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5 de abr. de 2016

Os antioxidantes de que o seu corpo precisa - e o 'mito' dos suplementos

- e o 'mito' dos suplementos
  • 24 março 2016
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Antioxidantes são vitaminas, minerais e outras substâncias químicas que ajudam a proteger as células de substâncias prejudiciais produzidas durante seu metabolismo.
Já é comprovado que uma dieta rica em alguns antioxidantes protege contra doenças cardíacas, derrames, alguns tipos de câncer e doenças relacionadas ao envelhecimento.
Podemos então concluir que o melhor é consumir o máximo de antioxidantes possível, incluindo suplementos?
Provavelmente não.
Alguns antioxidantes podem proteger células saudáveis de danos no DNA, mas ainda não compreendemos totalmente todos os efeitos deles para a saúde.
Por um lado, é bom consumir uma grande variedade de alimentos ricos em antioxidantes, mas especialistas afirmam que, para a maioria das pessoas, não há benefício nenhum em tomar suplementos de antioxidantes.

Funcionamento

A oxidação é um processo químico normal em nossos corpos, que resulta em moléculas instáveis chamadas radicais livres.
Em pequenas quantidades, esses radicais livres são úteis para nossa saúde pois têm um papel importante nos processos normais de nossas células.
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Mas em grandes quantidades eles podem causar problemas e prejudicar o funcionamento celular - um processo conhecido como "estresse oxidativo".
Nós costumamos ingerir antioxidantes como a vitamina C ou o betacaroteno para evitar o estresse oxidativo e proteger as células do corpo.
Antioxidantes conseguem proteger nossas células neutralizando estes radicais livres.

Onde tem?

Pesquisas realizadas nos últimos dez anos mostraram que consumir alimentos ricos em antioxidantes como frutas, verduras, leguminosas e grãos tem um efeito benéfico à saúde.
Mas é importante notar que a quantidade de antioxidantes em alimentos e bebidas varia muito.
Veja abaixo os tipos de antioxidantes e onde encontrá-los.

1) Selênio

O selênio é um mineral encontrado no solo. Ele é importante para manter o funcionamento normal do sistema reprodutivo, sistema imunológico e no uso de iodo pela tireoide.
Entre as fontes de selênio estão carne vermelha, ovos, peixe, mariscos, gérmen de trigo e castanha-do-pará.

2) Vitamina C

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A vitamina C é um antioxidante encontrado em muitos alimentos, especialmente frutas cítricas, frutas vermelhas e verduras.
A vitamina é particularmente importante para o funcionamento e os processos de cura dos tecidos, como a formação de colágeno.
Em alguns países, os serviços de saúde até aconselham os fumantes a consumir mais vitamina C.
E a vitamina também ajuda as pessoas a absorverem melhor o ferro.

3) Compostos fenólicos

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Os compostos fenólicos são um grande grupo de compostos químicos de plantas com propriedades antioxidantes.
Entre eles estão os flavonoides como a quercetina, que é encontrada na cebola, chá, vinho tinto e chocolate; a curcumina, encontrada na mostarda e açafrão; taninos, encontrados no chá verde e no chá vermelho; isoflavonas, encontradas no leite de soja, tofu e missô e as lignanas, que podem ser encontradas nas sementes de linhaça e outros grãos.

4) Carotenoides

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Os carotenoides são compostos vegetais como o betacaroteno, luteína e licopeno, que dão a frutas e verduras a coloração amarela, vermelha e laranja.
Eles ajudam a fortalecer a imunidade do corpo. Quanto mais forte a coloração, maior a concentração.
Entre as boas fontes de carotenoides estão maracujá, manga, tomate, cenouras, batata-doce e damasco.
Os betacarotenos de coloração laranja forte, encontrados na cenoura, por exemplo, também podem ter outros benefícios pois são transformados em vitamina A.

5) Vitamina E

A vitamina é um antioxidante particularmente adequado para a proteção do corpo de reações oxidantes envolvendo gordura.
Todas as células do corpo têm uma camada fina de gordura vulnerável ao ataque de radicais livres. A vitamina E intercepta os radicais livres evitando danos e mantendo a integridade da célula.
Entre as boas fontes desta vitamina estão oleaginosas (como nozes), sementes e óleos vegetais.

Suplementos

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A maioria dos testes clínicos já feitos até hoje não encontraram provas de que o consumo de um antioxidante ou de uma combinação deles em forma de suplementos proteja a saúde.
Segundo o professor Tom Sanders, chefe do Departamento de Diabetes e Ciências da Nutrição do King's College de Londres, tomar suplementos de antioxidantes pode até prejudicar a saúde, a dos fumantes.
E o Cochrane Collaboration, um grupo internacional que analisa questões de saúde, também opina que os suplementos de antioxidantes podem fazer mais mal do que bem.
Em 2012, o grupo realizou uma análise de 78 teste clínicos de suplementos de antioxidantes e não identificou provas de que o consumo deles ajudasse a evitar doenças.
Um estudo realizado na década de 1990 com homens finlandeses que fumavam muito descobriu que os que consumiam doses altas de betacaroteno tinham um risco maior de desenvolver câncer de pulmão. A pesquisa de suplementos de antioxidantes com vitamina E também identificou elos entre estes suplementos e um tipo de derrame e, possivelmente, câncer na próstata.
Por sorte a natureza já fornece um pacote equilibrado de antioxidantes e certamente não há provas de que consumir muitas frutas e verduras faça mal à saúde.

Dieta colorida

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Catherine Collins, nutricionista-chefe no Hospital St. George, na Grã-Bretanha, recomenda uma dieta com mais frutas, leguminosas e grãos, que são todos ricos em antioxidantes e também boa fonte de fibras.
Segundo a Associação Dietética Britânica, consumir 400 gramas de frutas e verduras por dia pode ajudar a diminuir o risco de problemas de saúde como hipertensão, obesidade e alguns tipos de câncer.
A nutricionista britânica Felicity Lyons, porta-voz da associação, afirmou que cada antioxidante tem seu papel particular no corpo então consumir muito de apenas um tipo não vai ajudar.
O conselho é diminuir o consumo de alimentos industrializados e tentar fazer sua


BBC BRASIL

O chocolate pode mesmo te deixar mais feliz, saudável e inteligente?

O chocolate pode mesmo te deixar mais feliz, saudável e inteligente?

  • 27 março 2016
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Não são poucas as citações na mídia sobre os benefícios do chocolate: desde uma vida mais calma até um coração mais saudável já foram atribuídos ao produto.
Alguns nutricionistas afirmam que comer chocolate amargo todo dia pode reduzir a pressão sanguínea e beneficiar o coração. Também dizem que pode evitar alguns tipos de câncer, derrames e até melhorar a memória.
A BBC fez uma avaliação das últimas provas a favor do chocolate e como seus efeitos podem ser comparados aos de algumas drogas.

O tipo importa?

"Atribuo todo meu sucesso essencialmente à grande quantidade de chocolate que consumo. Pessoalmente eu acho que chocolate ao leite te deixa estúpido... chocolate amargo é a chave.. É algo que, se você quer um prêmio Nobel de medicina ou de química, tudo bem, mas se você quer um prêmio Nobel de física, tem que ser chocolate amargo mesmo", já disse Eric Cornell, vencedor do Nobel de física em 2001.
Infelizmente a escolha de chocolate provavelmente não fará muita diferença quando se trata do prêmio Nobel, mas fica a questão: o chocolate amargo é mesmo o melhor?
Os supostos benefícios do chocolate para a saúde e o cérebro são atribuídos, principalmente, aos antioxidantes encontrados no cacau. No entanto, pelo fato de o cacau ser amargo, frequentemente se adiciona leite e açúcar para fazer o chocolate, diluindo o conteúdo de antioxidantes.
Também é preciso lembrar dos problemas causados pelo consumo de grandes quantidades de calorias e açúcar.
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Image caption Cientistas e médicos recomendam o chocolate amargo
Então a mensagem é: se você come chocolate, escolha o amargo, escuro. O ideal seria o que tem 85% de cacau ou mais, que possui menos gordura e açúcar do que o chocolate ao leite.

Quais drogas o chocolate imita?

O cacau tem pequenas quantidades de alguns estimulantes que são encontrados em várias drogas legais e ilegais.
O "chocolatier" belga Dominique Persoone criou um um dispositivo que disparava cacau diretamente no nariz do usuário. Ele afirma ter vendido 25 mil unidades do dispositivo, que não era barato (45 euros, cerca de R$ 185), e a embalagem vinha com alerta sobre riscos do uso excessivo.
Parece pouco provável que o chocolate realmente imite os efeitos das drogas, mas ele possui algumas substâncias químicas presentes em algumas drogas.

1.Ópio

O chocolate pode afetar o cérebro de uma forma parecida com o ópio, reduzindo a dor e produzindo prazer, apesar de ser bem mais fraco.
Isso ocorre graças ao neurotransmissor encefalina. Estudos em ratos indicam que a quantidade de encefalina produzida quando se come chocolate é o bastante para criar um efeito suave e levar ao vício.
Apesar de especialistas acreditarem que isso também se aplique a humanos, ainda não há provas.

2.Amor

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Image caption Chocolate tem grupo de alcaloides neuroativos também presentes na cerveja e no vinho
O cacau pode imitar o efeito do amor, segundo alguns especialistas, pois contém a substância química feniletilamina, liberada nos primeiros meses de um relacionamento.
Isso faz com que a pessoa se sinta excitada e nervosa e pode funcionar como um antidepressivo.
Existem apenas pequenas quantidades da substância no chocolate e há dúvidas se ela permanece ativa quando o chocolate é ingerido. Portanto ainda não se sabe com certeza se a pessoa sente mesmo esse efeito.

3.Maconha

O chocolate tem pequenas quantidades de anandamida, conhecida como a "molécula da felicidade".
Este neurotransmissor atinge as mesmas estruturas cerebrais acionadas pelo THC, o ingrediente ativo da maconha.
No entanto, para ter um impacto substancial no cérebro, a pessoa precisaria comer vários quilos de chocolate, então não é provavel que o chocolate afete o humor da pessoa.

4.Álcool

O chocolate tem um grupo de alcaloides neuroativos conhecidos como tetrahidro-beta-carbolinas, que também podem ser encontrados na cerveja, vinho e outras bebidas.
Essas substâncias elevam nossos níveis de dopamina e serotonina - têm, portanto, um efeito no humor. E podem explicar o poder viciante do chocolate.
O chocolate, contudo, possui quantidades reduzidas de tetrahidro-beta-carbolinas e são necessárias mais pesquisas antes de concluir que há impacto no humor.

5.Café

O cacau tem cafeína e é possível encontrar um pouco deste estimulante no chocolate. Quanto mais amargo o chocolate, maior a quantidade de cafeína.
Mas as quantidades de cafeína são mais baixas em todos os tipos de chocolate, incluindo o amargo, do que no café.
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Image caption É possível encontrar cafeína no cacau e até um pouco dela no chocolate
O cacau também tem teobromina, que produz um efeito estimulante quando combinada com cafeína.

Melhora o desempenho do cérebro?

Estudo publicado recentemente envolvendo cerca de mil pessoas descobriu a ligação entre comer chocolate - não importando o tipo - pelo menos uma vez por semana e uma melhora na memória e raciocínio abstrato.
Há razões para otimismo, mas a pesquisa não apontou categoricamente se comer chocolate foi a causa da melhora.
Em outra pesquisa recente, descobriu-se que uma substância química encontrada no cacau e no chocolate reduz a perda de memória relacionada à idade em adultos de 50 e 69 anos.
O estudo apontou que o antioxidante flavonol (uma classe de flavonoides) aumenta o fluxo sanguíneo para uma região do cérebro que promove a memória. Cientistas estão animados com a descoberta, pois é o primeiro indicador de que a dieta pode reverter o declínio na memória e também reduzir a perda da memória.
Depois de consumir bebidas enriquecidas com estes flavonois por três meses, o desempenho das pessoas neste grupo de idade em um teste de memória foi equivalente ao desempenho de pessoas várias décadas mais jovens.
No entanto, apenas comer mais chocolate não vai proteger a memória, pois métodos usados para processar o chocolate costumam remover a maior parte dos flavonois.
Uma barra de chocolate típica tem 40 mg destes flavonois, e a bebida usada na pesquisa continha 900 mg. Seria necessário comer quantidades enormes de chocolate para obter algum benefício.
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Image caption Muitos médicos questionam se as propriedades do cacau são mantidas depois que ele é transformado em chocolate

E a saúde?

Acredita-se que os antioxidantes encontrados no cacau possam ter efeitos antiinflamatórios, melhorando o fluxo sanguíneo e diminuindo o risco de doenças cardiovasculares.
Algumas pessoas também afirmam que o cacau protege contra o câncer e reduz o estresse.
Mas há a questão da validade de estudos que ligam o cacau à diminuição da pressão sanguínea, e se há algum efeito para a saúde depois que o cacau é transformado em chocolate.
Em 2012, uma análise das melhores provas dos efeitos do cacau na pressão sanguínea concluiu que alguns produtos do cacau, incluindo chocolate amargo, diminuem levemente a pressão. A análise apontou, porém, a necessidade de mais comprovações.
"Se você está com um peso saudável, comer chocolate com moderação não aumenta o risco de doença cardíaca de forma detectável, e pode até ter algum benefício. Eu não aconselharia meus pacientes a aumentar o consumo de chocolate com base nesta pesquisa, particularmente se estiverem acima do peso", disse à BBC o especialista independente Tim Chico.


BBC BRASIL

A ciência do prazer: por que gostamos do que gostamos?

O circuito do prazer no cérebro humano não é simples, mas também não é tão complicado. Existem gatilhos quase universais para o prazer. No entanto, há pessoas cujo prazer só é desencadeado por coisas mais específicas.
"Há algumas coisas que gostamos porque somos programados para gostar, como consumir alimentos e tomar água e manter relações sexuais", diz à BBC David Linden, professor de Neurociência na Universidade Johns Hopkins de Baltimore, nos Estados Unidos, e autor de A Bússola do Prazer.
"Existem outras coisas que aprendemos a desfrutar. Por exemplo: estamos programados para gostar do sabor doce, mas as preferências pessoais são determinadas pela experiência individual, o aprendizado, a família, a cultura, todas as coisas que fazem de nós indivíduos."
"As pessoas gostam das coisas com as quais cresceram. Eu vivo em Baltimore e aqui há pessoas que gostam de pimentas, outras não. Se eu vivesse no México, é muito provavel que quase todas as pessoas gostassem."
A afirmação de Linden leva a outra pergunta: pode-se dizer que o mesmo acontece com animais de estimação? Eles aprendem a gostar das coisas que seus donos comem, apesar de seus instintos?
"Os gatos desenvolvem gosto por pimenta? Nunca. Isto é algo que os humanos fazem, mas outros mamíferos não - e não sabemos a razão", afirma o especialista.
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Nada amargo

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Image caption Por enquanto, ele gosta de chocolate, mas serão necessários mais alguns anos para que ele veja se aguenta o amargo da cerveja

Linden afirma que parece que os humanos estão programados para evitar o sabor amargo. Na natureza, coisas amargas frequentemente são tóxicas.
"Por isso, não é raro que uma criança não saiba ainda muito sobre comida e rejeite coisas amargas. À medida que crescemos e vamos aprendendo o que devemos comer ou não, pode ser que comecemos a gostar de algumas coisas amargas", diz.
A genética também pode exercer um papel sobre nossos gostos. Linden cita o coentro. "Há quem ou ama. E, agora, sabemos que os que odeiam têm uma mutação em um receptor olfativo em particular, no nariz, que detecta uma substância química liberada quando se mastiga coentro."
Mas isto não ocorre com muita frequência. Um estudo com gêmeos que cresceram em lugares diferentes mostra que a maior parte das preferências alimentares é aprendida, não herdada.

Beleza

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Image caption Nem todos os prazeres nascem iguais, mas acabam sendo iguais

Samir Zeki, professor de neuroestética no University College de Londres, no Reino Unido, investiga como a beleza nos dá prazer. "Eu sou especializado no cérebro visual e nas respostas afetivas - como desejo, amor, beleza - desencadeadas por estímulos visuais", explica.
"Quando uma pessoa experimenta a beleza - uma paisagem, peça musical, na matemática, em um rosto, em um corpo - não importa a forma, é ativada a mesma parte do cérebro emocional."
"É o centro do prazer no cérebro, e está associado com satisfação. A beleza é prazer, é gratificante, é parte do mesmo estado afetivo, da relação de satisfação, recompensa", disse.
Mas todos os prazeres são iguais? O prazer que temos com drogas, sexo ou comida, têm o mesmo efeito sobre o cérebro?
"Uma das coisas que descobrimos é que, quando se trata de prazer, parece haver um santuário interno de regiões do cérebro que são unitárias", afirma Morten Kringelbach, neurocientista das universidades de Aarhus, na Dinamarca, e Oxford, no Reino Unido.
"Isto é muito interessante e surpreendente. O prazer que a comida dá é diferente do prazer da música. Mas a informação indica que provavelmente não deveríamos nos guiar por nossas experiências: os sinais elétricos em regiões específicas do cérebro são os mesmos."

A ameaça do prazer

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Image caption As autoridades governamentais e religiosas querem regular mecanismos de prazer que têm a ver com a conduta, como o consumo de drogas

Na base de tudo isso, está algo com um nome muito grande: 3,4-dihidroxifenilalanina, ou dopamina, um neurotransmissor.
"É crucial. Se você aumenta a quantidade, aumenta o prazer. Se a retira, bloqueia a capacidade de sentir prazer. Sabemos que ela atua em lugares específicos do cérebro que, se forem destruídos, impedem a pessoa de sentir prazer."
O prazer ocorre em três fases, de acordo com Kringelbach. Primeiro vem o desejo: a antecipação, o anseio. Depois há um período de gosto: desfrutar a comida, o vinho, o sexo, um filme ou uma droga. Depois, vem a saciedade, o período da satisfação.
Linden afirma ainda que autoridades governamentais ou religiosas querem regular coisas que fazemos guiados pela busca do prazer.
"Estou falando de sexo e drogas. Dizem: 'Não podem ter relações sexuais se não está casado' ou 'Não pode pagar por elas' ou 'Não pode ser homossexual' e 'Não pode consumir drogas que ativem seu centro de prazer, seja nicotina, álcool, maconha etc'. Enquanto outros dizem: 'Pode tomar álcool, mas nada além disso'."
"Neste sentido a regulação de nosso circuito de prazer no cérebro é uma das grandes missões tanto de governos como de religiões", acrescenta. E, para o pesquisador, nosso centro de prazer pode ser uma ameaça.
"Acho que se preocupam muito com nossos prazeres porque são eles que regem nossa conduta. São muito fortes. Para estas instituições, isso representa uma ameaça, pois as coisas que são muito prazerosas podem alterar a ordem estabelecida."

Dor

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Image caption Prazer e dor andam de mãos dadas na cama e na mesa

Alguns prazeres são óbvios e comuns entre muitas pessoas: o chocolate ou uma música de Bach, uma cerveja ou um entardecer. Outros parecem estranhos. Um sádico tem prazer causando a dor, e um masoquista, sentindo a dor.
"Não há nada que explique biologicamente por que alguns desenvolvem gosto por certas práticas sexuais e outros não. Mas isso diz alguma coisa sobre o prazer e a dor", afirma Linden.
"Ambos são indicadores de algo que é importante, significativo. Dizem: 'Preste atenção a isto! Guarde na memória, porque isto é algo de que você vai precisar se lembrar mais à frente!'."
"Isto é o que o prazer e a dor têm em comum, assim, é possível que, quando se misturem, seja em alguma prática sexual ou em um prato de comida com pimenta, há pessoas que desfrutem, pois são (experiências) supersignificativas e isto é gratificante de alguma forma", complementa o neurocientista.

BBC BRASIL

Veja o que funciona (e não funciona) contra o vírus H1N1 que já causou mais de 50 mortes no Brasil

   
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Image caption Infectologista defende que forma mais eficaz de prevenção é vacinar-se

Nos últimos dias, o vírus Zika deu lugar ao H1N1 como principal preocupação dos brasileiros quando o assunto é saúde. Causador da chamada gripe suína e identificado no México há seis anos, ele já havia provocado 46 mortes no país até o último dia 19, a maioria em São Paulo – mais que em todo o ano passado, quando matou 36 pessoas.
O aumento de casos fora do inverno, quando o vírus se aproveita dos ambientes poucos ventilados para se multiplicar, intriga especialistas. A proliferação em locais bastante visitados por brasileiros, como a Flórida (EUA), e mudanças climáticas – a umidade é favorável ao H1N1 – estão entre as hipóteses levantadas.
Diante do surto, as pessoas recorrem ao álcool gel e evitam encostar nas barras do transporte público. Mas quão eficazes são essas medidas? A BBC Brasil conversou com infectologistas para descobrir:

O QUE FUNCIONA:

  • Vacina

Para Jean Carlo Gorinchtein, do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, não há dúvida: a forma mais eficaz de se prevenir do H1N1 é a vacina. Ainda que não tenha 100% de eficácia – ela varia de 60% a 90% – Gorinchtein ressalta a importância da medida, especialmente entre o "grupo de risco".
Crianças, idosos, grávidas e pessoas com doenças que comprometam a imunidade podem desenvolver sintomas mais graves, como falta de ar. Em casos extremos, o quadro pode evoluir para pneumonia, tuberculose e até meningite.
Isso não quer dizer que o vírus seja mais agressivo do que outros tipos de Influenza, ressalta o infectologista Esper Kallas. Todos podem levar a complicações. Só que, por ter sido identificado há pouco tempo, muita gente não tem resistência ao H1N1.
Para os que não estão no "grupo de risco", o conselho é vacinar-se, mas sem desespero. É possível esperar até o começo da campanha de vacinação, no dia 30 de abril, diz o infectologista.
Em São Paulo, a Secretaria Estadual de Saúde antecipou o início da vacinação para o começo desta semana. Na semana passada, hospitais e clínicas particulares da capital viram uma corrida frenética: salas de espera lotadas e uma força-tarefa para o atendimento.
"O que as pessoas não têm que ter é pânico. Os lotes estão se esvaindo e quem deixa de tomar é justamente quem mais precisa."
Até quem já teve H1N1 precisa se vacinar. Isso porque os anticorpos contra a gripe duram, em média, 12 meses. Depois disso, o nível de proteção cai e é possível pegar de novo. Não é como a catapora, cujos anticorpos costumam durar toda a vida, explica Gorinchtein.
Hoje, a rede pública oferece para as pessoas com mais chances de adoecer (gestantes, mulheres que acabaram de dar à luz, idosos e crianças de até 5 anos, entre outros), a vacina trivalente, que protege contra dois tipos de gripe A (entre eles o H1N1) e um tipo da B – segundo o Ministério da Saúde, essa é a composição recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Na rede particular, além da trivalente, já é possível encontrar a tetravalente, que adiciona a imunização a um segundo tipo B.

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Image caption Vírus se aproveita de ambientes pouco ventilados para se multiplicar

  • Álcool gel e lavar as mãos

Há algumas teorias sobre o tempo de vida do vírus.
Segundo o NHS, serviço público de saúde do Reino Unido, os vírus contidos nas microscópicas gotículas que expelimos ao tossir ou espirrar alcançam cerca de um metro. Eles podem ficar suspensos no ar, onde podem viver por horas (principalmente em temperaturas baixas), e atingir superfícies e objetos. Em superfícies duras, o H1N1 sobreviveria por até 24 horas.
Logo, explica o órgão, qualquer um que tocar mesas, maçanetas ou mesmo dinheiro atingidos por essas gotículas pode se contaminar e espalhar o vírus ao tocar outras superfícies e pessoas.
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Já de acordo com Gorinchtein, o vírus H1N1 vive normalmente menos de um minuto fora do corpo ao ser expelido junto com as gotículas de saliva ou secreções. Quando alguém espirra na barra do metrô é preciso que outra encoste ali logo e leve a mão, com vírus, à boca, olhos ou nariz para que se infecte, diz.
Independente de quem está certo, o álcool gel e a água com sabão são a melhor alternativa para reduzir as chances de contaminação. Apesar de não ser uma medida infalível – uma pessoa sempre pode tossir próximo a seu rosto –, ajuda bastante, pois mata os vírus que ficam nas mãos.
O infectologista Esper Kallas lembra a popularização do álcool gel no Brasil foi fruto da primeira epidemia de gripe suína, em 2009.
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  • Tapar a boca ao tossir/espirrar

Quanto mais rápido os vírus expelidos chegaram às mucosas (boca, nariz e olhos) de uma pessoa, mais provável será a contaminação.
Por isso, proteja sua boca ao tossir ou espirrar. A infectologista Angela Rocha, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, explica que, nos três primeiros dias da doença, quando o vírus está se multiplicando intensamente, a carga viral em cada espirro é maior.
Nesse período, é preciso atenção redobrada. Normalmente, o ciclo da gripe dura uma semana.
Segundo o serviço de saúde britânico, caso as mãos sejam usadas para tapar a tosse, espirro e limpar o nariz, é preciso lavá-las para evitar espalhar o vírus – a concentração na pele pode ficar alta por até cinco minutos.
O ideal, afirma o NHS, é usar lenços de papel para cobrir a boca e o nariz e jogá-los no lixo o mais rápido possível – o vírus pode sobreviver neles por cerca de 15 minutos, ou seja, nada de reaproveitar.

O QUE NÃO FUNCIONA:

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  • Pronto-socorro

Começou a tossir? A garganta está arranhando? Não vá ao pronto-socorro. "O melhor lugar de se pegar a gripe é o pronto-socorro. Você fica seis horas na sala de espera. Acha que é alguma coisa, acaba não sendo nada. E dois dias depois está com gripe", explica o infectologista Esper Kallas.
Ele ressalta que ao ser infectado pelo H1N1 é preciso deixar a doença seguir seu curso natural e ir acompanhando os sintomas. Caso eles piorem, haja falta de ar ou secreções avermelhadas e com pus, é hora de procurar um médico.
"O problema não é pegar (a gripe), é saber lidar com ela. Se o filho pegou, vai construir imunidade. As pessoas precisam estar atentas na identificação dos casos mais graves."
Diferentemente dos especialistas, o Ministério da Saúde recomenda que a pessoa com suspeita da doença procure atendimento médico "imediatamente".
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Image caption Eficácia de máscaras é bastante limitada, explica infectologista

  • Máscara

Comprou uma máscara na farmácia e acha que está protegido? Não é bem assim. O infectologista Esper Kallas estima que máscaras feitas de feltro e tecido têm vida útil de quinze minutos.
"Depois disso, elas já não têm mais eficácia. Ficam úmidas com a respiração e os poros do material vão abrindo. É como se não estivesse usando uma."
Segundo Kallas, as que funcionam tem "um sistema bem mais complexo" e são mais difíceis de encontrar, além de mais desconfortáveis.
Angela Rocha, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, diz que elas podem ser eficientes para contatos rápidos: "já ajuda".
  • Ficar só um dia em casa

O NHS, serviço público de saúde britânico, recomenda que a pessoa infectada fique longe do trabalho ou escola até se sentir melhor, o que deve ocorrer em cerca de uma semana.
Isso porque o período mais contagioso, geralmente iniciado quando os sintomas aparecem, pode durar até sete dias – crianças e pessoas com baixa imunidade podem precisar de uma folga ainda maior, já que nelas o vírus permanece ativo por mais tempo.
Ou seja: não dá para mascarar os sintomas com antitérmico e, por exemplo, mandar os filhos para a escola.
As dicas também valem para outros tipos de gripe.
  • Se entupir de remédios

Especialistas afirmam que, via de regra, a gripe causada pelo H1N1 vai embora depois de alguns dias, assim como as outras.
Por isso, recomenda o serviço britânico, o melhor é ficar em casa e beber bastante água para evitar a desidratação. Remédios para febre e dor podem ser usados para amenizar os sintomas.
Segundo o Ministério da Saúde, há a oferta, em todo o país, do medicamento oseltamivir (o Tamiflu), receitado de acordo com a avaliação médica.
A pasta afirma ser importante que o remédio seja administrado nas primeiras 48 horas dos sintomas.



BBC BRASIL

Por que bebês de várias partes do mundo estão dormindo em caixas de papelão?

   

Baby BoxImage copyright Finish Baby Box Company
Image caption Há 75 anos, grávidas recebem gratuitamente caixas do governo finlandês

Uma tradição que remonta à década de 1930 é considerada crucial para que a Finlândia tenha uma das taxas de mortalidade infantil mais baixas do mundo: cada mãe, independentemente de sua origem, recebe gratuitamente uma caixa de papelão com presentes para seu bebê.
Ela contém produtos muito úteis para as primeiras semanas de vida do recém-nascido. Há roupas, inclusive um pijama para protegê-lo do inclemente frio do inverno, um gorro, alguns sapatinhos (tudo em cores neutras), além de fraldas, babadores, produtos de banho, toalhas e um álbum fotográfico - e a própria caixa pode ser usado como o primeiro berço, pois vem com um pequeno colchão.
Há três anos, uma reportagem da BBC sobre as caixas de papelão foi lida por milhões de pessoas e tornou-se viral na internet. E, agora, a ideia finlandesa está se disseminando no mundo, do México ao sul da Ásia, passando por países como África do Sul, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá.
Em 2014, três pais finlandeses criaram uma empresa para distribuir estas caixas para clientes em diferentes países. Duas americanas fizeram o mesmo. E existe uma empresa similar no Reino Unido.
E, em agosto do ano passado, o governo da Cidade do México colocou em prática o projeto "Cunas CDMX" (cunas significa "berço" em espanhol), inspirado no modelo finlandês. Seu objetivo era atingir 10 mil mães e acompanhar a gravidez daquelas com menos recursos financeiros para combater a mortalidade infantil.
"Buscamos gerar uma maior proteção para os bebês na Cidade do México, principalmente os que vivem na pobreza", diz Gamaliel Martínez Pachecho, diretor-geral dos Sistema para Desenvolvimento Integral da Família da capital mexicana, departamento encarregado do projeto.

Controle pré-natal

Image caption Em 2014, três pais finlandeses criaram a empresa Finnish Baby Box Company

Como a ideia é bastante simples e aparentemente eficaz, muitos outros profissionais de saúde e empreendedores sociais também querem desenvolvê-la e adaptá-la.
Com frequência, os produtos incluídos na caixa e a forma como ela é distribuída são adequados para problemas locais: desde prevenir infecções até tirar a criança da cama dos pais, onde há um risco de sofrerem asfixia.
Dois empreendedores sul-africanos - Ernst Hertzog, da organização Action Hero Ventures, e o executivo de marketing Frans de Villiers - concluíram, por exemplo, que uma caixa de plástico, que pudesse ser usada como banheira e não tanto como cama, era mais útil para as mães de seu país.
Mas seu objetivo principal ainda é, inclusive na Finlândia, incentivar as mães a comparecer às consultas de controle pré-natal.
De fato, um projeto-piloto realizado pela Universidade de Stellenbosch no ano passado descobriu que, na África do Sul, a caixa Thula Baba aumentava a frequência das mães nos exames pré-natais.
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Thula BabaImage copyright Thula Baba Box
Image caption Caixa foi adaptada para a realidade da África do Sul

Esses controles reduzem, por exemplo, o risco de que uma mãe com HIV morra durante o parto e reduz as possibilidades de que o vírus seja transmitido para o bebê. De Villiers e Hertzog querem agora que o projeto seja ampliado e que um dia se torne um programa nacional.
"A caixa finlandesa foi um exemplo de design que mudou um país. Esperamos que, fazendo alguns ajustes, nosso produto tenha o mesmo impacto", diz Hertzog.
Por sua vez, uma estudante de doutorado da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, teve a ideia de adotar a caixa finlandesa para o sul da Ásia.
Karima Ladhani desenvolveu o projeto "Barakat Bundle" (barakat significa "benção" em alguns idiomas da região), que entrou em vigor em um hospital rural da Índia. A caixa tem ferramentas para prevenir infecções durante o parto ou pouco depois de se dar à luz e também inclui um mosquiteiro para proteger os bebês da malária.
"Queremos oferecer às novas mães soluções de baixo custo para salvar vidas ao combater as causas evitáveis de mortalidade infantil e materna", afirma Ladhani.
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Image caption Programa na Ìndia incluiu mosquiteiro dentre os itens da caixa

No mesmo quarto

A caixa finlandesa não foi replicada apenas em países em desenvolvimento, onde a mortalidade infantil é preocupante. Um projeto-piloto está sendo lançado no hospital Queen Charlotte's and Chelsea, em Londres, no Reino Unido, em colaboração com a empresa americana Baby Box.
Cerca de 600 caixas serão dadas a mulheres que derem à luz neste hospital nos próximos meses. "Partimos do pressuposto de que as pessoas têm dinheiro para comprar um moisés ou um berço, mas nem sempre é o caso", diz a ginecologista Karen Joash, conselheira obstetrícia do programa.
Ela considera que a caixa também fará com que mães e bebês fiquem no mesmo quarto, já que elas são fáceis de carregar. "Isso é bom para estreitar sua ligação."
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Image caption Criada em 2015, empresa britânica foi inspirada em matéria da BBC

Há dezenas de projetos sendo desenvolvidos nos Estados Unidos. O maior será lançado neste ano em Fort Worth, no Estado do Texas, quando quatro hospitais da cidade começarão a entregar as caixas para reduzir a alta taxa de mortalidade local, de 71 a cada 1 mil nascimentos em 2013, acima da média nacional de 59 a cada 1 mil.
A previsão é que sejam entregues cerca de 36 mil caixas nos próximos dois anos. O objetivo é incentivar os pais a não dormir com os bebês na mesma cama.
"A comunidade não estava consciente de que a mortalidade infantil era um grande problema aqui", afirma Dyann Daley, porta-voz do hospital Cook Children's. "Ao entregar uma caixa a cada nascimento, damos aos bebês um lugar seguro para dormir, algo crucial para evitar a morte por asfixia."

Apoio familiar

Há projetos em curso também no Estado australiano de Victoria e na província canadense de Alberta.
Karen Benzies, professora de Enfermagem da Universidade de Calgary, destaca que a intenção original era ajudar as famílias mais vulneráveis, mas seus organizadores se deram conta que "a ideia de vulnerabilidade para a maioria das pessoas se refere a alguém com uma renda baixa, algo que não se aplica necessariamente à realidade de Alberta".
É uma região que se beneficia da indústria petrolífera, e, por isso, quando os homens vão trabalhar nas plataformas, surge um novo tipo de problema: as mães criam seus bebês sozinhas. "O objetivo é dar apoio às famílias na transição da gravidez para a maternidade", diz Benzies.
Um elemento-chave para isso é a mentoria dada aos pais, em que uma pessoa os auxilia, por telefone ou pessoalmente, a partir das 32 semanas de gestação até seis meses após o parto.
"No Canadá, quando alguém da família ou um amigo vê algo de errado, às vezes prefere não dizer nada, é comum que não interfira. Queremos mudar isso", afirma Benzie.
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Image caption Um centro de saúde americano lançou sua versão do projeto no início deste ano

'Assistente de berço'

Outra inovação incorporada pelos canadenses é um "assistente de berço", uma espécie de folheto criado para os homens tenham uma relação mais próxima com seus bebês. Com um estilo parecido com o de um manual de um automóvel, o texto oferece um guia prático.
"Sabia que faz bem para o bebê arrotar algumas vezes?", diz o texto, que ressalta a importância do "combustível", o leite materno, e explica como "checar debaixo do capô", as fraldas no caso, porque "manter seu modelo novo limpo e cômodo é importante".
O governo finlandês destacou estar consciente do interesse global em seu projeto e que com frequência oferece assessoria a outros países. De fato, realiza apresentações em embaixadas. Mas nem todo mundo está convencido de que a caixa é a melhor forma de ajudar.
Colin Pritchard, professor da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido, estuda mortalidade infantil e acredita que o sistema tem "sentido teoricamente", por dar ao bebê um local para dormir além da cama dos pais e poder reduzir os casos de morte súbita por asfixia. No entanto, acredita que o efeito é pequeno.
Ele argumenta ser mais importante criar mecanismos para reduzir a pobreza, fazer com que os pais deixem de fumar e melhorar a educação dos pais e os cuidados que eles terão com os filhos para frear a mortalidade infantil.

BBC BRASIL

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