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22 de jun. de 2017

Pais mais velhos tendem a ter filhos 'mais nerds', diz pesquisa

omens que se tornam pais mais tarde têm chance maior de ter um filho com traços típicos - e positivos - de "nerds" e "geeks", diz um estudo recém-publicado no Reino Unido.
Esses meninos se tornam mais espertos, focados e menos preocupados em se enturmar, de acordo com artigo publicado por pesquisadores da Universidade King's College de Londres no periódico Translational Psychiatry.
Curiosamente, a idade da mãe não teve impacto nos resultados, os quais parecem ser relevantes apenas para filhos do sexo masculino.
As descobertas estão entre as raras notícias positivas relacionadas a gestações tardias, comumente associadas à maior incidência de problemas genéticos, autismo e esquizofrenia.
Os pesquisadores analisaram resultados de testes feitos com 12 mil gêmeos britânicos de um amplo estudo que acompanha seu desenvolvimento - infância e adolescência - desde 1994, para entender quais fatores contribuem para a construção de sua individualidade.
Os pesquisadores criaram o que chamaram de "Geek Index", avaliando crianças de 12 anos de idade com relação a seu QI, sua habilidade de focar em um tema e introversão.
"Nossa hipótese é de que QI alto, foco no assunto de interesse e algum grau de introspecção social provavelmente são benéficos em uma economia movida pelo conhecimento", diz o artigo científico. "Ainda que esses traços estejam distribuídos pela população, a literatura etnográfica agrupa-os sob o guarda-chuva do termo 'geek'."
Os que tiveram altas pontuações no ranking "geek" acabaram se saindo melhor na escola, sobretudo em temas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Explicações

Entre os participantes do estudo, pais com idade igual ou inferior a 25 anos tiveram filhos que pontuaram menos no ranking geek do que pais com idades entre 35 e 40 ou mesmo com mais de 50 anos.
Entre as possíveis explicações para isso, os cientistas apontam que:
- Pais nerds podem estar demorando mais para ter filhos e transmitir suas "nerdices" para os filhos
- Homens mais velhos podem estar criando um ambiente familiar que encoraja traços "nerds", graças a empregos melhores e mais estáveis que aumentam o acesso a educação e experiências diversas
- Pode haver novas mutações no esperma, afetando o desenvolvimento dos filhos

Atenção para os riscos

No entanto, estudiosos não recomendam que casais tomem decisões quanto à concepção com base nessas descobertas, justamente por causa dos riscos associados a gestações tardias.
"Famílias não devem ser influenciadas por este estudo em suas decisões quanto a ter filhos", adverte Magdalena Janecka, pesquisadora do King's College.
"Ainda que pareça legal ser geek, não recomendo que os futuros pais retardem seus planos de iniciar uma família para propositadamente aumentar as chances de ter uma criança com essas qualidades", afirma o professor da Universidade de Sheffield Allan Pacey.
"Os perigos da paternidade tardia estão bastante descritos (na literatura médica), incluindo os riscos de infertilidade, aborto espontâneo ou distúrbios debilitantes ao nascer. Dito isso, acho bastante intrigante a ideia do 'gene geek'. E, diante da tendência de termos filhos cada vez mais tarde, talvez estejamos destinados a criar uma futura sociedade de gênios que nos ajudarão a resolver os problemas do mundo."
Ao mesmo tempo, a equipe de pesquisadores também acredita que alguns traços genéticos herdados de pais mais velhos podem ter influência tanto sobre o aspecto "nerd" quanto sobre as possibilidades de desenvolvimento do autismo.
"Quando a criança nasce com apenas alguns desses genes, parece ter mais chance de ser bem-sucedida na escola. No entanto, com uma 'dosagem' mais alta desses genes, somada a outros fatores de risco, pode ser que ela tenha uma predisposição maior para o autismo", disse a pesquisadora Janecka.
As diferenças de gênero não foram esclarecidas pelo estudo. Pode ser que as medições não tenham sido capazes de perceber as diferenças nas manifestações de "nerdices" entre meninos e meninas. Ou pode ser que haja diferenças na forma como o cérebro de meninos e meninas se desenvolve.

BBC BRASIL

16 de jun. de 2017

LIPÍDIOS -SLIDES

8 de jun. de 2017

PARÓDIA - BIOGÊNESE


O que é o 'jet lag social' e como ele pode afetar sua saúde

O jet lag é uma experiência comum para pessoas que viajam para lugares com fusos muito diferentes. Se a diferença entre os países é grande, o corpo pode ficar um pouco confuso a respeito do horário de dormir, ir ao banheiro ou se alimentar.
Mas existe outra sensação parecida - e sem que seja preciso ir muito longe: o jet lag social.
Esse fenômeno ocorre quando há grandes diferenças entre o horário de sono do fim de semana (ou dos dias livres) e o dos dias de trabalho.
Especialistas acreditam que a interrupção da regularidade dos padrões de sono também pode confundir o relógio biológico, ou seja, o ritmo circadiano, que regula nosso metabolismo.
Mãe acorda com bebê dormindoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDiferenças na hora em que se dorme pode ser prejudicial à saúde

Medição

Para entender o jet lag social, costuma-se comparar o ponto médio do sono de uma pessoa durante os dias de trabalho e nos dias livres.
Exemplo: se uma pessoa dorme durante a semana das 23h às 7h da manhã, o ponto médio de sono é às 3h. No final de semana, se a mesma pessoa dorme de 1h às 11h, o ponto médio seria às 6h.

Como afeta a saúde

Alguns estudos já vêm mostrando que o fenômeno pode trazer impactos à saúde.
Uma pesquisa publicada em 2015 na publicação científica International Journal of Obesity encontrou uma correlação entre o jet lag social e a obesidade e o diabetes tipo 2.
O estudo avaliou a saúde de cerca de 800 trabalhadores que apresentam grandes diferenças nos padrões de sono entre os dias livres e de trabalho.
Segundo os pesquisadores, o resultado aponta que "viver contra o relógio interno pode contribuir para disfunções metabólicas".
Não é que o jet lag social em si provocasse a obesidade, mas uma diferença de apenas duas horas nos padrões de sono já era suficiente para elevar esses riscos, apontou o estudo.
Homem dormindoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionRisco de obesidade é maior entre aqueles com jet lag social
Outra pesquisa, publicada nesta segunda-feira em um suplemento do periódico Sleep, revela que cada hora a mais de jet lag social está associada com um aumento de 11% na probabilidade de sofrer de doenças cardíacas.
O problema também estava associado com uma saúde mais pobre e piora no humor, assim como aumento da sonolência e do cansaço.
Os cientistas calcularam o jet lag social ao comparar os pontos médios da semana e do final de semana de 984 adultos com idades entre 22 e 60 anos.
"Foi surpreendente ver que esses efeitos eram independentes do quanto a pessoa dormia e de sintomas de insônia", escreveu Sierra B. Forbush, autor do estudo e assistente do Programa de Pesquisa de Sono e Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
"Esses resultados indicam que dormir regularmente, além da duração do sono em si, tem um papel importante na saúde", concluiu.
Vários estudos científicos e instituições de saúde recomendam que os adultos durmam pelo menos sete horas por dia.
E segundo o serviço britânico de saúde pública, o NHS, especialistas concordam que manter horários regulares de sono durante a semana e nos finais de semana ajuda a prevenir problemas de sono.
BBC BRASIL

O revolucionário método criado no Brasil para tratar queimaduras graves com pele de tilápia

Grelhada, frita ou no vapor. Há dezenas de receitas para o preparo da tilápia, um peixe de água doce que se reproduz com grande velocidade.
Mas além de ser saboroso e rico em proteínas, o peixe tem um potencial único no campo da medicina, especificamente para o tratamento de queimaduras de pele de segundo e terceiro graus.
O método, pioneiro no mundo, foi desenvolvido por médicos no Ceará.
"No Brasil, para tratar queimaduras, usamos normalmente um creme com efeito de 24 horas. Todos os dias, é preciso trocar o curativo, tirar o creme, enxaguar a área queimada, colocar o creme novamente e fazer um novo curativo", explica Edmar Maciel, cirurgião plástico e presidente do Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ), que desenvolveu o procedimento.
"Isso acaba sendo muito trabalhoso, custoso e doloroso", acrescenta ele.
O método oferece muitos benefícios.
Como permanece sobre a queimadura durante vários dias, em função da gravidade do ferimento, a pele do peixe evita as dores que resultam na necessidade da troca do curativo.
Em outros países, é usada a pele de outros animais, principalmente de porco.
Mas uma grande vantagem de usar a tilápia é que "sabemos que esses peixes tem menos possibilidades de transmitir doenças do que os terrestres", assinala Maciel.
Por outro lado, tem uma maior quantidade de uma proteína chamada colágeno tipo 1, uma melhor resistência (similar à pele humana) e um grau adequado de umidade que ajuda na cicatrização.
Por sua boa aderência, a pele evita a contaminação externa e limita a perda de proteína e plasma, o que pode gerar desidratação e, em última instância, causar a morte do paciente.
Antes de ser utilizada, a pele do peixe é submetida a um processo de limpeza em que são retirados as escamas, o tecido muscular, as toxinas e o odor característico do peixe.
Depois, é estirada em uma prensa e cortada em tiras de 10 cm por 20 cm.
O resultado é um tecido flexível, similar à pele humana.
As tiras de pele são armazenadas em um congelador a uma temperatura entre 2 e 4 graus Celsius por no máximo dois anos.
O trabalho dos pesquisadores foi premiado várias vezes no Brasil.
Agora, a equipe analisa a possibilidade de usar a pele de tilápia em outras áreas da medicina, como, por exemplo, no campo da ginecologia, na atresia vaginal ou para uso em endoscopia.
Também será feito um estudo comparativo para avaliar as diferenças no tratamento das queimaduras entre a pele do porco, do cachorro, humana e da tilápia.

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