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14 de mai. de 2010

floresta amazônica

Localização
A extensão total aproximada da Floresta Amazônica é de 5,5 milhões de km², sobrepondo-se à área da bacia hidrográfica amazônica com 7 milhões de km² (incluindo a bacia dos rios Araguaia e Tocantins). A floresta amazônica distribui-se mais ou menos da seguinte forma, dentro e fora do território nacional: 60% no Brasil, e o restante (40%) pela Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela

Estes 60% correspondentes ao Brasil constituem a chamada Amazônia Legal, abrangendo os Estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso, oeste do Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Além destas "divisões", a floresta amazônica ainda engloba 38% (1,9 milhões de km²) de florestas densas; 36% (1,8 milhões de km²) de florestas não densas; 14% (700 mil km²) de vegetação aberta, como cerrados e campos naturais, sendo 12% da área ocupada por vegetação secundária e atividades agrícolas.

Caracterização
A Amazônia possui grande importância para a estabilidade ambiental do Planeta. Nela estão fixadas mais de uma centena de trilhões de toneladas de carbono. Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de toneladas de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce que é despejada nos oceanos pelos rios existentes no globo terrestre.

Além de sua reconhecida riqueza natural, a Amazônia abriga expressivo conjunto de povos indgenas e populações tradicionais que incluem seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, babaçueiras, entre outros, que lhe conferem destaque em termos de diversidade cultural. Este patrimônio socioambiental brasileiro chega ao ano de 2002 com suas características originais relativamente bem preservadas. Atualmente, na Amazônia, ainda é possível a existência de pelo menos 50 grupos de indígenas arredios e sem contato regular com o mundo exterior.

A Amazônia, como floresta tropical, apresenta-se como um ecossistema extremamente complexo e delicado. Todos os elementos (clima, solo, fauna e flora) estão tão estreitamente relacionados que não se pode considerar nenhum deles como principal.

Durante muito tempo, atribuiu-se à Amazônia o papel de “pulmão do mundo”. Hoje, sabe-se que a quantidade de oxigênio que a floresta produz durante o dia, pelo processo da fotossíntese, é consumida à noite. Mas, devido às alterações climáticas que causa no planeta, a Floresta Amazônica vem sendo chamada como “o condicionador de ar do mundo”.

A importância da Amazônia para a humanidade não reside apenas no papel que desempenha para o equilíbrio ecológico mundial. A região é o berço de inúmeros povos indígenas e constitui-se numa riquíssima fonte de matéria-prima (alimentares, florestais, medicinais, energéticas e minerais).

Clima e Hidrografia
Hápredomínio de temperaturas médias anuais entre 22 e 28ºC. Há uniformidade térmica e, normalmente, não se percebe a presença de variações estacionais no decorrer do ano. O total de chuvas varia de 1.400 a 3.500 mm por ano. O clima é distribuído de maneira a caracterizar duas épocas distintas: a seca e a chuvosa.

O clima é equatorial úmido e sub-úmido, controlado pela ação dos alísios e baixas pressões equatoriais (doldrums) e pela ZCIT - Zona de Convergência Intertropical. Na Amazônia Ocidental, o clima sofre a interferência da massa equatorial continental (mEc); na Amazônia Oriental, região do médio e baixo Amazonas e litoral, o clima sofre interferência da massa equatorial marítima (mEm) e da ZCIT. A massa polar atlântica (mPa) atua no interior da Amazônia, percorrendo o território nacional no sentido S - NW através da depressão do Paraguai, canalizando o ar frio e provocando queda da temperatura. O fenômeno é conhecido como "friagem". Predomina o clima equatorial, com pluviosidade média anual de 2.500 mm e temperatura média anual de 24 ºC.

Os rios amazônicos diferem quanto à qualidade de suas águas e sua geomorfologia. Os principais rios, baseando-se na coloração de suas águas são:

De água preta: Negro

De água clara: Tapajós

De água barrenta: Solimões e Amazonas

Os rios de água preta apresentam esta coloração devido à presença de ácidos húmicos e fúlvicos resultantes da decomposição incompleta do húmus do solo. Já os rios de água clara têm suas cabeceiras nos escudos cristalinos pré-cambrianos. Drenam solos muito intemperizados e suas águas não são tão ácidas; a carga de material em suspensão é pequena tornando suas águas claras. Os rios barrentos originam-se em regiões montanhosas (Cordilheira dos Andes) carregando elevadas quantidades de material em suspensão, garantindo uma coloração amarronzada.

Rios que fazem parte da hidrografia da Amazônia:

Rio Araguaia
Com 2.627 km de extensão, o Araguaia nasce na divisa dos Estados do Mato Grosso e Tocantins e deságua na margem esquerda do Tocantins. Na época da estiagem, aparecem inúmeras praias. O rio oferece também uma grande variedade de peixes.

Rio Nhamundá
O Nhamundá divide os estados do Pará e Amazonas, tem um leito arenoso e águas claras. No curso superior possui várias cachoeiras e na confluência com o rio Paracatu atinge uma largura tão expressiva que forma um lago com 40 km de comprimento e 4 km de largura.

Rio Negro
Tem águas muito escuras devido à decomposição da matéria orgânica vegetal que cobre o solo das florestas e é carregada pelas inundações. Quando o Solimões encontra o Rio Negro, passa a chamar-se de Amazonas.

Rio Solimões
O rio fica bicolor quando há o encontro dos Rios Negro e Solimões; as águas com cores contrastantes percorrem vários quilômetros sem se misturar.

Rio Tapajós
As águas do Tapajós, devido às diferenças de composição, densidade e temperatura, não se misturam com às do Rio Amazonas. Tem 1.992 km de extensão, nasce nas divisas dos Estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso.

Rio Tocantins
Nasce no Estado de Tocantins, na serra dos Pirineus e deságua no Oceano Atlântico, formando o estuário do rio Pará.

Rio Trombetas
Nasce na fronteira do Brasil com a Guiana e tem 750 km de extensão. Quando se encontra com o Paraná de Sapucuá, ganha o nome de baixo Trombetas e chega a atingir 1.800 m de largura. Seu leito divide-se em várias ilhas estreitas e compridas.

Rio Xingu
Tem 1.980 km de extensão, mas é navegável em apenas 900 km. Tem um curso sinuoso e várias cachoeiras, algumas com mais de 50 m.

Rio Amazonas
Nasce no norte da Cordilheira dos Andes peruano; sua altitude na nascente é de 5,3 mil metros com aproximadamente 1.100 afluentes.

O volume de água do rio Amazonas é tão grande que sua foz, ao contrário dos outros rios,consegue empurrar a água do mar por muitos quilômetros. O oceano atlântico só consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resistência do rio. O choque entre as águas provoca ondas que podem alcançar até 5m de altura, avançando rio adentro. Este choque das águas tem uma força tão grande que é capaz de derrubar árvores e modificar o leito do rio. É no Rio Amazonas que acontece um curioso fenômeno da natureza, a pororoca. No dialeto indígena do baixo Amazonas, o fenômeno da pororoca tem o seu significado exato: Poroc-poroc significa destruidor. Embora a pororoca aconteça todos os dias, o período de maior intensidade no Brasil acontece entre janeiro e maio e não é um fenômeno exclusivo do Amazonas. Acontece nos estuários rasos de todos rios que desembocam no golfo amazônico e no rio Araguari, no litoral do Estado do Amapá. Verifica-se também nos rios Sena e Ganges.

Geologia e Relevo
Geologicamente, limita-se ao norte e ao sul com os escudos cristalinos brasileiros e das guianas, respectivamente; ao longo da borda oeste, com a Cordilheira dos Andes. Entre as feições antigas existentes, encontra-se uma depressão preenchida por uma cobertura sedimentar de caráter fluvial e lacustre. Ao norte e ao sul da calha do médio e baixo rio Amazonas, os escudos cristalinos e os sedimentos terciários. Todas estas e outras formações geológicas datam de milhões de anos.

Ainda falando nos períodos antecessores ao nosso, quando o nível do mar esteve baixo, o rio Amazonas, juntamente, com seus afluentes, alargou e escavou vales; quando o nível do mar estava alto, estes vales foram aterrados com sedimentos originários da região andina, formando as várzeas.

Fonte: www.ambientebrasil.com.br

Dunas


As ONGs do Fórum em Defesa da Zona Costeira do Ceará, embasadas nas pesquisas científicas, diagnósticos ambientais e no conhecimento e cultura do povo cearense, pescadores e ambientalistas, vem por meio deste solicitar ao CONAMA a preservação das dunas do Ceará, pelas razões e motivos pelos quais passa a expor:

As campos de dunas são parte importante da Planície Litorânea e fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas e da paisagem da Zona Costeira do Estado do Ceará. A faixa de praia representa um dos sistemas ambientais mais dinâmicos do planeta. A formação e migração das dunas é um dos problemas relacionados a alteração da dinâmica dos Ambientes Costeiros (fonte: A Zona Costeira do Ceará - Diagnóstico par Gestão Integrada). Os principais efeitos resultantes da migração das dunas são:

- Redução das áreas agricultáveis;
- Assoreamento de área de captação de água para abastecimento urbano;
- Assoreamento de reservatórios;
- Perdas de áreas de lazer;
- Barramento de cursos de água;
- Assoreamento de lagoas;
- Soterramento de espécies vegetais;
- Desertificação de áreas;
- Destruição de manguezais.

O processo de mobilização das dunas é intenso na costa cearense. As lagoas das Cobras (município de São Gonçalo do Amarante) e do Mato (Município de Itapipoca) são exemplos do processo migratório das dunas. O deslocamento das dunas foi calculado em cerca de 30m/ano no campo mais próximo ao mar e 10m/ano nas formações mais distantes da costa.

"Atividades não planejadas podem modificar a dinâmica de transporte e morfologia das dunas. A fixação artificial, exploração mineral, desvio dos corpos dunares e retirada das areias para amenizar os impactos de avanço sobre as vias de acesso, loteamentos e áreas agrícolas, poderão acelerar a movimentação, incrementar riscos de soterramento e acelerar a erosão costeira." (A Zona Costeira do Ceará - Diagnóstico para a Gestão Integrada, p.77)

Intervenções antrópicas vêm alterando a dinâmica das dunas e promovendo o aumento da erosão costeira, com avanço do mar em algumas regiões e aumento dos desequilíbrios ambientais. Ao longo dos 573km de litoral no Ceara, foram identificadas cerca de 53 áreas geradoras de sedimentos que participam ativamente da dinâmica costeira. Os campos de dunas são fundamentais para manter a dinâmica das praias e da a paisagem, evitar o soterramento de áreas, proteger contra o aumento das marés e ressacas, evitando a erosão das praias e diversos impactos que possam advir da quebra da dinâmica costeira.

Diversos cientistas vem preconizando o aumento do nível do mar nos próximos anos, resultado das mudanças climáticas e diversas alterações antrópicas que o planeta vem sofrendo, portanto a erosão da linha de costa é uma realidade que devemos enfrentar ao longo dos anos, e sendo a presença das dunas imprescindível para a proteção da linha de costa.

Além da importância como elemento estruturante da dinâmica costeira, as dunas são ainda:
- Fundamentais para a orientação dos pescadores no mar;
- Excelentes aqüíferos em um Estado que enfrenta sérios problemas por falta de água.
- Componente essencial para o turismo e a preservação da paisagem e beleza cênica do Estado.

Diante do exposto, as ONGs do Estado do Ceará vêm mais uma vez apresentar sua preocupação e repúdio a qualquer ação do Governo do Estado do Ceará que possa provocar a ocupação e degradação das dunas do Estado através da modificação da legislação que protege as dunas, que já sofrem com os efeitos danosos da ocupação e mobilização de dunas ao longo da costa.

Fonte: www.soszonacosteira.hpg.ig.com.br

Crustáceos





Os crustáceos incluem as cracas, lagostins, camarões, caranguejos e seus afins. A maioria é marinha, mas muitos vivem em água doce ou salobra e poucos, como o tatuzinho-de-quintal, encontram-se em lugares úmidos na terra. Espécies aquáticas habitam diversamente a praia, rochas, plantas submersas ou mares abertos; muitas larvas e alguns adultos cavam, outros são pelágicos e poucos vivem em mar profundo. A grande maioria é de vida livre e algumas espécies gregárias ocorrem em grandes grupos. Os cirripédios são sésseis ou parasitas e certos outros crustáceos são comensais ou parasitas de vários animais aquáticos, de hidróides até baleias. Algumas espécies parasitas são de tal forma modificadas que sua posição de crustáceo é mostrada somente em seus estágios larvais.

Relações com o homem
A carne de certos crustáceos é muito apreciada como alimento humano. Camarões são capturados com arrastões, mas caranguejos, lagostas e lagostins são presos em armadilhas de arame, madeira ou rede, com iscas. O siri da costa atlântica é capturado e mantido em cativeiro até que mude e então é vendido na condição de casca mole.

Os pequenos crustáceos que abundam na água salgada e doce são importantes elos no ciclo alimentar de muitos peixes e outros animais aquáticos úteis. Alguns copépodos são hospedeiros intermediários de vermes parasitas do homem e de vários vertebrados.

CRUSTÁCEOS
Crustáceos são os artrópodes que possuem uma crosta protegendo o corpo. Os principais representantes dessa classe são os camarões, as lagostas, os caranguejos e os siris, todos com 5 pares de patas. São decápodes ( deca= dez; podes= patas, pés).

Na maioria dos decápodes, as 2 patas dianteiras são modificadas e bem desenvolvidas como adaptação à preensão de alimentos. Inclui animais tipicamente aquáticos, sendo a maioria marinhos, outros vivem em água doce e poucos, como os tatuzinhos de quintal (jardim) são encontrados em lugares úmidos porem em terra.

A importância da maioria das espécies está no fato de servirem como alimentos para animais maiores, sendo assim um importante elo nas cadeias alimentares que conduzem à peixes e outros animais aquáticos maiores.

MORFOLOGIA EXTERNA DOS CRUSTÁCEOS

Se usarmos o camarão ou a lagosta como exemplo, notaremos que seu corpo se divide em duas regiões:

Cefalotórax: apresenta-se como uma rígida estrutura, não articulada, resultante da fusão da cabeça e tórax, sendo que a região cefálica é constituída de 5 ou 6 segmentos e a região torácica de 8.

Na região da cabeça um par de olhos penduculados e móveis, dois pares de antenas, o par mais curto é chamado de antênulas birremes e o longo de antenas; ambos são receptores de estímulos do meio ambiente. Ocorre também um par de mandíbulas para mastigação e dois pares de maxilas.


Na região torácica encontramos cinco pares de apêndices (pernas torácicas), denominados PERIÓPODOS, são usados para andar sobre o fundo.

ABDOME
É formado por diversos segmentos distintos e articulados. Seus apêndices (pernas abdominais) são denominado PLEÓPODOS, ajudam na respiração e carregam os ovos das fêmeas. Os últimos segmentos são estruturas achatadas; os dois laterais são denominados urópodos e o central, telso. Em conjunto eles formam um remo para natação.

Obs - cada segmento do corpo é formado como nos insetos por 4 peças:

Um tergo
Um esterno
Duas pleuras
MORFOLOGIA INTERNA DOS CRUSTÁCEOS
Aparelho digestivo
É formado pela boca, esôfago, estômago dividido em duas partes: 1º- anterior, denominada câmara cardíaca e a 2º- posterior chamada de câmara pilórica; Intestino médio, intestino tubular e ânus. Na câmara cardíaca existem dentes calcificados formando um moinho gástrico que ajuda na trituração dos alimentos.

Aparelho circulatório
Formado por um coração dorsal curto e irregular de onde saem seis artérias que se distribuem por todo o corpo. O sangue (hemolinfa) possui coloração azulada devido ao pigmento hemocianina, e volta ao coração pelos ostíolos. Este sistema circulatório é denominado aberto ou lacunar, porque o sangue não está sempre no interior dos vasos.

Aparelho excretor
Formado por um par de glândulas verdes, situadas na face ventral da cabeça, que se abre no meio exterior de um orifício próximo a base das antenas. As glândulas retiram restos orgânicos e sais da hemolinfa. São os únicos órgãos excretores dos crustáceos. Invertebrados aquáticos eliminam o nitrogênio como amônia, composto este altamente tóxico, porém rapidamente eliminado porque há sempre excesso de água.

Aparelho respiratório
Formado por vários pares de brânquias situadas nos dois lados de todos os segmentos torácicos.

Sistema nervoso
Consta de gânglios supraesofágico (cérebro, gânglio subesofágico e cordão nervoso ventral duplo. O gânglio subesofágico é resultante de fusão de 5 ou 6 pares de gânglios.

Órgãos sensitivos
São estruturas que colocam o animal em contacto com o meio ambiente, são sensíveis ao tato, gosto, olfato e visão.

A visão e dada pelos olhos compostos que são pedunculados e móveis. O tato é percebido pelos pêlos tácteis que se distribuem pelo corpo. O sentido químico, gosto mais olfato, reside em pêlos localizados nas extremidade das antenas, peças bucais e extremidade daquelas.

Equilíbrio e orientação à gravidade é dado pelo estatocisto que é uma estrutura em forma de saco que se abre dorsalmente sob pêlos finos, no artículo basal de cada antênula.

Muda
Como o esqueleto é rígido, deve ser mudado periodicamente para permitir o crescimento do tamanho do corpo.

Órgão X, uma pequena glândula, produz hormônios que inibe a muda, enquanto que os hormônios do órgão Y induz a muda.

Antes da muda um novo esqueleto mole cresce embaixo e separe-se do mais velho, músculo e outras estruturas dentro das extremidades amolecem e diminuem de volume. A velha cutícula então abre-se dorsalmente, e o animal lentamente se retira deixando o revestimento aumentando o volume do corpo e distendendo a nova cutícula.

Em camarão por exemplo, ocorre várias mudas que determina estágios larvais, onde os jovens são muito diferente dos animais adultos. Estágios larvais do camarão : Nauplius, Protozoea, Zoea, Mysis e Adulto.

Regeneração
Os crustáceos como os artrópodes em geral tem boa capacidade de regenerar partes perdidas. Quando perde-se uma parte ela começa a ser regenerada na muda seguinte e cresce a cada muda, até ficar completa.

Se arrancarmos o pedúnculo todo do olho, a regeneração pode ser defeituosa e não originar um novo olho, e sim um apêndice em forma de antena. Regeneração de uma parte diferente daquela que foi removida é chamada heteromorfose. A regeneração é tanto maior quanto mais jovem for o animal.

CLASSIFICAÇÃO DOS CRUSTÁCEOS
O número de patas é um bom critério, que permite dividir a classe dos crustáceos em duas ordens:

Decápodes
Isópodes
Os decápodes são crustáceos de dez patas.
Os isópodes são crustáceos que possuem numerosas patas, todas semelhantes. O exemplo mais conhecido é um isópodes encontrado em toda a costa litorânea do Brasil, conhecido por Tatuí, tatuíra ou tatuzinho de de praia.

Revestimento do corpo dos crustáceos
O esqueleto é um sistema encarregado da sustentação do corpo, tanto em vertebrados como em invertebrados; nos vertebrados, o esqueleto fica dentro do corpo, e nos invertebrados fica fora, revestindo o corpo. Dizemos, então, que os vertebrados tem endoesqueleto (esqueleto interno) e que os invertebrados tem exoesqueleto (esqueleto externo).

Dentre os artrópodes, os crustáceos são os que possuem exoesqueleto mais volumoso e mais desenvolvido; Ele forma a crosta, que deu nome aos crustáceos, e que reveste e protege o corpo desses animais. Essa crosta é constituída por quitina e carbonato de cálcio.

Externamente, podemos reconhecer duas partes no corpo dos crustáceos: o cefalotórax e abdômen (comentário acima).

Subclasse Branchiopoda
Ordem Cladocera
São conhecidos como pulgas d"água, devido a semelhança com aqueles insetos. Locomovem-se através das antenas transformadas em vigorosos órgãos de propulsão.

Podemos encontra-las em concentrações que variam de 100 a 100.000 por metros cúbicos de água. São de suma importância sob o aspecto ecológico, uma vez que representam a dieta principal dos peixes de água doce.

Ex. Daphnia pulex.

Subclasse Cirripédia
Ordem Thoracica
São animais sésseis que se apresentam bem diferentes de outros crustáceos, sendo dificilmente reconhecidos como tais. Eles fixam-se pela região pré-oral, e tem seu corpo protegido por uma carapaça constituída por várias placas às vezes fundidas umas às outras. Dois tipos são encontrados nas águas litorâneas: as que possuem pedúnculo, conhecidas como Lepas, e as que não possuem conhecidas como Balanus (cracas).são vivíparas.

Subclasse Malacóstraca
Ordem Isopoda
São representados pelos tatuzinhos de jardim (Porcellio e Armadillidium) e as baratinhas da praia (Ligia exotica).São crustáceos terrestres que apresentam sete segmentos torácicos distintos, cada um com um par de pernas.A respiração nos isópodos é feita através de apêndices abdominais modificados para esse fim.

Ordem Decapoda
Caracterizam-se por apresentarem 5 pares de extremidades locomotoras. Nesta ordem estão os principais crustáceos, os mais evoluídos que entram na alimentação humana.

Basicamente podemos diferenciar nos adultos o desenvolvimento do apêndice abdominal, nas fêmeas é bem mais largo com relação ao dos machos.

Esse desenvolvimento é justificado com a função de proteção aos ovos que darão origem aos descendentes.

Fonte: www.biomania.com.br

Tricuríase



A Tricuríase ou Tricuriose é uma parasitose intestinal causada pelo nemátode Trichuris trichiura.

Trichuris trichiura
O Trichuris é um verme fusiforme nemátode, e como todos tem sistema digestivo completo. As fêmeas são maiores que os machos, com quase cinco centímetros. Os ovos têm forma de limões com cerca de 50 micrómetros.

Ciclo de Vida
Os ovos são expelidos com as fezes e permanecem viáveis durante vários meses ou anos em solo húmido e quente, e são infecciosos assim que se desenvolve a larva no seu interior, o que demora algumas semanas. Se ingeridas, as larvas saiem dos ovos no lúmen do intestino, migram para o ceco e penetram na mucosa intestinal. Aí se desenvolvem, maturando em formas adultas depois de alguns meses, que permanecem com a cauda no lúmen do intestino e a cabeça penetrando a mucosa. Se houver um macho e uma fêmea, pelo menos, no mesmo individuo, acasalam e a fêmea põe mais de 3000 ovos por dia, excretados nas fezes. As formas adultas podem sobreviver durante vários anos. Alimentam-se do bolo intestinal mas também de sangue.

Epidemiologia
Haverá segundo a OMS mil milhões de pessoas infectadas em todo o mundo (um quinto da humanidade), principalmente em países tropicais em locais com condições pouco higiénicas. Este parasita só afecta primatas.

Progressão e Sintomas
Se a carga de parasitas é baixa, a doença é assintomática, porém se for elevada pode ocorrer extensa necrose da mucosa intestinal com hemorragias e diarreia sanguinolenta, podendo progredir para anemia por défice de ferro. Outros sintomas são a dor abdominal, perda de peso em individuos já desnutridos, flatulência e fadiga. Em casos incomuns pode ocorrer apendicite (se o verme entrar no apêndice e não conseguir sair) e prolapso rectal com hemorróidas.

Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito pela obervação ao microscópio dos ovos do parasita em amostras fecais.

Fármacos como mebendazol e oxantel matam as formas adutas.

Fonte: pt.wikipedia.org

Álcool no organismo

O álcool é absorvido principalmente no intestino delgado, e em menores quantidades no estômago e no cólon. A concentração do álcool que chega ao sangue depende de fatores como: quantidade de álcool consumida em um determinado tempo, massa corporal, e metabolismo de quem bebe, quantidade de comida no estômago. Quando o álcool já está no sangue, não há comida ou bebida que interfira em seus efeitos. Os efeitos do álcool dependem de fatores como: a quantidade de álcool ingerido em determinado período, uso anterior de álcool e a concentração de álcool no sangue. O uso do álcool causa desde uma sensação de calor até o coma e a morte dependendo da concentração que o álcool atinge no sangue.

Os sintomas que se observam são:
- Doses até 99mg/dl: sensação de calor/rubor facial, prejuízo de julgamento, diminuição da inibição, coordenação reduzida e euforia;

- Doses entre 100 e 199mg/dl: aumento do prejuízo do julgamento, humor instável, diminuição da atenção, diminuição dos reflexos e incoordenação motora;

- Doses entre 200 e 299mg/dl: fala arrastada, visão dupla, prejuízo de memória e da capacidade de concentração, diminuição de resposta a estímulos, vômitos;

- Doses entre 300 e 399mg/dl: anestesia, lapsos de memória, sonolência;

- Doses maiores de 400mg/dl: insuficiência respiratória, coma, morte.

Um curto período (8 a 12 horas) após a ingestão de grande quantidade de álcool pode ocorrer a "ressaca", que caracteriza-se por: dor de cabeça, náusea, tremores e vômitos. Isso ocorre tanto devido ao efeito direto do álcool ou outros componentes da bebida. Ou pode ser resultado de uma reação de adaptação do organismo aos efeitos do álcool.

A combinação do álcool com outras drogas (cocaína, tranqüilizantes, barbituratos, antihistamínicos) pode levar ao aumento do efeito, e até mesmo à morte.

O efeitos do uso prolongado do álcool são diversos. Dentre os problemas causados diretamente pelo álcool pode-se destacar doenças do fígado, coração e do sistema digestivo. Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observa-se: perda de apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual ou irregularidades do ciclo menstrual.

Intoxicação alcoólica e hipoglicemia
Como já foi visto antes o álcool etílico, principal componente das bebidas alcoólicas, é metabolizado no fígado por duas reações de oxidação. Em cada reação, elétrons são transferidos ao NAD+, resultando e um aumento maciço na concentração de NADH citosólico. A abundância de NADH favorece a redução de piruvato em lactato e oxalacetato em malato, ambos são intermediários na síntese de glicose pela gliconeogênese. Assim, o aumento no NADH mediado pelo etanol faz com que os intermediários da gliconeogênese sejam desviados para rotas alternativas de reação, resultando em síntese diminuída de glicose. Isto pode acarretar hipoglicemia , particularmente em indivíduos com depósitos exauridos de glicogênio hepático. A mobilização de glicogênio hepático é a primeira defesa do corpo contra a hipoglicemia, assim, os indivíduos em jejum ou desnutridas apresentam depósitos de glicogênio exauridos, e devem basear-se na gliconeogênese para manter sua glicemia. A hipoglicemiaprde produzir muitos dos comportamentos associados à intoxicação alcoólica – agitação, julgamento dinimuído e agressividade. Assim, o consumo de álcool em indivíduos vulneráveis – aqueles em jejum ou que fizeram exercícios prolongado e extenuante – podem prodizir hipoglicemia, que podem contribuir para os efeitos comportamentais do álcool.

Alcoolismo agudo
Exerce os seus efeitos principalmente sobre o sistema nervoso central, mas ele pode também rapidamente induzir alterações hepáticas e gástricas que são reversíveis na ausência do consumo continuado de álcool. As alterações gástricas constituem gastrite aguda e ulceração. No sistema nervoso central, o álcool por si é um agente depressivo que afeta primeiramente as estruturas subcorticais (provavelmente a formação reticular do tronco cerebelar superior) que modulam a atividade cortical cerebral. Em conseqüência, há um estímulo e comportamentos cortical., motor e intelectual desordenados. A níveis sanguíneos progressivamente maiores, os neurônios corticais e, depois, os centros medulares inferiores são deprimidos, incluindo aqueles que regulam a respiração. Pode advir parada respiratória. Efeitos neuronais podem relacionar-se com uma função mitocondrial danificada; alterações estruturais não são em geral evidentes no alcoolismo agudo. Os teores sanguíneos de álcool e o grau de desarranjo da função do SNC em bebedores não habituais estão intimamente realcionados.

Alcoolismo crônico
É responsável pelas alterações morfológicas em praticamente todos os órgãos e tecidos do corpo, particularmente no fígado e no estômago. Somente as alterações gástricas que surgem imediatamente após a exposição pode ser relacionadas com os efeitos diretos do etanol sobre a vascularização da mucosa. A origem das outras alterações crônicas é menos clara. O acetaldeído, um metabólico oxidativo importante do etanol, é um composto bastante reativo e tem sido proposto como mediador da lesão tissular e orgânica disseminada. Embora o catabolismo do acetaldeído seja mais rápido do que o do álcool, o consumo crônico de etanol reduz a capacidade oxidativa do fígado, elevando os teores sanguíneos de acetaldeído, os quais são aumentados pelo maior ritmo de metabolismo do etanol no bebedor habitual. O aumento da atividade dos radicais livres em alcoólatras crônicos também tem sido sugerido como um mecanismo de lesão. Mais recentemente, foi acrescentado o metabolismo não-oxidativo do álcool, com a elaboração do ácido graxo etil éster, bem como mecanismos imunológicos pouco compreendidos iniciados por antígenos dos hepatócitos na lesão aguda.

Seja qual for a base, os alcoólatras crônicos têm sobrevida bastante encurtada, relacionada principalmente com lesão do fígado, estômago, cérebro e coração. O álcool é a causa bastante conhecida de lesão hepática que termina em cirrose, sangramento maciço proveniente de gastrite ou de úlcera gástrica pode ser fatal. Ademais, os alcoólatras crônicos sofrem de várias agressões ao sistema nervoso. Algumas podem ser nuticionais, como a deficiencia em vitamina B1, comum em alcoólatras crônicos. As principais lesões de origem nutricional são neuropatias periféricas e a síndrome de Wernicke-Korsakoff. Pode surgir a degeneração cerebelar e a neuropatia óptica, possivelmente relacionadas com o álcool e seus produtos, e, incomumente, pode surgir atrofia cerebral.

As conseqüências cardiovasculares também são amplas. Por outro lado, embora ainda sem consenso, quantidades moderadas de álcool podem diminuir a incidência da cardiopatia coronária e aumentar os níveis do colesterol HDL. Entretanto, o alto consumo que leva à lesão hepática resulta em níveis menores da fração HDL das lipoproteínas.

O alcoolismo crônico possui várias conseqüências adicionais, incluindo uma maior tendência para hipertensão, uma maior incidência de pancreatite aguda e crônica, e alterações regressivas dos músculos esqueléticos.

Doença hepática alcoólica (DHA) e Cirrose:
O consumo crônico de álcool resulta com frequência em três formas distintas, embora superpostas , de doenças hepáticas: (1) esteatose hepática, (2) hepatíte alcoólica e (3) cirrose, denominadas coletivamente de doença hepática alcólica. A maioria dos casos o alcoólico que continua bebendo evolui da degeneração gordurasa para ceises de hepatite alcoólicaa e para cirrose alcoólica no transcorrer de 10 a 15 anos.

(1)ESTEATOSE ALCOÓLICA (fígado gorduroso)
Dentro de poucos dias após a administração de álcool a gordura aparece dentro das células hepáticaas, representa principalmente aumento na síntese de triglicerídios em virtude do maior fornecimento de ácidos graxos ao fígado, menor oxidação dos ácidos graxos, e menor formação e liberação de lipoproteínas. Ela pode surgir sem evidências clínica ou bioquímica de doença hepática.. Por outro lado, quando o acometido é intenso, pode estar associado com mal-estar, anorexia, náuseas, distenção abdominal, hepatomegalia hipersensível, às vezes icterícia e níveis elevados de aminotransferase.

(2)HEPATITE ALCOÓLICA
Caracteriza-se principalmente por necrose aguda daas células hepáticas. Em alguns pacientes, apesar da abstinência , a hepatite perciste e progride para cirrose. Ela representa a perda relativamente brusca de reserva hepática e pode desencadear um quadro de insuficiência hepática ou, às vezes, a síndrome hepatorrenal.

(3)CIRROSE ALCOÓLICA
apesar do álcool ser a causa mais comum de cirrose no mundo ocidental, sendo responsável aí por 60 a 70% de todos os casos, é enegmático que apenas 10 a 15% dos "devotos do alambique" acabam contraindo cirrose. Existe em geral uma relação inversa entre a quantidade de gordura e a quantidade de cicatrização fibrosa. No início da evolução cirróticaa os septos fibrosos são delicados e estendem-se da veia central para as regiões portais assim como de um espaço-porta para outro. A medida que o processo de cicatrização aumenta com o passar do tempo, a nodularidade torna-se mais proeminente e os nódulos esparsos aumentam em virtude da atividade regenerativa, criando na superfície o denominado aspecto de cravo de ferradura.

A quantidade de gordura é reduzida, o fígado diminui progressivamente de tamanho, tornado-se mais fibrótico, sendo transformado em um padrão macronodular à medida que as ilhotas paraenquimatosas são envoltas por tiras cada vez mais largas de tecido fibroso. Nos casos típicos, após certos sintomas tipo mal-estar, fraqueza, redução ponderal e perda de apetite, o paciente desenvolve icterícia, ascite e edema periférico, com o último sendo devido à deterioração na síntese da albumina. A menos que o paciente evite o álçool e adote um adieta nutritiva, a evolução habitual durante um período de anos é progressivamente descendente, com a deterioração da função hepática e surgimento de hipertensão porta com suas sequelas como, por exemplo, ascite, varizes gastroesofágicas e hemorróidas.

Problemas clínicos do alcoolismo:
A ingestão contínua do álcool desgasta o organismo ao mesmo tempo em que altera a ente. Surgem, então, sintomas que comprometem a disposição para trabalhar e viver com bem estar. Essa indisposição prejudica o relacionamento com a família e diminui a produtividade no trabalho, podendo levar à desagregação familiar e ao desemprego.

Alguns dos problemas mais comuns da doença sâo:
No estômago e intestino
Gases: Sensação de "estufamento", nem sempre valorizada pelo médico. Pode ser causada por gastrite, doenças do fígado, do pâncreas, etc.

Azia: Muito comum em alcoolistas devido a problemas no esôfago.

Náuseas: São matinais e ás vezes estão associadas a tremores. Podem ser consideradas sinal precoce da dependência do álcool.

Dores abdominais: Muito comum nos alcoolistas que têm lesões no pâncreas e no estômago.

Diarréais: Nas intoxicações alcoólicas agudas (porre). Este sintoma é sinal de má absorção dos alimentos e causa desnutrição no indivíduo.

Fígado grande: Lesões no fígado decorrentes do abuso do álcool. Podem causar doenças como hepatite, cirrose, fibrose, etc.

No Sistema Cárdio Vascular
O uso sistemático do álcool pode ser danoso ao tecido do coração e elevar a pressão sangüínea causando palpitações, falta de ar e dor no tórax.

Glândulas
As glândulas são muito sensíveis aos efeitos do álcool, causando sensíveis problemas no seu funcionamento.

Impotência e perda da libido. O indivíduo alcoolista pode ter atrofiados testículos, queda de pêlos além de gincomastias(mamas crescidas).

Sangue
O álcool torna o individuo propício às infecções, alterando o quadro de leucócitos e plaquetas, o que torna freqüente as hemorragias.

A anemia é bastante comum nos alcoolistas que têm alterações na série de glóbulos vermelhos, o que pode ser causado por desnutrição (carência de ácido fólico).

Alcoolismo é doença (OMS)
É o que a medicina afirma, mas a maior dificuldade das pessoas é entender como isso funciona. Alguns acham que &Seacute; falta de vergonha; outros, que é falta de força de vontade, personalidades desajustadas, problemas sexuais, brigas familiares, etc.; outros, até, que é coisa do "capeta", outros acham que leva algum tempo para desenvolver tal "vício". A verdade é que algumas pessoas nascem com o organismo predisposto a reagir de determinada maneira quando ingerem o álcool. Aproximadamente dez em cada cem pessoas nascem com essa predisposição, mas só desenvolverão esta doença se entrarem em contato com o álcool.

O alcoolimo não é hereditátio
Apesar do alcoolismo não ser hereditário existe uma predisposição orgânica para o seu desenvolvimento, sendo, então, o alcoolismo transmissível de pais para os filhos. O desenvolvimento do alcoolismo envolve três características: a base genética, o meio e o indivíduo. Filhos de pais alcoólatras são geneticamente diferentes, porém, só desenvolverão a doença se estiverem em um meio propício e/ou características psicológicas favoráveis.

Fonte: www.virtual.epm.br

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