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8 de set. de 2010

ALGAS

Reino protista

1 de set. de 2010

Lago na Argentina 'reproduz condições primitivas da Terra'


Em um lago remoto, a 4,5 mil metros acima do nível do mar e em um hábitat com pouco oxigênio, vivem as "superbactéras".

Esses milhões de organismos resistentes a extremos, descobertos por uma equipe de investigadores da Argentina, poderiam ajudar a revelar como começou a vida na Terra e como seria possível sobreviver em outros planetas.

A descoberta se deu no lago Diamante, na província de Catamarca, no noroeste da Argentina - um espelho de água no meio de uma cratera vulcânica que, segundo os especialistas, é o mais próximo do ambiente primitivo da Terra que existia há 3,4 bilhões de anos atrás.

"Estas lagoas e as bactérias que sobrevivem nelas guardam o segredo de mecanismos de resistência a condições extremas que podem ter muitas aplicações biotecnológicas", disse à BBC Mundo a microbióloga María Eugenia Farías, do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet, na sigla em espanhol).

Se as bactérias são capazes de sobreviver neste ambiente inóspito, sugerem os pesquisadores, talvez pudessem também sobreviver em um hábitat como o do planeta Marte.

A pesquisa se insere na chamada ciência da astrobiologia, que investiga possíveis formas de vida extraterrestre.

Janela para o passado e o futuro

Há uma década, Farías e sua equipe se dedicam a estudar lagoas andinas localizadas entre 3,5 mil e 4,6 mil metros acima do nível do mar.

Na composição das águas dessas lagoas, muitas variáveis são extremas. No lago Diamante, por exemplo, a salinidade é cinco vezes maior do que no oceano e o arsênio, 20 mil vezes mais concentrado que na água considerada potável.


Um tapete bacteriano, associação de algas e bactérias: 'fossil vivo'
A alcalinidade é altíssima, a pressão do oxigênio é muito baixa e a radiação ultravioleta, elevada. As variações da temperatura também são extremas, com oscilações de até 40ºC entre o dia e a noite.

"Essas condições são muito semelhantes às da Terra primitiva, quando não havia camada de ozônio, e às de Marte, onde tampouco (a camada) existe. Nós sabemos que em Marte há água, ou houve água em outros momentos, e na Terra primitiva também havia água, porque foi daí que a vida evoluiu", disse Faría.

Assim, em plena Puna argentina, os cientistas encontraram esses organismos formando os chamados "tapetes microbianos" ou estromatólitos. Essas associações microbianas de algas e bactérias são os primeiros registros conhecidos fósseis – só que agora foram encontrados vivos.

"É como um fóssil vivo: estamos encontrando o ecossistema mais antigo da Terra, vivo e se desenvolvendo nas condições mais semelhantes possível à da Terra primitiva."

O que é particular em relação a estas superbactérias é que elas são capazes de prosperar em ambientes com múltiplas condições extremas – daí seu nome poliextremófilas.

"Agora queremos estudar o DNA completo de todas estas comunidades de bactérias e estudar os genes que lhes ajudam a viver nestas condições. Isto pode nos dizer muito sobre nosso passado", disse Farías.

É como um fóssil vivo: estamos encontrando o ecossistema mais antigo da Terra, vivo e se desenvolvendo nas condições mais parecidas com a da Terra primitiva possível.

María Eugenia de Farías, pesquisadora
Sobre a vida extraterrena, diz a cientista, em teoria não há melhor laboratório que a Puna andina – com suas condições extremas de radiação ultravioleta, água e oxigênio rarefeito – para estudar como seria a sobrevivência de organismos em Marte.

Outros usos

Além disso, a descoberta, única no mundo, também permite antecipar outros usos para as bactérias poliextremófilas – por exemplo, na área de biocombustíveis.

"Se quisermos usar algas para produzir biocombustível, estas podem ser criadas em águas com altos níveis de arsênio, que não são utilizáveis para o consumo humano ou irrigação de colheitas", diz Farías.

Para ela, a alga como matéria-prima para biocombustíveis tem também a vantagem de "não competir por áreas que poderiam ser usadas em outros cultivos", especialmente na produção de alimentos.

Segundo ela, as bactérias também poderiam ser aplicadas em processos de "biorremediação", que se refere ao uso de organismos para restaurar ecossistemas degradados.

Um exemplo seria a recuperação de hábitats em zonas extremas, como a Antártida ou zonas de alta salinidade, nas quais os organismos seriam capazes de sobreviver.

Até a indústria farmacêutica poderia se beneficiar: os mecanismos de resistência desses organismos podem servir para produzir antioxidantes, antibióticos anti-tumorais e até cremes de proteção solar.

Pílula barata pode evitar milhares de mortes por falência cardíaca, diz estudo


Um tratamento com uma pílula tomada diariamente, a um custo inferior a R$ 4 por dia, poderia salvar as vidas de milhares de pacientes com problemas no coração, segundo pesquisadores britânicos.

A droga, chamada ivabradina, já é usada para o tratamento de pessoas com angina (dor no peito).

A pesquisa envolveu mais de 6,5 mil pessoas em 37 países que já usavam outros tratamentos tradicionais como drogas beta-bloqueadoras, que ajudam a regular o batimento cardíaco.

Ao contrário dos beta-bloqueadores, a ivabradina reduz o ritmo do batimento cardíaco sem reduzir também a pressão sanguínea.

Em um período de dois anos, a droga reduziu o risco de morte por falência cardíaca em 26%.

O medicamento teve impacto semelhante sobre pacientes internados com problemas cardíacos agudos.

Os resultados da pesquisa foram apresentados no encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Estocolmo, na Suécia.

Segundo o pesquisador Martin Cowie, a droga não é recomendada para qualquer um, mas apenas para os pacientes que já sofrem com condições cardíacas graves.

Vitamina D pode proteger contra câncer, diabetes e artrite, indica pesquisa


A vitamina D pode proteger o corpo humano contra uma série de doenças ligadas a condições genéticas, incluindo câncer, diabetes, artrite e esclerose múltipla, segundo uma pesquisa britânica recém-publicada.

Os cientistas mapearam os pontos de interação entre a vitamina D e o DNA e identificaram mais de 200 genes influenciados pela substância.

A vitamina D é produzida naturalmente pelo corpo pela exposição ao sol, mas a substância está presente também em peixes e crustáceos e, em menor quantidade, em ovos e leite.

Mas acredita-se que até um bilhão de pessoas em todo o mundo sofram de deficiência de vitamina D pela pouca exposição ao sol.

Já se sabia que a falta de vitamina D podia levar ao raquitismo e havia várias sugestões de ligações com doenças, mas a nova pesquisa, publicada pela revista especializada Genome Research, é a primeira que traz evidências diretas de que a substância controla uma rede de genes ligados com doenças.

Receptores

Os pesquisadores, da Universidade de Oxford, usaram uma nova tecnologia para o sequenciamento do DNA para criar um mapa de receptores de vitamina D ao longo do genoma humano.

O receptor de vitamina D é uma proteína ativada pela substância, que se liga ao DNA e assim determina quais proteínas são produzidas pelo corpo a partir do código genético.

Os pesquisadores identificaram 2.776 pontos de ligação com receptores de vitamina D ao longo do genoma, concentrados principalmente perto de alguns genes ligados a condições como esclerose múltipla, doença de Crohn, lupus, artrite reumatoide e alguns tipos de câncer como leucemia linfática crônica e câncer colo-retal.

Eles também mostraram que a vitamina D tinha um efeito significativo sobre a atividade de 229 genes incluindo o IRF8, associado com a esclerose múltipla, e o PTPN2, ligado à doença de Crohn e ao diabetes do tipo 1.

“Nossa pesquisa mostra de forma dramática a ampla influência que a vitamina D exerce sobre nossa saúde”, afirma um dos coordenadores da pesquisa, Andreas Heger.

Seleção

Os autores afirmam que o consumo de suplementos de vitamina D durante a gravidez e nos primeiros anos de vida podem ter um efeito benéfico sobre a saúde da criança em sua vida no futuro.

Outras pesquisas anteriores já haviam indicado que a pele e os cabelos mais claros entre as populações de partes da Terra com menos incidência de raios solares teriam sido uma consequência da evolução para melhorar a produção de vitamina D.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Oxford, isso poderia explicar a razão de seu estudo ter identificado um número significativo de receptores de vitamina D em regiões do genoma com mutações genéticas mais comumente encontradas em pessoas de ascendência europeia ou asiática.

A deficiência de vitamina D em mulheres grávidas pode provocar contrações pélvicas, aumentando o risco de morte da mãe e do feto. Segundo os pesquisadores, essa situação pode ter levado ao fim de linhagens maternais de pessoas incapazes de aumentar sua disponibilidade de vitamina D.

“A situação em relação à vitamina D é potencialmente uma das pressões seletivas mais poderosas no genoma em tempos recentes”, afirma outro coordenador da pesquisa, George Ebers. “Nosso estudo parece apoiar essa interpretação e pode ser que não tivemos tempo suficiente para fazer todas as adaptações de que precisávamos para suportar nossas circunstâncias”, disse.

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