram que o conceito de malformações e suas consequências tem sido interpretado de forma ampla demais, resultando em abortos mesmo quando as malformações são relativamente pequenas - ou pouco graves.

Sobre essa questão, o Royal College concluiu que não seria prático criar-se uma lista de condições tidas como "deficiências sérias" porque é difícil prever o impacto, a longo prazo, de malformações sobre a criança e sua família.

Na última votação sobre o assunto, em 2008, o Parlamento britânico rejeitou propostas para uma redução no limite legal para abortos na Grã-Bretanha.

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