Tecnologia do Blogger.

3 de mai. de 2013

Devemos temer uma pandemia da nova gripe?


Surgiu uma nova doença na área - ao menos se você mora no leste da China.
Tanto tempo depois de as pessoas e a mídia perderem o interesse na gripe aviária H5N1, agora começamos a nos acostumar com um novo conjunto de letras e números. Mas devemos nos preocupar com a H7N9?

Em cerca de um mês, mais de cem pessoas foram infectadas na China. Uma em cada cinco morreu, e muitas estão hospitalizadas em estado grave. A nova gripe causa pneumonia e pode levar à falência múltipla de órgãos."Sim e não" resumem as respostas dos especialistas. Sim, por causa do potencial de vírus da gripe em provocar epidemias globais (pandemias). E não, porque o vírus por enquanto está confinado à China e não tem a capacidade, no momento, de ser transmitido entre humanos.
O vírus é originário de galinhas, e as pessoas que adoeceram haviam estado em feiras de animais vivos ou haviam tido contato com aves infectadas.
"Acho que estamos preocupados porque temos de nos preparar. Alarmados? Não. O vírus em humanos ainda está restrito a uma região chinesa", diz John McCauley, diretor de um centro colaborador da Organização Mundial da Saúde na Grã-Bretanha.
"(A China) tem uma população grande, mas a infecção parece estar limitada ao contato com animais e não está se espalhando de humano para humano."

'Apocalipse' e mutações

Durante anos, infectologistas e a OMS advertiram - muitas vezes de forma apocalíptica - quanto aos perigos da H5N1. O "H" e o "N" do nome são as proteínas do vírus, que recebe o nome de seus diferentes subtipos. O H5N1 tem infectado e matado humanos desde 1997 - foram 628 casos e 374 mortes.
Agora, essa variação não está mais nas manchetes internacionais, mas causou oito mortes no Camboja neste ano. Apesar disso, felizmente é predominantemente uma doença aviária e não se transmite facilmente entre humanos.
Isso não significa, porém, que o H5N1 ou o H7N9 não possam proporcionar a infecção entre humanos. No ano passado, cientistas mostraram que, com cerca de cinco mutações, a gripe aviária poderia adquirir essa capacidade de transmissão.
A H7N9 já passou por duas dessas mutações, em cerca de um mês. Mas é impossível prever se esse processo continuará.
"É como jogar dados ou na loteria. No momento, limitar o número de pessoas infectadas pelo vírus é o melhor que podemos fazer para minimizar a chance de que ele cause uma pandemia", diz a professora Wendy Barclay, do Imperial College, em Londres.

Incapacidade de previsão

Especialistas em influenza oscilam no tênue limite entre alertar o público ou alarmá-lo.
"Esperamos por anos pela transmissão entre humanos do H5N1. Mas isso não significa que essa transmissão não possa ocorrer esta noite ou amanhã. Temos que ser honestos quanto à incapacidade de prever se e quando isso vai acontecer", diz o professor Jeremy Farrar, diretor de um programa do Wellcome Trust no Vietnã considerado referência em pesquisa de doenças infecciosas.
Ao contrário do H5N1, o novo vírus da gripe não adoece as aves, o que faz com que seja muito difícil identificar os bandos infectados. Especialistas internacionais elogiaram as autoridades chinesas pela forma como elas compartilharam informações a respeito da recente epidemia.
Muitos manterão seu ceticismo quanto ao risco de uma pandemia de gripe, lembrando que a crise da gripe suína de 2009 foi menos séria do que o previsto.
Mas pandemias são, historicamente, responsáveis pela morte de milhões de pessoas. Por isso, vão continuar os esforços em busca de uma vacina e na tentativa de monitorar o vírus H7N9.

BBC

23 de abr. de 2013

MODELOS BIOLÓGICOS







PROJETO : VOCÊ É O QUE VOCÊ COME;











15 de abr. de 2013

.Cientistas identificam origem de mamíferos placentários

Um grupo de cientistas de diversos países conseguiu mapear a origem de todos os mamíferos placentários: trata-se de um pequeno animal peludo que se alimenta de insetos.
Ao contrário dos monotremados, que põem ovos, e dos marsupiais, que nutrem seus fetos em bolsas, como no caso dos cangurus, os mamíferos placentários crescem dentro de um útero e são alimentados por meio de uma placenta durante a gestação.
Mamífero placentário | Foto: AFP

 

O grupo é vasto e inclui animais como baleias, elefantes, cachorros, morcegos e os seres humanos.
Um artigo na revista especializada Science fornece mais detalhes sobre o potencial habitat da criatura ancestral, que teria surgido pouco após o desaparecimento dos dinossauros.
O local de origem dessa espécie tinha sido tema de intensos debates durante muitos anos.

Diversidade

Os mamíferos placentários, ao contrário dos que botam ovos e dos marsupiais, são um grupo muito diverso, atualmente com mais de 5 mil espécies.
Elas incluem animais que podem voar, nadar e correr, e pesam entre algumas gramas e centenas de toneladas.
E decifrar o passado distante deles com base em fósseis e animais vivos atualmente é de fato uma tarefa subjetiva.
Mas os trabalhos mais recentes tratam da questão com detalhes sem precedentes, levando até seis anos para desenvolver uma base de dados físicos e genéticos cerca de dez vezes maior do que qualquer uma construída anteriormente – usando técnicas modernas.
Para construir essa base de dados, os especialistas juntaram mais de 4.500 detalhes de fenótipo: comprimento de membros, formato de dentes, comprimento de pelagem, se presente, dentre outros, de 86 diferentes espécies vivas e 40 fósseis de animais extintos.
Maureen O'Leary, da Universidade Stony Brook, de Nova York, diz que o grupo mudou a maneira de lidar com pesquisa em paleontologia.
"A anatomia e a pesquisa em paleontologia tinham uma perspectiva muito do século 19 –de que sentaríamos em pequenos grupos em laboratórios descrevendo fósseis. Esta é uma parte muito eficiente e importante do que fazemos, mas ao tentar trazer isso para o século 21 e usando novos softwares, nós conseguimos juntar um grupo de cientistas e lidar com um problema muito maior", explica.

RIM ARTIFICIAL

Um rim "criado" em laboratório foi transplantado para animais onde começou a produzir urina, afirmam cientistas norte-americanos.
A técnica, desenvolvida pelo Hospital Geral de Massachusetts e apresentada na publicação Nature Medicine, resulta em rins menos eficazes do que os naturais. Mesmo assim, os pesquisadores de medicina regenerativa afirmam que ela representa uma enorme promessa.

 

  • tecnicas semelhantes para desenvolver partes do corpo mais simples já tinham sido utilizadas antes, mas o rim é um dos órgãos mais complicados de ser desenvolvido.
Os rins filtram o sangue para remover resíduos e excesso de água. Eles também são o órgão com o maior número de pacientes na fila de espera de transplantes.
A técnica dos cientistas americanos consiste em usar um rim velho, retirar todas as suas células antigas e deixar apenas uma espécie de esqueleto, uma estrutura básica, que funcione como uma espécie de armação. A partir daí, o rim seria então reconstruído com células retiradas do paciente.
Isso teria duas grandes vantagens sobre os habituais transplantes de rim.
Como o novo tecido será formado com células do paciente, não será necessário o uso de drogas antirrejeição, que evitam que o sistema imunológico bloqueie o funcionamento do órgão "estranho" ao corpo.
Seria possível também aumentar consideravelmente o número de órgãos disponíveis para transplante. A maioria dos órgãos usados atualmente acaba rejeitada.

Teia de células

Nesse estudo, os pesquisadores usaram um rim de rato e aplicaram um detergente para retirar as células velhas.
A teia de células restante, formada por proteínas, tem a forma do rim, e inclui uma intrincada rede de vasos sanguíneos e tubos de drenagem.
Esta rede de tubos foi utilizada para bombear as células adequadas para a parte direita do rim, onde se juntaram com a "armação" para reconstruir o órgão.
O órgão reconstituído foi mantido em um forno especial por 12 dias para imitar as condições no corpo de um rato.
Quando os rins foram testadas em laboratório, a produção de urina chegou a 23% das estruturas naturais.
 
A equipe, então, transplantou o órgão para um rato. Uma vez dentro do corpo, a eficácia do rim caiu para 5%.
No entanto, o pesquisador principal, Harald Ott, disse à BBC que a restauração de uma pequena fração da função normal já pode ser suficiente: "Se você estiver em hemodiálise, uma função renal de 10% a 15% já seria suficiente para livrar o paciente da hemodiálise. Ou seja, não temos que ir até o fim (garantir os 100% da função renal)."
Ele disse que o potencial é enorme: "Se você pensar sobre os Estados Unidos, há 100 mil pacientes aguardando por transplantes de rim e há apenas cerca de 18 mil transplantes realizados por ano."
"O impacto clínico de um tratamento bem-sucedido seria enorme."

'Realmente impressionante'

Seriam necessárias ainda várias pesquisas antes de que o procedimento fosse aprovado para uso em pessoas.
A técnica necessita ser mais eficiente, para a restauração de um maior nível de função renal. Os pesquisadores também precisam provar que o rim continuaria a funcionar por um longo tempo.
Haverá também os desafios impostos pelo tamanho de um rim humano. É mais difícil colocar as células novas no lugar certo em um órgão maior.
O professor Martin Birchall, cirurgião do University College de Londres, envolveu-se em transplantes de traqueia produzidos a partir de armações desenvolvidas em laboratório.
Sobre a pesquisa com o rim, ele disse: "É extremamente interessante, e realmente impressionante."
"Eles (os pesquisadores que desenvolveram o rim de rato) abordaram algumas das principais barreiras técnicas para tornar possível a utilização de medicina regenerativa para tratar de uma necessidade médica muito importante."
Ele disse que tornar o desenvolvimento de órgãos acessível a pessoas que necessitam de um transplante de órgão poderia revolucionar a medicina: "Do ponto de vista cirúrgico, é quase o nirvana da medicina regenerativa que você possa atender à maior necessidade de órgãos para transplante no mundo - o rim."
 
BBC

Total de visualizações de página

 
Desenvolvido por Othon Fagundes