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11 de mar. de 2012

Revoltante


27 de fev. de 2012

Regra das oito horas de sono pode ser 'mito'




Historiadores descobriram que sono era dividido em dois períodos
Dados científicos e históricos sugerem que a recomendação de oito horas ininterruptas de sono por dia pode ser baseada em um mito. Segundo especialistas, o processo biológico natural prevê um sono segmentado em duas partes, mas o padrão foi aos poucos sendo alterado por transformações sócio-culturais.
No início da década de 90, o psiquiatra Thomas Wehr realizou uma experiência na qual um grupo de pessoas ficou em um ambiente escuro durante 14 horas por dia em um período de um mês.
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Os voluntários precisaram de um tempo para regular o sono mas, na quarta semana, eles apresentaram um padrão de sono muito diferente: eles dormiam por quatro horas, acordavam durante uma ou duas horas e depois dormiam por mais quatro horas.
Além desta pesquisa, em 2001 o historiador Roger Ekirch, da Universidade Virginia Tech, publicou um estudo depois de 16 anos de pesquisa que revelou várias provas históricas de que o sono humano é dividido em dois períodos.
Quatro anos depois, Ekirch publicou o livro At Day's Close: Night in Times Past ("No Fim do Dia: A Noite no Passado", em tradução livre), que mostra mais de 500 referências a um padrão de sono segmentado, em diários, registros jurídicos, livros médicos e literatura, desde a Odisseia, de Homero, até um relato antropológico a respeito de tribos modernas da Nigéria.
Estas referências descrevem um primeiro período de sono que começava cerca de duas horas depois do anoitecer, seguido de um período em que a pessoa ficava acordada por uma ou duas horas e então um segundo período de sono.
"Não é apenas um número de referências, é a forma como é relatado, como se fosse de conhecimento de todos", disse Ekirch.
Atividade noturna
Na experiência de Wehr, durante o período de duas horas em que as pessoas ficavam acordadas, havia atividade. Estas pessoas se levantavam, iam ao banheiro ou fumavam e algumas até visitavam os vizinhos.
A maioria das pessoas ficava na cama, lia, escrevia ou rezava. Vários livros de orações do final do século 15 traziam preces especiais para as horas entre os períodos de sono.
Estas horas nem sempre eram solitárias, as pessoas geralmente conversavam ou tinham relações sexuais.
Um manual médico da França do século 16 até aconselhava os casais que a melhor hora para conceber um filho não era no final de um longo dia de trabalho, mas "depois do primeiro sono".
Ekirch descobriu em sua pesquisa que as referências ao primeiro e segundo sono começaram a desaparecer no final do século 17. Isto começou nas classes sociais superiores do norte da Europa e nos 200 anos seguintes se espalhou para o resto da sociedade ocidental.
E, por volta da década de 20, a ideia do primeiro e segundo sono já tinha desaparecido.
O pesquisador atribui esta mudança à melhoria na iluminação pública, na iluminação doméstica e a um aumento do número de cafeterias, que, em alguns casos, ficam abertas a noite inteira. A noite se transformou em um período de atividade normal e o tempo de descanso diminuiu.
Noite, crime e luz
O historiador Craig Koslofsky, tem uma explicação para como a noite mudou, em seu liro Evening's Empire ("Império da Noite", em tradução livre).
"Antes do século 17, as associações feitas com a noite não eram boas", afirmou o historiador. Segundo Koslofsky, a noite era um período ocupado por criminosos, prostitutas e bêbados.
"Mesmo os ricos, que podiam pagar pela luz das velas, tinham coisas melhores nas quais gastar o dinheiro. Não havia prestígio ou valor social associados à noite."

Soldados israelenses dormem durante o dia depois de uma marcha noturna
Mas, tudo começou a mudar na época da Reforma e da Contra Reforma, no século 16, quando protestantes e católicos começaram a participar de cerimônias noturnas.
Esta tendência se espalhou pela esfera social, mas apenas para aqueles que tinham dinheiro para pagar por velas. Mas, com o início da iluminação pública, as atividades noturnas começaram a se espalhar por todas as classes.
Em 1667, Paris se transformou na primeira cidade do mundo a ter luzes nas ruas. Lille ganhou sua iluminação com velas no mesmo ano e Amsterdã, dois anos depois. Londres ganhou suas luzes em 1684 e, no final daquele século, mais de 50 grandes cidades da Europa contavam com iluminação noturna.
A noite virou moda e passar estas horas na cama era visto como perda de tempo.
E, segundo o pesquisador Roger Ekirch, a Revolução Industrial intensificou ainda mais este processo.
Um livro médico de 1829 pede que os pais obriguem suas crianças a não seguirem o padrão do primeiro e segundo período de sono, por exemplo.
Preferência
Nos dias de hoje a maioria das pessoas parece ter se adaptado ao padrão de oito horas ininterruptas de sono, mas Erkich acredita que muitos problemas do sono podem ter suas raízes na preferência natural do corpo humano por um período de sono dividido em períodos. E também à popularização da iluminação artificial.

Doenças ligadas à falta de sono tem se multiplicado
E esta parece ser a raiz do problema que acomete muitas pessoas que acordam durante a noite e não conseguem voltar a dormir.
"Na maior parte da evolução nós dormimos de uma certa forma. Acordar durante a noite é parte da fisiologia normal humana", afirmou o psicólogo do sono Gregg Jacobs.
A ideia de que precisamos dormir em um único período pode ser prejudicial à saude, segundo Jacobs, caso as pessoas que acordem à noite fiquem ansiosas.
"Muitas pessoas acordam durante a noite e entram em pânico. Digo a elas que isto é apenas uma volta ao padrão de sono segmentado", disse o neurocientista especialista em relógio biológico da Universidade de Oxford Russell Foster.
Mas, a maioria dos médicos não reconhece que o sono ininterrupto de oito horas pode não ser natural.
"Mais de 30% dos problemas de saúde relatados por médicos têm origem direta no sono. Mas o sono tem sido ignorado em treinamentos médicos e existem poucos centros para o estudo do sono", afirmou Foster.

26 de fev. de 2012

Vida de Biólogo


Ciências Biológicas

Bacharelado



É a ciência que estuda todas as formas de vida, passando pela flora, pela fauna e até pelo desenvolvimento humano. O biólogo pesquisa a origem, a evolução, a estrutura e o funcionamento dos seres vivos. Ele analisa as relações entre os diversos seres e entre eles e o meio ambiente. O vasto campo de estudos na graduação permite que depois de formado o profissional siga caminhos diversos, conforme seu interesse. Da pesquisa com células-tronco ao trabalho ambiental ou ao magistério, a carreira do biólogo é abrangente e promissora, em razão, especialmente, da crescente preocupação, em nível mundial, com o meio ambiente. A atuação desse profissional é ainda fundamental na descoberta de aplicações de organismos na medicina, no desenvolvimento de medicamentos e na indústria, em áreas de fabricação de bebidas e de alimentos.

O mercado de trabalho

A maior conscientização ambiental por parte de empresas de diversas áreas garante o aquecimento do mercado de trabalho para o biólogo. Atualmente, há vagas para desenvolver projetos de gestão ambiental no meio empresarial, mas também para análises e consultoria a respeito de possíveis impactos causados por obras de infraestrutura em todo o país. Prefeituras, secretarias e órgãos federais também contratam esse profissional, via concurso público, bem como institutos e ONGs. As regiões Norte e Nordeste têm especial demanda em órgãos públicos, em que o especialista se dedica à elaboração de relatórios de impacto. Ainda na área ambiental, cresce a procura por especialistas em biologia agrícola. Nela, o profissional realiza o manejo da fauna e da flora. Uma das linhas de trabalho e pesquisa mais recentes é a de biorremediação, técnica que utiliza microrganismos para recuperar ambientes degradados, como solos ou rios poluídos. Empresas no interior paulista trabalham com esse tipo de tecnologia e costumam ter biólogos em sua equipe. Os bacharéis podem ser empreendedores e prestar consultoria para empresas e prefeituras em educação ambiental. Nessa mesma área, começam a surgir oportunidades no setor do turismo ecológico. Os licenciados encontram oportunidades para dar aulas de Ciências ou Educação Ambiental para o Ensino Fundamental e o Médio. Campos já bem incrementados são genoma, biologia molecular e bioinformática (desenvolvimento de programas para estudos do genoma) com mais ofertas no Sudeste e Sul, que ainda concentram grande parte das verbas destinadas à pesquisa. "O sequenciamento de proteínas deve crescer muito e é algo com que a gente nem sonhava há dez anos. A pesquisa tem se desenvolvido, abrindo perspectivas para o biólogo. Os investimentos em pesquisa de biocombustíveis também geram emprego, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste", diz Rosy Mary dos Santos, coordenadora do curso da UFMG. 

Salário inicial: R$ 3.060,00 (30 horas semanais; fonte: Conselho Federal de Biologia).

O curso

Que ninguém se iluda: o currículo de Ciências Biológicas é carregado de matemática. Aulas de física e estatística dividem a grade com disciplinas específicas, como zoologia, genética e botânica, além de práticas de laboratório e pesquisa de campo. Ainda que não seja remunerado, o estágio é obrigatório. Algumas escolas exigem trabalho de conclusão de curso. Para dar aulas no Ensino Fundamental e Médio, é preciso cursar licenciatura (veja também o verbete Ciências Naturais, na pág. 96). E, como em qualquer área, para lecionar no Ensino Superior é necessário ter pós-graduação. 

Duração média: quatro anos. 

Outros nomes: Biol.; Ciên. Biol. (biol. da conservação); Ciên. Biol. (biol. marinha); Ciên. Biol. (ciên. amb.); Ciên. Biol. (ecol. e biodiversidade); Ciên. Biol. (ecol.); Ciên. Biol. (ênf. em biol. marinha e costeira); Ciên. Biol. (ênf. em ciên. amb.); Ciên. Biol. (ênf. em ecol. de águas continentais); Ciên. Biol. (ênf. em ecol.); Ciên. Biol. (ênf. em gen.); Ciên. Biol. (ênf. em gestão amb. marinha e costeira); Ciên. Biol. (ênf. em monitoramento amb.); Ciên. Biol. (meio amb.).

O que você pode fazer

Bioinformática

Desenvolver programas de computação para uso em pesquisas genéticas.

Biologia marinha

Pesquisar o cultivo, a reprodução e o beneficiamento de animais e organismos no mar ou em água doce.

Controle de pragas e vetores

Planejar e aplicar técnicas para controlar a transmissão de doenças entre animais e diminuir o impacto de pragas em lavouras.

Ensino

Lecionar em escolas do Ensino Fundamental e Médio ou em faculdades.

Genética e biotecnologia

Criar, manipular, reproduzir e estudar organismos em laboratório, buscando a melhoria de espécies animais e vegetais. Pesquisar a utilização de microrganismos na produção de medicamentos e alimentos. Realizar exames para o diagnóstico de doenças genéticas ou a determinação da paternidade, com base na análise de DNA.

Gerenciamento costeiro

Administrar o uso do mar e do solo em regiões costeiras, com o objetivo de minimizar o impacto na biodiversidade e preservar a qualidade de vida na região.

Meio ambiente

Promover programas de preservação de animais e vegetais, em órgãos públicos, ONGs, parques e reservas ecológicas. Elaborar relatórios de impacto ambiental.

Microbiologia

Investigar bactérias, fungos e vírus para a produção de alimentos e remédios.

22 de fev. de 2012

Cientistas tentam descobrir origem do vírus da aids na África


A origem do vírus HIV é um mistério no mundo inteiro, mais ainda na África, um continente onde a aids continua matando a maioria da população, principalmente as crianças.
Cientistas do Centro Internacional de Pesquisas Médicas de Franceville (CIRMF, em francês), no Gabão, trabalham diariamente tentando descobrir quando e como surgiu uma das maiores pandemias do continente africano.
"O primeiro contágio em humanos ocorreu nos anos 90, mas é possível que já estivesse presente nos macacos há centenas de anos ou desde sempre", indicou François Rouet, responsável do laboratório de Retrovirologia do CIRMF.
Rouet explicou à agência EFE que uma das teorias sobre como o HIV foi transmitido dos primatas aos humanos é que estes últimos tiveram contato com algum animal que morreu por essa doença. "Por isso, uma de nossas principais tarefas é informar à população suscetível de usar esses animais como alimento dos riscos que existem, e, nesse sentido, os casos de infecção por essa via diminuíram", afirmou.
O biólogo, que trabalhou em países como Burkina Fasso e Quênia, se mostrou especialmente preocupado com os casos nos quais o vírus da aids é detectado em pacientes recém-nascidos.
"No centro fazemos exames em mulheres grávidas que têm o HIV e tentamos salvar a vida de seus filhos com um tratamento prévio, mas na maioria dos casos os bebês morrem pouco tempo depois de nascer", disse Rouet.
Ao todo, 160 pessoas, 45% delas gaboneses, fazem suas pesquisas no campus do CIRMF, que está localizado em uma planície de 47 hectares cercada de floresta.
Além dos estudos sobre a aids, o centro conta com laboratórios onde são analisadas outras doenças virais típicas da região, como o ebola e a malária, e recebe a cada ano uma média de 25 estagiários de medicina por seu interesse nesse tipo de pesquisa.
O CIRMF conta ainda com um centro de primatologia, que abriga atualmente 400 primatas, entre eles cinco gorilas e 56 chimpanzés, além de macacos e mandris, a espécie mais significativa no Gabão.
"Não fazemos experimentos com eles, isso é totalmente proibido no país há muitos anos, mas podemos curá-los se chegarem aqui doentes e tentamos reinseri-los em seu ecossistema", ressaltou Jean-Paul González, diretor-geral e cientista do CIRMF.
O especialista esclareceu que a única pesquisa realizada em macacos é de caráter antropológico, para observar seu comportamento e suas relações com outras espécies, e "analisamos seu sangue quando chegam infectados por algum tipo de vírus".
O fato de o Gabão ser um país pequeno - com apenas 1,5 milhão de habitantes - foi decisivo para a construção lá de um centro de pesquisa com essas características.
As origens do CIRMF remontam a 1970 quando, por decisão do ex-presidente Omar Bongo Ondimba, surgiu a iniciativa de construir nas proximidades de Franceville um espaço destinado ao estudo da infertilidade no país.
Inaugurado em 1979, o centro, referência nas pesquisas médicas e científicas para toda a África Central, conta com a mais alta tecnologia nesse tipo de pesquisa.
No entanto, o CIRMF recebe também vários colaboradores internacionais em áreas tão diversas como a arqueologia, a genética e a botânica, que o transformaram em um centro internacional da biodiversidade e o estudo de doenças tropicais.
"Tentamos encontrar uma resposta às doenças, principalmente para aquelas que afetam diretamente a população africana, e nos adaptamos às mudanças que possam surgir, procurando sempre novas soluções", concluiu González.

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