Tecnologia do Blogger.

24 de jan. de 2012

Internet tem efeito similar ao de drogas ou álcool no cérebro, diz pesquisa

Viciados em internet têm alterações similares no cérebro àqueles que usam drogas e álcool em excesso, de acordo com uma pesquisa chinesa.
Cientistas estudaram os cérebros de 17 jovens viciados em internet e descobriram diferenças na massa branca - parte do cérebro que contém fibras nervosas - dos viciados na rede em comparação a pessoas não-viciadas.
A análise de exames de ressonância magnética revelou alterações nas partes do cérebro relacionadas a emoções, tomada de decisão e autocontrole.
"Os resultados também indicam que o vício em internet pode partilhar mecanismos psicológicos e neurológicos com outros tipos de vício e distúrbios de controle de impulso", disse o líder do estudo Hao Lei, da Academia de Ciências da China.

Computadores

A pesquisa analisou o cérebro de 35 homens e mulheres entre 14 e 21 anos. Entre eles, 17 foram classificados como tendo Desordem de Dependência da Internet, após responder perguntas como "Você fez repetidas tentativas mal-sucedidas de controlar, diminuir ou suspender o uso da internet?"
Os resultados então descritos na publicação científica Plos One, que poderiam levar a novos tratamentos para vícios, foram similares aos encontrados em estudos com viciados em jogos eletrônicos.
"Pela primeira vez, dois estudos mostram mudanças nas conexões neurais entre áreas do cérebro, assim como mudanças na função cerebral, de pessoas que usam a internet ou jogos eletrônicos com frequência", disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College, em Londres.
O estudo chinês também foi classificado de "revolucionário" pela professora de psiquiatria do Imperial College London Henrietta Bowden-Jones.
"Finalmente ouvimos o que os médicos já suspeitavam havia algum tempo, que anormalidade na massa branca no córtex orbitofrontal e outras áreas importantes do cérebro está presente não apenas em vícios nas quais substâncias estão envolvidas, mas também nos comportamentais, como a dependência de internet."

Grã-Bretanha debate fertilização envolvendo DNA de três pessoas

O governo britânico decidiu promover uma consulta pública a respeito de uma polêmica técnica de fertilização, que envolve material genético de três pessoas e cujo objetivo é prevenir que doenças sejam transmitidas de mãe para filho.
A técnica substitui material genético defeituoso no óvulo para eliminar doenças raras presentes na mitocôndria (componente celular que tem a presença de material genético), como síndromes que podem causar a morte prematura de crianças.
Só depois da consulta pública sobre a "fertilização in vitro de três pessoas" - com o material de fertilização de duas mulheres e um homem -, o governo da Grã-Bretanha decidirá se o método, atualmente usado apenas em pesquisas, poderá sr aplicado em pacientes.
Um centro de pesquisa da Universidade Newcastle também investigará se a técnica é segura.

Defeitos hereditários

A mitocôndria pode ser encontrada em quase todas as células humanas, provendo a energia que essas células precisam para funcionar.
Como os núcleos da célula, a mitocôndria contém DNA, ainda que em pequenas quantidades.
Em média, um em cada 5 mil bebês nasce com problemas hereditários em seu DNA mitocondrial, cujos efeitos podem ser graves ou até mesmo fatais, dependendo de quais células são afetadas por eles.
Cientistas acreditam ter encontrado uma forma de substituir a mitocôndria defeituosa e, assim, eventualmente prevenir o feto de desenvolver uma doença.
A técnica consiste no uso de dois óvulos - um da mãe do feto, e outro de uma doadora. O núcleo do óvulo doado é então removido e substituído pelo núcleo do óvulo da mãe.
O embrião resultante tem, dessa forma, uma mitocôndria em tese saudável e ativa vinda da doadora.
O procedimento pode ser comparado a uma troca de bateria. Não tem, portanto, impacto no DNA do feto nem na determinação de fatores como a aparência da criança.

'Manipulação genética'

No entanto, ainda que o procedimento conte apenas com uma limitada contribuição genética da terceira pessoa - a doadora -, a técnica é criticada por alguns grupos, que defendem que tais manipulações genéticas trazem riscos.
Atualmente, seria necessária uma mudança legal na Grã-Bretanha para que o procedimento possa ser oferecido a pacientes.
Ao anunciar a consulta pública, o ministro britânico para Universidades e Ciência, David Willetts, disse que "cientistas fizeram uma descoberta importante e potencialmente salvadora de vidas ao conseguir prevenir doenças mitocondriais". Mas ele faz a ressalva de que, "com todos os avanços da ciência moderna, é vital que escutemos a opinião do público antes de considerar qualquer mudança".
A consulta deve durar até o final deste ano.
A ONG Wellcome Trust, que vai financiar as pesquisas da Universidade Newcastle, defende que a técnica em discussão pode ser útil na prevenção de doenças incuráveis.
"Saudamos a oportunidade de discutir com o público o porquê de acharmos que esse procedimento é essencial para darmos às famílias afetadas (por doenças mitocondriais) a chance de ter filhos saudáveis", afirmou.
Segundo Douf Turnbull, professor da Newcastle, a universidade recebe anualmente "centenas de pacientes cujas vidas são seriamente afetadas" por essas doenças.

Adolescente com doença rara não come nada há 18 anos

Cientistas em Londres estão investigando o caso de um menino que tem uma doença rara que faz com que ele não consiga comer.
O jovem Muhammad Miah, de 18 anos, não consegue nem mesmo beber água da torneira.
"A água precisa ser fervida ou mineral, caso contrário meu estômago não aprova. Meu estômago é muito sensível", diz ele.
Desde a infância, ele é obrigado a se alimentar de forma artificial. Durante o dia, ele toma um líquido acrescido de proteínas, carboidratos, gordura, água, minerais e vitaminas.
À noite, um aparelho especial bombeia nutrientes diretamente em seu estômago através de um tubo especial.
Antigamente, ele era alimentado usando métodos intravenosos, com os nutrientes entrando direto na corrente sanguínea, sem passar pelos processos normais de digestão.
Um episódio, no entanto, marcou Muhammad.
"Meu estômago parou de funcionar totalmente. Eu não conseguia nem mesmo ser alimentado por nutrientes líquidos ou água. Isso durou por vários meses", afirma o jovem.

Doença rara

Muhammad sofre de uma condição rara chamada pseudo-obstrução intestinal, que afeta apenas entre 12 e 15 crianças em toda a Grã-Bretanha. O intestino perde toda a capacidade de fazer a comida passar pelo aparelho digestivo.
Os médicos no hospital Great Ormond Street, em Londres, onde Muhammad está sendo tratado, acreditam que no caso do jovem a doença foi provocada por uma falha nos nervos do músculo do intestino.
Muhammad ainda consegue ver o lado positivo na sua doença.
"Às vezes eu acho que sou mais saudável do que as outras pessoas. Quando você pensa em todos os tipos de porcarias que as pessoas estão comendo... pelo menos eu não vou engordar."
Ele conta também que nunca chega a sentir fome.
"Minhas refeições são tão bem cronometradas agora, que eu sinto fome de verdade, para ser sincero. E quando eu estou passando muito mal, eu não sinto fome. É algo normal para mim."
Apesar da atitude positiva, ele enfrenta muitos problemas no seu cotidiano. Muhammad está estudando para entrar na universidade. Devido à sua doença, há dias em que ele fica tão sem energia que mal consegue sair da cama.
O especialista em pediatria e problemas intestinais Nikhil Tharpar, do Instituto de Saúde Infantil da University College London, afirma que há urgência na medicina em se compreender melhor como o estômago funciona.
"Nós só conseguimos controlar os sintomas no momento. O tratamento é só permitir que pacientes como Muhammad sobrevivam. Nós não vamos oferecer nenhuma cura", diz o médico.
"Mas nós queremos entender como esses defeitos de nascença surgem, e fazer um pouco de pesquisa com células-tronco para desenvolver alguns dos nervos que não existem [no paciente]."
Tharpar diz que crianças com pseudo-obstrução intestinal levam o defeito consigo a vida toda.
"Essas crianças são muito corajosas, apesar de tudo. Ela vivem com uma péssima qualidade de vida, estão sempre entrando e saindo do hospital todas as semanas e sofrem de constipação crônica. Elas vivem no limite", afirma o médico.
BBC

10 de jan. de 2012

Pesquisadores conseguem produzir esperma em laboratório

Pesquisadores na Alemanha e em Israel conseguiram produzir sêmem de rato em laboratório, abrindo o caminho para a produção artificial de esperma humano, o que pode revolucionar os tratamentos de fertilidade.
O estudo, publicado na revista Nature, detalha o cultivo de células germinativas, que dão origem aos espermatozóides masculinos e aos óvulos femininos.
As células foram colocadas em uma substância gelatinosa, similar à encontrada nos testículos.
A substância gelatinosa, chamada Soft Agar Culture System, já era usada em outras pesquisas envolvendo reprodução celular.
O professor Mahmoud Huleihel, da Universidade Ben-Gurion, da cidade israelense de Negev, celebrou a descoberta.
"O estudo deve abrir novas estratégias terapêuticas para homens inférteis que não conseguem produzir esperma ou pré-adolescentes com câncer, que correm o risco de ficarem inférteis por causa do agressivo tratamento com quimio e radioterapia", diz.
'Morfologia normal'
O estudo foi feito em parceria com o professor Eitan Lunenfeld, da Universidade de Soroka, em Beer-Sheva, Israel, e o professor Stefan Schlatt, da Universidade de Münster, na Alemanha.
Segundo o artigo da Nature, os esperma produzido em laboratório tinha "morfologia normal".
O experimento também conseguiu reproduzir com sucesso a acrossoma, a parte dianteira do espermatozóide.
O artigo diz que a substância gelatinosa usada no experimento "poder ser utilizada em tubos de laboratórios para a maturação de células germinativas de ratos pré-mitóticas ao estágio pós-mitose".

Cérebro 'começa a declinar aos 45 anos', diz estudo

Um estudo realizado pela University College de Londres (UCL) indicou que as funções do cérebro podem começar a se deteriorar já aos 45 anos de idade.
Entre mulheres e homens com idades entre 45 e 49 anos, os cientistas perceberam um declínio no raciocínio mental de 3,6%.
As conclusões contradizem pesquisas anteriores sugerindo que o declínio cognitivo só começaria depois dos 60.
O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal, foi conduzido ao longo de dez anos, entre 1997 e 2007.
Os cientistas avaliaram a memória, o vocabulário e as habilidades cognitivas – de percepção ou de compreensão – de quase 5,2 mil homens e 2,2 mil mulheres entre 45 e 70 anos, todos, funcionários públicos britânicos.
Os resultados demonstraram uma piora em memória e cognição visual e auditiva, mas não em vocabulário – com um declínio mais acentuado nas pessoas mais velhas.
Entre os indivíduos entre 65 e 70 anos, eles perceberam um declínio mental foi de 9,6% entre homens e 7,4% entre mulheres da mesma idade.
Para os cientistas, isso quer dizer que a demência não é um problema exclusivo da velhice, e sim um processo que se desenrola ao longo de duas ou três décadas.
"É importante identificar os riscos cedo. Se a doença começou em um indivíduo nos seus 50 que só começa a ser tratado nos 60, como fazemos para separar causa e efeito?", questiona o professor Archana Singh-Manoux, do Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Saúde da População, na França, que conduziu a pesquisa na instituição londrina.
"O que precisamos agora é analisar aqueles que experimentam um declínio cognitivo mais rápido que a média e saber como parar o declínio. Algum nível de prevenção definitivamente é possível", afirma.

Crise de meia-idade

Singh-Manoux argumenta que as taxas de demência devem aumentar na sociedade na medida em que as funções cognitivas estão conectadas a hábitos e estilo de vida, através de fatores como o fumo o nível de exercício físico.
Para a Sociedade contra o Alzheimer, uma organização de pesquisa e lobby no combate à demência, o estudo mostra a necessidade de mais conhecimento das mudanças no cérebro que sinalizam o problema.
"O estudo não diz se qualquer dessas pessoas chegou a desenvolver demência, nem quão viável seria para o seu médico detectar essas primeiras mudanças", afirmou a gerente de Pesquisas da Alzheimer Society, Anne Corbett.
"São necessários mais estudos para estabelecer as mudanças mensuráveis no cérebro que possam nos ajudar a melhorar o diagnóstico da demência."
O diretor de Pesquisas na organização, Simon Ridley, reforçou a necessidade de conscientizar a população sobre os benefícios de ter hábitos saudáveis.
"Embora não tenhamos uma maneira infalível de prevenir a demência, sabemos que mudanças simples de hábitos – adotar uma dieta saudável, não fumar, manter o colesterol e a pressão do sangue sob controle – reduzem o risco de demência", afirmou.
"Pesquisas anteriores indicaram que a saúde na meia-idade afeta o risco de demência durante o envelhecimento, e estas conclusões nos dão mais razões para cumprir as resoluções de Ano Novo."

Total de visualizações de página

 
Desenvolvido por Othon Fagundes